sexta-feira, 2 de março de 2012
EPA-2012: Apenas dois candidatos assinaram o código de conduta e ética eleitoral, elaborado pelo Movimento Nacional da Sociedade Civil e pela Comissão Nacional de Eleições: Carlos Gomes Jr (PAIGC), e Luis Nancassa, independente. Os restantes oito alegaram que só receberam o documento ontem. Avião militar português (Hercules C-130) chega dia 8 com boletins de voto, entre outros. AAS
'Nino' Vieira, três anos depois
Caros compatriotas e camaradas.
Mais uma vez sinto-me só e abandonada neste canto do mundo, não tendo nada a dizer de mal de França que nos acolheu a mim e aos meus filhos nas piores horas das nossas vidas, até hoje. So temos a agradecer ao povo Francês, como também ao povo da Guiné que sinto que está connosco, ao contrário dos nossos lideres governamentais da Guiné-Bissau que quiseram ignorar esta... realidade.
Tapar o sol com a peneira, fingir, fingir e continuar a manter este silêncio tenebroso, que não deixa ninguém de bem sossegado consigo próprio, mais um ano de luto para nós e para o povo da Guiné-Bissau, três anos completados sem um único sinal de Justiça do Estado da Guiné-Bissau em relação aos assassinatos de João Bernardo Vieira (Nino), ex-chefe Presidente da República da Guiné-Bissau, e Tagma N'awai ex-chefe de Estado Maior e ainda mais dirigentes do PAIGC e do Estado da Guiné-Bissau.
Afinal que Estado de Direito temos, que futuro para os nossos filhos, quem somo nós afinal, um bando de fracos que compactua com crimes hediondo, autêntico massacre cometido por camaradas enganados para matarem o chefe-máximo dos militares e do povo, tudo isto a mando de alguém que continua à solta na nossa terra, alguns já fora do País e a passearem longe da Justiça que não se fez. Quem somos afinal, será que somos todos maus e diabos, meu Deus do Céu, acudam-nos, faça justiça divina no país que nos oferecestes para todos nós, pedimos justiça!
A Guiné-Bissau não fala disto e nada mais disse até hoje, não assumiu sequer a responsabilidade dos filhos menores do Presidente Nino, devem calcular a nossa dificuldade, dificuldade esta que nunca foi igual para todos os seus filhos deixados neste mundo, Eu, Nazaré de Pina Vieira, toda gente sabe que nunca vivi com as mãos estendidas no meu País, trabalhei sempre, onde cheguei a ser empresária e tendo exercido outras actividades de relevo no panorama social, ajudando o meu Povo. Hoje estou sem forças, não para gritar vingança, mas sim Justiça às mortes cometidos barbaramente no nosso País.
Meus queridos amigos, compatriotas, filhos da Guiné-Bissau e no mundo, ajudem-nos a reencontrar a esperança de voltar a ter paz na nossa terra e vivermos juntos na paz duradoira, peço a Deus bênção e paz para todos nós.
Obrigado Guiné-Bissau.
Nazaré de Pina Vieira
quinta-feira, 1 de março de 2012
Esta não é a minha (o)posição
Patética - assim mesmo, e sem medo da expressão - é como qualifico a marcha da oposição democrática que hoje teve lugar em Bissau. Estava marcada para as 8 horas da manhã, começou quase ao meio-dia. A oposição de quinze(!) partidos estava, e isso foi por demais notório, mesmo a pedi-las... Quando começam a gesticular e a mostrar que têm força, então vai tudo abaixo. Assim que vi a centena e meia de manifestantes, alguns assustados ainda que sem razão, torci o nariz. E perguntei-me sobre que tipo de oposição temos na Guiné-Bissau, e, mais importante, que tipo de oposição precisamos na Guiné-Bissau?
A resposta à primeira pergunta é de algibeira: temos uma oposição...à rasca! Não se viu nenhum alto dirigente político da oposição na cabeça da marcha a exemplos das marchas anteriores - esse pormenor, aos olhos de um manifestante, causa logo uma sensação de impotência. E de desconfiança. «Será que vamos perder na secretaria?». Alguns rostos, nessa marcha, denotavam alguma tensão (ver fotos), outros estavam desnorteados outros ainda nervosos. Assisti a uma discussão onde se chamou um polícia (desarmado) para retirar fulano de tal da marcha 'porque queria criar problemas'. Problema sanado, a marcha lá continuou, gaga - o som estridente das colunas assemelhava-se a um tanque vazio: o eco ouvia-se em todas as esquinas. O que deixava as pessoas... desnorteadas.
Devo dizer que acompanhei a tão propalada, desafiada e difundida marcha, desde a Chapa de Bissau até à embaixada do Brasil. Soubera de antemão que no Supremo não havia vivalma pronta para a desfeita e menos ainda para receber 'líderes' políticos - não estarão nem para uma nem para outra coisa. E como não havia ´líder', seria impensável estalar a bernarda. E como não ia haver bernarda... Querem fazer política, assim? Aprendam primeiro a jogar na areia...
No dia em que neste País alguém quiser fazer política - política a sério, sem interesses de qualquer índole, então, sim, podemos começar a pensar numa mudança tranquila, sem dor nem trauma de qualquer espécie. Acontece que esse dia tarda em chegar e - isto é o mais extraordinário - este mesmo povo que, dia sim, dia sim clama por mudança continua refém de tudo e de todos. E nem dá conta...É triste. António Aly Silva
A resposta à primeira pergunta é de algibeira: temos uma oposição...à rasca! Não se viu nenhum alto dirigente político da oposição na cabeça da marcha a exemplos das marchas anteriores - esse pormenor, aos olhos de um manifestante, causa logo uma sensação de impotência. E de desconfiança. «Será que vamos perder na secretaria?». Alguns rostos, nessa marcha, denotavam alguma tensão (ver fotos), outros estavam desnorteados outros ainda nervosos. Assisti a uma discussão onde se chamou um polícia (desarmado) para retirar fulano de tal da marcha 'porque queria criar problemas'. Problema sanado, a marcha lá continuou, gaga - o som estridente das colunas assemelhava-se a um tanque vazio: o eco ouvia-se em todas as esquinas. O que deixava as pessoas... desnorteadas.
Devo dizer que acompanhei a tão propalada, desafiada e difundida marcha, desde a Chapa de Bissau até à embaixada do Brasil. Soubera de antemão que no Supremo não havia vivalma pronta para a desfeita e menos ainda para receber 'líderes' políticos - não estarão nem para uma nem para outra coisa. E como não havia ´líder', seria impensável estalar a bernarda. E como não ia haver bernarda... Querem fazer política, assim? Aprendam primeiro a jogar na areia...
No dia em que neste País alguém quiser fazer política - política a sério, sem interesses de qualquer índole, então, sim, podemos começar a pensar numa mudança tranquila, sem dor nem trauma de qualquer espécie. Acontece que esse dia tarda em chegar e - isto é o mais extraordinário - este mesmo povo que, dia sim, dia sim clama por mudança continua refém de tudo e de todos. E nem dá conta...É triste. António Aly Silva
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL ANTECIPADA 2012: Sorteio/boletim de voto
1 - Baciro Dja, ministro da Defesa, independente
2 - Serifo Nhamadjo, independente
3 - Vicente Fernandes, Apoiado pela AD
4 - Serifo Baldé, Partido Jovem
5 - Carlos Gomes Jr., partido PAIGC
6 - Ibraima Alfa Djaló, partido Congresso Nacional Africano
7 - Henrique Pereira Rosa, independente
8 - Luis Nancassa, independente
9 - Koumba Yalá, partido PRS
10 - Afonso Té, independente, apoiado por uma ala do PRID
2 - Serifo Nhamadjo, independente
3 - Vicente Fernandes, Apoiado pela AD
4 - Serifo Baldé, Partido Jovem
5 - Carlos Gomes Jr., partido PAIGC
6 - Ibraima Alfa Djaló, partido Congresso Nacional Africano
7 - Henrique Pereira Rosa, independente
8 - Luis Nancassa, independente
9 - Koumba Yalá, partido PRS
10 - Afonso Té, independente, apoiado por uma ala do PRID
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