sexta-feira, 15 de março de 2013
TERRENO: Excelente oportunidade
Propriedade à venda em Quinhamel para exploração turística com as seguintes caracteristicas:
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Fernando Escada pelos números: (+245) 6312203 - (+245) 6637413
Simões Pereira responde a Pansau Intchama
Domingos Simões Pereira, um dos candidatos à presidência do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), esclareceu hoje que a filosofia de todo o tipo de golpes de Estado na Guiné-Bissau não faz parte da sua vida, numa referência à sua alegada participação política no caso de 21 de Outubro, revelado pelo capitão Pansau Intchama, que está a ser julgado pelo tribunal militar de Bissau.
Domingos Simões Pereira diz "estar tranquilo", pedindo de seguida calma aos sues apoiantes. "Sei que muitos de vós vieram cá um pouco preocupados com ruídos que passam sobre a minha pessoa. Golpes não fazem parte da minha filosofia de vida", disse o candidato, classificando este comportamento como sendo de "kakris na kabas"... AAS
Uma liderança em cada atitude
Pela sempre incontornável verdade dos factos, o PAIGC, embora sendo a força política visada, de forma mais directa, pelo último golpe, nas nossas aspirações ao merecido progresso, enquanto sociedade, ainda assim, esse conturbado partido, continua na posse, não do poder de autoridade efectiva, mas do poder de influência permanente, que democraticamente legitimado na vontade popular, segue beneficiando duma enorme alavanca, na pronta condenação e consequências, que chegou da parte mais significativa, dos nossos parceiros internacionais, repudiando as maliciosas intenções, dos identificados e crónicos prevaricadores. É nisso, e mais outros tantos factores de relevo, que os actuais dirigentes do PAIGGC, envolvidos nessas desnecessárias negociações, para a formação de um eventual governo de inclusão, devem apoiar com total firmeza, para se reabilitarem como políticos credíveis, ao mesmo tempo que poderão salvar o país, desse autêntico envenenamento em curso, denominado período de transição.
Como guineense, e com relativo conhecimento da nossa castigada realidade, compreendo que seja quase impossível, a esses referidos políticos, homens e mulheres do PAIGC, aguentarem na incerteza dos longos dias, à constante ausência da satisfação de certas necessidades, que as suas pesadas reputações inventaram, para uma adequada sobrevivência dependente. Mas deverão impor condições favoráveis aos avanços da democracia, mesmo sabendo que isso os vai custando algumas restrições, aceitando com coragem política, e física, caso seja inevitável, esses sacrifícios dignificantes, num inteligente aproveitamento desse momento crucial, que sem dúvidas maiores, revelará, verdadeiramente impulsionador, para a viragem qualitativa, na nossa gloriosa caminhada.
Devem saber os actuais dirigentes do PAIGC, protagonistas nessas negociações, que, nas circunstâncias em que o país se encontra, ao integrarem… Adriano Gomes Ferreira, mais conhecido por Atchutchi, na sua mais que conceituada andança; líder carismático, com uma visão dos mundos, para além de todos os amanhãs; um monumento vivo da nossa cultura, que com as suas virtudes e os seus defeitos, vai contribuindo para a grandeza de toda uma alma nacional… Sabe, existem raras personalidades na nossa sociedade, com elevadíssimos valores espirituais, ao ponto de poderem um dia merecer, incontáveis multiplicações, assim que os poderosos autorizarem a clonagem humana. Ups! Desculpe. É que está a passar aqui em áudio, enquanto escrevo o presente texto, uma das relíquias musicais do célebre Super Mama Djombo, um dos eternos prazeres, que acabou por desviar o sentido da minha reflexão.
Estava eu a falar dos aspectos a ter em pertinente consideração, pelos protagonistas do PAIGC, durante o percurso desses armadilhados corredores das negociações. E dizia o seguinte: ao integrarem um tal governo de transição inclusivo, sendo eles, elementos do partido maioritário na Assembleia Nacional Popular, o órgão da soberania, que apesar de debilitado, ainda está ao serviço da democracia, estarão a comprometer todos os nossos parceiros, a aceitarem esse período de excepção, como viável, e desbloquearem os canais diplomáticos e de financiamentos, o que servirá para os usurpadores profissionais, começarem a esfregar as mãos. Portanto, não deverá existir um acordo facilitado, só para garantia de lugares oficiais, despidos de conteúdo válido, na tomada das mais importantes decisões governativas.
Não se deverá aceitar sequer, condições para um acordo político, sem que haja uma garantia formal e exequível, da parte em posição de domínio, inclusive, todos os responsáveis do contingente da CEDAO no nosso território, de que será assegurado, um inteiro exercício de direitos à qualquer tipo de manifestações popular, para a reivindicação de prerrogativas, expressas nos diferentes preceitos constitucionais, desde que sejam devidamente organizadas.
Não se deverá aceitar sequer, condições para um acordo político, sem que haja uma garantia formal e exequível, da parte em posição de domínio, inclusive, todos responsáveis do contingente da CEDAO no nosso território, de que será assegurado, o regresso de todos os guineenses, sejam eles actores políticos ou simples eleitores, a viverem afastados, num asilo injustificado, independentemente das funções que tenham desempenhado no passado, e das suspeições sobre eles pendentes, para que o poder judicial, de maneira autónoma, venha a actuar em relação à qualquer dos casos, se assim entender, no restrito âmbito das suas atribuições constitucionais.
Até porque, constará como questão de honra, lembrarem durante todas as diligências negociais, que entre os muitos compatriotas nossos, submetidos ao asilo forçado ou voluntário, estão neste momento, o presidente e um dos mais destacado membros do próprio partido. Se por ter escrito uma carta destinada ao então Secretário-Geral das Nações Unidas, entre outros falatórios mais, carecidos de fundados esclarecimentos, Carlos Gomes Júnior, mereceu ser afastado abusivamente do poder, e remetido ao asilo, o que fez Raimundo Pereira de tão grave, para merecer alguma vida longe da pátria, com tudo o que isso implica, nos planos de um homem feito?
Os entendimentos diplomáticos mais favoráveis, aos ventos de uma mudança positiva, colocaram o timorense, José Ramos Horta, como representante do Secretário-Geral das Nações Unidas, no nosso território. Uma figura política decente, com devido reconhecimento internacional; laureado com um Prémio Nobel de Paz; e que chegou a experimentar durante uns anos, a amargura de um asilo político forçado. Por isso, espero que essa memória sirva ao seu melhor empenhamento na avaliação, e um competente auxílio, ao nosso complexo processo de reconciliação.
Com mais esta, a nossa sociedade enfrenta sim, sérias adversidades, e de uma transversalidade bem vincada, que nem está a deixar de fora, a parte dela na diáspora. Mas também, estamos perante uma oportunidade singular, e com potentes hipóteses, de finalmente, mudarmos para melhor, o rumo das nossas vidas.
Ser, Conhecer, Compreender e Partilhar
Flaviano Mindela dos Santos
quinta-feira, 14 de março de 2013
Serifo Nhamadjo ameaça demitir-se
Esta quinta-feira, o Presidente de transição Serifo Nhamadjo ameaçou abandonar a cadeira da presidência caso persista o clima de divergência entre os partidos sobre a formação de um novo Governo e de um roteiro para os meses que faltam para a conclusão da transição. Estas declarações, pronunciadas na abertura de um encontro promovido pelo Movimento da Sociedade Civil com os militares sobre a busca de diálogo nacional, surgem no momento em que o Representante do Secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, acaba de reiterar que os parceiros do país poderiam voltar à Guiné-Bissau se as autoridades de transição definissem um calendário eleitoral e se formassem um governo inclusivo.
Neste contexto em que a comunidade internacional incita o executivo de transição Guineense a definir uma estratégia, Serifo Nhamadjo teceu as suas advertências declarando estar cansado das divergências entre os políticos "motivados por interesses egoístas." Liliana Henriques/RFI
Lá vai Timor...
Timor-Leste em alta no índice de desenvolvimento, Guiné-Bissau aproxima-se dos últimos. Timor-Leste, que foi protectorado da ONU, ganhou cinco posições, desde 2007, no índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, enquanto a Guiné-Bissau se aproximou dos últimos lugares, em que continua Moçambique, segundo dados hoje divulgados.
Sob o lema "A Escalada do Sul: Progresso Humano num Mundo Diverso", o relatório de 2013 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), hoje divulgado, mostra uma tendência de estagnação da posição dos países lusófonos, sendo a evolução de Timor-Leste a excepção positiva. Entre os países do Leste da Ásia e o Pacífico, Timor-Leste registou o maior crescimento médio anual no índice, entre 2000 e 2012, figurando este ano na 134.ª posição, nos países com IDH médio. LUSA
Guiné-Bissau à espera do roteiro político
Enquanto a comunidade internacional aguarda com impaciência uma proposta nacional de retorno do país à legalidade, as forças políticas guineenses não se entendem sobre quem deve fazer o quê e quando. Visitas de diversas delegações de organizações financeiras multilaterais sucederam-se em fevereiro na capital guineense, dando a impressão que Bissau se tornou novamente frequentável, o que na verdade é mera aparência. Na realidade, o país permanece instável e os militares e seus aliados políticos continuam avessos à partilha do poder conquistado pela força há cerca de um ano.
E não faltaram também os habituais episódios de espancamento e detenções, com a diferença de que desta vez as vítimas das brutalidades castrenses foram alguns dos homens de mão e elementos da guarda do Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai. Na arena política, a perspetiva de constituição de um Governo de consenso alargado, que iria melhorar as relações das autoridades com os parceiros externos, criou o pânico em alguns círculos instalados no aparelho do Estado, e levou ao reacender das hostilidades e ao atraso na criação de consensos para tirar o país de mais uma transição.
As eleições gerais que deviam restabelecer o processo democrático já não serão em maio e, de reunião em reunião, já se admite que possam ocorrer daqui a três anos, como preferem os militares, que continuam a mover os cordelinhos. E a Comissão Nacional de Eleições (CNE) permanece sem presidente desde outubro, situação que se espera ultrapassar ainda este mês. Contudo, o maior golpe no processo de normalização institucional é a tentativa de instituir um Conselho Nacional de Transição, o Parlamento de transição, que já tinha sido chumbado, até pela complacente CEDEAO. Os seus proponentes apelidaram-no de Comissão Multipartidária e Social de Transição, e teria atribuições e privilégios equivalentes aos da Assembleia Nacional. África 21
As nossas mulheres também podem!
Tomei a liberdade de redigir este pequeno texto com o simples propósito de contar uma pequena história daquelas que tanta falta fazem, quando se fala dos guineenses e da Guiné-Bissau, ou mesmo quando os próprios guineenses se referem uns aos outros – CAPACIDADE ORGANIZATIVA, SOLIDARIEDADE E NOBREZA DE ESPÍRITO:
No passado dia 10 deste mês, desafiando o pessimismo generalizado, que se faz sentir no seio da nossa Comunidade, devido a grave crise económica que afecta a Europa, de uma forma geral e com maior incidência em Portugal, a empresária guineense, Mariama Mané, vulgo N`né Mané, num gesto de coragem e de solidariedade, decidiu organizar o Dia Internacional da Mulher, que segundo a própria, serviu para reunir as mulheres guineenses numa festa de confraternização (MAS QUE FESTA!!!) para desanuviar o espírito e aliviar a alma, depois de mais um ano de turbulência política no nosso País, agravado com a profunda crise económica no País de acolhimento.
Nessa festa de arrombar, que teve lugar no salão VIP da discoteca DJORSON (cedido sem qualquer contrapartida pela sua proprietária, a Sr.ª Irina Baldé), sita na Zona Industrial de Massamá, estiveram presentes mais de duas centenas de mulheres, provenientes dos diversos bairros da Grande Lisboa, que aproveitaram essa oportunidade única, para matar saudades, pôr as fofocas em dia, assistir as actuações ao vivo de Dulce Neves e Maio Copê (actuaram sem qualquer contrapartida, para homenagear as mulheres) e apreciar a enorme variedade de pratos típicos do nosso País.
Uma festa muito bonita, protagonizada quase exclusivamente por mulheres, com discursos e intervenções que nos interpelam a assumir uma atitude mais responsável nos esforços da construção de uma sociedade mais inclusiva, onde a igualdade de oportunidades deixará de ser uma mera retórica política, um cântico demagógico, sem qualquer fundamento e sustentabilidade na vida real, para finalmente fazer parte da nossa vivência e convivência do dia-a-dia.
Enquanto testemunha ocular deste acontecimento, achei que não seria justo deixá-lo passar despercebido, pelas seguintes razões:
Demonstrar que, mesmo com esta crise que nos atinge e afecta á todos, é sempre possível fazer a diferença pela positiva, desde que somos movidos por uma causa nobre;
Demonstrar que, com mulheres como N`né Mané, Genabu Cassamá, Áua Dabó, Linda Ferrage, Irina Baldé, Dulce Neves, Mimi Borges, Áua Seidi e Aminata Silá, estamos esperançados que, tarde ou cedo a Guiné vai acontecer;
O exemplo destas mulheres, numa altura em que o normal é cada um puxar a brasa para a sua sardinha, comove qualquer coração e deixa bem evidente que também somos capazes de proezas notáveis, dignas de menção e de registo;
Ainda segundo esta conceituada empresária guineense (N`né Mané), este evento só foi possível graças ao patrocínio do também empresário guineense, Braima Camará (Bá Quecutó) que, assim que soube da ideia, disponibilizou-se prontamente ajudar, sem qualquer contrapartida.
Entretanto, considerando que Braima Camará é um dos Candidatos à Liderança do PAIGC, para respeitar as diversas sensibilidades reunidas naquela comemoração e evitar a politização daquele que é o Dia mais importante das mulheres de todo o Mundo, na luta pela sua emancipação e na consolidação das suas conquistas sociopolíticas, ela, (N`né Mané) durante as suas intervenções e considerações, fez questão de não mencionar o nome do patrocinador, dando mais um exemplo de como é possível e pertinente separar as águas, sempre que isso contribua para criar um clima de paz, respeito e entendimento mútuo e para que no fim todos saíam a ganhar.
Aí está um bom exemplo à seguir e que demonstra que as nossas mulheres também podem – YES, YOU CAN! We are proud of you!
A MULHER GUINEENSE ESTÁ DE PARABÉNS!
POERA DJÚ
Lisboa
Ao presidente da Câmara Municipal de Bissau
Conselhos ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Bissau
É bom que o senhor saiba que estar à frente da Câmara de Bissau não implica apenas mandar varrer as ruas, retirar lixo do mercado de Bandim de vez em quando ou vender terrenos. É bom que o senhor saiba, que um presidente de Câmara para além de atributos, como, por exemplo, ser um bom gestor de recursos humanos, ter capacidade de gestão e planificação, deve igualmente ter um sentido de estética apurado, para contribuir para o embelezamento da cidade.
Pois só alguém com responsabilidades públicas a frente dos destinos de uma Câmara e com sentido de estética poderia entender que é URGENTE e NECESSÁRIO fazer no mínimo estas duas coisas, entre muitas outras:
1. Construir um jardim a volta da estátua Amílcar Cabral no aeroporto com lugares para as pessoas comuns que não respeitadas pelos governantes puderem se sentar e conversar tranquilamente num espaço verde. Muita gente não entende como é importante, hoje em dia, proteger espaços verdes. No coração de Manhattan em Nova Yorque existe o Central Park, um autêntico balão de oxigénio da cidade, esse parque é protegido dia e noite por todos por causa do seu valor e importância para a saúde das pessoas.
2. Retirar a montanha de lixo na avenida Pansau Na Isna (de Coqueiro à Santa Luzia). Custa acreditar que depois de esforços imensuráveis dos moradores ao longo da avenida para retirar toda a lixeira que se encontra nas valetas que estas se encontrem neste momento amontados em “exposição” ao longo da estrada. Isto é uma brincadeira de mau gosto ainda mais com o aproximar das chuvas e com probabilidades de alastramento de doenças por causa do lixo. Os moradores deveriam era apresentar uma queixa-crime contra a direcção da CMB por negligência, falta de sentido de responsabilidade e de clara agressão a saúde pública.
É preciso saber viver civilizadamente.
A.D."
Os novos pescadores
Aly,
A situação parece ficar cada vez mais descontrolada que até oficiais das nossas forças armadas e de segurança estão metidos no negócio de venda de facturas de pescado. A situação é a seguinte:
De acordo com a lei, aos navios de pesca que foram concedidas licenças são obrigados a fazer descarregamento de pescado, pelo menos uma vez por mês, com vista a abastecer o mercado nacional. Assim, de cada vez que um navio faz descarregamento no porto de Bissau e o pescado for encaminhado para ser armazenado na câmara frigorifica do ex-Projecto de Pesca Sem-Industrial em bandim, surgem oficiais que aparecem com pedidos de reserva de quantidades que vão de 5 a 25 toneladas de peixe, alegando que os mesmos se destinam a consumo nos quartéis.
Se for autorizado, por exemplo, se a quantia reservada for de 25 toneladas, correspondente a 1250 caixas de 20 KG, então o novo homem de negócio,já tem um cliente que entrega logo a factura e este em vez de pagar o preço real, por exemplo, suponhamos que uma caixa de corvina custa 7 mil FCFA, a cliente tem que pagar mais mil FCFA em cada caixa. Significa que o novo peixeiro fardado arrecada um lucro de 1.250.000
É o negócio mais fácil que já vi na minha vida, pois, basta entregar a factura. cabe a cliente ir pagar o preço real e entregar o lucro (1.250.000 FCFA) ao novo peixeiro que não enveste nem um tostão.
O negocio envolve não só oficiais das FARP, como do Ministério do Interior. Prometemos apresentar alguns nomes, caso seja necessário.
Bolingo Cá
Os suspeitos do costume...
A União Europeia e as Nações Unidas estão em sintonia quanto a medidas a tomar pela comunidade internacional para apoiar a resolução da crise na Guiné-Bissau, segundo um comunicado ontem divulgado em Bissau pela representação europeia. O comunicado surge na sequência de uma reunião, na terça-feira, entre o embaixador da União Europeia em Bissau, Joaquín González-Ducay, e o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas no país, José Ramos-Horta.
No final da reunião, segundo o comunicado, González-Ducay afirmou-se satisfeito com a "convergência completa de pontos de vista" sobre "as alternativas que a Guiné-Bissau tem pela frente, e as diferentes medidas que a comunidade internacional poderia adotar para favorecer a conclusão da crise atual e para criar as bases de uma democracia sólida, orientada ao desenvolvimento social e económico do país, em harmonia com os seus parceiros da sub-região".
Os dois responsáveis falaram "da exigência de uma abordagem inclusiva" para "garantir um roteiro de regresso à democracia baseado em eleições esperadas antes do fim de 2013", e da necessidade de se "enfrentar de forma definitiva a questão da impunidade, assim como a situação dos três refugiados humanitários que se encontram na Delegação da União Europeia na sequência dos acontecimentos de 21 de outubro de 2012", diz o comunicado. Evitar mais mortos e atos de violência e de intimidação "foi considerado como uma condição essencial para alcançar qualquer progresso na busca de uma solução duradoura", adianta o documento.
José Ramos-Horta reuniu-se recentemente em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e com outros responsáveis da Comissão e do Conselho. A 12 de abril do ano passado os militares fizeram um golpe de Estado e depuseram os governantes eleitos. As autoridades de transição que se seguiram ainda hoje não são reconhecidas pela maioria da comunidade internacional. A 21 de outubro uma suposta tentativa de golpe de Estado provocou cinco mortes. O capitão Pansau N´Tchama é acusado de ter comandado os elementos que tentaram fazer o golpe e está a ser julgado em Bissau. LUSA
Pansau Intchama: Os delírios do capitão
O Capitão Pansau Intchama, alegado protagonista da tentativa de assalto ao Regimento de Comandos, a 21 de Outubro de 2012, começou a ser julgado no Tribunal Militar Regional. O julgamento, que teve início ontem, visa 17 suspeitos acusados de atentado contra a Segurança do Estado, Traição à Pátria e tentativa de assalto ao local fortificado.
O considerado autor da tentativa de assalto ao Regimento de Comandos negou hoje ter sido o cabecilha operacional da acção, afirmando que o seu envolvimento foi imposto pelo antigo Chefe de Estado de Maior General das Forcas Armadas, José Zamora Induta, enquanto superior hierárquico, com quem mantinha relações muito privilegiadas. Tudo terá começado quando este o convocou, de Portugal para a Gâmbia, país que, segundo disse, o permitira visitar a sua família, em Bissau. Quando chegou a Banjul terá sido informado da missão, a qual não podia recusar, sob pena de perder a vida. Aceitou e envolveu-se na operação «contra a sua vontade».
Pansau Intchama acusou as autoridades gambianas de participação na operação, com conivência de proeminentes figuras políticas guineenses, de entre as quais se destacam Iancuba Indjai, da Frente Nacional Anti-Golpe, Óscar Barbosa, Marciano Silva Barbeiro, Tomás Gomes Barbosa, todos do PAIGC, Fodé Cassamá, militar na reserva e o então secretário de Estado dos Combatentes. Distinguem-se também Mussa Djata, actual responsável do Pelouro, e Silvestre Alves, advogado e líder do Movimento Democrático Guineense (MDG).
Ainda numa das suas passagens, o Capitão fez referência a Domingos Simões Pereira, na altura Secretário Executivo da CPLP, com missão de coordenar a parte política do acto, e Joseph Mutaboba, o último Representante do Secretário-geral da ONU em Bissau, afirmando que este último teria aconselhado Zamora Induta a escolher um oficial subalterno para dirigir a acção, e não uma alta patente. Daí a razão da sua escolha, apesar de ter dito, nas suas intervenções, que não foi o líder da operação. Pansau Intchama permaneceu, por alguns momentos, irritado com as perguntas dos advogados, obrigando à intervenção do colectivo de juízes, tendo-se mostrado revoltado por ter sido «abandonado» em Portugal pelo Estado guineense, depois de ter terminado o curso de infantaria.
Enquanto falava, os outros suspeitos, nomeadamente o Capitão-de-mar-e-guerra, Jorge Sambu, e o Tenente Coronel Braima DEDJU, mostravam total discordância das declarações. Apesar disso, Pansau Intchama não desarmou e, durante o seu testemunho, assumiu ter sabotado a operação ao perfurar com balas o pneu da viatura com a qual assaltaram o Regimento de Comandos em Bissau, depois da missão cumprida e quando se preparavam para deixar o aquartelamento. Justificou esta atitude com o facto de as armas roubadas irem ser entregues à juventude do PAIGC, não estando disposto a tal acção. O julgamento deste caso vai prosseguir, dado que faltam ainda ouvir 13 dos 17 acusados.
quarta-feira, 13 de março de 2013
A não perder
"O Somos África desta semana é imperdível. António Aly Silva, o editor do blog Ditadura do Consenso é o nosso convidado. Exilado em Lisboa, o Jornalista fala do Blog que já atingiu 6 milhões de visualizações e incomoda o actual regime em Bissau. Não perca o Aly com toda a sua irreverência de Sexta para Sábado, entre a meia-Noite e a uma da manhã, e no Domingo às 10 horas da manhã. Já sabem, no www.radion.pt no internet explorer ou em 88.4 FM e 89.2 FM no norte e grande Porto, em 94.0 na região Oeste ou em 96.0FM e 105.6FM no Alto e baixo Alentejo!"
Promoção da rádio NFM.
O cúmulo da MENTIRA do Século XXI
"O tráfico de droga diminuiu consideravelmente. As estatísticas revelam que está consideravelmente diminuída a utilização do nosso território no referido tráfico transatlântico devido ao empenho do governo de transição, apesar de se levantarem ainda vozes infundadas contra esta realidade."
Mamadú Saido Baldé, ministro da Justiça do governo de transição da CEDEAO e da Guiné-Bissau
NOTA: Que estatística? E, já agora, feita por quem? AAS
terça-feira, 12 de março de 2013
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