sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Bubo reforça segurança


Por estas dias, o ex-CEMA Bubo Na Tchuto é um homem ainda mais precavido: hoje, o acossado almirante é guardado por mais de uma dezena de militares, alguns afectos à Marinha e também elementos da Polícia de Intervenção - os chamados de 'angolanos'. De acordo com uma fonte do DC, o almirante "desconfia da existência de um complot contra a sua pessoa." Entretanto Bubo Na Tchuto, adiantou a mesma fonte ao DC, continua a circular por Bissau. Recorde-se, o almirante passou muito tempo na prisão, tendo sido acusado de tentativa de golpe de Estado, mas nunca foi julgado por falta de provas. Há menos de duas semanas, numa reunião na presidência, Bubo terá manifestado algum desagrado sobre seu caso ao 'presidente de transição', pedindo a sua reintegração na marinha e quiçá a sua promoção a CEMA, cargo que de resto ocupava aquando da 'tentativa de sublevação'. Ah, e hoje até choveu em Bissau... AAS

Relatório minoritário*


"Mali ao longe (e ao perto)

Há 68 anos, a França e a Alemanha, construtores da União Europeia, estavam em guerra. E há 51 anos ainda não tinham um tratado de amizade. Colocadas as coisas em perspectiva, a luta francesa no Mali, feita em nome e a favor dos africanos, parece coisa pequena, pouco dramática, menor.

Mas é a forma das coisas que hão-de vir.

Das forças especiais do COS aos fuzileiros e pára-quedistas da Legião, com helicópteros e aviões de reconhecimento inapropriados (o P3P português fazia ali falta, como foi aliás pedido), a França mostrou que a qualidade e a preparação dos seus homens conseguem estabelecer a diferença no terreno. Mas pode ter começado uma longa campanha de atrito, Afeganistão ao pé da Guiné-Bissau, não longe do Magrebe e da Europa.

O pior destes conflitos é o paradoxo de uma ameaça distante, remota, estranha, que no tempo dos nossos avós seria exótico, se transformar num risco imediato e permanente: sobre torres gémeas, nas margens do Tamisa, no cais de Orsay, numa catedral de Roma.
"

* Por: Nuno Rogeiro, Politólogo
Publicado na revista SÁBADO
Edição Nr. 456, de 24 de janeiro de 2013

Florestas arrasadas: O presidente da Associação de Jovens de Fulacunda, no sul da Guiné-Bissau, denunciou hoje o «abate indiscriminado» de árvores de grande porte nas matas da zona por madeireiros chineses que dizem ter autorização do governo central.


Leia AQUI sobre o «abate indiscriminado» de árvores. AAS

Ditadura do Consenso já alertara... Morreram no naufrágio de 28 de dezembro, mais de 50 pessoas! O 'Governo de transição' escondeu os números mas um deputado eleito pelo círculo Bolama-Bijagós denunciou hoje que o número de mortos está "muitas dezenas acima do anunciado". AAS

Quer estudar no Brasil?


Universidade brasileira abre processo seletivo para estudantes estrangeiros

A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), localizada na cidade de Redenção, no Ceará – Brasil, abre inscrições, nesta segunda-feira (28), para estudantes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Ao todo, são 192 vagas distribuídas nos sete cursos de graduação da universidade, são eles: Ciências da Natureza e Matemática (18), Letras – Língua Portuguesa (20), Administração Pública (20), Agronomia (18), Engenharia de Energias (18) e Interdisciplinar em Ciências Humanas (80). As inscrições seguem até o dia 25 de fevereiro.

Para participar da seleção, o candidato deve seguir os seguintes critérios: ter entre 18 anos completos e 29 anos incompletos, até a data de inscrição; ter concluído o Ensino Médio (Secundário) até a data de inscrição; não ter sido beneficiado com qualquer bolsa ou programa do Estado brasileiro; não ter concluído qualquer curso superior (bacharelado, licenciatura, tecnológico) em instituição pública no Brasil.

O processo de inscrição está dividido em duas etapas: na primeira, o candidato deve preencher o formulário eletrônico, disponível no site da Unilab (www.unilab.edu.br), indicando a primeira e a segunda opções de curso (o candidato só concorrerá ao curso de sua 2ª opção, caso as vagas para esse curso não tenham sido preenchidas por candidatos de 1ª opção). Após o preenchimento dos dados, é necessário assinar a cópia impressa. Na segunda etapa, o interessado deve entregar nas Missões Diplomáticas brasileiras de seus países os documentos exigidos:

- Cópia impressa do formulário eletrônico de inscrição, datada e assinada;

- Certidão de nascimento;

- Passaporte;

- Histórico escolar, com relação das disciplinas cursadas e notas obtidas de todos os anos do Ensino Médio;

- Certificado de conclusão do Ensino Médio

- Atestado de saúde física e mental recente, com, no máximo, 30 dias de expedido;

- Documentação que comprove meios de subsistência;

A seleção consistirá na análise do histórico escolar do candidato e na correção de uma redação, em que serão avaliados os critérios de adequação, coerência e coesão, clareza e domínio da Língua Portuguesa.

Os candidatos serão classificados de acordo com o princípio da equidade na distribuição das vagas entre os países parceiros e a ordem de classificação do estudante, segundo a nota final da avaliação. Caso não sejam preenchidas as vagas disponibilizadas em um curso, para um ou mais países, estas serão remanejadas para outro país, em que haja candidatos aprovados.

A divulgação do resultado está prevista para abril. Após a publicação das listas preliminares, os candidatos terão até 10 dias úteis para assinar a Confirmação de Interesse, na Missão Diplomática onde se inscreveu. O período, local e horário de matrícula dos estudantes estrangeiros selecionados serão informados durante a divulgação da classificação final. O início das aulas está marcado para o dia 03 de junho de 2013.

Para ver o edital e obter mais informações, acesse o site da Unilab: www.unilab.edu.br

Contatos:

Reginaldo Aguiar – assessor de comunicação

+55 (85) 3332.1330 / 8892.5881

Droga: França aponta o dedo


O ministro françês dos Negocios Estrangeiros, Laurent Fabius, aquando da sua intervenção perante o Senado francês, pôs em causa a Guiné-Bissau, indicando-o como sendo a plataforma giratória do tráfico da droga no financiamento dos grupos presentes no norte do Mali (Aqmi, Mujao, Ansar Dine).

«No que toca a África, uma grande parte da droga provém da América, nomeadamente da América do Sul por um Estado que infelizmente se converteu num Narco Estado, a Guiné-Bissau, onde a droga é introduzida», explicou o chefe da diplomacia françesa. «A droga vai até ao Este da África, uma parte dela chega até ao Sahel,..."

Cabo Verde designa representante


O Deputado cabo-verdiano no Parlamento da CEDEAO, Orlando Dias acaba de ser designado pelo Presidente daquele órgão legislativo e político da África Ocidental, membro da Comissão ad hoc, para acompanhar, fiscalizar, mediar e encontrar soluções para ultrapassar as crises políticas no Mali e na Guiné-Bissau.

Dias, que é Deputado e Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do MpD, espera que a missão do Parlamento da CEDEAO, com Sede em Abuja, Nigéria, contribua para a estabilidade, paz, democracia, liberdade e desenvolvimento para os povos maliano e bissau-guineense. A estabilidade e a segurança nestes países dizem directamente respeito a Cabo Verde, e é nossa obrigação encarar essas situações de ameaça aos Estados e aos povos com sentido de responsabilidade, remata o parlamentar.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

DROGA: Guiné-Bissau é o "armazém" de Cabo Verde


A acção contra o crime organizado que a Polícia Judiciária (PJ) de Cabo Verde desenvolve em concertação estreita com as suas congéneres de Portugal, Holanda e França, é justificada por ilações tais como a de que o narcotráfico na região (outras ramificações identificadas), utiliza a Guiné-Bissau como “armazém” de Cabo Verde. A droga armazenada na Guiné-Bissau (centro de organização e distribuição, segundo terminologia também aplicada), tem como destino principal a Europa, num fluxo que compreende diferentes processos e vias – por terra e por mar. A acção da PJ de Cabo Verde é avaliada positivamente pelos especialistas europeus que com ela cooperam; consideram, no entanto, que não dispõe de recursos técnicos que lhe permitiriam elevar o grau de eficácia da sua acção.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A mulher mais rica de África?



ELA

Em que ficamos? A UA diz uma coisa, a ONU diz outra completamente diferente... Entendam-se!!! AAS

UA destaca "evolução positiva"...


A evolução positiva da situação na Guiné Bissau foi destacada hoje em Addis Abeba, Etiópia, pelo representante da presidente da Comissão Africana (CUA), Ovideo Pequeno. Em declarações à imprensa angolana, no âmbito da 20ª Cimeira dos chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), o diplomata baseou a sua afirmação no facto de na semana passada o PAIGC ter assinado a “Carta de Transição” e o “Acordo Político”, dois dos documentos que regulam o processo de transição em curso no país.  

Além desse passo, acrescentou o representante de Nkosazana Dlamini-Zuma para a Guiné Bissau, foi criada a nível da Assembleia Nacional uma comissão cujo objectivo é debater possíveis caminhos e posições futuras para a implementação efectiva do processo em curso. “Creio que há sinais totalmente bons e há uma vontade política de todos os actores políticos guineenses para a saída da crise”, realçou o diplomata de nacionalidade santomense. Saudou a nomeação do antigo presidente de Timor-Leste, Ramos Horta, para representante do secretário-geral da ONU, Ban Kimoon, para àquele país, e considera salutar o envolvimento e concertação de todas instituições internacionais para a resolução da situação na Guiné Bissau.

Para já, realçou a colaboração entre a ONU, UA, CEDEAO, CPLP e a União Europeia, organizações que recentemente participaram numa reunião de avaliação, coordenada pela União Africana, com o objectivo essencial de colher elementos, analisar, estudar “in loco” os problemas e apresentar sugestões e recomendações concretas. “Neste momento em que vos falo, a União Africana já concluiu o seu relatório a ser entregue a essas organizações e penso que a margem dessa sessão vamos fazer consultas e adoptar posições que vão ser entregues ao Conselho de Segurança da ONU para se ter uma posição comum sobre a situação na Guiné-Bissau”, sublinhou.

Ban Ki-Moon: "Violações de Direitos Humanos na Guiné-Bissau não podem ser toleradas"


As Nações Unidas estão preocupadas com relatos de assassínios e buscas extrajudiciais na Guiné-Bissau, violações de Direitos Humanos que "não podem ser toleradas", afirma o secretário-geral Ban Ki-moon. No seu último relatório sobre a situação na Guiné-Bissau, a que a Lusa teve acesso, o secretário-geral da ONU apela ao diálogo entre todas as partes para acordar um roteiro de um "período de transição" que inclua a realização de eleições e um consenso alargado sobre um conjunto de reformas para reforçar a estabilidade política e social.

Quase um ano depois do golpe de Estado de abril de 2012, em que altos oficiais guineenses depuseram as autoridades eleitas, Ban Ki-moon considera de "grande preocupação" a "contínua falta de controlo e supervisão civil sobre as forças de segurança e defesa e tentativas insistentes de alguns políticos para manipular os militares para benefícios sectários". LUSA

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Aristides Ocante da Silva, Candidato à presidência do PAIGC


PELO PAIGC, FORÇA, LUZ E GUIA DO NOSSO POVO
SOU CONTINUADOR DE CABRAL
                                                                                                    VOTA ARISTIDES OCANTE DA SILVA

Mensagem de Novo Ano
 
Caros miltantes e simpatizantes do Partido,
Caros compatriotas
 
No limiar de um mais um ano, gostaria em meu nome pessoal, no da minha esposa e de toda a minha família, exprimir os meus profundos sentimentos de  esperança num futuro melhor e risonho para o nosso querido país, a Guiné-Bissau.
 
É com esta nota de esperança e de convicção, que começo por formular à todos os militantes, responsáveis, dirigentes e simpatizantes do PAIGC, os meus melhores votos de boa saúde, muitas felicidades e sucessos em tudo o que terão empreendido, em 2013, na busca de uma maior prosperidade e realizações pessoais altamente positivas.
 
À todos os guineenses, homens, mulheres, jovens e crianças,  no território nacional ou na diáspora, e em particular aos nossos Combatentes da Liberdade da Pátria, os meus votos de uma Guiné-Bissau políticamente estável, socialmente justa, democrática e institucionalmente funcional, e  onde germinam as sementes do desenvolvimento sócio-económico e da paz social duráveis.
 
É pois, nesta perspectiva, que coloco toda a minha confiança nos guineenses, em geral, e nos militantes e simpatizantes do nosso grande Partido, de que podemos definitivamente virar as páginas dolorosas de um passado recente, e apostarmos na escrita de novas páginas, assentes em valores tais como a unidade nacional, a justiça e solidariedade sociais, a reconciliação nacional, a cidadania, a auto-estima, a família, o trabalho e o amor.
 
Para mim, estes valores engendram inestimáveis qualidades e virtudes humanas tão indispensáveis à construção da nação guinense, à consolidação do Estado de direito democrático e ao reforço da nossa identidade nacional. Neste âmbito, é minha profunda convicção que o PAIGC, pode desempenhar um papel catalizador de energias novas e em poupança,  partindo do postulado da sua transformação interna, quer em termos de visão global do desenvolvimento da Guiné-Bissau, quer a nível estrutural, como do seu funcionamento.
 
A realização do VIII Congresso Ordinário do PAIGC é uma nobre ocasião, não só de ver efectivado este desiderato, mas também,  por um lado, uma oportunidade de marcar honrosamente as comemorações do 40º aniversário da independência do nosso país e de um reencontro com a história, e por outro lado, de celebrar o 40º aniversário do assassinato do Camarada Amílcar Cabral que, foi um dos maiores pensadores africanos do século XX e os 50 anos do início da luta armada de libertação nacional, com o ataque à guarnição militar colonial de Tite.
 
Julgo, com muita determinação e humildade, ser o portador destes valores, destas esperanças e da vontade de transformar e modernizar o PAIGC. Por isso apelo ao voto massivo, em mim, dos delegados ao Congresso.

Que assim seja este ano;
Que 2013 seja o ano da revitalização do PAIGC e do legado teórico de Amílcar Cabral e dos Combatentes da Liberdade da Pátria;
 
Viva o PAIGC
Viva a Guiné-Bissau

Aristides Ocante da Silva                                                                                             

À memória de Amílcar Cabral, assassinado há 40 anos
 
Que perfil para o candidato à liderança do PAIGC? “O consenso generalizado dos miltantes, quadros e combatentes da liberdade da Pátria”

O Presidente do  PAIGC é, de acordo com o espírito e a letra dos estatutos do Partido (art. 37º), “o órgão representativo máximo do Partido, que coordena e assegura a sua orientação permanente, velando pelo seu funcionamento harmonioso e pela aplicação das deliberações dos seus órgãos nacionais…”.
 
Ainda nos termos estatutários, “são considerados candidatos ao cargo de Presidente do PAIGC, os primeiros subscritores de Moções de Estratégia a apresentar ao Congresso”.  Qualquer estratégia de um candidato á liderança do Partido deve prosseguir os seus fins, ou seja, a realização dos objectivos fundamentais (art. 3º) para os quais  foi criado e, sobretudo após a conquista das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde, designadamente:
 
• Consolidar a independência nacional, preservando a soberania e a identidade cultural da Guiné-Bissau;
• Consolidar a unidade nacional, combatendo o espírito tribalista, racista e regionalista exacerbado;
• Consolidar a democracia  e os fundamentos do Estado de direito democrático, e promover e defender os direitos e  liberdades fundamentais dos cidadãos;
• Promover o desenvolvimento económico e social  da Guiné-Bissau, a sua integração económica sub-regional, regional e internacional.
 
Para conduzir o Partido à prossecução destes objectivos no âmbito de uma estrita observância do acima exposto e das demais Leis da República, o candidato à liderança  deve observar estritamente os princípios morais e éticos, veiculados pelos estatutos, o que pressupõe, no entendimento de uma larga maioria dos militantes, ter um candidato que cumpra, em primeiro lugar os deveres de um simples militante (art. 15º dos Estatutos), nomeadamente:
 
• Manter total fidelidade aos príncipios do Partido, e firme determinação na defesa da democracia;
• Lutar pela realização do Programa do Partido;
• Melhorar constantemente a sua qualificação técnica, científica e cultural;
• Elevar o nível da sua formação política e ideológica, esforçando-se por aprender e aprofundar de forma crítica, o legado teórico de Amílcar.
 
E, em seguida possa assegurar uma presidência de excelência ao PAIGC, dotando-se de alguns atributos essenciais, tais como definidos no perfil traçado por um grupo de militantes e quadros do Partido e por um grupo de veteranos da luta armada de libertação nacional:
 
• Militância activa no PAIGC e destaque na realização de actividades nas estruturas partdárias;
• Isenção total de suspeita de actos criminais graves, nomeadamente comprometimento com actos lesivos aos interesses do Partido e da Nação;
• Formação ou preparação e experiência políticas sólidas;
• Competência e experiência profissionais e de gestão e administração demonstradas,  pelo menos 15 anos, com provas sobejamente dadas;
• Ser militante e responsável do Partido, pelo menos 15 anos;
• Capacidade de assegurar a linha ideológica  do PAIGC, desde a sua fundação, passando pela luta de libertação nacional, até aos nossos dias; 
• Espírito de manutenção e consolidação da democracia interna e da prática política de gestão transparente;
• Profundo conhecimento dos Estatutos do Partido e dos instrumentos que orientaram o PAIGC na luta de libertação nacional e após a independência, nomeadamente as obras de Amílcar Cabral;
• Credibilidade junto dos quadros técnicos afectos ao Partido, assim como os outros, por forma  a despertar neles, o entusiasmo, a criatividade e o dinamismo necessários à libertação de iniciativas individuais na procura de melhores soluções aos problemas essenciais que afectam o PAIGC e a sociedade guineense;
• Apostar no resgate da credibilidade interna  e externa do Partido e do país.
 
As razões da minha candidatura à presidência do PAIGC
 
A minha decisão de candidatar ao mais alto cargo do Partido é o fruto de uma longa e profunda reflexão pessoal, que mais tarde veio a ser partilhada por vários militantes, quadros e simpatizantes do nosso Partido e pessoas anónimas, ao longo do tempo. Essa reflexão assenta-se básicamente, nas respostas às seguintes questões que se prendem com a vida do Partido e os seus ideais:
 
1) Será que eu , após 37 anos de actividade política, posso melhor dar a minha contribuição para preservar o legado político teórico de Amílcar Cabral?
 
2) Será que reúno suficientemente os requisitos necessários para que possa mellhor interiorizar e defender o programa do Partido, e implementar a sua estratégia  nesta conjuntura política e sócio-económica que o país atravessa?
 
3) Como é que eu posso promover e garantir um maior respeito pelos valores históricos da luta de libertação nacional, assim como os sacrifícios consentidos pelos heróicos Combatentes da Liberdade da Pátria?
 
4) Será que, eu, Aristides Ocante da Silva, posso imprimir uma dinâmica de modernização e de transformação do Partido, quer a nível da sua visão a médio e longo prazo, da estabilidade e do desenvolvimento económico e social, institucional e dos recursos humanos do Estado da Guiné-Bissau, quer a nível do funcionamento das suas estruturas?
 
5) Será que sinto-me capaz de promover o diálogo permanente, aberto, inclusivo, participativo, baseado no trabalho de equipa, no exercício prático da liderança partidária e com todos os parceiros sociais e formações políticas?

Em primeiro lugar, gostaria de dizer sincera e modestamente que as minhas respostas são afirmativas e positivas em relação à todas estas questões. Em segundo lugar, porque creio que, os 37 anos de actividade política nas estruturas do Partido que me viu nascer e crescer, me conferem a capacidade de enfrentar estes desafios, posso cumprir esta missão, resgatando e reorientando o PAIGC para a prossecução dos seus objectivos programáticos, neste momento particularmente difícil da sua vida e da sua luta. Em terceiro lugar e, fundamentalmente porque sinto que posso satisfazer a ansiedade dos  militantes, simpatizantes do nosso grande Partido, e  exprimida nas suas reflexões sobre o  tipo e o perfil de Presidente que querem para o Partido. Como? As  acções à desenvolver, bem como as estratégias serão, por, mim apresentadas no quadro da moção de estratégia eleitoral. A minha candidatura é provavelmente um reencontro com o destino.
 
Pelo PAIGC, Força, Luz e Guia do nosso Povo
Sou Continuador de Cabral

Aristides Ocante da Silva, candidato à presidência do PAIGC
 
Quem é Aristides Ocante da Silva?
 
46 anos, Casado, Biólogo, Ex-Investigador do INEP, Membro da Comissão Permanente do Bureau Político do PAIGC, Deputado e ex-Ministro
 
Iniciação à política desde tenra idade
 
Nascido em Bissau, em 23 de Dezembro de 1966, de uma modesta família guineense, cujo pai era empregado comercial e a mãe doméstica, Aristides Ocante da Silva, desde criança revelou-se um brilhante aluno, que logo cedo despertou a atenção dos seus professores que, na altura eram responsáveis da selecção dos pioneiros “Flores de Setembro” (7 à 9 anos) e “Abel Djassi (10 à 15 anos).
 
Aos 9 anos de idade, inicia as suas actividades políticas como Pioneiro Abel Djassi. Aos 12 anos foi escolhido como Pioneiro-Chefe dos primeiros acampamentos de pioneiros na Guiné-Bissau e em Cabo Verde. Aos 17 anos, foi o mais jovem membro eleito do Conselho Central da JAAC, no I Congresso desta organização em 1983. Participou nos acampamentos e assembleias  internacionais para pioneiros, na ex-RDA e em Bulgária. Aos 18 anos, jura a bandeira como militante do PAIGC e foi militante deste Partido, no Comité de Base do Liceu Nacional Kwame N´Krumah, e na zona da Docência, em Bissau.

No plano académico, ao longo dos seus estudos secundários, de 1977 à 1984, foi, ou melhor aluno da classe, ou se encontrava entre os melhores, tendo sempre entrado no quadro de honra do Liceu nacional Kwame N’Krumah, o maior estabelecimento de ensino do país, com as médias finais, oscilando entre 16 e 18 valores, num máximo de 20.
Começa a trabalhar aos 16 anos, no quadro da brigada pedagógica, como professor de trabalho produtivo e no centro de documentação e, após concluído os estudos liceais, dá a sua contribuição requerida pelo sistema, leccionando como professor de formação militante no Liceu Nacional Kwame N’Krumah. Durante este período foi funcionário do Departamento de Informação, Propaganda e Cultura, do Secretariado do Comité Central do PAIGC, sob a orientação dos camaradas, Helder Proença e Filinto Barros, assessorando mais tarde os serviços de imprensa do camarada Vasco Cabral, na altura Secretário Permanente do Comité Central do partido. Desempenhou, de 1984 a 1986, as funções de Director do Jornal Vanguarda Juvenil e mais tarde, foi promovido à Chefe de Redacção do Programa Rádio Libertação, emitido através da RDN; Integrou missões do Partido na ex-União Soviética (1984 e 1985).

O tempo dos estudos universitários

Em 1986, deixa o país para a França, onde frequenta os estudos superiores, com uma preparação linguística e propedéutica na Universidade de Rouen (Seine Maritime), e depois obteve o Diploma de Estudos Universtários Gerais Cientificos, (DEUG) em Ciências da Vida e da Terra (SVT), opção Ordenamento, a Licenciatura em Biologia de Organismos, o Mestrado em Biologia de Populações e Ecossistemas, e finalmente a menção Ambiente do mesmo mestrado na Universidade de Ciências e Técnicas Paul Sabatier (UPS), Toulouse III, França.

Uma ascensão política brilhante e fidelidade indefectível ao PAIGC

Após o regresso dos estudos universitários em França, exerce as suas actividades de militante do Partido e colabora com o Secretariado do Comité Central. Entra no Comité Central do PAIGC, em 1998, aos 31 anos de idade no V Congresso, em Bissalanca, arredores de Bissau. Um ano depois, com o fim do conflito político-militar de 7 de Junho de 1998, torna-se simples militante no Congresso Extraordinário realizado em Setembro de 1999, em Bissau.

Em 2002, no VI Congresso Ordinário do Partido, em Bissau, foi eleito membro do Comité Central, do Bureau Político e em seguida da Comissão Permanente do Bureau Político. Desde então, está entre os 10 mais altos dirigentes do PAIGC. Foi um dos Co-Fundadores do Conselho Nacional de Quadros, Técnicos, Simpatizantes e Amigos (CONQUATSA) do Partido, e, por orientação da Direcção Superior do PAIGC, foi o seu Vice-coordenador de 2003 à 2007.

Em 2008, no VII Congresso Ordinário, em Gabú é  reeleito membro do Comité Central e do Bureau Político, e em seguida da Comissão Permanente do Bureau Político (11 membros). Ocupa mais tarde, em 2009/2010, o cargo de Secretário dos Assuntos Estratégicos e Dinamização de Estruturas do PAIGC. Após o golpe de Estado de 12 de Abril 2012, coordena o grupo de trabalho do Partido para a gestão da crise político-militar.
 
Uma considerável experiência governativa e parlamentar

Foi Ministro 4 vezes: De 2005 a 2007 exerceu o cargo de Ministro dos Recursos Naturais, encarregue do Ambiente, para o qual foi nomeado por decreto presidencial do falecido Presidente João Bernardo Vieira, e de Presidente do Conselho de Ministros da Organização para o Aproveitamento do rio Gâmbia (OMVG). Após um breve regresso à Assembleia Nacional Popular (ANP) e, na sequência das eleições legislativas de Novembro de 2008, fui nomeado, em 2009, por decreto do mesmo presidente, Ministro da Educação Nacional, da Ciência e Cultura, cargo que veio a deixar, para passar a exercer, entre 2009 e 2011, o de Ministro da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, nomeação feita por decreto do falecido Presidente Malam Bacai Sanhá.
 
Após a remodelação governamental de Agosto de 2011, foi-lhe confiado as funções de Ministro da Função Pública, Trabalho e Modernização do Estado, Presidente da Conferência de Ministros do Emprego e da Formação profissional da UEMOA, e Presidente da Conferência de Ministros do Observatório Africano da Função Pública (OFPA), até o golpe de Estado de 12 de abril de 2012.

A nível parlamentar, Aristides Ocante da Silva, foi eleito Deputado da Nação, em 2004 e 2008, cabeça de lista do PAIGC no círculo 9 (Quinhamel/Biombo), membro da Comissão Permanente da ANP, e Presidente da Comissão Parlamentar de Prevenção e Gestão de Conflitos (CEPGEC), na VII Legislatura.
 
No exercício destas funções, conduziu delegações do seu país à reunião do Conselho de Segurança das Nações sobre a Guiné-Bissau, da Configuração “Guiné-Bissau” da Comissão de Consolidação da Paz da ONU, e participou nas consultas da União Europeia sobre a Guiné-Bissau, em Bruxelas, em 2011, bem como chefiou delegações ministeriais da OMVG para negociações com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Tunis, o Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) e o Banco Internacional de Desenvolvimento da CEDEAO (BIDC) em Lomé.

Enquanto Ministro da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, participou nos esforços de resolução dos problemas colocados pleo levantamento militar de 01 de Abril de 2010, conduzindo reuniões de clarificação e de sensibilização com a ONU, a União Africana (UA), a União Europeia (UE), a CEDEAO, e a CPLP, e foi o co-promotor (com a UNIOGBIS) da Conferência Internacional de Sensibilização sobre a reforma do sector da defesa e segurança, em Junho de 2010, tendo orientado, durante dois anos, a estruturação desta reforma.

Foi Presidente do Comité de Pilotagem da Reforma do Sector da Defesa e Segurança e Presidente do Comité de Seguimento das Consultas com a União Europeia, no âmbito do Acordo de Cotonou entre a UE e os países ACP.
 
Oito anos de vida e de trabalho consagrados à investigação científica e a produção de conhecimentos.
 
Foi a partir de 1996, que o candidato ao cargo de Presidente do PAIGC, Aristides Ocante da Silva, abraça a carreira científica, enquanto investigador permanente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP), desenvolvendo actividades nos domínios dos estudos e pesquisa ambientais sobre o meio ambiente marinho e continental, as formas de utilização durável dos recursos naturais, a planificação e ordenamento da zona costeira e o desenvolvimento das comunidades na base.
 
Neste âmbito, obteve o título de investigador permanente júnior, investigador permanete sénior, e Director do Centro de Estudos Ambientais e Tecnologia Apropriada no mesmo Instituto, Coordendor da Rede Nacional de Planificação Costeira e Presidente do Comité Nacional MAB ( The Man and Biosphere, O Homem e a Biosfera) da UNESCO.
 
É autor e coordenador de mais de uma dezena de consultorias encomendadas pelo Governo da Guiné-Bissau, o Banco Mundial, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a UNESCO, a UICN, a a  Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI), SWISSAID, SNV Holandesa, as ONG’s (TINIGUENA, Alternag e AD), e  apresentou várias comunicações científicas em conferências, seminários nacionais e internacionais. Foi delegado ao Congresso Mundial dos parques, em 2003 em Durban, África do Sul, e no Congresso Mundial da UICN, em 2004, em Bangkok, Tailândia.

É autor de algumas publicações científicas no INEP e no quadro do Projecto ECOST 3, entre a Àfrica Ocidental, as Caraíbas e o Sudeste Asiático.
 
A Coordenação Estratégica  e o Grupo promotor
de Apoio à candiadatura de Aristides Ocante da Silva

O mal necessário


Após um longo período de instabilidade na Guiné-Bissau, o povo continua a sofrer e o país encontra-se economicamente paralisado com fortes tendências de desenraizar e sem condições constitucionais para a realização das eleições livres transparentes e justas agendadas para o mês de Abril de 2013, já que segundo a ONU, direitos humanos continuam a ser pisoteados e a raiz do golpe patchali pa tudo matu.
 
É de louvar a iniciativa dos partidos políticos de assinar o pacto de transição. Pois, o tempo não esta ao nosso favor!…
Tendo em conta a conjuntura política actual, seria injusto considerar este acto heróico, uma tentativa de legitimar (sentido jurídico) o golpe de estado de 12 de Abril suportado pela CEDEAO e condenado até então pelo mundo inteiro.
 
Ao meu ver, este entendimento entre irmãos, apoiantes do golpe e os detractores do mesmo incluindo a comunidade internacional, visa o restabelecimento da ordem constitucional para normalizar a situação nefasta que o país se encontra.
Foi sem dúvidas um resultado feliz e satisfatório de ambos os lados, proveniente dum diálogo sincero, aberto e com boa vontade, deixando de lado preconceitos e temores. Foi um momento de reflexão, consciencialização e de reconhecimento dos guineenses da imperiosa necessidade de mudar o essencial para erguer vitoriosamente a bandeira nacional; Caminhar para o rumo certo (ainda bem) e deixar atrás a ganância, o ódio, e os rancores; Abortar o sofrimento do povo e partir para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
 
Haja paz!
 
Londres, 22.01.2013
Vasco Barros

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Falta de juízo vs miragem


"É incrível a falta de senso e a desconexão da realidade dos golpistas, transicionistas e seus apoiantes! Primeiro cometem as barbaridades e depois, incapazes de assumirem publicamente as asneiras (para não usar outro termo) que fizeram, vêm gabar-se de terem razão e tentarem demonstrar a todo o custo que os errados são aqueles que até agora assumiram uma posição intransigente contra o golpe de estado e na defesa da constitucionalidade! É caso para perguntar, mas que raio de líderes, pensadores e algumas pessoas do povo temos naquele país!?

Então, deitam por terra anos de caminhada na consolidação da democracia no país, interrompem um processo eleitoral, deitando para o lixo todo o investimento monetário que se fez nesse processo, colocam o país numa posição socioeconómica mais difícil, com os principais parceiros internacionais a virarem-nos as costas, para não falar ainda da amputação dos direitos mais elementares da população, com a proibição de manifestações e espancamentos dos manifestantes, espancamentos de figuras públicas, assassinatos de jovens, e vêm dizer-nos agora que eles é que tinham razão, que o caminho que tem de ser percorrido é este e que almejam a paz mais do que aqueles que não pegaram em armas, não pactuaram com os militares, não cometeram nenhuma barbaridade e sempre condenaram publicamente esses actos bárbaros!? Agora querem, mais que ninguém, a reposição da Ordem Constitucional mas, ao mesmo tempo, dizem não terem dinheiro para organizarem umas eleições que eles mesmo suspenderam e que custou os “olhos da cara” ao país!?

Saem em defesa de artigos pontuais da Constituição, esquecendo-se que dezenas de outros artigos dessa mesma Carta Magna são diariamente violados por eles! Que “transição” pretendem e em que constitucionalidade falam, quando existem políticos e outros cidadãos fora do país, impedidos de exercerem os seus direitos de cidadania mais básicos e nem a própria pátria podem regressar em segurança!? Esquecem-se que a carta Magna pretende-se inclusiva de todos os cidadãos e não exclusiva de alguns interesses mais obscuros!? Que regresso a constitucionalidade querem, quando os militares continuam a deter o poder na Guiné-Bissau e a intimidar a população!?

É que, as vezes chego a perguntar se são eles que perderam o juízo de vez, ou se são os cidadãos guineenses que defendem a legalidade que estão a açlejar uma miragem!

Conforme dizia o treinador de futebol Luís Filipe Scolari: “E o burro sou eu, né!?”

Enfim!

Jorge Herbert"