quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Coisas nossas...


Um caso insólito aconteceu na embaixada da Guiné-Bissau em Dakar (República do Senegal). Augusto Mudi, que desempenhava até agora as funções de protocolo na nossa representacao diplomática... foi promovido a primeiro secretário da mesma. Consta que esta promoção em velocidade de cruzeiro, deve-se ao facto de o felizardo funcionário ser marido da sobrinha do ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Faustino Fudut Imbali... AAS

terça-feira, 14 de agosto de 2012

4 milhões?: Estamos a chegar...


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______________

Portugal
963.699

Senegal
536.472

Guiné Bissau
353.616

Estados Unidos
333.098

Reino Unido
297.461

França
235.055

Brasil
229434

Espanha
58.970

Marrocos
33.986

Angola
29.310

A voz da cidadania


"Podem-me tratar de sonhador, parvo, estupido, ridículo, não me importa, vou aproveitar o direito que a Constituição me dá como cidadão, de exercer o direito de opinar sobre os problemas que dizem respeito e afligem a Republica da Guiné Bissau, fugindo o hábito da maioria que só fazem críticas, muitas vezes infundadas, sem apresentarem as soluções necessários.

Quero chamar atenção que sou neutro. Nesta minha contribuição, cingirei pura e simplesmente, em alertar os protagonistas para aproveitarem a promoção do diálogo como a arma mais eficaz, na resolução dos conflitos por mais agudos que sejam, ainda mais neste conflito que nos opõe como filhos da mesma Terra condenados a vivermos juntos. Embora martirizados pelo aqueles que julgam terem mais direito de que outros concidadãos seus, perturbando a paz social.

Portando, a proposta que apresento é para apelar a promoção de um amplo diálogo, com a participação todas as partes desavindas, a fim de alcançarmos uma paz duradoura param o nosso País. Com base no cumprimento dos preceitos Constitucionais da República da Guiné Bissau.

Proposta:

1 – A eleição da mesa da Presidência da Assembleia Nacional Popular (ANP), para terminar a Legislatura interrompida a 12 de Abril de 2012:
2 – A nomeação de um Governo sob a liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, para terminar o mandatk que lhe foi confiado pelo Povo através de eleições; 
3 – A eleição de um Supremo Tribunal de Justiça (STJ):
4 – A eleição de uma nova Comissão Nacional de Eleições (CNE):
5 – A Indigitação de um Chefe Estado Maior General das Forças Armadas e e Chefes de Estado-maior dos Ramos, para o período que resta da Legislatura;
6 – A obrigatoriedade da renovação das Direções de todos os Partidos Políticos, através de Congressos e Conferencia, conforme caso de cada um dos Partidos condições prévias para participarem nas próximas eleições;
7 – Alteração da Lei Eleitoral pela ANP;
8 – Atualização dos Cadernos Eleitorais;
9 – A Realização das Eleições Legislativas e Presidenciais, simultaneamente;
10 – A Criação de uma Alta Autoridade de Fiscalização, de Prevenção, e da Resolução dos eventuais conflitos, que possam surgir doravante na República da Guiné Bissau, integrando todas as forças vivas da Nação.

Esta é uma proposta de um cidadão preocupado com os problemas da República da Guiné Bissau, sem crer magoar ninguém.

Muito obrigado

A.G.E."

PAIGC alerta para riscos durante a transição


O PAIGC, principal partido da Guiné-Bissau está preocupado com o rumo que o processo de transição no país está a ter e apresentou "fatores de alerta para os perigos que possam advir" do incumprimento de diversas tarefas. As preocupações do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), que estava no poder até ao golpe de Estado de 12 de abril passado, estão num memorando que o partido entregou hoje à agência Lusa. O memorando, contendo as reflexões do partido sobre o período de transição em curso, avisa que as atuais autoridades do país (Governo e Presidente de transição) não estão a respeitar as orientações da comunidade internacional, não informam sobre as suas pretensões e ainda nada fazem para a realização das eleições gerais do próximo ano.

"Convém sublinhar que os fatores de sucesso do período de transição não estão a ser observados e implementados, razão pela qual o PAIGC lança esta nota de alerta às forças vivas e à toda comunidade internacional sobre os riscos decorrentes desta situação na Guiné-Bissau", avisa o memorando. O PAIGC lembra que a própria CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), praticamente a única instancia internacional que apoia as autoridades de transição na Guiné-Bissau, recomendou a criação de um Governo de inclusão, proposta que, diz o PAIGC, não tem sido respeitada.

O partido liderado pelo primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, fala também da situação de impasse que se regista no parlamento, onde acusa o atual vice-presidente do órgão, Sori Djaló, de se recusar a deixar a presidência do hemiciclo a favor de um elemento do PAIGC. "O segundo vice-presidente do parlamento, que assegura interinamente a presidência, deve ser persuadido a respeitar o regimento interno deste órgão em vez de bloquear os mecanismos conducentes ao processo de votação", lê-se ainda no memorando. O partido maioritário na Guiné-Bissau afirma ainda ser incompreensível que até agora o Governo de transição não tenha apresentado ao país a sua agenda política de transição e sobretudo que explique o que está a fazer para a realização de eleições gerais em 2013.

Para o PAIGC "há atrasos na preparação das próximas eleições", situações que, diz, podem colocar em risco o próprio processo. No entanto, o partido aponta uma serie de iniciativas que devem ser tomadas pelas atuais autoridades para a credibilidade das próximas eleições. O PAIGC pretende que as eleições gerais sejam realizadas sob a coordenação da Organização das Nações Unidas, integrando organizações africanas como UEMOA (União Económica Oeste Africana), CEDEAO, União Africana, CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) e União Europeia. LUSA

Encontro no Altis


CGJR 2

Foi um primeiro-ministro bem disposto, aquele que hoje, e a pedido destes, se reuniu com jogadores guineenses, alguns da selecção nacional, no hotel Altis. O primeiro a chegar ao hotel foi Carlos Gomes Jr. Ao contrário do encontro na Aula Magna, desta vez não havia um único elemento do corpo de segurança pessoal a proteger o primeiro-ministro. Aliás, chegou só e de taxi.

O encontro começou com um atraso de meia hora, mas não tirou o humor a Cadogo. O PM contou os pormenores do golpe de 12 de abril que o afastou da corrida para a segunda volta das eleições presidencias, falou das nomeações para as embaixadas que considerou de “rídiculas e sem força de lei”, e voltou a achincalhar o “secretáriozeco” da Nigéria, que, do alto da sua mediocridade, indicou ao País um presidente da República de transição em dois tempos (o ministro dos Negócios Estrangeiros, Djaló Pires, na sua intervenção, acusaria a Nigéria de ser a principal responsável e instigador do golpe de Estado, e Serifo Nhamadjo de ser “traidor da pátria”).

CGJR 1

Carlos Gomes Jr., revelou ainda que Serifo Nhamadjo e outros dissidentes se encontram suspensos do PAIGC porque ”decidiram escolher o seu caminho”. Falou da ida para a Costa do Marfim e da recusa em aceitar qualquer compromisso com a CEDEAO, dizendo que a dada altura o presidente Raimundo Pereira teve que enfrentar as autoridades costa marfinenses: ”Queremos saber em que condição estamos aqui”, perguntou o PR. Depois, “comprámos os bilhetes e fomos embora“.

Depois, com a voz embargada, confessou-se triste por não ter visto a bandeira da Guiné-Bissau hasteada em Mafra aquando dos jogos da Lusofonia. Carlos Gomes Jr., anunciou que vai a Nova Yorque para a comemoração da festa da independencia a 24 de setembro, e voltou a garantir que vai regressar ao país. Declinou qualquer responsabilidade nos assassinatos e revelou que o próprio PGR disse em tempos que em nenhum dos casos aparece o seu nome “nem como mandante nem sequer como testemunha“. Acusou a classe castrense de “fazer e desfazer“ no país, por causa da sua “indisciplina“. Para tal, reafirmou, é necessária uma força internacional no país para que se julguem todos esses crimes. “Quem for acusado que aceite a sua sentença“, disse. AAS

Bauxite Angola de volta


A empresa angolana Bauxite Angola informou hoje o Governo de transição da Guiné-Bissau que está disponível para retomar o projeto de exploração no sul do país e continuar as obras de construção do porto de águas profundas em Buba. A informação foi avançada por Tegna Na Fafé, assistente de comunicação e imagem da Bauxite Angola, no final de uma reunião que o presidente do conselho de administração da empresa angolana, Bernardo Campos, manteve hoje com elementos do Governo de transição guineense saído do golpe de Estado de 12 de abril

"A Bauxite Angola nunca abandonou os trabalhos de prospeção para a exploração do bauxite. Essa delegação veio dizer às autoridades de transição que a Bauxite Angola esteve e está na Guiné-Bissau, onde vai continuar com os trabalhos de exploração do bauxite e de construção do porto de Buba", disse o assistente de comunicação e imagem da empresa angolana. LUSA

As crianças não merecem


"Caro amigo, bom dia e obrigado
 
Quero dar a minha contribuição sobre o artigo publicado no nosso blog ditadura do consenso a propósito da campanha de registos de crianças em 2000. Profeta, sou testemunho das cobranças a serem feitos ali. O DG disse que o nosso grande patriota Serifo Djaló desconhece mesmo do nome deste serviço, mas é verdade que neste serviço cobram 3.000 fcfa por certidão de pedido de bilhete de identidade...mas, ao receber o documento, você vê o total indicado de 1500 fcfa...isso não é aldrabice? Como pode o DG defender isso. Isso aconteceu comigo e também com um professor da escola 'Rui Barcelos', que foi tratar do mesmo assunto.

Pagamos 3000 fcfa cada um e, depois de receber a certidão vimos indicado que o total pago foi de... 1500 fcfa. Eu até disse à senhora no guiché de atendimento "eu paguei 3000 fcfa e, quero os meus 1500 fcfa de volta". O DG deve procurar saber mais informacãoes sobre esta matéria. Esta é a nossa terra e os meninos serão um dia dirigentes, mas, com certeza, diferentes destes dirigentes que temos hoje...
 
Viva a República da Guiné-Bissau
Viva ALY SILVA

Ibraima"

Paranóia



Para além de uma metralhadora que foi instalada na porta traseira do palácio do governo, novas medidas foram tomadas por ordem do ministro da presidência, Fernando Vaz. Todas as viaturas que entram na sede do governo, são revistados minuciosamente, pelos militares de serviço. Do porta bagagens, passando pelo porta-luvas e assentos, nada passa despercebido.

"Dá até a impressao de que Fernando Vaz sofre de algum complexo de perseguição, porque ate o cidadao comum deste país já percebeu que este governo tem os dias contados, e não é sequer necessário perder tempo com atentados...", desabafou um funcionário do palácio do governo ao ditadura do consenso. AAS

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Solidários com Cadogo Jr.: Jogadores da selecção nacional de futebol, que jogam em equipas europeias solicitaram um encontro para manifestar solidariedade e apoio ao Primeiro-Ministro legítimo da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Jr. O encontro terá lugar amanhã, às 10h00, no Hotel Altis. AAS

Nova sondagem DC: Vote agora. AAS

Cenas tipo porrada: Golpistas não se entendem


O ministro da Função Pública e o Secretário de Estado da Função Pública guineense, Carlos Vamain e Quintino Alves, respectivamente, envolveram-se, a 30 de Julho, em cenas de violência, verbais e quase físicas no Ministério onde desempenham os cargos.

O desentendimento, ocorrido na presença dos funcionários e altos responsáveis do Ministério, terá sido motivado pelas declarações de Carlos Vamain, que afirmou numa das sessões de reuniões que a estrutura orgânica do seu Ministério não tinha a posição de Secretário de Estado. Neste sentido, de acordo com uma fonte do Ministério da Função Pública que avançou com a notícia à PNN, o único responsável legal da instituição é o ministro, neste caso, Carlos Vamain. Quintino Alves não gostou destas declarações, tendo repostado ao governante, acabando os dois membros do Governo saído do golpe de Estado de 12 de Abril por se envolver numa troca de palavras indecentes.

Na sequência deste acontecimento, no dia 10 de Agosto, Quintino Alves procedeu à mudança de fechaduras em alguns gabinetes afectos à sua área de jurisdição, incluindo o serviço do banco de dados de processo de reforma na função pública guineense. Um dia depois, ou seja, a 11 de Agosto, o ministro da Função Publica deslocou-se ao Ministério do Interior, onde manteve um encontro com Secretário de Estado da Segurança Nacional e Ordem Pública, Basílio Sanca, e com o ministro do Interior, António Suca Ntchama, abordando a situação que ocorreu no Ministério da Função Pública.

Esta é uma das situações de desacatos mais evidentes que caracteriza o executivo de transição, liderado por Rui Barros, sob controlo de Manuel Serifo Nhamadjo. A PNN apurou que, recentemente, um dos mais altos responsáveis pelo regime de transição, implantado a 22 de Maio, teria sido convocado pelo seu superior hierárquico mas, no entanto, não se dignou a responder à referida solicitação. O assunto do Ministério da Função Pública já é de conhecimento de Rui Barros e Serifo Nhamadjo, Primeiro-ministro e Presidente de transição, respectivamente.

(c) PNN Portuguese News Network

domingo, 12 de agosto de 2012

Agradecimento do presidente da FAGB


Amigo Ay,

Por favor gostaria, se possível, que publicasses este meu texto de agradecimento. Abraço, Renato Moura.

"Terminam hoje os Jogos Olimpicos de Londres, 2012. A todos aqueles que seguiram diariamente o nosso facebook e as atualizações do prezado blog Ditadura do Consenso, deixando mensagens e comentários que, psicologicamente fortaleceram e muito os meus atletas e a mim também como líder da FAGB nesta que é a tarefa de maior responsabilidade na representação de todo um povo, do qual obviamente todos vocês fazem parte, e a todos aqueles que, mesmo não sendo Guineenses fizeram questão de nos visitar e incentivar, apresento aqui os meus agradecimentos.

Com a mais profunda sinceridade, garanto a todos que os comentários e as mensagens de apoio foram determinantes no que veio a ser as respectivas prestações dos meus atletas. Vieram-nos muitas lágrimas aos olhos, ao lermos dia após dia os comentários e as mensagens à medida que se aproximavam as competições, acreditem. Após a última coversa e o último abraço  antes da prova dos 400 m femininos, vi da bancada e, certamente vocês em casa, no trabalho ou em qualquer outro lugar, a Graciela a enfrentar com coragem atletas de calibre extremamente superior dando tudo de si pelo País, após uma lesão de 4 meses. Os 400 metros são uma prova muito dura, acreditem!
 
O Holder da Silva, após a nossa última conversa, antes de ser chamado para a câmara de chamada e depois para a pista, ao seu estilo, disse-nos tudo ao aparecer no ecrã gigante do estádio no momento da apresentação. Beijou a Bandeira do seu País e do seu povo que tanto sofre e, consciente de que naquele momento, o País e muitos outros cidadãos do mundo estavam atentos a ele, fez história a seguir, tornando-se no primeiro atleta guineense a passar da primeira eliminatória na História das nossas já longas participações nos Jogos Olímpicos.

Os meus atletas estão de parabéns, todo o nosso povo está de parabéns e a Guiné-Bissau merece cada vez mais estar de parabéns!!
 
Sinceros cumprimentos,
 
Renato O. Barbosa L. Moura (Pappy)
 
Presidente F.A.G.B.
 
Obrigado companheiro"

Salários principescos na PR



Ora, ora... o presidente da República disse ter reduzido em 50 por cento os salários na PR, mas afinal...aumentou-os. E mamam todos...

salario PR 1

salario PR 2
AAS

Equipa olímpica da Guiné-Bissau recebida pelo parlamento britânico



Thompson: “Um futuro compartilhado é a medalha de ouro de todo o povos guineense”

Os membros da delegação olímpica da Guiné-Bissau foram recebidos no Parlamento britânico pelo seu Grupo Suprapartidário Parlamentar do Reino Unido para Guiné-Bissau. Em novembro de 2011, o Grupo organizou a primeira visita oficial de parlamentares guineenses na história. Guiné-Bissau e Reino Unido têm também uma forte relação sobre a Reconciliação Nacional.

"Nossa solidariedade com o povo guineense não deve ser apenas política e econômica, mas também cultural. Esporte é uma forte maneira de unir as pessoas - não só ingleses e guineense, mas também guineense e guineense", explicou Peter Thompson, que era o chefe de observação das eleições presidenciais em Bissau para o Reino Unido este ano, e tem participado nos esforços para consolidar a reconciliação nacional com a Assembleia Nacional Popular em Bissau.

Ele comentou que o povo guineense devem trabalhar para construir o seu país com o espírito de uma equipe olímpica. "O povo da Guiné é uma equipe de 1,6 milhão de pessoas ambiciosas e talentoso, e sua medalha de ouro será um futuro compartilhado", disse Thompson. “Os líderes políticos devem ser inspirado pelo poderoso exemplo de determinação manifestada por esses atletas.”

Atletas e funcionários da equipe guineense teve um pequeno-almoço típico britânico no Palácio de Westminster, o histórico edifício do parlamento britânico com o seu famoso relógio "Big Ben".

sábado, 11 de agosto de 2012

Comunicado da Liga Guineense dos Direitos Humanos


COMUNICADO À IMPRENSA

A Liga Guineense dos Direitos Humanos comemora amanhã, mais um aniversário da sua criação, o que simboliza 21 anos de uma luta nobre e incessante pela defesa dos valores mais sagrados da humanidade, a promoção e proteção dos direitos humanos.
 
De 12 de Agosto de 1991, à esta data a LGDH sempre esteve na vanguarda da afirmação de uma sociedadde mais justa, igualitaria e prospera na Guiné-Bissau, servindo assim, de um dos principais veiculos para a promoçao da visão critica e construtiva conducente a formação de uma opinião publica lucida, participativa e responsável. 
 
Estas comemorações acontecem numa altura em que infelizmente, o país é confrontado mais uma vez, com uma crise politica e militar de cujas consequências têm provocado uma paralisação total dos percursos e esforços ao nível nacional e internacional para a estabilização definitiva do país e o consequente progresso rumo a um desenvolvimento sustentável.
 
Mais uma vez, a intolerância, a falta de uma cultura democrática, a proeminência das forças de defesa e segurança na definição do rumo político nacional, as cíclicas crises político partidárias motivadas pelas inobservância dos princípios e visões estratégicas pela parte dos actores políticos nacionais, associada as clivagens geoestratégicos ao nível regional e internacional, conduziram o país a um descalabro total a todos os níveis e a um isolamento internacional sem precedentes.
 
Nesta perspectiva, a LGDH alerta aos actores nacionais sobre o perigo da alienação da nossa soberania nacional, ou seja, de querer transformar a Guiné-Bissau num palco de disputas geopolíticas, pelo que, urge encontrar uma saída para a presente crise que passa essencialmente pela definição das estratégias e soluções com base nos interesses supremos da nação, dentro dos parâmetros democráticos e princípios do estado de direito, abstraindo-se no entanto, das influenciais regionais e internacionais.
 
A Liga considera como uma das principais causas de conflito na Guiné-Bissau a ausência efectiva da autoridade do estado, a falta de sensibilidade democrática dos líderes políticos, a resignação total dos cidadãos motivada pela ausência de uma cultura de cidadania responsável, a promiscuidade entre a classe politica e castrense enfim, a impunidade.
Aliás, a impunidade consubstancia no principal desafio para os direitos humanos na Guiné-Bissau e tem funcionado como o maior factor de desagregação do nosso tecido social e das lideranças políticas e castrenses. Portanto, sendo uma problemática transversal, o seu combate requer respostas multissectoriais, tanto a nível politico, institucional e legislativo.
Por conseguinte, o processo de consolidação da paz e da reconciliação nacional fica sem efeitos preconizados se se mantiver o actual status quo de ponto de vista da impunidade isto é, o esclarecimento dos assassinatos políticos ocorridos nos últimos anos e a responsabilização criminal dos autores materiais e morais dos cíclicos atentados contra o estado de direito, os quais constituem a primeira etapa para a resolução definitiva das crises na Guiné-Bissau.
Por isso, a organização lança um vibrante apelo às instituições nacionais e a comunidade internacional com vista a crição de condições necessárias para o funcionamento das instituições judiciais para o esclarecimento da verdade material dos casos acima referidos e consequente tradução a justiça dos seus responsáveis, em particular, os assassinatos políticos de 2009, a execução sumária do Major Iaia Dabo e do desaparecimento do Deputado Roberto Ferreira Cacheu.
Para finalizar, a Direcção Nacional da LGDH rende uma justa homenagem aos seus membros fundadores pela coragem e determinação que tiveram para erguer este projecto de renovação social e promoção de valores da dignidade humana.
Os nossos agradecimentos são extensivos especialmente aos incansáveis activistas e actuais dirigentes da Liga, radicalmente comprometidos com os valores dos direitos humanos e da cultura da paz, encorajando-os para se manterem firmes e coesos nos seus propósitos e féis as causas dos direitos humanos.
Aos parceiros nacionais e internacionais, a nossa enorme gratidão pelos apoios financeiros, materiais e morais que têm dado a organização sem as quais seria impossível cumprir com a sua missão.
Ao povo guineense, queremos deixar palavras de apreço, anunciando que a Liga continua fiel e irredutível aos seus valores e princípios.
Nao havera pais na planeta, enquanto os direitos humanos forem violados em alguma parte du mundo.  
René Cassin (Pai da Declaracao Universal dos Direitos Humanos)
 
Feito em Bissau, aos 11 dias do mês de Agosto 2012
 
A Direcçao Nacional