quarta-feira, 18 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
Cinco dia depois, a igreja católica pronuncia-se...
Os bispos da Igreja Católica da Guiné-Bissau repudiaram nesta terça-feira "mais esta opção militar e todas as formas de violência escolhidas" para resolver problemas do país e pediram um "respeito sagrado" pelas leis "e pelas instituições democraticamente eleitas".
Numa mensagem lida pelo bispo auxiliar de Bissau, D.José Lampra Cá, os bispos dizem que o país está colocado perante um problema nacional de enorme gravidade e de consequências ainda imprevisíveis. "Os sinais explícitos de mal-estar vêm de longe, mas alguns desses sinais manifestaram-se mais fortemente durante o último ato eleitoral. De facto, houve ainda algum esforço para, através de um diálogo franco e honesto, se ultrapassarem as dificuldades encontradas. Infelizmente, o golpe de Estado do dia 12 veio agravar a situação", dizem os bispos.
E lembram que na história da Guiné-Bissau se tem recorrido várias vezes a golpes semelhantes e os resultados práticos estão à vista: "Não se atingem as causas profundas das crises e assiste-se ao aparecimento de novos conflitos. Com a violência das armas, desorganizam-se as estruturas básicas da sociedade e termina-se por sacrificar toda a população, que finalmente é quem mais sofre, sem poder entender bem porquê", afirmam os bispos, que aconselham os crentes a rezar e que o diálogo seja a forma de resolver os problemas.
Os bispos pedem também aos guineenses para que formem correctamente a consciência moral para evitar problemas que têm prejudicado a convivência pacífica, como "a busca desenfreada e ilegal de poder e riqueza, corrupção, impunidade perante os crimes cometidos, falta de transparência na gestão de bens públicos, espiral de violência e desleixo generalizado no exercício da profissão". Os militares lideraram na quinta-feira um golpe de Estado na Guiné-Bissau e prenderam o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
Numa mensagem lida pelo bispo auxiliar de Bissau, D.José Lampra Cá, os bispos dizem que o país está colocado perante um problema nacional de enorme gravidade e de consequências ainda imprevisíveis. "Os sinais explícitos de mal-estar vêm de longe, mas alguns desses sinais manifestaram-se mais fortemente durante o último ato eleitoral. De facto, houve ainda algum esforço para, através de um diálogo franco e honesto, se ultrapassarem as dificuldades encontradas. Infelizmente, o golpe de Estado do dia 12 veio agravar a situação", dizem os bispos.
E lembram que na história da Guiné-Bissau se tem recorrido várias vezes a golpes semelhantes e os resultados práticos estão à vista: "Não se atingem as causas profundas das crises e assiste-se ao aparecimento de novos conflitos. Com a violência das armas, desorganizam-se as estruturas básicas da sociedade e termina-se por sacrificar toda a população, que finalmente é quem mais sofre, sem poder entender bem porquê", afirmam os bispos, que aconselham os crentes a rezar e que o diálogo seja a forma de resolver os problemas.
Os bispos pedem também aos guineenses para que formem correctamente a consciência moral para evitar problemas que têm prejudicado a convivência pacífica, como "a busca desenfreada e ilegal de poder e riqueza, corrupção, impunidade perante os crimes cometidos, falta de transparência na gestão de bens públicos, espiral de violência e desleixo generalizado no exercício da profissão". Os militares lideraram na quinta-feira um golpe de Estado na Guiné-Bissau e prenderam o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
Corveta 'Baptista de Andrade' rasga águas em direcção à Guiné-Bissau
A corveta 'Baptista de Andrade' deixou a Madeira às 19 horas, após reabastecimento, e dirige-se com a fragata 'Vasco da Gama' para uma missão de eventual resgate de portugueses da Guiné-Bissau.
A corveta, que integra a Força de Reacção Imediata (FRI), atracou no porto do Caniçal, no concelho de Machico, às 12h10, constatou a Lusa no local. Uma hora mais tarde chegou o navio balizador 'Shultz Xavier', que saiu pelas 17h45.
«A corveta aproveitou a passagem ao largo da Madeira para reabastecer de víveres e água potável, de forma a recompletar a sua capacidade em termos logísticos, dado desconhecer-se o período de duração da missão», informou o capitão de fragata e relações públicas da Estado-Maior General das Forças Armadas, Ramos de Oliveira.
Ramos de Oliveira esclareceu que, durante o período do reabastecimento logístico da corveta, a fragata 'Vasco da Gama' que integra também a FRI »manteve-se ao largo da Madeira», explicando que «ambas vão prosseguir a missão juntas».
A FRI, que inclui ainda um avião P-3 Orion, partiu ao início da tarde de domingo para Cabo Verde, com o objectivo de, caso seja necessário, apoiar as operações de retirada de cidadãos portugueses da Guiné-Bissau, país que foi alvo de um golpe de Estado na quinta-feira.
Neste dia, fonte oficial do Ministério da Defesa afirmou à Lusa que os militares portugueses não têm qualquer operação definida para já e que esta decisão acontece na sequência do aumento do nível de prontidão da FRI. «O objectivo desta decisão é ficarmos mais próximos da Guiné-Bissau caso venha a ser necessário proceder a uma missão de retirada de cidadãos portugueses e de pessoas de outras nacionalidades», referiu esta fonte.
A decisão de aumentar o nível de prontidão da FRI foi conhecida na sexta-feira, um dia depois do golpe de Estado de um auto denominado Comando Militar na Guiné-Bissau. A FRI tem meios dos três ramos das Forças Armadas que variam consoante o tipo de missão, pode ser deslocada em 72 horas e é comandada pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
Na quinta-feira à noite um grupo de militares guineenses atacou a residência do primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Júnior, e ocupou vários pontos estratégicos da capital da Guiné-Bissau.
Desde esse dia que se desconhece o paradeiro de Carlos Gomes Júnior e do Presidente interino, Raimundo Pereira. A acção foi justificada por um auto denominado Comando Militar, cuja composição se desconhece, como visando defender as Forças Armadas de uma alegada agressão de militares angolanos, que teria sido autorizada pelos chefes do Estado interino e do Governo.
Lusa/SOL
A corveta, que integra a Força de Reacção Imediata (FRI), atracou no porto do Caniçal, no concelho de Machico, às 12h10, constatou a Lusa no local. Uma hora mais tarde chegou o navio balizador 'Shultz Xavier', que saiu pelas 17h45.
«A corveta aproveitou a passagem ao largo da Madeira para reabastecer de víveres e água potável, de forma a recompletar a sua capacidade em termos logísticos, dado desconhecer-se o período de duração da missão», informou o capitão de fragata e relações públicas da Estado-Maior General das Forças Armadas, Ramos de Oliveira.
Ramos de Oliveira esclareceu que, durante o período do reabastecimento logístico da corveta, a fragata 'Vasco da Gama' que integra também a FRI »manteve-se ao largo da Madeira», explicando que «ambas vão prosseguir a missão juntas».
A FRI, que inclui ainda um avião P-3 Orion, partiu ao início da tarde de domingo para Cabo Verde, com o objectivo de, caso seja necessário, apoiar as operações de retirada de cidadãos portugueses da Guiné-Bissau, país que foi alvo de um golpe de Estado na quinta-feira.
Neste dia, fonte oficial do Ministério da Defesa afirmou à Lusa que os militares portugueses não têm qualquer operação definida para já e que esta decisão acontece na sequência do aumento do nível de prontidão da FRI. «O objectivo desta decisão é ficarmos mais próximos da Guiné-Bissau caso venha a ser necessário proceder a uma missão de retirada de cidadãos portugueses e de pessoas de outras nacionalidades», referiu esta fonte.
A decisão de aumentar o nível de prontidão da FRI foi conhecida na sexta-feira, um dia depois do golpe de Estado de um auto denominado Comando Militar na Guiné-Bissau. A FRI tem meios dos três ramos das Forças Armadas que variam consoante o tipo de missão, pode ser deslocada em 72 horas e é comandada pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
Na quinta-feira à noite um grupo de militares guineenses atacou a residência do primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Júnior, e ocupou vários pontos estratégicos da capital da Guiné-Bissau.
Desde esse dia que se desconhece o paradeiro de Carlos Gomes Júnior e do Presidente interino, Raimundo Pereira. A acção foi justificada por um auto denominado Comando Militar, cuja composição se desconhece, como visando defender as Forças Armadas de uma alegada agressão de militares angolanos, que teria sido autorizada pelos chefes do Estado interino e do Governo.
Lusa/SOL
Ali, houve manifestação. Obrigado
Há lenços brancos na mão, e cartazes onde se lê “basta de golpes, basta de impunidade”, ou “comunidade internacional não abandone a Guiné-Bissau”. E há também uma canção dos tempos da luta de libertação que fala de união e de “lutar pela nossa terra”. Cerca de 300 guineenses juntaram-se nesta terça-feira em Lisboa para protestar contra o golpe militar, exigir a libertação dos detidos e a entrega do poder aos civis.
Começaram por ser meia dúzia em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, traziam uma carta para entregar na embaixada da Guiné-Bissau, um apelo pela paz que quiseram também enviar ao Estado-Maior das Forças Armadas guineense, à CPLP e à ONU. Aos poucos juntaram-se mais, chegaram os cartazes. “Aly também está aqui”, diziam, referindo-se ao jornalista António Aly Silva que foi detido na Guiné-Bissau na sexta-feira e mais tarde libertado. “Queremos paz e estabilidade, e a reposição imediata da ordem constitucional.”
Está tudo a postos para o desfile até à embaixada, no Restelo. Aladje Baldé, investigador na Faculdade de Ciências de Lisboa e um dos organizadores da manifestação, está preocupado. Tem duas irmãs e vários sobrinhos na Guiné-Bissau, sabe que uma das irmãs já fugiu para Gabu, no Norte do país, e que em Bissau começa a faltar água e energia. “Estamos aqui porque queremos democracia e para protestar contra o golpe de Estado”, diz, responsabilizando “os militares com a ajuda de alguns políticos” pelo que está a acontecer.
À manifestação juntaram-se representantes de várias associações de guineenses em Portugal, e uma das palavras de ordem foi contra a formação de um Governo de unidade proposto pelo Conselho Militar que assumiu o poder no golpe da passada quinta-feira. “O povo já saiu de casa e foi votar em alguém, por isso se alguém quer o poder que deixe as armas no quartel e vá ao julgamento do povo, a eleições”, defende Baldé.
“Guineenses já estão fartos”
Genilson Nunes, de 33 anos, é estudante de Gestão e está há 12 anos em Portugal, mas vai várias vezes por ano à Guiné-Bissau. Acabou de telefonar a uma das três irmãs, que é enfermeira na capital e que lhe falou de um grande medo, das instituições bancárias encerradas e mercados fechados. “Ninguém sabe o que acontecerá nas próximas horas”, diz. “E os guineenses já estão fartos de golpes de Estado, deste vai e vem.”
“Isto é uma grande preocupação”, diz Marieto, de 44 anos. Há 15 anos em Portugal, tem quatro filhos em Bissau, dos 11 aos 18 anos, “que já só querem fugir para qualquer parte”. Também Ernesto Seabra, de 52 anos, que é operador de máquinas da construção civil, critica a acção dos militares e pede a libertação do Presidente interino, Raimundo Pereira, e do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. “O que está a acontecer no meu país não agrada a ninguém na diáspora. Já sofremos bastante e por isso viemos manifestar o nosso desagrado.”
Avenida acima ouve-se “abaixo os militares”, “abaixo os golpistas” e “viva a Guiné-Bissau”. E em pouco mais de 20 minutos os manifestantes chegam à embaixada e são recebidos pelo embaixador Fali Embalo. “Esta é a prova evidente de que todos estão fartos desta situação”, diz o embaixador. “A Guiné ainda não conheceu a verdadeira paz e isso é triste. Estou no meu quarto posto [diplomático] e em todos eles houve um golpe de Estado. Já chega de sangue. PÚBLICO
Começaram por ser meia dúzia em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, traziam uma carta para entregar na embaixada da Guiné-Bissau, um apelo pela paz que quiseram também enviar ao Estado-Maior das Forças Armadas guineense, à CPLP e à ONU. Aos poucos juntaram-se mais, chegaram os cartazes. “Aly também está aqui”, diziam, referindo-se ao jornalista António Aly Silva que foi detido na Guiné-Bissau na sexta-feira e mais tarde libertado. “Queremos paz e estabilidade, e a reposição imediata da ordem constitucional.”
Está tudo a postos para o desfile até à embaixada, no Restelo. Aladje Baldé, investigador na Faculdade de Ciências de Lisboa e um dos organizadores da manifestação, está preocupado. Tem duas irmãs e vários sobrinhos na Guiné-Bissau, sabe que uma das irmãs já fugiu para Gabu, no Norte do país, e que em Bissau começa a faltar água e energia. “Estamos aqui porque queremos democracia e para protestar contra o golpe de Estado”, diz, responsabilizando “os militares com a ajuda de alguns políticos” pelo que está a acontecer.
À manifestação juntaram-se representantes de várias associações de guineenses em Portugal, e uma das palavras de ordem foi contra a formação de um Governo de unidade proposto pelo Conselho Militar que assumiu o poder no golpe da passada quinta-feira. “O povo já saiu de casa e foi votar em alguém, por isso se alguém quer o poder que deixe as armas no quartel e vá ao julgamento do povo, a eleições”, defende Baldé.
“Guineenses já estão fartos”
Genilson Nunes, de 33 anos, é estudante de Gestão e está há 12 anos em Portugal, mas vai várias vezes por ano à Guiné-Bissau. Acabou de telefonar a uma das três irmãs, que é enfermeira na capital e que lhe falou de um grande medo, das instituições bancárias encerradas e mercados fechados. “Ninguém sabe o que acontecerá nas próximas horas”, diz. “E os guineenses já estão fartos de golpes de Estado, deste vai e vem.”
“Isto é uma grande preocupação”, diz Marieto, de 44 anos. Há 15 anos em Portugal, tem quatro filhos em Bissau, dos 11 aos 18 anos, “que já só querem fugir para qualquer parte”. Também Ernesto Seabra, de 52 anos, que é operador de máquinas da construção civil, critica a acção dos militares e pede a libertação do Presidente interino, Raimundo Pereira, e do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. “O que está a acontecer no meu país não agrada a ninguém na diáspora. Já sofremos bastante e por isso viemos manifestar o nosso desagrado.”
Avenida acima ouve-se “abaixo os militares”, “abaixo os golpistas” e “viva a Guiné-Bissau”. E em pouco mais de 20 minutos os manifestantes chegam à embaixada e são recebidos pelo embaixador Fali Embalo. “Esta é a prova evidente de que todos estão fartos desta situação”, diz o embaixador. “A Guiné ainda não conheceu a verdadeira paz e isso é triste. Estou no meu quarto posto [diplomático] e em todos eles houve um golpe de Estado. Já chega de sangue. PÚBLICO
Guiné-Bissau: «Bureau político» do PAIGC condena golpe e acusa líder da oposição de envolvimento
O «bureau político» do PAIGC, maior partido da Guiné-Bissau, condenou hoje «veementemente» o golpe de Estado de dia 12 e acusou o presidente do PRS, segundo maior partido, e «militantes armados» de «envolvimento direto e assumido».
Num comunicado sobre uma reunião realizada na segunda-feira, mas só hoje divulgado, o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) exige também a divulgação pública de um acordo secreto que os militares alegam existir entre a Guiné-Bissau e Angola e que terá motivado o golpe.
O «bureau político» acusa também os candidatos às eleições presidenciais de março passado Serifo Nhamadjo, Henrique Rosa, Afonso Té e Serifo Baldé (que com Kumba Ialá, líder do PRS, contestaram os resultados eleitorais) de «incitação e execução» do golpe de Estado.
Diário Digital / Lusa
Num comunicado sobre uma reunião realizada na segunda-feira, mas só hoje divulgado, o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) exige também a divulgação pública de um acordo secreto que os militares alegam existir entre a Guiné-Bissau e Angola e que terá motivado o golpe.
O «bureau político» acusa também os candidatos às eleições presidenciais de março passado Serifo Nhamadjo, Henrique Rosa, Afonso Té e Serifo Baldé (que com Kumba Ialá, líder do PRS, contestaram os resultados eleitorais) de «incitação e execução» do golpe de Estado.
Diário Digital / Lusa
Embaixador em Lisboa «emocionado» com a manifestação de guineenses e amigos da Guiné-Bissau
O embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Fali Embaló, mostrou-se hoje «emocionado» com a manifestação organizada pela comunidade guineense que desfilou dos Jerónimos até à Embaixada, em Belém, Lisboa, num apelo à paz no seu país.
Mais de 300 guineenses manifestaram-se hoje em Lisboa contra o golpe de Estado no seu país e realizaram uma marcha pacífica com gritos de apelo à retoma da paz.
«Fiquei emocionado e vou transmitir a quem de direito a vossa manifestação», afirmou Fali Embaló, que recebeu, das mãos dos representantes do grupo de manifestantes, uma carta de apelo à paz na Guiné-Bissau.
Nessa carta, segundo disse o porta-voz Aladje Baldé, constam três pontos fundamentais exigidos pela comunidade guineense: libertação das personalidades presas no golpe de estado de 12 de Abril, devolução do poder a quem o povo confiou e pedido de apoio à comunidade internacional.
Perante o apelo, Fali Embaló prometeu transmitir a mensagem e disse partilhar da revolta dos seus compatriotas. «A Guiné-Bissau não conhece a verdadeira paz até hoje e isso é triste, muito triste», lamentou. «Como embaixador e cidadão estou também muito revoltado. Chega de sangue», concluiu.
A Guiné-Bissau está controlada desde quinta-feira por um Comando Militar, que desencadeou um golpe de Estado na véspera da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais, disputadas pelo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e Kumba Ialá, que no entanto se recusa a participar na votação.
Desde quinta-feira que é desconhecido o paradeiro de Carlos Gomes Júnior e do Presidente interino, Raimundo Pereira.
Um Conselho Nacional de Transição foi criado no domingo pelos partidos de oposição, numa reunião em que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder), não participou.
O golpe de Estado na Guiné-Bissau mereceu ampla condenação internacional, incluindo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que, após uma reunião de ministros no sábado em Lisboa, decidiu propor uma força de interposição com aval da ONU e sanções individualizadas contra os golpistas.
Lusa/SOL
Mais de 300 guineenses manifestaram-se hoje em Lisboa contra o golpe de Estado no seu país e realizaram uma marcha pacífica com gritos de apelo à retoma da paz.
«Fiquei emocionado e vou transmitir a quem de direito a vossa manifestação», afirmou Fali Embaló, que recebeu, das mãos dos representantes do grupo de manifestantes, uma carta de apelo à paz na Guiné-Bissau.
Nessa carta, segundo disse o porta-voz Aladje Baldé, constam três pontos fundamentais exigidos pela comunidade guineense: libertação das personalidades presas no golpe de estado de 12 de Abril, devolução do poder a quem o povo confiou e pedido de apoio à comunidade internacional.
Perante o apelo, Fali Embaló prometeu transmitir a mensagem e disse partilhar da revolta dos seus compatriotas. «A Guiné-Bissau não conhece a verdadeira paz até hoje e isso é triste, muito triste», lamentou. «Como embaixador e cidadão estou também muito revoltado. Chega de sangue», concluiu.
A Guiné-Bissau está controlada desde quinta-feira por um Comando Militar, que desencadeou um golpe de Estado na véspera da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais, disputadas pelo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e Kumba Ialá, que no entanto se recusa a participar na votação.
Desde quinta-feira que é desconhecido o paradeiro de Carlos Gomes Júnior e do Presidente interino, Raimundo Pereira.
Um Conselho Nacional de Transição foi criado no domingo pelos partidos de oposição, numa reunião em que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder), não participou.
O golpe de Estado na Guiné-Bissau mereceu ampla condenação internacional, incluindo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que, após uma reunião de ministros no sábado em Lisboa, decidiu propor uma força de interposição com aval da ONU e sanções individualizadas contra os golpistas.
Lusa/SOL
S.O.S. DC/HOSPITAL SIMÃO MENDES: IMAGENS DE ENTREGA DE ALIMENTOS, MEDICAMENTOS E COMBUSTÍVEL
Mike Nancassa, em representação do irmão, Verissimo Nancassa (Tchitchi): 7 mil litros de gasóleo
HOTEL ANCAR e APARTHOTEL SOLMAR: 30 caixas de água mineral, entregues pelo director-geral, Jaime Carvalho e Alcione B. Ferro, aqui acompanhados por Johannes, administrador do HNSM
COGEGUI, aqui representado pelo director-geral, Ali Zaidan: 30 sacos de arroz, açúcar e óleo alimentar
Pedro 'Nené?, da Logosfarma: 1000 euuros em medicamentos vários
ÚLTIMA HORA: Carlos Gomes Jr., volta a estar sob custódia militar
A delegação da CEDEAO, que integra dois ministros dos Negócios Estrangeiros de países da sub-região, insistiram na 'tolerância zero' no que toca aos golpes de Estado nesta zona de África. O Mali foi a prova de fogo. Na reunião-maratona com o 'Comando Militar' e o primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Jr., detido desde o passado dia 12, a delegação deixou claro que quer a 'libertação imediata e incondicional' de Carlos Gomes Jr., e do Presidente da República interino, Raimundo Pereira, e de todos os detidos, e exigiu a 'reposição da ordem constitucional', de acordo com uma fonte do Ditadura do Consenso.
A primeira ronda de encontros terminou há poucos minutos, tendo a delegação recebido o PAIGC, não no hotel Azalai - onde recebeu outros partidos e os candidatos às eleições presidenciais antecipadas de 18 de março passado -, mas na sua representação permanente em Bissau. 'A CEDEAO quis, com isto, deixar a sua posição bem vincada', referiu a mesma fonte presente na reunião.
Contudo, depois da reunião, Carlos Gomes Jr., voltou a ser conduzido pelos militares de volta para um aquartelamento da capital, Bissau. É que, segundo a nossa fonte, a delegação da CEDEAO 'tem um roteiro para cumprir', faltando alguns encontros nomeadamente com a sociedade civil e 'outras partes que a delegação entender conveniente, e necessária, ouvir'. AAS
roteiro
A primeira ronda de encontros terminou há poucos minutos, tendo a delegação recebido o PAIGC, não no hotel Azalai - onde recebeu outros partidos e os candidatos às eleições presidenciais antecipadas de 18 de março passado -, mas na sua representação permanente em Bissau. 'A CEDEAO quis, com isto, deixar a sua posição bem vincada', referiu a mesma fonte presente na reunião.
Contudo, depois da reunião, Carlos Gomes Jr., voltou a ser conduzido pelos militares de volta para um aquartelamento da capital, Bissau. É que, segundo a nossa fonte, a delegação da CEDEAO 'tem um roteiro para cumprir', faltando alguns encontros nomeadamente com a sociedade civil e 'outras partes que a delegação entender conveniente, e necessária, ouvir'. AAS
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