segunda-feira, 14 de maio de 2012

Fórum de reflexão sobre a Guiné-Bissau, estudantes Guineense em Marrocos-Fès (Grupo Fidjus di Tchon)



A Situação sociopolítica na Guiné-Bissau e o sistema de ensino marroquino face aos estudantes estrangeiros, foram motivos de debate que marcou o primeiro “fórum da reflexão” no passado Sábado, Doze de Maio do corrente ano, com os estudantes guineenses residentes em Marrocos cidade Fés.

Organizado por um grupo de estudantes denominado “FIDJUS DI TCHON”, o encontro visou a reflexão profundo sobre a situação actual do país como também incentivar os jovens estudantes na mudança de mentalidade porque são os futuros homens para o desenvolvimento da Guiné-Bissau, como nos deu conta o presidente da comissão organizadora, Railord Delmard Gomes. “Gostaria de salientar ainda de que não devemos ter medo, vergonha e nem devemos ser covardes de ficar de braços cruzados perante uma situação lamentável do nosso país. Pois, somos jovens estudantes temos que estar preparado para assumir o comando do nosso país enquanto futuros quadros. Temos a energia renovada e cheios de esperança, estamos a preparar de maneira alguma para, auxiliarmos na transformação de nosso País em uma grande nação. E hoje, especialmente, apostamos antes de mais nada na sua capacidade de criar e transformar na realidade. Não basta ter sonhos para realizá-los. É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nossos sonhos, uma Guiné de paz”.

Além de ser uma ideia brilhante, segundo as opiniões dos participantes, pediram a repetição sucessiva deste tipo do evento, não só quando houver uma sublevação no país mas também como forma de trocar experiencias entre estudantes. “O fórum teve perguntas de reflexões brilhantes, onde discutimos e tiramos a conclusão de que vale a pena lutar para uma Guiné melhor.

Porque nós como futuros quadros, temos que começar a pensar no futuro do nosso país, e dar a nossa contribuição mesmo estando longe de uma forma directa ou indirectamente.

Eu na qualidade do presidente da comissão organizadora deste fórum, vi que vale a pena sonhar para realizar, só assim levaremos a Guiné-Bissau num bom caminho, e pretendo fazer com que este evento volte a acontecer porque, com este tipo de evento podemos ganhar mais experiencias entre nós e, a maneira de reflectir sobre qualquer que seja situação sociopolítica do país”.

O evento durou mais de quatro horas de tempo no salão da reunião “Chambre de Comerce de Fès”, os temas foram orados por um guineense e um professor Marroquino, onde participaram mais de Setenta estudantes e, em jeito da conclusão, foram lançadas mais de vinte e cinco perguntas que exigia uma flexão sobre a Guiné-Bissau e a vida dos estudantes em Marrocos.

Cláudio António da Silva Rumal – Marrocos/Fès.

Nossa, Nigéria, assim você me mata...



Por: Eugénio Almeida, em www.pululu.blogspot.com

"A agência de notícias portuguesa Lusa, afirma, certamente citando a CEDEAO e o seu presidente interino, coteivoirense Ouattara, que as tropas da Nigéria vão estar na Guiné-Bissau até sexta-feira.


Nada demais, serão 600 militares para a Guiné.Bissau e 10 mil para o Mali.

Só que, não me parece que a tropa nigeriana, como tem sido noutros pontos do continente, vão para a Guiné-Bissau para turismo.

Por certo, e assim tem sido, vão para capitalizar os necessários dividendos político-militares e irão afirmar-se sobre as autoridades castrenses Bissau-guineenses.

Mas…

Mas não foi por causa de uma situação, mais ou menos – talvez muito mais menos que mais mais – que se verificou o Golpe de Estado na Guiné-Bissau?

Ora e segundo os golpistas, que parecem estar a verem confirmado pela CEDEAO a legitimidade do acto, com a imposição de um chefe de Estado interino, que foi o primeiro dos menos votados a ficar fora da lista dos dois candidatos à 2ª volta, mesmo que sem o acordo do principal partido com assento na Assembleia Nacional, não foi porque a Missang poderia ser uma força de contenção aos contínuos desvarios e à manutenção do ainda sistema de guerrilha que grande parte das forças castrenses Bissau-guineenses ainda sofre, que houve o Golpe?

Então?...

A não ser que os comandos militares da Guiné-Bissau, recordando a exemplar saga que levou os senegaleses e guineenses (de Conakri) a saírem do país com ele entre as pernas, pensem que os nigerianos serão iguais.

Se pensam, então talvez seja melhor procurarem já algumas zonas de repouso e onde possam passar despercebidos.

É que os nigerianos não vão para lá em turismo…"

Ponto...com nó




Jorge Heitor, jornalista:

"Chefes dos Estados-Maiores da África Ocidental, durante a reunião de hoje, em Abuja, com o Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, determinarão quantos militares vão avançar para a Guiné-Bissau. Um território agora nas mãos do general António Indjai, de Manuel Serifo Nhamadjo, de Kumba Ialá e de mais umas quantas pessoas. Amílcar e Luís Cabral alguma vez imaginaram que as coisas iam chegar a este ponto?"

COMUNICADO - Associação dos Estudantes Guineenses no Senegal



A Associação dos Estudantes Guineenes no Senegal, na sua qualidade de  organização de interesse público sem fins lucrativos, apartidária e legalmente instituída pelas autoridades da República do Senegal pelo despacho Ministerial  N° 002993 de 09 de 2003, que congrega cerca de  mil e quinhentos  associados, vem por este meio informar a todos os seus membros e simpatizantes, que a carta datada de 08 de Maio de 2012 editada em nome dos estudantes guineenses no Senegal e publicada no blog: www.ditadurradeconsenso.blogspot.com , não é da sua autoria  e  não vincula a actual direcção que entrou em funções no dia 12 de Fevereiro do  corrente ano num quadro democrático e de transparência.

A Associação manisfesta assim preocupações sobre o teor da mensagem veiculada nessa carta, sobretudo no que toca a hipotéticos comportamentos de xenofobia do povo senegalês para com os estrangeiros e particularmente com os guineenses, visto que isso pode expôr os estudantes e guineenses em geral  residentes no Senegal perante situações embaraçosas com repercussões indesejáveis.

Atendendo ao facto de nos encontrarmos em terra estrangeira, a associação lembra aos seus estimados associados que mesmo que os factos citados na referida carta tenham acontecido de forma isolada a alguns dos nossos conterrâneos no Senegal, não devemos generalizar porque há também irmãos nossos que são bem tratados cá. Além disso, informa-se  que todos os casos conflituosos que têm chegado ao conhecimento da direcção da associação, têm sido  devidamente tratados. Por exemplo a associação tem gerido com  tacto e inteligência todos os problemas e conflitos envolvendo estudantes num espírito de camaradagem, mesmo junto das autoridades senegalesas e tem conseguido encontrar soluções viáveis e duradouras.

A Associação informa que todas as decisões emanadas da sua direcção, resultam de uma prévia concertação e análise minuciosa em foro próprio, por implicar a responsabilidade da organização.

Entretanto, a  associação reconhece e respeita a opinião de cada um porque entende que é um exercício da democracia, mas alerta que o uso do nome da organização em actividades particulares, deve obedecer a regras explícitas da associação passando pelos canais adequados conforme os estatutos e regulamento interno que regem a organização.

Foi nesse quadro que a associação dos estudantes em colaboração com a associação dos emigrantes guineenses no Senegal e amigos da Guiné-Bissau, decidiram juntos, na sequência do levantamento militar occorido no dia 12 de Abril de 2012 na Guiné-Bissau, levar a cabo uma “acção de apelo à paz, ao retorno da ordem constitucional e da legalidade democrática na Guiné-Bissau”, ao abrigo dos nossos direitos e deveres enquanto cidadãos. Note-se que as marchas tiveram mais aderência dos estudantes.

Essa acção foi iniciada no dia 14 de Abril e terminou no dia 04 de Maio, tendo havido duas marchas pacíficas bem sucedidas em frente à Embaixada da Guiné-Bissau em Dakar, uma conferência de imprensa nas instalaçoes da liga senegalesa dos direitos humanos- RADDHO “Rencontre Africaine pour la Défense des Droits de l’Homme” e uma série de entrevistas aos orgãos de comunicação nacionais e estrangeiros com linhas de intervenção bem definidas e intervenientes escrupulosamente seleccionados. A isso acrescenta-se uma exposição de cartazes “sit-in” com mensagens essencialmente de paz e de respeito à vontade popular, no dia 03 de Maio em curso aquando da cimeira dos chefes de estado da CEDEAO sobre a crise politico-militar na Guiné-Bissau e no Mali. Saliente-se ainda que a referida iniciativa foi coroada de êxitos e ultrapassou todas as expectativas, porque mais uma vez a nossa mensagem foi largamente difundida pela imprensa nacional e estrangeira e não deixou indiferentes vários responsáveis incluindo chefes de estado que espreitaram ainda que discretamente as nossas mensagens.

Assim sendo, a associação exorta os seus membros a pautarem por uma postura de transparência, de responsabilidade, de respeito e de unidade, em observância dos valores da organização.

Feito em Dakar aos onze dias do mês de maio de 2012

A Direcção

 

ASSOCIACAO DE ESTUDANTES GUINEENSES NO REINO DE MARROCOS (ASSEBGUIM)

Aos cinco dias do mês em curso foi realizada uma réunião extraordinaria cujo o objetivo era debater à actual situaçao em que se encontra a nossa amada Guiné-Bissau. Desta réunião ; a comunidade estudantil Guinéense em Marrocos pretende assim traduzir junto da comunidade nacional e internacional a sua preocupação relativamente  à questão de retorno rapido e urgente da ordem constitucional.
E de assinalar também que a estagnação da situação esta afectar cada estudante cà em Marrocos seja no plano academico, moral et financeiro.
 
A conclusão resultante da réunião referida acima pode-se resumir nos seguintes pontos abaixo :
1. A condenação era absoluta e unanime quando ao subversao militar no dia 12 de abril, que esta transformando cada vez mais numa cultura no imginario Guinéense, pour isso ,dissemos basta e basta.
 
2. Apelar a comunidade internacional nomeadamente ONU, CPLP, UA e CEDEAO que conjuguem os esforços na busca duma saida plausivel da situação com base no consenso nacional e assente nos interesses prioritarios do povo Guinéense ;
 
3. Apelar militares, classe politica e a sociédade civil em toda  a sua ramificação que obtem pela criação de um ambiente favoravel garantindo um espaço de negociação viavel ou seja um terreno de entendimento face a esta crise ;
 
4. Encorejar toda a população Guinéense para ser forte mais uma vez e que continuem a esperançar os seus sonhos com a fé de que um dia a nossa terra seria um paraiso, em escapando de vez por toda a esta seria de tempestado que era e é a vitima ;
 
5. Convidar toda a classe juvinil e intelectual Guinéense seja elas onde estiverem para previlegiar um espaço de reflexão e de entendimento cujo o denominador comum seria de repensar a Guiné-Bissau em todos os seus vertentes de desenvolvimeto.

Feito em Marrocos, aos 14/05/12
O bureau executivo

Silêncio, vamos ler um poema


 
Sinhoris di Bida di Ferru
 
Bó ta n´tindi kuma abós i bida di ferru
Ku manda bó ta lanta dia ku bó misti
Hora ku bó misti
Bó faci kil ku bó misti
Di manera ku bó misti
Paka nada sai
 
Má kusas ta parci ma é kata djuntu
Pabia si bó sibi kuma ku es pubis n´duti bós,
Bona parra ba es fantochindadi di cacrindadi ku bó ta sta nel.
 
Pabia, si abós i era ba Bulanha.
Pubis na murri nan di fomi, ma nunca ekana labra na bós.
Si abós i Iagu.
Pubis na murri nan di sedi, ma nunka ékana bibi bós.
Si abós i Sol.
Pubis na muri nan di friu, ma nunka ekana quenta na bós.
Si abós i kaminhu,
Pubis na murri nan sintado ma nunka ekana ianda na bós.
Ma si bó pui Paz na bó corson,
Pubis di Guiné na barça bos ku dus mon pa mostra bós kuma paz ku é misti.
 
Ma i ka ten kusa ku tene kunsada ku ka tené si fin.
Anós ku ta ten di pressa ma Deus ta marka kada kusa ku si dia.
 
 
Salvador Armando Banjaqui
Licenciado em Economia
Bisasau.
 
Junto venceremos

NOTÍCIA DC: Depois de ter sido impedida de viajar na 5a feira passada, a presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maria do Céu Silva Monteiro, já está fora do País. AAS

Ponto de ordem



O cidadão guineense, jornalista e editor do blog Ditadura do Consenso, António Aly Silva, informa que:

1 - Não reconhece nenhuma entidade ('Presidente' e 'Governo') nomeados depois do golpe de Estado;

2 - Não reconhece, nos moldes em que foi cozinhado toda a trama, a organização denominada CEDEAO - Clube de Eunucos e Ditadores dos Estados da África Ocidental;

3 - Está bastante desiludido por o seu NOME não constar da lista de caça às bruxas...

António Aly Silva
Cidadão da República da Guiné-Bissau

Tropas a caminho

A Nigéria vai enviar, até sexta-feira, tropas para a Guiné-Bissau, que atravessa um impasse desde o golpe de Estado militar de 12 de abril, anunciou hoje o ministro da Defesa nigeriano. A declaração foi feita pelo governante na abertura da reunião que decorre em Abuja, na Nigéria, entre responsáveis militares dos países da África Ocidental, que debatem as situações na Guiné-Bissau e no Mali. "Vamos mobilizar tropas até dia 18", declarou o ministro Bello Haliru Mohammed, sem dar mais detalhes, nomeadamente sobre a composição da força e o número de militares. LUSA

Na sede do PAIGC está reunido o Comité Central. De acordo com uma fonte do DC nesta reunião do órgão máximo do partido entre dois congressos, um dos pontos tem que ver com as sanções. O PAIGC quer uma espécie de adenda da comunidade internacional para que "quem quer que tome posse seja também sancionado". AASo

domingo, 13 de maio de 2012

Ontem, em Paris


Manifestaçao do  «Collectif des ressortissants, sympatisants et amis de la Guinée-Bissau» em Paris, França, exige a reposiçao da legalidade democratica e da ordem constitucional.

© Nu Barreto 17
FOTO DR NU BARRETO


Paris 12 de maio 2012

Centenas de Guineenses fizeram un SITTING para protestar contra a decisao do 10 de maio 2012 da CEDEAO, que é anti-democratica, de nomear como chefe de Estado da Republica da Guine-Bissau, o Serifo Nhamadjo, sendo este um dos instigadores do golpe de Estado do 12 de abril. Serifo Nhamadjo foi um candidato dissidente do PAIGC, clasificado na terceira posiçao com 15% dos votos na primeira volta das eleiçoes presidenciais.



A comisao da CEDEAO, presidida pelo Presidente da Republica de Côte d’Ivoire e da CEDEAO, O Senhor Alassane Dramane OUATTARA e o Presidente da Nigeria Sr. Jonathan GOODLUCK, cometeram:

- Um acto grave contra a democracia
- Um acto grave contra os interesses economicos e socias do povo Guineense
- Um acto grave contra a paz subregional e contra a unidade africana

A CEDEAO nao tem as competencias para substituir qualquer desisao da asembleia nacional dos seus Estados membros. A CEDEAO sera responsavel por qualquer eventualide politico e militar que poderao acontecer na Guine-Bissau.

Ao longo do tempo, os manifestantes que se encontravam na «Rue de la Paix» gritavam 

- VIVA O POVO DA GUINE-BISSAU
- JOVENS da GUINE-BISSAU, estamos CONVOSCO
- EDUCACAO UNIVERSAL PARA JUVENTUDE DA GUINE-BISSAU
- ABAIXO O COMANDO MILITAR
- ABAIXO ANTONIO INDJAI
- VERGONHA NHAMADJO
- ABAIXO OS TRAIDORES DA REPUBLICA
- VIVA DJALO PIRES, VIVA ANTONIO ALY SILVA, VIVA RAIMUND PEREIRA, VIVA CARLOS GOMES Jr…voces sao filhos dignos da Repubica da GUINEE-BISSAU.

Os manifestantes apelam a comunidade internacional: ONU, CPLP, UE para solucionar sem reservas os problemas fundamentais da sobrenia nacional e da ordem constitucional na Guine-Bissau.

A Comissão

sábado, 12 de maio de 2012

Governo de Cabo Verde diz que não reconhece autoridades guineenses

O Governo de Cabo Verde "não reconhece" nenhum Governo que saia de um golpe de Estado, como é o caso na Guiné-Bissau, disse hoje o primeiro-ministro cabo-verdiano. Em declarações à agência Lusa e à Rádio de Cabo Verde (RCV), após quase cinco horas de cerimónia de inauguração de uma nova igreja no concelho de São Domingos, a norte do da Cidade da Praia, José Maria Neves adiantou também que as autoridades cabo-verdianas não reconhecem nem legitimam qualquer golpe de Estado.

"O Governo de Cabo Verde tem uma posição muito clara em relação a esta matéria: não reconhecemos nenhum Governo que saia de um golpe de Estado e não reconhecemos nem legitimamos nenhum golpe de Estado", afirmou, aludindo à recente decisão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que "impôs" Serifo Nhamadjo, vice-presidente do Parlamento, para presidente da transição. LUSA

Abuja decide moldes da força

Os ministros da Defesa dos países que integram a CEDEAO reúnem-se na segunda-feira em Abuja (Nigéria) para analisar as modalidades de envio de um contingente militar para a Guiné-Bissau e para o Mali, disse hoje à agência Lusa fonte oficial. Fonte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de que faz parte Cabo Verde e Guiné-Bissau, indicou que a reunião, de um só dia, surge como "resposta aos cada vez maiores desafios no domínio da segurança" na região oeste-africana.

A fonte disse desconhecer se o Comando Militar guineense estará presente, mas adiantou que o encontro prossegue com os preparativos do envio de missões militares da CEDEAO para os dois países, iniciados na cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da sub-região, realizada a 03 deste mês, em Dacar. LUSA

Ditadura... sem consenso



Na passada terça-feira, o ministro da Justiça Adelino Mano Queta tinha viagem marcada para Lisboa. Já depois de ter sido feito o check-in, uma alma caridosa avisou, por telefone: "É melhor é não aparecer no aeroporto, ainda que para recuperar a bagagem"... Dois dias depois, ou seja na 5a feira, Maria do Céu Silva Monteiro, presidente do Supremo Tribunal de Justiça, conheceu a mesma medida repressiva. Quando já estava no aeroporto, com viagem marcada e o voo à espera, foi-lhe dito que não podia viajar. Afinal, o nome dos dois já contava da lista... AAS

COMUNICADO do Movimento Nacional da Sociedade Civil


 
 
 
​COMUNICADO
 
O Movimento Nacional da Sociedade Civil preocupado com a evolução da situação política do pais e atentas as mediações em curso sobretudo, por parte da CEDEAO, vem por este meio tornar publica a sua posição:
 
1. Manifestar veementemente a sua discordância com a posição da CEDEAO; por não reunir o consenso nacional e internacional bem como de não estar em conformidade com o espirito do seu mecanismo da tolerância zero as alterações constitucionais antidemocráticas e de ter acomodada apenas as exigências de uma parte desavinda, prescindindo-se dos interesses nacionais e republicanos em questão nomeadamente, a Democracia e respeito pelos princípios do estado de direito;

2. Alertar a comunidade nacional e internacional pelo Imbróglio jurídico-constitucional desta posição face as limitações do poder do presidente interino a luz do mesmo artigo invocado pela CEDEAO (Art 71 da Constituição da Republica da Guiné-Bissau);
 
3. Alertar igualmente pelas consequências em termos da governabilidade visto o não respeito pelos resultados eleitorais oriundos das últimas legislativas e tendo em conta que o período de transição proposto pela CEDEAO transcende o mandato da legislatura em curso, deixando assim profundas incertezas pela natureza jurídica do Governo a ser formado e da sua sustentabilidade constitucional e parlamentar;

4. Manifestar a sua estranheza pela omissão reiterada do processo eleitoral em curso que representa uma autêntica afronta a vontade popular e aos esforços internacionais para a estabilização do país;

5. Exigir a CEDEAO ao cumprimento das últimas orientações do Conselho de Segurança das Nações Unidas que recomenda a coordenação sem exclusão de todos os actores internacionais (União Africana, CPLP, Nações Unidas e CEDEAO) na resolução da crise subsistente no país ao abrigo do respeito pela ordem democrática e princípios estruturantes do estado de direito;

6. Reafirmar mais uma vez, o processo da estabilização da Guiné-Bissau passa necessariamente pelas reformas no sector da defesa e segurança pelo que apela a vinda urgente de uma força para o efeito, assegurando de forma duradoura a consolidação do estado de direito e da reafirmação das autoridades democráticas;

7. Solicitar ao Conselho de Segurança da ONU a adoptar medidas que se inspiram na vontade na da maioria do guineenses e dos interesses supremos da Guiné-Bissau enquanto uma nação soberana e digna de respeito a luz do direito internacional;

8. Reiterar a determinação da Sociedade Civil Guineense em continuar a defender os interesses do povo e de participar activamente na busca de soluções duradouras para a resolução das cíclicas crises no país dentro do quadro democrático e constitucional.
 
Feito em Bissau, aos 12 dias do mês de Maio de 2012.
 
Assinado
O Movimento Nacional da Sociedade Civil