segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

CORRUPÇÃO: + denúncias


"Caro Aly Silva

Antes de mais, desejo e á sua família um Feliz Natal e que o próximo ano seja de esperanças num futuro melhor.

Ontem, tive informações acções relacionados com os golpistas "Governo de Transição da Guiné-Bissau" cá em Portugal que terei que continuar a investigar. No entanto, quis partilhar consigo este cenário.

Há cerca de duas semanas que soube da chegada a Portugal do braço-direito do presidente Serifo Nhamadjo, um indivíduo de apelido "D.". Ontem, numa reunião tida com um conterrâneo guineense, informou-me que o "D." acabou de comprar a pronto pagamento um apartamento de luxo na Póvoa de Santo Adrião e que estaria a acertar os últimos detalhes relacionados com o referido apartamento. 

Pelas indicações recebidas, estes golpistas ligados ao 'presidente transição' Serifo Nhamadjo, estão a desencadear algumas operações financeiras e estão munidos de muito dinheiro, que terão trazido da China. Existem indicadores que apontam para a venda e estabelecimento de acordos obscuros revertendo os lucros para os golpistas.

Tentemos ao máximo investigar esta bandidagem porque presumo que um dos imóveis poderá ser adquirido a mando do próprio 'presidente' Serifo Nhamadjo. Aliás, há muitos familiares seus a residirem na Póvoa e esta será uma zona de eleição para a aquisição de imóveis.

Deixo-lhe esta informação e na medida que vou conseguindo mais pistas fornecer-lhe-ei de forma a termos mais informações para podermos denunciá-los publicamente. Acredito que juntos poderemos desmascarar este bando criminoso golpista que se apoderou da Guiné-Bissau.

Mantenhas"

Espancamentos: Comunicado da Liga Guineense dos Direitos do Homem


COMUNICADO À IMPRENSA

A Liga Guineense dos Direitos Humanos regista com enorme apreensão os actos de violência reiterada que têm sido perpetrados pelos indivíduos afectos às Forças de Defesa e Segurança, em particular após aos incidentes de 21 de Outubro de 2012.
Por motivos injustificáveis num estado de direito e democrático, o cidadão Edmundo Mendes, ex-Procurador Geral da Republica, anunciou publicamente a perseguição e agressão física de que foi vitima no dia 22 de Dezembro de 2012, supostamente pelos elementos das Forças de Defesa e Segurança.

Igualmente, no mesmo dia um cidadão José Carlos Macedo Monteiro, antigo Administrador de Sector de Gabú, foi espancado e se encontra neste momento hospitalizado nos serviços de cuidados intensivos do Hospital Nacional Simão Mendes devido aos ferimentos graves que lhe foram infligidos pelos agressores.

Estes actos tristes e hediondos, além de serem inadmissíveis a todos os níveis, evidencia o perigo que as Forças de Defesa e Segurança representam para os cidadãos e para a subsistência do próprio estado de direito e democrático.

Em face do exposto, a Direcção Nacional da LGDH delibera o seguinte:

1- Condenar sem reservas os actos de agressão física e espancamento do Ex-Procurador Geral da Republica e do Antigo Administrador de Gabu, Edmundo Mendes e José Carlos Macedo Monteiro, respectivamente;
 
2- Manifestar a sua profunda estranheza pelo silêncio das autoridades de transição face às violações sistemáticas dos direitos humanos nos últimos tempos;
 
3- Lamentar a manifesta incapacidade de ECOMIB para evitar as violações dos direitos humanos durante o período de transição;
 
4- Responsabilizar a CEDEAO e as Autoridades de Transição pelo abismo para qual estão a mergulhar o país, numa autêntica afronta aos valores da Paz, da Democracia e do Estado de Direito;
 
5- Expressar a sua solidariedade para com os cidadãos vítimas de violência gratuita e selectiva;
 
6- Exigir a abertura urgente de um competente processo criminal com vista a tradução a justiça dos autores destes actos repugnantes;
 
7- Exortar a comunidade internacional no sentido de accionar mecanismos adequados conducentes a uma solução duradoura que ponha termo as cíclicas crises políticas que redundam em violações sistemáticas dos direitos humanos.
 
Feito em Bissau aos 24 dias do mês de Dezembro de 2012

A Direcção Nacional

GOLPISTAS, APOIANTES E SIMPATIZANTES


 
Habitualmente um golpe de estado consiste na tomada do poder estatal pela via da força, sendo ele na sua maioria sustentada pela força militar... Habitualmente os argumentos para a legitimação de um golpe de estado consistem sempre no derrube de governos ou presidentes corruptos ou violentos, tentando dessa forma angariar a aceitação popular... Os golpistas vestem quase sempre a capa de heróis que conseguiram eliminar o mal e defensores ou portadores do bem para a sociedade.

Um golpe de estado é um acto que só consegue triunfar e manter seus propósitos, quando é aceite pela população na sua maioria, ou quando reúne forças ou capacidade violenta, o suficiente para intimidar e dominar a maioria da população descontente. Ora, sendo um ato violento (quando realizado sob intimidação armada) e portanto imoral, parece colher apoio popular nas sociedades não suficientemente alfabetizadas ou quando conseguem formas de disponibilizar recursos para o bem-estar social da população, em pouco tempo do domínio pela via da força. Também sabe-se que os governos golpistas tendem quase sempre a enveredar pelo trilho ditatorial, através do uso da força, não só como forma de intimidação da população descontente, mas como forma de fazerem valer os seus interesses e também ocultarem as suas incompetências.

A análise da evolução de várias sociedades que experimentaram golpes de estado, demonstra-nos também que os poderes militares, ou civis legitimados por militares, mesmo aqueles inicialmente apoiados pela maioria da população, acabam sempre por se desgastarem temporalmente, com consequente perda da popularidade, enveredando sempre para o trilho da ditadura violenta… Também não é menos verdade afirmar que os povos que viveram golpes de estado repetidos que conduziram a poderes ditatoriais opressores, responsáveis pelo agravamento da situação socioeconómica desses povos, tendem a desenvolver maior desprezo a esse tipo de poder e aos seus representantes.

Sendo um acto violento e portanto imoral, não é difícil perceber os reais motivos que levam alguma faixa da população com formação académica, moral e até cívica a apoiar esses actos violentos, uma vez que grande parte dessa manifestação de apoio assenta em três grandes motivações:

1. o possível ganho que esse acto violento pode aportar, sob várias formas;

2. a recuperação de algum estatuto ou bem que o governo anterior inibia de conseguir ou,

3. alguma desestruturação psicológica resultante de vivências sociais ou familiares, que levam alguns a assumirem a violência como um meio legitimo para se atingir um fim e até livrar o país e o seu povo de um mal maior!

Conforme dito anteriormente, os poderes impostos pela via da força tendem a desgastar-se ao longo do tempo, uns mais depressa que outros, conforme o grau da força que têm necessidade de usar para se perpetuarem no poder e a capacidade que tiverem para mobilizar recursos e meios e de colocá-los ao serviço da população. Esse último factor é o mais difícil de efectuar pelos ditadores golpistas, uma vez que a insegurança que os persegue durante o uso do poder, com o medo constante da perda rápida desse mesmo poder, leva-lhes a sentirem a necessidade de rapidamente desviarem os recursos naturais e financeiros do país para o garante do seu futuro e da sua família.

Ora, desgastando-se progressivamente, os ditadores golpistas tendem a perder progressivamente os apoios inicialmente conseguidos, engrossando cada vez mais o número dos contestatários. A mais difícil mudança de posição vem daqueles fervorosos adeptos que antes fizeram a questão de, logo nos primeiros momentos, manifestarem publicamente ou institucionalmente os seus apoios à essa subversão da ordem estatal ou constitucional. Esses acabam por ser vítimas das suas manifestações públicas ou institucional de imoralidade, sentindo-se posteriormente na obrigação, ou de se inibirem de manifestar publicamente os seus novos posicionamentos, a partir do momento em que a perda da popularidade desse poder violento torna-se evidente, ou então sentem-se obrigados a colocarem-se publicamente do lado da moralidade, da civilidade e do respeito pelas leis, regras e normas, correndo alguns riscos… Esse último gesto pode até ser visto como um acto de coragem, mas nem sempre é bem acolhido por aqueles que desde o início se manifestaram e até colocaram as suas vidas e o bem-estar em risco, em nome de valores sociais inalienáveis.

Como guineense, queria desde já manifestar a minha solidariedade para com todos os meus compatriotas que alguma vez foram vítimas, de forma directa ou indirecta, de poderes impostos pela força das armas, durante essas quase quatro décadas da nossa existência como país.

A história tratará de premiar uns e de julgar outros. O caminho deve ser sempre da condenação de forma incondicional de qualquer subversão violenta ou ilegal da ordem constitucional.

Jorge Herbert

domingo, 23 de dezembro de 2012

Espancado ex-Administrador de Gabú


Bastou a delegação da União Africana deixar Bissau, para que fossem retomadas as atrocidades. José Carlos, ex-Administrador da Região de Gabú, foi hoje violentamente espancado por militares, e está neste momento na unidade de cuidados intensivos do hospital nacional Simão Mendes, em Bissau. Ditadura do Consenso apurou ainda que Rui Nené também estará sob enorme pressão e até terá sido ameaçado de morte. Tudo indica que a pressão, que terá partido do PRS e dos militares, tem como finalidade fazer Rui Nené demitir-se do cargo de presidente da CNE, que acumula com o de vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça.

Já o ex-Procurador Geral da República, Edmundo Mendes, foi mesmo agredido fisicamente no sábado à noite, na cidade de Cacheu, por militares e elementos da Guarda Nacional Guineense, segundo acusações do próprio em conferência de imprensa, hoje, na sua residência em Bissau. AAS

Militares agridem antigo PGR Edmundo Mendes


O antigo Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau Edmundo Mendes disse este domingo ter sido agredido fisicamente no sábado a noite, na cidade de Cacheu, por militares e elementos da Guarda Nacional Guineense.

Em conferência de imprensa na sua residência, Edmundo Mendes, que exerceu o cargo de Procurador-Geral guineense entre agosto de 2011 e agosto de 2012, afirmou que tem sido "alvo de perseguições" desde que deixou o cargo de Procurador. "Quando deixei o cargo de (Procurador) prometi a mim mesmo não falar publicamente e não tenho estado a falar, mas desde o dia a seguir em que fui exonerado tenho sido alvo de perseguições permanentes e cada vez com mais intensidade", notou Edmundo Mendes. LUSA

Como derrubar ditaduras sem disparar uma arma



GENE SHARP explica... AAS



sábado, 22 de dezembro de 2012

APGB - As mordomias


Alguém, no facebook, deu-se a fazer contas:

Mariano Tavares

Se estiver errado por favor corrijam-me. Consultei uma página de câmbios e constatei que 1 EUR = 655,95700 XOF o que significa que 2.000.000,00 XOF = 3.048,98 EUR. Quanto é que ganha um médico que labuta para salvar vidas humanas na Guiné-Bissau? 15.000.000,00 XOF = 22.867,35 EUR para compra de mobiliário?

Uma viatura (todo o terreno, é certo) para todos os membros do conselho de administração! 11.427.520,00 XOF = 17.421,14 EUR para esse meliante que só agora descobriu que está doente e tem que se deslocar para Espanha à custa do erário publico?

É para isso que servem os golpes de estado. Gentes sem escrúpulo, sem pudor, umas autênticas aberrações da natureza, decapitaram o aparelho de Estado para viverem sugando a coisa pública. Valha-nos Deus, porque aquele povo merece um pouco mais de respeito.

Natal com afecto


8 TONELADAS DE AJUDA HUMANITÁRIA A CAMINHO DA GUINÉ-BISSAU
 
A ONGD “Afectos com Letras” viaja para Bissau, no próximo dia 25 de Dezembro, para a sua VII Missão Solidária, com um contentor 8 toneladas de ajuda humanitária destinada à população guineense, nomeadamente medicamentos para os doentes carenciados do Hospital Nacional Simão Mendes em Bissau, material médico-hospitalar, arroz, leite em pó, bolachas, massas, material didáctico, livros e brinquedos para as mais de 200 crianças das Creches de Djoló e de Varela, co-financiadas por esta Associação que assegura ainda o pagamento dos professores e o fornecimento de material escolar nestas duas instituições de ensino pré-escolar.
 
Durante as próximas 2 semanas, a equipa de cinco voluntários da ONGD, com sede em Pombal, irá ainda proceder à criação de uma pequena biblioteca na Ilha de Orango, no Arquipélago dos Bijagós, destinada à comunidade local bem como à extensão da Biblioteca que construiu em parceria com a Biblioteca Municipal de Pombal na capital guineense, no passado mês de Agosto. Esta Biblioteca, de acesso público e universal, que conta com um fundo documental de 13 000 livros e um espaço multimédia com 8 computadores, passará agora a ter uma nova ala técnica com livros de medicina, manuais de ciências sociais e exactas, obras de referência, dicionários e gramáticas.
 
A ONGD “Afectos com Letras” prevê ainda organizar uma festa de Natal para as crianças internadas no Serviço de Pediatria do Hospital Nacional Simão Mendes com actividades lúdicas, música e entrega de presentes com o objectivo levar um pouco de alegria e de esperança às crianças e jovens guineenses que por motivos de saúde estão privadas do convívio familiar nesta época festiva.
 
Pombal, 22 de Dezembro 2012
 
Para mais informações: 91 87 86792
Joana Benzinho
Pedro Esteves

Afectos com Letras - Associação para o Desenvolvimento pela Formação, Saúde e Educação
Rua Engenheiro Guilherme Santos, nº2, Escoural, 3100 Pombal – tel – 91 87 86 792
E-MAIL: afectoscomletras@gmail.com ** SITE – www.afectoscomletras.com
NIF 509301878

O paradoxo ianque


Foi com estupefação e imensa preocupação, que ouvi as declarações  do embaixador dos Estados Unidos da América (EUA) na Guiné-Bissau com residência em Dakar, Sr Lewis Lukens numa conferência de imprensa realizada aquando da sua recente e curta visita de algumas horas à Bissau. Intrigado e surpreso  também fiquei, por essa visita e a conferência de imprensa que se lhe seguiu, tenha ocorrido cronometricamente antes do inicio dos trabalhos da Comissão conjunta para a averiguação da situação politica militar na Guiné-Bissau, composta por peritos das NU/UA/UE/CEDEAO/CPLP.

Contudo, todos nós sabemos, que essa visita relâmpago não tem nada de inocente, pois ela visava deliberadamente criar uma impressão de um cenário de normalidade e estabilidade no pais apos o golpe de estado de 12 de abril. Pretendia-se com esse show-off diplomático criar na mente dos elementos da missão internacional conjunta, uma imagem de estabilidade de fachada a fim de tentar influenciar as suas conclusões, querendo inculca-los erroneamente com esse ato de hipocrisia, de que «efetivamente existem progressos assinaláveis no processo de transição em curso na Guiné-Bissau». Essa visita, não passa de um lobbyng desavergonhado e desesperado do diplomata americano a favor do presidente imposto pela CEDEAO na Guiné-Bissau, o Sr Manuel Serifo Nhamadjo.

Pode-se compreender perfeitamente esse cenário, se se tomar em conta os compromissos que se dizem assumidos entre Serifo Nhamadjo e o governo americano em troca do lobbyng americano ao regime golpista. Um compromisso, que segundo fontes diplomáticas bem informadas, implicam nomeadamente, entre elas, a autorização já dada aos drones americanos para realizar voos de reconhecimento do espaço aéreo guineense com vista a recolherem dados sobre zonas referenciadas com operações ligadas ao narcotráfico e um confirmado interesse da Africom nas Ilhas do Poilão, tendo em vista o estacionamento de um posto avançado de um corpo de elite do exercito americano especializado no combate ao narcotráfico... etc.

Tudo isso podemos perfeitamente aceitar, pois todos nos sabemos, que os norte americanos quando os seus interesses estão em causa, não olham a meios nem escolhem métodos para atingir os seus fins, e tal postura leva-os a firmarem muitas vezes pactos até com o diabo. Contudo, é bom que o potentado americano saiba que, os compromissos assumidos com Nhamadjo enquanto presidente de transição ilegalmente imposto, exercendo poderes ilegitimamente outorgados, só a eles engajam, porquanto nem ele, nem o seu governo fantoche têm quaisquer poderes ou legitimidade para engajarem o pais em qualquer acordo que seja, senão os que sejam e venham a ser rubricadas pelas instâncias legitimamente constituídas e que representam soberanamente o Povo da Guiné-Bissau.

A parte as derivas e a falta de respeito do embaixador Lukens para com o povo da Guiné-Bissau com essa sua intervenção grosseira e não equilibrada na avaliação da crise guineense, é bom que ele entenda no entanto, que os guineenses atentos não lhe permitirão toma-los por lorpas ou otários não reagindo as suas manobras lobbystas. Senão vejamos,

A atitude do embaixador Lukens, de realizar essa visita maliciosamente programada em guisa de antecipação do inicio dos trabalhos da missão conjunta (quiçá concertadamente retardada por um dia pela CEDEAO, devido atraso da sua delegação), constitui uma ingerência grosseira e vergonhosa de um pais que se quer respeitada nos assuntos internos de um pais pobre mas soberano, porquanto o seu ato deliberado e oportunista representa uma atitude de manifesta parcialidade e de clara tomada de posição à favor da fação golpista e do regime anticonstitucional e ilegal instalado na Guiné-Bissau.

Para os guineenses, esperava-se e exigia-se, que num processo dessa sensibilidade, que o governo estado-unidense estive à altura de uma nação de bem e dignar e honrar os guineenses com a tradição e grandeza de um pais dito defensor do ideal democrático dos povos, e não apunhalar o seu Povo pelas costas, juntando-se e fazendo lobbyng a favor de um regime ilegítimo constituído de golpistas e narcotraficantes imposto aos guineenses de forma grosseira e coerciva pela CEDEAO através de um método antidemocrático que causaria inveja às maiores e piores ditaduras africanas.

Não se compreende, como uma nação que se diz a mais poderosa do mundo, quer militarmente, quer economicamente e também, propalado paladino da liberdade e da democracia no mundo, tenha a ousadia de apoiar um regime saído de um golpe de estado levado a cabo por militares e políticos comprovadamente referenciados e acusados pelos EUA, como pessoas ligados à praticas do crime organizado e do trafico de droga à escala internacional. Portanto os EUA estão a apoiar um regime catalogados por eles mesmos, como sendo narcotraficantes internacionais.

A posição do embaixador Lukens, relativamente aos militares é de tal forma incompreensível que chegou a ser hilariante, pois com um ar paternal a roçar o patético, foi ao extremo da condescendia paternal e aconselhar pedagogicamente os militares para se absterem dessas praticas nocivas (conselho, que estou certo, entrou nos seus ouvidos a 100km e saiu a 300km). Uma atitude ridícula e preocupante, pois é certo, que este tipo de atitudes provavelmente, nunca se tinha verificado nos anais da politica diplomática norte americana relativamente a uma matéria tão sensível como é, o combate ao trafico da droga, questão em, que costumam ser intransigentes e implacáveis com quem quer que seja.

Não se compreende, também, a colagem obsessiva do governo dos EUA ao regime vigente em Bissau, em particular ao presidente de transição imposto pela CEDEAO na Guiné-Bissau, sabendo de antemão das fortes e estreitas ligações que este mantêm tanto com o regime iraniano, assim como o do Sudão de El Bachir (países que apoiaram financeiramente a campanha de Nhamadjo e que continuam a apoia-lo até hoje), tendo em conta, que o governo norte americano devido as fortes ligações desses países com o extremismo islâmico e o financiamento do terrorismo, mantém com eles relações tensas e com sérias medidas seguimento e de retenção.

Também, não se compreende a colagem do governo dos EUA a Serifo Nhamadjo, sabendo que grande parte da sua entourage politica e militar que também contribuíram financeiramente para a sua campanha com dinheiro e meios de proveniência duvidosa e, que hoje, muitos deles foram por ele colocados, ora no governo, ora nas empresas publicas (casos da APGB ou a Guiné-Telecom etc...) ora, como seus conselheiros ou assessores, são também pessoas identificadas pelo governo estado-unidense como pessoas altamente comprometidas com o trafico de droga e o branqueamento de capitais.

Por fim, não se compreende, o que faz com que, os EUA, rejeitem posicionar-se a favor de um candidato presidencial potencialmente vencedor de uma eleição democrática, dita pela Comunidade Internacional, justa e transparente, que foi abruptamente interrompida pelos militares, e na qual o candidato presidencial Carlos Gomes Jr, hoje estranhamente ostracizado pelos EUA, sairia seguramente vencedor. Posicionar-se ao lado desse candidato, seria o posicionamento  natural dos EUA, pois seria de acordo com os princípios que alegadamente defendem que, é de apoiar a legalidade democrática em coerência com a defesa da verdade, da liberdade democracia e da legitimidade do poder. Porém, paradoxal e surpreendentemente, os EUA surgem no terreiro diplomático estranhamente a defender um presidente impostor e fantoche, pois forjado através de um golpe de estado claramente sustentado por interesses tribais e do narcotráfico... é certo, que custa a acreditar, mas é essa a pura e incrível realidade da posição norte americana com a qual os guineenses estão a ser confrontados e surpreendidos neste processo de capital importância para os guineense.

São muitas as interrogações e incompreensões que dilaceram a alma do Povo martirizado da Guiné-Bissau devido a esta atitude dúbia dos EUA e, para a qual, infelizmente, a nação mais poderosa do mundo, não possui hoje em dia, nem honorabilidade, nem argumentos de coerência moral e ética, para lhe dar uma resposta convincente e justa. Porém, se compreendermos, que infelizmente, no seio dessa nação considerada a mais poderosa do mundo em quase todos os domínios do desenvolvimento social e económico, continua a haver comportamentos primitivamente retrógrados encarnados por cowboys esquizofrénicos e tresloucados, como se de um Pais Far-West se trata-se..., então,  o paradoxo ianque deixa de ser um mundo de incompreensões e interrogações e tudo se torna normal e paradoxal.nInfelizmente, essa é a realidade de um mundo particularmente bizarro, que afinal de contas, é os Estados Unidos da América.

Poseidon

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ATENÇÃO APGB - Mais escândalos e orgias no desvio de fundos, com provas documentais! Bô sinta bô sukuta. AAS

Guiné-Bissau: Sanções têm "reverso da medalha"


A investigadora Elisabete Azevedo-Harman alertou hoje (sexta-feira) que sanções económicas à Guiné-Bissau, como a anunciada pelos EUA, têm um "reverso da medalha" e devem ser acompanhadas por um esforço negocial por parte das instituições internacionais. Em declarações à Lusa, a investigadora do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa considerou que a decisão norte-americana de retirar a Bissau o estatuto de parceiro comercial privilegiado é mais uma forma de pressionar quem está no poder a definir um plano pós-transição.

"Fala-se em eleições, mas estas requerem recursos financeiros" e é necessário que o partido que estava no poder antes do golpe de Estado, o Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), faça parte do processo de negociação da transição, o que "está longe de acontecer", lembrou. O Governo actualmente em funções, que se auto - intitula "de transição", parece estar "numa situação de transição permanente" e as sanções visam pressionar para que haja negociações e cedências e "para que a comunidade internacional possa liderar um processo realmente de transição", disse a especialista, que há anos estuda o sistema político guineense. 

No entanto, Elisabete Azevedo-Harman sublinha que "não basta fazer este tipo de embargos" porque o isolamento internacional pode ter "um reverso da medalha, que é o Governo de transição sentir-se sozinho. A par das medidas punitivas tem de haver um grande esforço do lado das entidades internacionais para falar com o Governo de transição. Confio que isso esteja a ser feito, mesmo que não se estejam ainda a ver resultados", alertou. Para a investigadora, a situação na Guiné-Bissau "não vai mudar nada" se não houver esforços diplomáticos: "Tem de haver uma conjugação de esforços para dialogar e trazê-los à mesa, tanto a eles como ao PAIGC".

Além disso, sublinhou, os esforços têm de partir das várias partes envolvidas, incluindo a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que têm mantido posições opostas no que diz respeito à crise na Guiné-Bissau. "Também as entidades internacionais têm de dialogar", disse a professora, defendendo que "não se pode pedir às instituições guineenses que façam diálogo, quando as próprias entidades internacionais não o fazem ou vão para o diálogo de
costas voltadas". 

Admitindo que a visita à Guiné-Bissau - que hoje(sexta-feira) terminou - por uma missão internacional com representantes da CEDEAO e da CPLP pode indicar "uma tendência de mudança" nas relações entre as duas instituições, Elisabete Azevedo-Harman reiterou tratar-se apenas de um primeiro passo: "Não vemos ainda nenhum resultado. É caricato, mas o que se vê agora é que não há dialogo interno, mas também não há diálogo internacional" sobre a resolução da situação guineense.mNão há nenhum compromisso na mesa de que haja um entendimento da comunidade internacional", lamentou. 

A 12 de Abril, véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente. A Guiné-Bissau está desde então a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela CEDEAO, que pretende realizar eleições no país em Abril do próximo ano. A maior parte da comunidade internacional, incluindo a CPLP, não reconhece as novas autoridades de Bissau. Na quinta-feira, a Casa Branca anunciou a retirada à Guiné-Bissau, assim como ao Mali, do estatuto de parceiros comerciais privilegiados, uma sanção contra o que considera serem recuos democráticos naqueles países africanos. LUSA

APGB - ASSALTO DESAVERGONHADO AOS COFRES DO ESTADO


APGB 1

APGB 2

APGB 3

E assim vai a Guiné-Bissau, de anarquia em anarquia. AAS

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

APGB - Ditadura do Consenso publica hoje documentos comprometedores. A ver o que dirão desta vez... AAS


Ditadura do Consenso, mais tarde ou mais cedo, o seu blogue preferido! Mais de 5 milhões de visitas. Quem sabe, pode! AAS

EUA retira Guiné-Bissau da lista de privilegiados


O Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, anunciou ontem que os EUA retiraram a Guiné-Bissau e o Mali da sua lista de parceiros comerciais privilegiados, devido ao recuo da democracia nos respectivos países, decorrentes dos golpes de Estado que ali tiveram lugar. O agente Russel Hanks fez bem o seu trabalho de casa...

Obama optou por conceder o estatuto de parceiro ao Sudão do Sul, o mais jovem estado africano, no âmbito da revisão anual da lista do programa de crescimento e oportunidades para África, imposta por lei, e que tem em conta o estado das democracias africanas. A versão atual da lista foi instaurada pelo Congresso americano em 2000 e estabelece um regime de cooperação económica e comercial com o continente africano até 2015, facilitando as exportações africanas para os Estados Unidos. AAS

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Guiné-Bissau: Ramos Horta à espera de Ban Ki-Moon


O antigo Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos Horta, está a aguardar a decisão do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, sobre a atitude a tomar em relação à crise na Guiné-Bissau. No início de 2012, o Governo guineense recomendou a José Ramos Horta que tomasse parte numa solução para o conflito que está a decorrer na Guiné-Bissau. Depois de ter sido derrotado nas Eleições Presidenciais timorenses, das quais Taur Matan Ruak saiu vencedor, José Ramos Horta disse estar pronto para mediar o confronto na Guiné-Bissau.

Esta terça-feira, 18 de Dezembro, em Díli, o antigo Chefe de Estado timorense disse acreditar que Ban Ki Moon vai tomar uma decisão em breve. «Estou a aguardar a decisão do secretário-geral da ONU, que deverá ser comunicada dentro de pouco tempo», referiu o ex-Presidente de Timor-Leste à PNN. José Ramos Horta não quis especificar o que terá que fazer em relação à crise guineense, dado que ainda não foi tomada nenhuma decisão acerca da sua nova missão. PNN