quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Não é de hoje que o nome de António Aly Silva é falado...


http://pt.scribd.com/doc/43450726/Edicao-70

Vide as páginas 15 e 16

APGB - Decepção total


Ontem assisti na televisão a mais um programa de propaganda da Administração dos Portos da Guiné-Bissau - APGB. Mas é impressionante o quão burro as pessoas conseguem ser senão vejamos:

O diretor geral foi nomeado pelos militares, antes disso o trabalho dele era apontar as horas extraordinárias... não preciso escrever mais. O PCA atual tem lá uma divida que remonta ao ano de 2008 e que ele não pagou ate hoje...

As máquinas que estão a gabar que compraram... foi comprado pela direcção anterior, aliás eles mandaram comprar uma máquina recentemente que nunca apareceu.... Será que agora, para além de funcionários fantasmas, também temos máquinas fantasmas?

O site da APGB, que estão a exibir, tinha sido criado pela direcção anterior desde o ano de 2009. Inovação de quê???

A clínica foi equipada pela direcção anterior, a obra de pavimentação que está feita foi feita pela direcção anterior, o resto está parado.

Mas eles inovaram sim, em algumas coisas:

Não têm dinheiro para continuar a obra de pavimentação;

Deixaram de pagar a segurança social pondo em risco a reforma de centenas de idosos que deram a vida por aquela empresa, os salários hoje em dia são pagos apenas com o descoberto feito pelos bancos comerciais. Desafio e o DG e o PCA a virem a público exibir o saldo das contas nos bancos para vermos se isto não corresponde a verdade...

O 13 mês, pela primeira vez, não será pago porque não há dinheiro.

Um funcionário da APGB insatisfeito e decepcionado.

A realidade


Aly,

Estamos divididos entre as pessoas que apoiam a legalidade, a democracia, a liberdade de expressão e aqueles que apoiam a situação actual. No nosso trabalho, nós que somos democratas, não podemos expressar as nossas ideias, não podemos criticar porque logo um colega invejoso, bufo, complexado, que sabe que numa situação normal não se pode comparar consigo em termos académicos e sociais vai logo telefonar a um certo grupo de amigos obscuros para te denunciar e depois, com fala mansa, dizem-te "no fala dja bós pá kala boca". Se deus nos der vida e saúde essas pessoas vão provar do próprio veneno porque os que estão a governar não vão deixar nada no cofre, as empresas vão fechar e esses burros vão perder os seus empregos e aí revoltar-se-ão contra os seus amigos de hoje. Pacto com diabo acaba sempre mal.

Gato Preto

DITADURA DO CONSENSO - Parar ou não, eis a questão


DITADURA DO CONSENSO, vai a caminho dos 5 milhões de visitas. Desde 2004, tirando um ano sabático, editei o blog com paixão, com irreverência, mas sobretudo com responsabilidade de cidadão e acutilância jornalística. Agora, achei ter chegado a hora de parar para pensar. E, pensando, questiono-me: Será que devo deixar-me matar por causa do blog? Não me parece. E estar sempre a fugir do país por causa de ameaças reais? Também não. Não quero ser herói, nem coisa que o valha. Não corro por condecorações, fujo de homenagens a sete pés, não quero a glória. Não me interessa para nada.

Eu gosto do meu país, a Guiné-Bissau. Gosto muito mesmo. Apenas quero viver, morrer e ser enterrado LÁ. Mas não quero ser assassinado por alguém que confunde a caneta com a catana. Portanto, e seja qual for a decisão que vir a tomar, espero que me entendam. Empatei muito, mas muito dinheiro no blog; fui preso e espancado e desapossado dos meus bens de trabalho. Sacrifiquei um casamento de 10 anos, com um filho maravilhoso, e a presença junto dos meus dois filhos - algo que não me posso perdoar. Gostava de editar um livro:
Ditadura do Consenso, o livro.

- Visualizações de páginas de hoje > 18 370 (22h)

- Visualizações de página de ontem > 17 703

- Visualizações de páginas no último mês > 540 356

- Histórico total de visualizações de páginas > 4 882 771

Ainda hoje, falava com um amigo que vive e trabalha nos EUA. Deste lado, e quase por entre lágrimas, confidenciei-lhe o que verdadeiramente vinha sentindo de um tempo a esta parte: O fim do blog está próximo. Sinto-o. É por demais palpável. Quero apenas regressar ao meu país e viver em paz, ainda que revoltado, junto do milhão e meio de guineenses que, como eu, deixaram de ter voz.

Até lá, até chegar ao número mágico dos 5 milhões de visitantes, continuarei determinado, lutando ao lado - ainda que agora esteja longe - da maioria do povo guineense na busca pela democracia e pela liberdade. Até lá, continuem a contar comigo. Depois disso, deixarei que outros continuem, torcendo - e porque não? - para que tenham igual ou maior sucesso. É que eu não sou egoísta. Boa noite a todos, e muito obrigados pela vossa compreensão. António Aly Silva

Cadogo > "Hoje um homem que tem uma arma pode-me ameaçar, mas não é homem para me enfrentar corpo a corpo"



A Guiné-Bissau está a ser gerida por um Governo de transição, na sequência de um golpe de Estado em abril passado, que deverá conduzir o país a eleições em abril de 2013. As atuais autoridades de Bissau não são reconhecidas pela comunidade internacional, mas têm o apoio da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), a organização regional da qual o país faz parte.

Carlos Gomes Júnior, que falava em Lisboa numa conferência de imprensa em que também participou o Presidente da Guiné-Bissau deposto, Raimundo Pereira, admitiu contudo que atualmente essas condições ainda não estão criadas. "Quando os políticos são espancados e são proibidas manifestações nas ruas, não estamos num Estado de direito. Nós queremos é repor a Guiné-Bissau no Estado de direito que existia antes de 12 de abril, em que existia liberdade e condições para qualquer cidadão se expressar livremente", disse.

Carlos Gomes Júnior não acredita que seja possível realizar eleições em abril de 2013 e voltou a defender a continuidade da segunda volta das eleições presidenciais, que foi interrompida pelo golpe de Estado de 12 de abril. A hipótese de "fazer uma eleição de raiz será muito remota porque tem custos e quem é que vai custear", questionou. O primeiro-ministro deposto defendeu que "só com o diálogo se podem conseguir resultados concretos" na resolução da crise da Guiné-Bissau e enalteceu o papel da União Africana na tentativa de aproximar as posições das autoridades de transição e do Governo deposto.

"Só com o diálogo podemos conseguir resultados concretos. Não é com insultos, não é com palhaçadas ou com ameaças. Hoje um homem que tem uma arma pode-me ameaçar, mas não é homem para me enfrentar corpo a corpo. Ninguém, seja ele quem for, me pode ameaçar. Estou livre para voltar ao meu país", disse. Carlos Gomes Júnior, que tem feito um périplo por vários países em busca de apoios, adiantou que conta com Portugal e com todos os Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para levar às Nações Unidas "tomar o processo em mãos", considerando que "só meia dúzia de países da CEDEAO não são suficientes para resolver os problemas da Guiné-Bissau". RTP

Zinha Vaz deixa embaixada da Gâmbia



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Um mau prenúncio para o seu irmão e porta-disparate do "governo de transição", Fernando Vaz... AAS

República da CEDEAO, S.A.



Os pagamentos ao Estado da Guiné-Bissau, passam a ser efectuados através da sucursal local do Ecobank, conforme determinação do Ministério guineense das Finanças. Por suposta recomendação da CEDEAO, o Ecobank (capital repartido por países da região, com predomínio da Nigéria), passou também a ser depositário de fundos do Estado até agora repartidos por vários bancos da praça. Ambas as medidas são internamente apresentadas como condição para a montagem de uma operação de financiamento do Ecobank, um banco que ainda não conseguiu singrar na Guiné-Bissau.

Foi também assinalada uma operação destinada a transferir para o BOADC, no Mali, o saldo do chamado Fundo do Cajú, no montante de cerca 7 milhões de euros, depositado em bancos locais. A operação não foi concluída de acordo com o previsto, pois o dinheiro está disseminado por vários bancos. Recorde-se que no passado dia 7, foi assinado em Bissau um entendimento nos termos do qual a CEDEAO garante à Guiné-Bissau um financiamento de 63 milhões de dólares, destinado a subvencionar um programa de reforma das Forças Armadas e de Segurança. AM>AAS

Cadogo: «Já apresentei a minha candidatura como líder do PAIGC. Há uma comissão preparatória do congresso e desde que sejam criadas condições de segurança para que as pessoas se possam expressar livremente, tenho todas as condições para voltar para o meu país», disse Carlos Gomes Júnior. AAS


Inacreditável!


Os militares recusaram entregar o corpo do Luis Ocante da Silva, que raptaram e espancaram, acabando por sucumbir em virtude dos ferimentos. A esposa está devastada pela perda, enquanto que eles (os militares) disseram que a família enlutada deve mandar roupas para vestir o defunto. Depois, disseram que vão meter os restos mortais num caixão, fechá-lo a sete chaves... para que a família não veja o corpo. Onde vamos parar com toda esta barbaridade?! AAS

União Europeia avisa >"Temos um problema com as autoridades da Guiné-Bissau e não as reconhecemos. A ajuda ao desenvolvimento, da parte da UE, está comprometida". AAS

Carlos Gomes Jr, hoje, em conferencia de imprensa



AQUI

EXCLUSIVO > Luis Ocante da Silva foi assassinado


Luís Ocante da Silva, raptado pelos militares no passado dia 6 do corrente foi assassinado. Os familiares ouviram o anúncio pelos serviços da morgue do Hospital Simão Mendes, em Bissau, sobre existencia de um corpo com caracteristicas Y e K. Inconsoláveis, os familiares foram imediatamente para o local e constataram que é exactamente o corpo do Luís, embora lhes tenha apenas sido permitido ver o rosto. O Corpo do Luís Ocante da Silva continua até esta altura na morgue do Simão Mendes, enquanto que na sua casa, a familia está consternada e triste.
Em Bissau, vive-se num clima de medo, e as organizaçoes da sociedade civil estão impotentes perante tamanha violaçao dos direitos humanos. Ninguém sabe quem será o proximo alvo... AAS

Encontro em Adis Abeba



O Governo «legítimo» da Guiné-Bissau anunciou hoje, em conferencia de imprensa realizada em Lisboa, a possibilidade de um encontro em Adis Abeba entre as duas partes envolvidas no conflito político de Bissau. O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior revelou movimentações no seio da União Africana para a realização de um encontro na capital da Etiópia.

Aos jornalistas portugueses, o primeiro-ministro deposto condenou os episódios de violência ocorridos desde 21 de Outubro, negou qualquer envolvimento no ataque ao quartel-general dos pára-quedistas em Bissau e voltou a exigir a realização da segunda volta das presidenciais de Abril.

Ao jornal SOL, Carlos Gomes Júnior manifestou a disponibilidade de se sentar cara a cara com os golpistas de 12 de Abril. Recorde-se que, a essa data, militares liderados por António Indjai derrubaram o Governo e interromperam as eleições presidenciais em curso. O país é neste momento liderado a título interino, e não reconhecido internacionalmente, por uma coligação de partidos da oposição afectos aos militares. O encontro diplomático poderá ocorrer ainda em Novembro. SOL

EXCLUSIVO > Os segredos por detrás da suspensão dos vistos para Hong Kong via Macau


Por trás da suspensão pelas autoridades chinesas dos vistos emitidos pelas autoridades consulares da Guiné-Bissau, contrariamente ao afirmado pelos responsáveis dessa representação diplomática guineense, tem a ver com os esquemas de corrupção de venda aos cidadãos chineses desse procurado sésamo para entrar no paraíso dos casinos de Macau e de Hong Kong.

O esquema, apurou o Ditadura do Consenso, começou a cheirar mal para as autoridades chinesas, tal era o ponto do descaramento e o fluxo desmesurado com que os responsáveis desse posto consular utilizavam o esquema nesses negócios. Destacam, como pivôt principal desse sistema de corrupção e utilização indevida de privilégios diplomáticos, o próprio encarregado de negócios da Guiné-Bissau na China, Sr Malam Sambu.

Segundo fontes seguras do Ministério Chinês dos Negocios Estrangeiros, contactadas pelo DC, passaportes guineenses eram vendidos aos seus cidadãos a troco de 45.000 dólares a unidade e o Cartão de Residência emitido pela Representação Consular (este para fazer prova de que vivem na Guiné-Bissau e assim facilitar o acesso a Macau), a 25.000 dolares. Estima-se, segundo a mesma fonte, que diariamente atravessam as fronteiras chinesas para acederem ao território macaense e de Hong-Kong, cerca de 20.000 chineses continentais para se deliciarem nos Casinos e Cabarés dessa parte ocidentalizada da grande China.

Todos os responsáveis diplomáticos afectados nessas representações tornaram-se exponencialmente abastados financeiramente em pouco tempo, sendo que, o citado Malam Sambu em pouco tempo logrou instalar uma clínica médica de ponta em Algueirão, Portugal. AAS

Matemática do Boé...


Na sua ultima publicação, "la lettre du continent" informa os seus leitores que uma companhia petrolífera, a Oryx Petroleum, começou os trabalhos de exploração na Zona controlada pela Agência de Gestão e de Cooperação entre o Senegal e a Guiné-Bissau (AGC). Ainda segundo a revista, um poço pode mesmo ser explorado no horizonte 2014. Essas descobertas parecem promissoras, pois eles suscitam o interesse das autoridades dos dois países, que no entanto receiam qualquer anúncio mediático susceptível de activar os movimentos independentistas e reacções de certa facção das autoridades guineenses que não se revêm nesse acordo, considerado nocivo para a parte guineense.

O processo de atribuição das licenças offshore levou muito tempo, mas os rendimentos, em caso de descoberta, será repartida como se segue: 80 % para o Senegal e 20% para a Guiné-Bissau. Por outro lado, o predecessor de Macky Sall tinha tentado renegociar a gestão da AGC e tinha até previsto rever em baixa os interesses guineenses em 15%. Segundo "la lettre du continent", Me Abdoulaye Wade foi obrigado a estancar os seus intentos por causa do golpe de Estado de 2010.

Nota: Caros compatriotas, eis o que leva o Senegal a interessar-se e a imiscuir-se nos assuntos da Guiné-Bissau. Eis igualmente o que nós podemos esperar dos nossos vizinhos-inimigos, pois é com essa matemática de cavalo e cavaleiro que se sentem à vontade com a Guiné-Bissau. Mais triste ainda é saber-se que esse poço encontra-se inteiramente nas nossas águas territoriais, o que prova que as actuais autoridades guineense são subalternas e estão sob as ordens de Dakar e, por fim, quem supostamente devia defender os nossos interesses nessa Agência de Corrupção não passa de um yes man das autoridades senegalesas e... é amigo íntimo do actual presidente. Por isso, estamos fodidos e mal pagos... o que nos restará se não pegar em armas e lutar por aquilo que é nosso... AAS