quinta-feira, 28 de março de 2013

Milocas Pereira


À Embaixada da Republica de Angola na Guiné-Bissau

CARTA ABERTA

Apôs ter tomado conhecimento, por intermédio das medias internacional e nacional, do desaparecimento fisico da cidadã e compatriota Guineense, Ana Emilia Lopes Correia (Milócas Pereira), no território Angolano, onde estava a  viver e trabalhar como docente num dos estabelecimentos do ensino, o Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, vem acompanhando com bastante preocupação este caso.

Tendo em consideração vários meses decorridos após a notícia do seu desaparecimento, sem que sejam dadas, pelas autoridades angolanas, quaisquer informações do seu paradeiro ao país e, em particular, aos familiares;

Considerando a necessidade de conservação do passado histórico e laços de irmandade que une os nossos dois povos, sob âncora dos quais assentam a relação dos nossos dois Estados;

E, tendo em conta a nossa pertença comum a várias organizações internacionais, designadamente, UA, CPLP, NU e a imperatividade da observância dos protocolos relativos ao respeito e defesa dos direitos humanos, emanados destas instituições;

Assim, o Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz Democracia e Desenvolvimento, vem por este meio, solicitar a Embaixada da Republica de Angola, acreditado no pais o seguinte:

a) Informações relativo ao desaparecimento físico da Cidadã Guineense, Ana Emilia Lopes Correia (Milócas Pereira);

b) O retorno desta Cidadã, independentemente do estado em que se encontre, ao seu solo pátrio;

c) Que se transmita as autoridades angolanas quão elevada é a preocupação da nossa organização e da sociedade guineense sobre este assunto. Preocupação que estende a situação de todos os nossos compatriotas ali residentes.

d) Exorta, as duas autoridades, para que não deixem o esfriamento temporário de relação entre os dois estados interfira no respeito pela dignidade da pessoa humana e ou colapso a boa relação sempre existente entre os nossos dois países.

C/C
Presidencia da República
Assembleia Nacional Popular
Ministério dos Negócios Estrangeiross, da Cooperaçao e das Comunidades
Secretaria de Estado das Comunidades

Bissau,  27 de Março de 2013.

A Direcção Nacional

Ameaça paira sobre os transicionistas


A liderança da CEDEAO entre os organismos internacionais envolvidos na Guiné-Bissau está estabelecida, após um período de quezílias. O período de transição deverá culminar em Dezembro, com a realização de eleições. Sobre este prlongado período de transição paira a ameaça de conflito entre o parlamento, democraticamente eleito e dominado pelo PAIGC, e o governo saído do golpe de Abril, de que o partido está fora.

Segundo o Observatório dos Países de Língua Oficial Portuguesa (OPLOP) da Universidade Federal Fluminense, no Brasil, “os debates no interior do único órgão que possui legitimidade democrática [a Assembleia Nacional Popular] podem constituir-se em ameaça”.

“Uma crise interna, entre o Executivo e o Legislativo, poderia comprometer o planeamento da CEDEAO”. Projetada para ser concluída no final deste ano, a transição está a seguir as “diretrizes impostas externamente”, pela CEDEAO e outros parceiros internacionais (ONU, UA e CPLP). “Sob o protagonismo da Comunidade dos Estados Africanos Ocidentais, o que está em jogo é a sobrevivência deste `frágil Estado´”, adianta o OPLOP no artigo “A Transição Adiada na Guiné-Bissau”, publicado no seu último boletim.

De acordo com o comunicado oficial deste 42º encontro da organização, “a cimeira decidiu prolongar o período de transição na Guiné-Bissau até 31 de Dezembro de 2013, tendo em conta o processo em curso na Assembleia Nacional Popular (ANP)”. Órgão soberano onde o PAIGC detém a maioria qualificada nos assentos, a ANP é a única instituição que não foi dissolvida após o golpe de Abril. Ao parlamento guineense foi recomendada a adopção do referido documento “o mais rapidamente possível”.

“Esta decisão, por outro lado, sepultou as disputas entre os organismos internacionais diante da crise bissau-guineense. Assim, provavelmente, a CEDEAO exercerá seu protagonismo em paz”, afirma o OPLOP. A cimeira de Fevereiro, a nomeação de um governo provisório ou o modo como encorajou a reconstituição da Assembleia Nacional e a consequente vinculação do PAIGC ao processo dão à CEDEAO o papel de destaque nestes quase dois anos passados desde o golpe de Bissau, adianta.

Manuel Serifo Nhamajo, presidente interino da Guiné-Bissau foi encorajado a remeter à ANP um projecto para a preparação de “eleições gerais livres, equitativas e transparentes” antes do fim do ano. O Presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Kadré Désiré Ouedraogo, considerou positiva a evolução da crise na Guiné-Bissau. Após um encontro com José Maria Neves, primeiro-ministro de Cabo Verde, Kadré Ouedraogo disse que tinha esperança de que as crises que afectam o Mali e a Guiné-Bissau “estejam ultrapassadas até final deste ano”. Lusomonitor

ÚLTIMA HORA: Uma determinação da Câmara Municipal de Bissau levou ao encerramento da empresa Mavegro. AAS

Universidade Lusófona - Entrevista de António Aly Silva (1ª parte)


Para ler AQUI

A grande mentira do filósofo


Ontem, um desbocado e ordinário que dá pelo nome de M’bana N’tchigna, que se diz Licenciado em Filosofia e em Teologia, meteu os pés pelas mãos e disparou contra o que o Aly NÃO escreveu. Diz o ordinário, no didinho, e num título disparatado: A MENTIRA PARA LEGITIMAR A GUERRA:

Parto dessa situação que o mundo vive para abordar um pouco sobre o que leio sempre do jornalista António Aly Silva que para mim é uma MENTIRA PARA LEGITIMAR A GUERRA em Guiné Bissau. Vede o que António Aly Silva disse novamente:

...Ninguém pode negar, que em Abril de 2012, foi Kumba Yala é que deu o mote para a sublevação militar anti-democratica ao recusar ir à segunda volta da eleição presidencial com o candidato mais votado da primeira volta, Carlos Gomes Junior que por uma nesga de votos não ganhou logo à primeira volta. ... Publicada por António Aly Silva à(s) 15:11


Esse texto, nem de perto nem de longe foi escrito por mim. E escrevi então ao editor do site em causa: "Agradeço-te algum cuidado nas coisas que terceiros publicam no teu site. Esse texto não é meu. De resto está assinado e podes conferir aqui:

http://ditaduradoconsenso.blogspot.pt/search?q=Ninguém+pode+negar,+que+em+Abril+de+2012,+foi+Kumba+Yala+é+que+deu+o+mote+para+a+sublevação+militar+anti-democratica+ao+recusar+ir+à+segunda+volta+da+eleição+presidencial+com+o+candidato+mais+votado+da+primeira+volta,+Carlos+Gomes+Junior+que+por+uma+nesga+de+votos%C2%A0não+ganhou+logo+à+primeira+volta

Não sei qual a intenção, mas fica registado.
Aly"

E ao filósofo e teológo, também: "O Aly, ao contrário do que V escreve, não escreveu esse texto. É preciso, também, percebermos quando lemos algo. Cole esse link e vá informar-se melhor...

http://ditaduradoconsenso.blogspot.pt/search?q=Ninguém+pode+negar,+que+em+Abril+de+2012,+foi+Kumba+Yala+é+que+deu+o+mote+para+a+sublevação+militar+anti-democratica+ao+recusar+ir+à+segunda+volta+da+eleição+presidencial+com+o+candidato+mais+votado+da+primeira+volta,+Carlos+Gomes+Junior+que+por+uma+nesga+de+votos%C2%A0não+ganhou+logo+à+primeira+volta

Leia uma, duas, três, dez vezes e só então fale. Para não cair no erro - ou no descrédito. E você tem um curso.
Aly

Pois bem, caros leitores

Desmontado que está mais uma calúnia, mais uma mentira, apraz-me dizer o seguinte: Às calúnias responde-se com os tribunais, com o desprezo ou com um par de estalos. Sei que não se deve gastar cera com ruins defuntos, assim, vou deixar ao meu humor vagabundo a decisão sobre qual destas formas de retaliação me trará mais prazer e menos incómodo. AAS

quarta-feira, 27 de março de 2013

PAIGC: Braima Camará recebido pela direcção superior do PRS


No quadro dos contactos agendados pela Directoria do Projecto "Por uma liderança democrática e inclusiva" liderado pelo Camarada Braima Camará, com as diferentes sensibilidades políticas e sociais existentes no país, o candidato a liderança do PAIGC, acompanhado por uma importante delegação de altos dirigentes do Partido que o apoiam, foi esta tarde, dia 27 de Março, recebida pela Direcção Superior do PRS, chefiada pelo seu Presidente Alberto Nambeia.

A visita de cortesia efectuada pelo candidato à Presidência do PAIGC ao Partido da Renovação Social (PRS) serviu para expor a Direcção Superior deste partido os grandes eixos que norteiam o projecto e de criar as bases para um relacionamento futuro com todas as diferentes sensibilidades do país e neste caso concreto o PRS, que é um parceiro incontornável no xadrez político guineense. De lembrar que encontros desta natureza estão sendo agendados com outras formações políticas com representação parlamentar pela Directoria do Projecto " Por uma liderança democrática e inclusiva" liderado pelo Camarada Braima Camará.

Ramos-Horta: "Não há fome na Guiné-Bissau"


Ramos-Horta garante que não há fome na Guiné-Bissau. Para José Ramos-Horta o que existe é subnutrição, e apelou à comunidade internacional para aumentar a assistência humanitária à Guiné-Bissau. Ramos-Horta reage assim ao facto de o Programa Alimentar Mundial ter vindo a público dizer que estava com dificuldades financeiras para transportar alimentos para acudir 300 mil pessoas necessitadas. Para Ramos-Horta, os solavancos políticos não podem afectar a ajuda internacional à população. O representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau defendeu que as autoridades do país deviam aproveitar a presença do secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa para normalizarem as relações com o bloco lusófono.

Autoridades de Bissau deixam Murargy em banho-maria

Murade Isaac Murargy encontra-se em Bissau desde Segunda-feira e até ao momento ainda não foi recebido nem pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, nem pelo Primeiro-Ministro, Rui de Barros. O moçambicano Murade Isaac Murargy, fez um balanço destes três dias de estadia em Bissau. Para o secretário executivo da CPLP a situação na Guiné-Bissau é muito difícil, e concorda com um sufrágio, se possível até Dezembro deste ano. RFI

Unilab prorroga prazo


A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), sediada no município de Redenção, estado do Ceará (Brasil), divulgou nesta quarta-feira (27) o Edital Nº 10/2013, referente a abertura de novo prazo para entrega de documentos dos candidatos que se inscreveram na Seleção de Estrangeiros 2013.1 para os cursos de Graduação da Unilab. Agora, é possível entregar a documentação exigida até às 12h do dia 09 de abril, nas Missões Diplomáticas Brasileiras de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Será excluído do processo seletivo o candidato que, após a verificação de seus documentos, não tiver apresentado a documentação exigida.

De acordo com o calendário, a prova de Redação será aplicada também no dia 09 de abril, em horários e locais que ainda serão divulgados no Portal da Unilab e nas Missões Diplomáticas do Brasil dos países parceiros. O resultado preliminar da avaliação vai ser divulgado no dia 22 de abril também no Portal da Unilab. Os candidatos aprovados deverão confirmar o interesse de matrícula até o dia 30 de abril nas Missões Diplomáticas do Brasil. As orientações serão divulgadas pela internet.

Para ter acesso ao calendário e ao Edital N° 10/2013, acesse o link:

http://www.unilab.edu.br/noticias/2013/03/27/prorrogado-prazo-para-entrega-da-documentacao-dos-candidatos-inscritos-na-selecao-de-estrangeiros/

Parabéns! Hoje é o Dia Mundial da Guiné-Bissau. É o Dia do Teatro!!! AAS

Mãe, aqui não...


Guiné-Bissau é o quarto pior país para se ser mãe, diz Save the Children. A conclusão surge no 13° relatório anual da organização, divulgado nos EUA. A Noruega está no topo da lista. A Guiné-Bissau está no fundo, ultrapassada apenas por Níger, Afeganistão e Iémen. Baseado em dados da ONU, o relatório “Estado das Mães do Mundo 2012” foi divulgado por ocasião do Dia da Mãe, lembrado em grande parte dos países do mundo no domingo (13.05). A Save the Children analisou dados de 165 países, divididos em 3 grupos, dos mais aos menos desenvolvidos. A Guiné-Bissau, tal como Angola e Mocambique, foi incluída no conjunto das 42 nações que apresentam os piores indicadores quanto às condições para a maternidade. É mesmo o 4° pior país do mundo para se ser mãe.

A falta de acompanhamento dos partos, segundo Julia Meixner, da Save the Children – Alemanha, é um dos factores que justificam a posição guineense: “A maioria das mulheres, na Guiné-Bissau, continua a ter os filhos em casa, sem qualquer cuidado. Este é um dos principais indicadores que, claro, tem um impacto directo no bem-estar da mãe", explica. À falta de assistência especializada no parto, de acordo com a responsável da Save the Children, junta-se o baixo nível de escolaridade da população da Guiné-Bissau. “O nível de educacão está diretamente ligado à capacidade da mãe de alimentar os seus filhos de forma apropriada. Falamos de amamentação, alimentação complementar nos primeiros 6 meses. E na Guiné-Bissau o nível da educação é bastante baixo”, explica Julia Meixner.

Os dados apresentados pela organização de defesa dos direitos das crianças mostram que a Guiné-Bissau está a braços com um elevado risco de morte materna, de uma para cada 18 partos. Um dado que preocupa Vitor Gongola, do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em Bissau: “A mortalidade materna é um enorme problema de saúde pública na Guiné-Bissau. Todos os anos, cerca de 600 mulheres morrem no país de causas relacionadas com a gravidez ou o parto. E o pior é que esta tendência não apresenta qualquer progresso desde 1990”, constata.

UNICEF garante apoio apesar do impasse político na Guiné-Bissau

Vítor Gongola garante que o Unicef continua a tentar diminuir o risco da maternidade na Guiné-Bissau, apesar da instabilidade política que se vive no país. “A situação actual tem certamente um impacto no nosso trabalho. Mas as instituições de saúde do país continuam a trabalhar, ainda que a um nível mais reduzido“, diz o responsável, acrescentando que a instituição está a identificar quais são as atividades que o Unicef pode continuar a apoiar. De acordo com Gongola, “a Unicef ajuda o governo a reabilitar instituições de saúde, a fornecer medicamentos e materiais essenciais para o parto e dá apoio à formação dos recursos humanos disponíveis”. Também a Save the Children procura propor soluções para diminuir o risco associado à maternidade na Guiné-Bissau. Julia Meixner frisa que são precisas “mais trabalhadoras na linha da frente da saúde, ou seja, educar as mulheres para serem parteiras, enfermeiras, trabalhadoras comunitárias”.

“É um passo importante que deve ser dado para melhorar a situação de muitas mulheres no país”, explica a responsável, considerando ainda que é preciso também “intervenção imediata, como por exemplo, promover a amamentação”. A organização cita estudos científicos segundo os quais medidas de apoio à amamentação podem salvar um milhão de crianças por ano. O relatório da Save the Children, este ano, especialmente focado na importância da nutrição para a sobrevivência de mães e bebés, indica que 18% das crianças guineenses até aos 5 anos tem um peso moderada ou excessivamente baixo para a idade. O mesmo acontece em Moçambique, sendo que, em Angola, o indicador está nos 16%.

Deutsche Welle
Autora: Maria João Pinto
Edição: António Rocha / Renate Krieger

P-STAGE: Abertura de inscrições para a Oficina de Interpretação de Bissau


Encontram-se abertas, até 5 de Abril de 2013, as inscrições para a oficina de Interpretação de Bissau. Esta oficina insere-se no projecto P-STAGE, uma parceria da AD – Acção para o Desenvolvimento com a Cena Lusófona e o Elinga Teatro (Angola) financiada pelo programa ACP Cultures do Secretariado do Grupo de Países de África, Caribe e Pacífico (ACP) da União Europeia.

A formação resultará na apresentação de um exercício-espectáculo, a apresentar em Bissau. Do grupo de formandos serão ainda seleccionados dois actores/actrizes para integrar o elenco internacional da produção “As Orações de Mansata”, de Abdulai Sila, a produzir em 2013, no âmbito do projecto P-STAGE.

Com uma duração de 4 semanas, de 8 de Abril a 4 de Maio, esta oficina destina-se a actores e actrizes de teatro, maiores de 18 anos, e terá como formador o actor, autor, guionista  e encenador galego Cándido Pazó.
Para proceder à inscrição, os/as interessados/as devem preencher a ficha disponível online [em http://pstage.files.wordpress.com/2013/03/oficinagb-inscricao.pdf] remetendo-a, devidamente preenchida, para o Centro de Intercâmbio Teatral de Bissau ao cuidado de Jorge Quintino Biague. 

Para mais informações consulte pstage.wordpress.com.

Cándido Pazó

Cándido Pazó (Vigo, 1960) é actor, autor teatral, guionista de séries televisivas e encenador, este galego tem já inúmeros espectáculos premiados como por exemplo: “Commedia, un xoguete para Goldoni” (Prémio Compostela 93 e Prémio de la Crítica del País Valenciano 94), “Nano” (Prémio María Casares 99), “García” (Prémio María Casares 2005), “Emigrados” (Prémio Max 2008).

Ao vivo, na rádio ou na televisão, Cándido Pazó é assíduo em locais onde se programem todo o tipo de espectáculos orais: histórias, contos, humor, monólogos, narrações, etc. Actuou como narrador e participou em seminários sobre a oralidade nas Universidades de Santiago, Vigo, Coimbra, Salamanca, Barcelona, Minho, Varsóvia, Cracóvia, Montevideo, Bogotá, entre outras. Foi seleccionado pelo Fórum Barcelona 2004 para fazer temporada no seu espaço dedicado à oralidade. Autor da maioria das suas histórias (ainda que também recorra à tradição e à literatura) enquadra-se no chamado conto taberneiro ou de tertúlia onde anedotas, acontecimentos e personagens se sucedem numa demonstração de que a realidade supera a ficção
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Eduardo Pinto
A Escola da Noite - Grupo de Teatro de Coimbra
Teatro da Cerca de São Bernardo
3000-097 COIMBRA
PORTUGAL
+ 351 239 718 238
www.aescoladanoite.pt
www.weblog.aescoladanoite.pt

terça-feira, 26 de março de 2013

Falta de fundos adia envio de ajuda alimentar para 300 mil pessoas


A Organização das Nações Unidas (ONU) foi forçada a adiar o envio de ajuda alimentar para cerca de 300 mil pessoas na Guiné-Bissau devido à fala de fundos para financiar a operação. «A assistência estava agendada para começar a 1 de março de 2013, mas as operações estão paralisadas» afirmou a porta-voz do Programa Alimentar Mundial (PAM) na ONU, Elisabeth Byrs, em Genebra, Suíça.

A porta-voz adiantou que o PAM «necessita urgentemente de 7,1 milhões de dólares» (5,49 milhões de euros», para apoiar guineenses, «incluindo jovens mães e crianças em risco de desnutrição». «Muitas famílias não têm escolha a não ser vender o seu gado e outros bens essenciais para colocar comida na mesa da família», alertou Byrs. Segundo a porta-voz, a taxa de desnutrição aguda na Guiné-Bissau é de 6% da população, chegando a 8% em algumas regiões.

Autoridades guineenses nem querem ouvir falar em CPLP


Murade Murargy, o secretário executivo da CPLP, chegou a Bissau e encontrou ausentes Serifo Nhamadjo, Rui Duarte Barros e Faustino Fudut Mbali, respectivamente o Presidente de transição, o Primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros. Estas ausências foram premeditadas, pois a chegada de Murargy era conhecida das autoridades de Bissau. Isto já nem é birra - é falta de respeito! AAS

EXCLUSIVO: Depois da Nigéria, 'presidente de transição' Serifo Nhamadjo viajou sorrateiramente para a Alemanha... por razões de saúde. Fonte do Ditadura do Consenso fala em "sintomas preocupantes" e aponta fases de "semi-inconsciência passageira". AAS


Fundação Ricardo Sanhá leva médicos a Bissau


Cinco médicos de origem guineense que trabalham em Portugal vão durante esta semana dar mais de 700 consultas em Bissau, foi hoje (terça-feira) anunciado numa conferência de imprensa na qual se falou de fraudes nas juntas médicas. Os médicos, um cardiologista, dois cirurgiões, um pediatra e um especialista em infecciologia, estão na Guiné-Bissau no âmbito de uma iniciativa da Fundação Ricardo Sanhá, criada em 2009 pelo guineense Ricardo Sanhá e com sede em Lisboa, que tem como principal objectivo dar assistência social a cidadãos guineenses no estrangeiro.

Esta é a segunda missão médica da Fundação este ano, disse hoje Ricardo Sanhá à Lusa em Bissau, adiantando que uma terceira missão estará no país em Maio de 2013. Cada médico, explicou, assiste uma média de 150 doentes, fazendo também uma triagem daqueles que terão de ser levados para Portugal para intervenções que não se podem fazer em Bissau. Os médicos disseram, no entanto, que o grupo não se sobrepõe nem substitui a junta médica que faz em Bissau o diagnóstico dos doentes que precisam de tratamento no estrangeiro.

Ainda assim o cardiologista Mário Mendes não poupou críticas à atuação das juntas médicas em Bissau, que "mandam doentes" para Lisboa que na verdade vão de férias, que estão a emigrar ou que querem ir fazer um "check-up". "Os critérios (da junta médica) têm sido muito díspares. Podem mandar uma pessoa com uma dor de dentes e deixar uma cardiopatia reumática. Esse não vai porque não é da família de ministros", acusou. "Portugal dá um apoio que as pessoas não valorizam. Fazer um tratamento especializado fica extremamente caro", disse o especialista, acrescentando que o acordo com Portugal contempla o envio de 300 doentes por ano e que agora estão a ser enviados 2000 por ano. E deu um exemplo: uma cirurgia cardíaca custa entre 25 a 30 mil euros. LUSA