terça-feira, 30 de outubro de 2012

PROVA A : JOÃO MENDES...ERA GUINEENSE


Na qualidade de guineense atento a efeméride do meu país, estou muito confuso com as declarações do Porta-voz do Governo de Transição, no que concernem as identidades das pessoas que foram assassinadas no passado dia 21/10/12. Segundo as declarações de Fernando Vaz,, os 6 (Seis) supostos golpistas que foram vitimas do assalto a Quartel de Para-Comandos são de nacionalidades estrangeiras, inclusive estavam a comunicar em Dioula, mas, uma das vitimas é, João Mendes, da ETNIA Felupe.

Estudou na Universidade Lusófona da Guiné-Bissau e licenciou-se em Economia na mesma Universidade. Ele sempre intercalava os seus serviços militares com a sua formação universitária. Após a sua formação, foi colocado no Liceu Dr. Agostinho Neto como Professor da Matemática em acumulação com a Introdução à Economia pelo Ministério da Educação Nacional.

Dai que pergunto:

Será que os Felupes não fazem parte das etnias da Guiné Bissau?

Aliás, Vide a sua fotocopia de Bilhete de Identidade da Guiné Bissau em baixo.

joao mendes OK

Ainda, e relativamente, o comunicado do Governo, explicita que as situações estão controladas, portanto, cada um pode retomar a sua vida normal. Quiça, foi neste sentido que os Dr´s Silvestre Alves e Iancuba Djola N´djai, retomaram as suas vidas normais e foram espancados brutalmente por uns individuos que se dizem desconhecidos.

Pergunto mais uma vez o seguinte:

Porquê de espancamentos destas pessoas? Onde está a garantia e a segurança das pessoas?

O mais irónico de tudo, é que o Governo apareceu mais com outro comunicado a condenare as situações que ele mesmo provocou... Porque se não fosse o comunicado do Governo eles iriam proteger-se.

Para terminar, queria aproveitar esta oportunidade ainda para questionar ainda o seguinte:

Onde estão as tropas do CEDEAO que andavam todos os dias a patrulhar o mercado de Bandim? Porque os mesmos, ainda que pretendesse comprar piripiri no mercado, levam as armas de grandes calibres para provocarem medo aos populares.

“GUINEENSES PANHA DJA PÉ BÓ, PABIA PÓ, TUDU TARDA KI TARDA NA MAR, IKATA BIDA LAGARTU”

(Os Guineenses já entenderam muito bem o que está acontecer, mas um pau por mais tempo que fique na água nunca se transformará num crocodilo).

Um guineense atento

ÚLTIMA HORA: Iancuba Indjai, raptado e espancado por militares, continua em estado crítico, internado na unidade de cuidados intensivos do hospital central de Dakar. AAS

Os militares e a ilegalidade


Há muito que vimos seguindo a periclitante situação. A Guiné-Bissau viveu nos últimos dias mais um tumulto, reportado como um ataque a um quartel dos comandos. O líder do grupo atacante foi identificado por um dos soldados da unidade atacada e acaba de ser detido. Segundo consta, a investida do capitão tem no seu substrato intenções daquilo que pode configurar o rastilho de fogo de uma tentativa de golpe de Estado.

Nestes termos, uma pergunta se coloca a todo tempo e a todo gás: para quando o regresso dos militares definitivamente às casernas, em ordem à estabilização definitiva daquele país? Vencida a fase de transição resultante do golpe militar capitaneado por Ansumane Mané, foi indigitado primeiro- ministro de um governo provisório o ideólogo do seu “movimento reajustador” o jurista Francisco Fadul, em finais dos anos 1990 e princípios de 2000. O porta-voz deste movimento desencadeado por Mané foi o então capitão Zamora Induta, que rápida e miraculosamente subiu na alta hierarquia militar, tendo sido o chefe do Estado-Maior General que rendeu Tagamé Na Wayé.

Tal cenário de ruptura política penosa abriu caminho para a democratização do país, saldando-se na organização, a posterior, com o concurso da comunidade internacional, das primeiras eleições democráticas na Guiné-Bissau. Deste primeiro pleito saiu vencedor o polémico líder do PRS, o filósofo e jurista Kumba Yala, que não cumpriu mandato por vários desmandos e dado o ambiente de várias controvérsias que marcou a sua turbulenta e precária gestão. Apesar da impugnação que sofrera no passado a sua presidência, o homem do barrete vermelho voltou à ribalta da política activa e, sedento de poder, tornou a candidatar-se às presidenciais. Vale a pena reter que durante o seu curto reinado foi assassinado por militares o então líder revoltoso Ansuman Mané, que abriu o prenúncio da nova era democrática para o país da mancarra.

Mané foi morto depois das diversas dificuldades da sua acomodação política, pois recusara inclusive ser ministro de Estado junto da Presidência de Kumba Yalá. De eliminação em eliminação física, assim vai a Guiné-Bissau em polvorosa. Em Outubro de 2004 foi morto o então chefe do Estado-Maior General, na sequência de um motim perpetrado por militares oriundos da Libéria, numa missão ao abrigo da CEADEAO, que reclamavam os salários que há mais de oito meses não eram pagos.

Os amotinados investiram contra o quartel central das Forças Armadas Guineenses e assassinaram o chefe do EMG, V. Seabra, um general da nova vaga, formado na antiga URSS, num exército dominado por antigos comandantes guerrilheiros. A morte de Seabra abriu caminho, mais uma vez, para ascensão de um velho maquisard, Baptista Tagmé Na Wayé, que nem sequer dominava a língua do poder, só falava crioulo, o que não deixa de constituir um sério “ruído” na administração pública, em particular na orientação do sistema de Defesa e Segurança do país, pois tinha que se fazer acompanhar de um tradutor, para se fazer entender mesmo no espaço lusófono.

A ascensão de Tagmé abriu velhas rixas entre o generalato guineense, agravadas com o retorno do seu antigo chefe militar Nino Vieira, oriundo da etnia papel, o que deixa mais uma vez a descoberta o factor étnico como uma vertente importante, não exclusiva, para a compreensão do diferendo local, acrescido do narcotráfico, dominado por certos segmentos influentes da elite militar, onde avulta o nome do antigo chefe da Armada e que também fugira para a Gâmbia, há alguns anos, sob acusação igualmente de tentativa de golpe de estado, após uma fugaz passagem pelos escritórios das Nações Unidas em Bissau, onde pedira asilo político. No meio deste ambiente de instabilidade militar o almirante voltou ao país e a instalar-se entre a elite dominante do Exército guineense. Durante algum tempo foi mesmo apontado como a segunda figura do Exército, depois do truculento António Indjai, o actual chefe do EMG das Forças Armadas guineenses, líder do último golpe militar que ocorreu na Guiné-Bissau em 12 de Abril.

Tal situação reclama a urgência da tão apregoada Reforma no sector de Defesa e Segurança da Guiné-Bissau que, para já, contava com uma vultuosa ajuda financeira e material internacional, designadamente da União Europeia e da CPLP, sobretudo de Angola, que mandara para o terreno uma missão militar, recambiada pelos golpistas suspeitando do seu alegado potencial dissuasor de um eventual golpe militar, que veio a ocorrer em Abril. Decididamente, a comunidade internacional, a União Africana e a ONU têm de tomar uma posição mais enérgica no isolamento político dos golpistas e na reposição da legalidade para conformação da ordem interna guineense à ordem internacional. Jornal de Angola

Telegrama: PGR Abdu Mané STOP 10 mortos (assassinados) STOP crimes públicos STOP aguardamos que comece a agir STOP mas parece que ainda não sabe de nada STOP. AAS

Guiné-Bissau: A realidade-ficção


Os acontecimentos na Guiné-Bissau, são de tal forma confusos, que, a confirmarem-se as suspeitas de que tudo não passa duma enorme encenação, é a prova de que a ficção ultrapassa em muito a realidade. Não sei como descalçar esta bota!

1) Parece que há uma "guerra" (vinganças) entre as etnias balanta e felupe;

2) Parece que uma balantização militar e política, com um provável regresso de Kumba Yalá à Presidência, haverá uma reacção por parte das restantes etnias/sociedade e a Guiné-Bissau mergulhará de novo e em breve, numa guerra civil;

3) Parece que o Almirante Zamora Induta esteve na Gâmbia a orquestrar uma tentativa de Golpe de Estado na Guiné-Bissau;

4) Parece que o ex-PM guineense, Carlos Gomes Jr, Cadogo para os amigos, enviou sms's para os seus familiares em Bissau, a partir de Lisboa, a avisar para não sairem à rua na noite de 20 para 21 de Outubro, porque algo se iria passar;

5) Parece que o Capitão Pansau N'Tchama, tentou um golpe de mão no quartel dos Pára-Comandos em Bissau, com meia-duzia de djolas de Casamansa, que afinal parece que eram felupes;

6) Parece que o Capitão Pansau N'Tchama, que nunca teve estatuto de asilado político em Portugal, afinal caiu no conto do vigário e regressou a Bissau a convite do General António Indjai, actual CEMGFA;

7) Parece que o Capitão Pansau N'Tchama, ex-braço direito do General António Indjai e ex-guarda-costas do Almirante Zamora Induta, é uma testemunha chave nos processos das mortes do ex-Presidente João Bernardo Nino Vieira, do General Tagme Na Wai e dos Deputados Baciro Dabó e Hélder Proença;

8) Parece que há nomes de políticos portugueses, de primeira linha, envolvidos na morte de alguns destes homens, sobretudo do ex-Presidente Nino;

9) Parece que o Capitão Pansau N'Tchama assinou uma confissão na qual denuncia os cúmplices desta trama, que teria Portugal e a CPLP como principais apoiantes, procedendo-se de momento a uma caça às bruxas, a qual eliminará sobretudo, a "Ala Cadogo" do PAIGC;

10) Parece que nos comunicados efectuados pelo actual Governo Provisório, quando se refere o nome CPLP, se quer na verdade dizer Angola e também Cabo Verde;

11) Parece que estavam preparados 6 helicópteros angolanos na Gâmbia, prontos a levantar voo, caso o golpe de mão no quartel dos Para-Comandos tivesse êxito, bem como mais tropas que chegariam por via marítima;

12) Parece que este Governo Provisório está a renegociar os contratos de exploração da bauxite e do fosfato, assinados pelo ex-PM Carlos Gomes Jr e a angolana GP Phosphates Mining, nos quais o Estado guineense apenas arrecadaria 10% e 2% respectivamente, no negócio da exploração;

13) Parece que este Governo Provisório está cheio de vontade de correr com a Galp do território guineense;

14) Parece que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa confortou os portugueses no domingo passado, dizendo que Portugal nada tem a ver com tudo isto;

15) Parece-me que este texto não ficará por aqui e que o irei actualizando à medida que for recolhendo mais informações;

16) Parece que lhe deixei um sorriso nos lábios e uma pulga atrás da orelha! Era mesmo essa a ideia.

Raúl M. Braga Pires, em Bissau, para o Expresso

Militares deixaram Bolama enlutada


Três jovens da Ilha de Bolama foram mortos friamente a golpes de catanas pelos militares que detiveram sabado, o capitão Pansau Ntchama, presumivel cêrebro do ataque a uma caserna dos para-comandos, no dia 21 de outubro 2012 em Bissau, indicou a imprensan, segunda feira, um habitante dessa ilha.

Segundo ele, os três jovens rapazes, todos na faixa étaria de 30 anos, "foram friamente assassinados na Vila de Colonia em Bolama, apesar de terem contribuido com informações que levaram aos militares de localizar o esconderijo do capitão Pansau Ntchama". Esses três jovens rapazes, entre eles um ex-motorista do General Tagma Na-Way, assassinado, foram acusados pelos militares de serem cumplices do capitão Pansau Ntchama ajudando-o a se infiltrar no territorio guineense, indica a mesma fonte. "Os três corpos foram encontrados domingo à tarde no areal da praia de Colonia e devem ser enterrados segunda feira (ontem), precisa a mesma fonte.

O Baba e o Carlos Alves. O Baba era mecanico militar do Serviços Materiais e filho de um alto oficial da Força Aerea (Jorge Charua da Costa da etnia Balanta mas pouco influente nas fileiras das FARP) mas de mãe fula morador de bairro de Pluba. O Carlos Alves era guarda-costas do falecido CEMGFA Tagme Na Wai. O Didi, segundo informações apuradas pelo DC, encontra-se em estado crítico, na unidade de cuidados intensivos do hospital 'Simão Mendes', em Bissau. AAS

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Clima de terror em Bissau



Sábado e domingo, com a desculpa de Tabaski, reuniram-se na casa do Lino, que usurpou o cargo de Director dos Correios, em Antula, varias figuras do PRS para a elaboração de uma lista de pessoas para ATERRORIZAR/MATAR/BATER/HUMILHAR e que posteriromente deverá ser remetida aos militares.

Nessa fatídica lista constam Manuel Saturnino da Costa (eliminação da liderança no PAIGC), Luís Sanca (pela sua frontalidade), Francisca Pereira (porque o Sory Djaló quer a casa dela de qualquer jeito), Fernando Borges (como sempre) e mais alguns que brevemente saberemos.

A intenção é colocar as culpas na Presidência actual e assim eliminam os opositores futuros. Como o próprio Kumba disse “Serifo Namadjo é PAIGC disfarçado”. Mas parece que nem todos concordam porque o complô vazou… Agora é esperar para ver se António Injai irá obedecer aos seus chefes.... AAS

O tal 'editorial' que serve para limpar o cú nunca mais foi escrito...o ladrão dos estaleiros navais perdeu a pena? Estou a chegar, Vicky... Ladron di merda e golpista frustrado!!! AAS

ÚLTIMA HORA: Restos mortais de Desejado Lima da Costa seguem terça-feira para Bissau. AAS

CPLP: Tribunais preocupados com situação na Guiné-Bissau


A IX Conferência do Fórum dos Presidentes dos Supremos Tribunais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que teve lugar de 22 a 24 de Outubro em Dili, Timor-Leste, condenou a situação prevalecente na Guiné-Bissau. De acordo com o presidente do Tribunal Supremo de Angola, Cristiano André, em declarações sexta-feira à Angop, momentos após o seu regresso ao país, a conferência aprovou uma declaração final, que toma uma posição em relação à situação prevalecente na Guiné-Bissau. “A situação ali prevalecente não só desvia os rumos da justiça, como também acaba por ofender os princípios dos direitos humanos”, afirmou o magistrado, acrescentando que o povo da Guiné-Bissau vive uma situação que merece todo o apoio da comunidade regional e internacional, para que esse quadro se modifique.

O encontro, que reuniu nove países e territórios que têm o português como língua oficial, decorreu sob a égide do governo de Timor-Leste, e teve como objectivo passar em revista algumas questões que preocupam a comunidade a nível dos tribunais e da magistratura em particular. “Fomos convidados pelo presidente do Tribunal de Recursos de Timor-Leste e abordámos questões relacionadas com a independência do judicial e a globalização na justiça”, disse.

Guiné-Bissau: Amnistia Internacional denuncia "actos selvagens e clima de medo"


A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje o "clima de medo" que vigora desde terça-feira na Guiné-Bissau, após as agressões a dois opositores e operações de busca a suspeitos de envolvimento no ataque a um quartel miliar no domingo.  "É inaceitável que os civis estejam a ser aterrorizados pelo facto de viverem numa área onde o exército suspeita que se escondem os apoiantes do antigo governo", referiu Noel Kututwa, diretor da AI para a África Austral. Num comunicado da AI hoje divulgado, Kututwa considera "imperativo" que as autoridades defendam o Estado de Direito "e investiguem este ataque em vez de perseguir os políticos da oposição".

Membros do Governo deposto procuram refúgio em embaixadas

A organização de defesa dos direitos humanos denuncia a "violenta agressão" em 23 de outubro "a dois proeminentes críticos do governo de transição por soldados, alguns dos quais vestidos à civil". Iancuba Indjai, líder do Partido da Solidariedade e Trabalho, encontra-se atualmente a "receber tratamento médico numa embaixada", enquanto Silvestre Alves, advogado e presidente do Movimento Democrático Guineense, "encontra-se atualmente hospitalizado numa unidade de cuidados intensivos, tem ferimentos graves na cabeça e duas pernas partidas".

A ONG refere ainda que as autoridades procuram agora o antigo secretário de Estado das Pescas, Tomás Barbosa, acusado de conspiração no ataque de domingo. De acordo com informações recolhidas pela Amnistia Internacional, Tomás Barbosa encontrou refúgio numa embaixada, à semelhança de outros membros do Governo deposto em abril, também recolhidos em diversas representações diplomáticas. "Estes atos selvagens servem apenas para deteriorar a situação de direitos humanos no país e aumentar o clima de medo", refere Noel Kututwa.

Na madrugada de domingo, um grupo de homens armados tentou tomar pela força o quartel dos para-comandos, uma unidade de elite das forças armadas da Guiné-Bissau, tendo resultado seis mortos dos confrontos, todos do grupo assaltante. O Governo de Bissau alega que o ataque ao quartel de uma unidade militar de elite nos subúrbios da capital, Bissau, foi uma tentativa de golpe de Estado por parte dos apoiantes do anterior primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, também destituído após um golpe de Estado em abril.

Suicídio ou assassinato?


Um efectivo do Batalhão de Pára-comandos suicidou-se, esta segunda-feira, 28 de Outubro, junto ao Quartel desta instituição militar. Baciro Ampa Sinabe tinha cerca de 30 anos e era natural de Susana, Sector de São-Domingos, região de Cacheu, norte do país. Era casado e tinha dois filhos.

Citado pela RDN, Júlio Cabi, Comandante da brigada de Pára-Comandos (foto), lamentou o ocorrido e informou que se desconhece ainda o motivo que levou o jovem militar a cometer suicídio. Baciro Ampa Sinabe fazia parte do grupo de etnia Felupe, acusado pelo Governo de transição de pretender derrubar as actuais chefias militares da Guiné-Bissau, alegadamente com o apoio do Capitão Pansau Ntchama, entretanto detido.

Trata-se de um grupo étnico do qual faz parte o Secretário de Estado dos Antigos Combatentes do actual Governo, Mussa Djata, bem como o Presidente do Tribunal de Contas da Guiné-Bissau, Alberto Djedjo. Fontes da PNN indicaram que as razões da morte de Baciro Ampa Sinabe podem estar relacionadas com as acusações de que a etnia Felupe vem sendo alvo nos últimos dias, sobre o alegado envolvimento na eliminação de militares balantas das Forças Armadas. PNN

Palavras para quê? É de um Jornalista, com certeza!


Ditadura do Consenso - o bloque fala da Guiné-Bissau, o mais lido no mundo todo!!!

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AAS

Crónica da véspera


No dia 19 de Outubro o General António Injai vai ao Quartel da Base Aérea de Bissalanca com o discurso de que Carlos Gomes Júnior enviou dinheiro ao General Manuel Minas para o liquidar, sem mencionar o nome de Pansau Intchama. O General Manuel Minas é testemunho do processo Tagme Na Wai.

No dia seguinte, 20 de Outubro, um dia antes do acontecido, ele vai a Marinha com os mesmo discurso e a seguir volta a fazer o mesmo na Base aérea, onde foi questionado por um veterano que era seu chefe durante a Luta de Libertação Nacional e que hoje possui paténte inferior ao António Injai. A resposta do General foi de que o homem de encontra co insanidade mental.

A programação continua e era preciso fazer as pazes com o General Bubo Na Tchuto, vítima de várias acusações e perseguições por parte do António Injai e comparsas. Mas mesmo com a intervenção do dito Presidente de Transição Serifo Namadjo, a pontaria falhou redondamente. O Bubo quer ser julgado de qualquer forma porque sabe que é inocente e também sabe que qualquer associação com o António Injai é admissão de culpa.
Actualmente quem reina entre os balantas é a geração do Norte, apadrinhado pelo Koumba Yala.

2) Doze horas antes do acontecido o General António Injai manda retirar toda a sua família de Bissau e ele, na escuridão, rumou para a zona de Ingoré com uma comitiva reforçada.

3) Cinco horas antes do acontecido o General António Injai manda os Serviços de Inteligência invadir o Bairro de Cuntum Madina onde habitam a maior parte dos felupes residentes em Bissau, deixando o corredor central da Avenida Combaténtes da Liberdade da Pátria para os assaltantes. Completa montagem.

4) Na madrugada do dia 21, o plano é posto em acção com o seu líder Pansau Intchama juntamente com os amigos recrutados para um assalto a Base aérea, o que seria um autêntico suicídio, se fosse verídico. Com um grupo de mais ou menos 10 pessoas fardadas, sequestraram os carros da EAGB e do Secretário das Pescas do governo deposto Tomás Barbosa para a execução do assalto aos quartéis de Pára-comandos, Força Aérea e Artilharia, sem ter retaguarda de defesa. Quando digo que seria suicídio é porque o Quartel da Base Aérea de Bissau tem em todas as vertentes e possíveis saídas para a Brigada Mecanizada, o Comando do exército, o Estado Maior da Marinha, o Estado Maior da Amura, o Batalhão de Cumeré, o Batalhão de Mansoa, o Batalhão de Ingoré, o Batalhão de Bafatá. Todos eles com condições de sobra de impedir a fuga de 10 pessoas, que como demonstram as noticias, não são tropas de elite.

Retomando, a intervenção do Primeiro Ministro aponta para acusação do exterior na preparação do assalto.

A pergunta é o seguinte: Como foi feita a ligação entre o sucedido e a tal FRENAGOLPE? Parece haver interesses para que a tal fosse paralisada totalmente. As tentativas foram muitas no plano politica e jurídico sem resultado, com a intenção de favorecer a quem?
Como podíamos ao mesmo tempo aproveitar da situação para arrebentar com a FRENAGOLPE como sendo a única respiração de PAIGC, Cadogo e seus aliados? Como alcançar Iancuba Injai, Silvestre Alves e Carlos Gomes Júnior?

O discurso do PM de Transição não fala dos carros sequestrados da EAGB, da qual o condutor e seu Director já se justificaram perante a Mídia; mas fala do carro do ex-secretário das Pescas, Tomas Gomes Barbosa, desaparecido até a presente data, que segundo o mesmo fazia parte do assalto e tendo sido encontrado documentos e objectos pessoais do mesmo dentro do veículo.

Agora pergunto: Quem vai para um acto de crime e leva todos os seus documentos pessoais e o deixa ficar no carro no momento da fuga?

Sabendo de antemão a quem pertencia o carro (o que não é difícil em Bissau), que em Bissau é a identidade de um cidadão, não é preciso ser da polícia criminal para pensar que o Dono, ex-membro do Governo venha praticar actos de kamikase e se denunciar deixando documentos pessoais no local. Se fizermos ligação do Tomas Barbosa com a FRENAGOLPE justifica-se a perseguição, mas pelas informações, o referido não é membro da FRENAGOLPE.

ACONTECIMENTO NAS VÉSPERAS

5) A situação nos estava muito tensa e o clima de desconfiança e o descontentamento era grande por razões da distribuição de patentes. As reuniões feitas na base aérea com os pára-comandos não terminou da melhor forma, assim como na Brigada Mecanizada com séries de insatisfações e a última feita no Exercito em clima bem pior.

6) O porque do confronto entre o Pansau Intchama e o Júlio do pára-comandos? O que tem em comum é que os dois fazem parte dos testemunhos oculares do acontecido de 1 de Abril.

Pelas últimas informações, as relações entre o António Injai e o Júlio eram péssimas. O plano montado está tão mal elaborado que torna-se patético.

• Meter medo para quê?
• Porque os assassinatos como no genocídio de Ruanda?
• Esta luta é pelas paténtes?
• Pelo tráfico de drogas, como a Mídias internacional diz?
• São brigas pessoais?
• O “matar” para semear medo nos outros e do povo em geral não justifica.

7) Será que era contragolpe ou conspiração?

Se era pra contragolpe porque não foram a casa do Presidente de Transição, do Primeiro Ministro de Transição e a todos os membros deste governo? Se era pra demonstra descontentamento no país poderiam simplesmente ter ido atirar na Embaixada do senegal, da Nigéria, na sede da CEDEAO e por ai vai. Mandavam balas ao Palácio do Governo e depois desapareciam. Dez pessoas atacar um quartel centralizado??? Enfim…

António N’Calli
Um balanta descontente

A vingança contra a testemunha-chave


Quem programou a viagem de Pansau Intchama com o título falso do retorno à ordem constitucional (contragolpe)? Os dois se comunicam sempre quando é preciso, o General António Indjai e o próprio Pansau Intchama. Porque eram amigos? Familiares? Subordinado ao chefe? Parece que a última é verdadeira. A viagem de Pansau Intchama foi programada em segredo para fazer chegar o rato a ratoeira. Assim foi, ao convite do General a vinda secreta de Pansau Intchama para a Guine. Perguntamos “porquê Pansau e não o ex-chefe de estado maior Zamora Induta?

A resposta é de que a testemunha-chave da morte do General João Bernardo Vieira Nino chama-se precisamente... Pansau Intchama.

O 21 de Outubro foi muito bem programado a partir do interior da Guine e com a infantilidade do Pansau Intchama, envolvendo serviços fiéis ao António Indjai.
Quem o fabricou? Quem o executou? E a favor de quem? Para despistar todos era preciso que o Pansau desenvolvesse contactos com os ex-companheiros de 7 de Junho retirados da tropa, assim como alguns em activo.

Recordando a história, apos o 7 de Junho houve muita limpeza étnica nas forças armadas e um dos mais afectados foi a etnia felupe, que se tornaram guardas nocturnos nas residências particulares e que hoje os auto-intitulados ministros de transição argumentam que são djolas e não guineenses.

O acontecimento do dia 21 de Outubro de 2012 é o marco negro para o povo guineense e para todos os amantes da paz e merece pela atitude, a violência e pelas vidas de inocentes ceifadas. Mas também a data merece uma aténção para todos os guineenses com a imposição da intimidação, do terror e a limpeza de testemunhos dos assassinatos ocorridos nos últimos anos como é a morte do General João Bernardo Vieira Nino., do General Tagme Na Wai, dos deputados Baciro Dabó e Hélder Proença, do segurança de estado Samba Djalo e da suposta morte do político Roberto Ferreira Cacheu.

Podemos ser espertos mas o mundo actual está inserido nas altas tecnologias de análise de informações. Quando os rastos ficam pelo caminho é fácil encontrar o dono das pegadas. A grande questão que se põe é: Se houver hoje o julgamento destes crimes, quem irá para o banco dos réus?

Ou pode ser que os líderes da conferência de reconciliação e da paz proposta pelo presidente falecido Malam Bacai Sanha já não têm raízes? O General António Indjai precisa de protecção ontem, hoje e amanhã, razão da sua intranquilidade, o que lhe empurra ao desespero a procura de alternativas. Assim iniciou a nova etapa para a orquestração do assalto do dia 21 de Outubro, podendo com isso executar as limpezas dos testemunhos.

1) Fazer chegar o Pansau Intchama a Bissau, o que parece ter sido bem sucedido. O Pansau, sem saber da ratoeira que lhe esperava, rumou de viagem para Bissau com ajuda de elementos fiéis ao General António Injai, através da Republica vizinha de Gambia. Os contactos foram desencadeados e a data foi marcada.

António N’Calli
(Um balanta descontente)