segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Augusto Mario (capacete de ferro), Chefe do Estado Maior do Exercito, foi detido num taxi, retiraram-lhe a farda e conduziram-no para o Forte D'Amura. Ha varias detencoes de militares. AAS

EXCLUSIVO: Pela primeira vez, hoje, militares juntam-se a Policia de Intervencao Rapida e cercam a residencia do Primeiro-Ministro. AAS

Antigo QG tera sido recuperado pelos militares do quartel de Mansoa. Houve tiros de intimidacao. Um coronel tera sido ferido e encontra-se no hospital Simao Mendes. Entretanto, tudo permanece calmo no quartel da Base Aerea. AAS

Paradeiro do PM continua desconhecido. Militares enchem quartel da Base Aerea, onde estara o CEMGFA, Antonio Indjai. Bubo Na Tchuto permanece na Marinha de Guerra. AAS

DC a seguir caravana de 3 viaturas do EMGFA, entre eles o do CEMGFA. Acabam de dar entrada no quartel da Base Aerea. Terao ido buscar o Antonio Indjai para fazer uma declaracao ao Pais. AAS

Na Presidencia tudo calmo; no Ministerio do Interior, tambem. Militares continuam a ser vistos apenas nas areas dos quarteis. AAS

Antigo Quartel-General esta cercado quer por militares quer por policias, de kalashnikov em riste. AAS

Primeiro-Ministro estara no quartel da MISSANG. Situacao esta calma. Bubo diz desconhecer a situacao. AAS

Residencia PM guardado por varios elementos do corpo de intervencao rapida (PIR). Paradeiro do PM e desconhecido. Bubo Na Tchuto esta no quartel da Marinha de Guerra. AAS

Bissau acordou soalheira, mas estranha. E sobretudo confusa. AAS

domingo, 25 de dezembro de 2011

ANGOLA: Brutalidade policial mata cidadão guineense

"Caro Aly,

É duro ser-se Guineense, principalmente porque a nossa diplomacia há muito que vem se prostituindo. Pode-se deixar a nacionalidade Guineense de lado mais é impossível despir-se do sentimento de Guineense, principalmente se vivemos e crescemos no Pilum Colon. Quem cresceu e viveu neste meio tem apenas um sentimento - o de ser Guineense. Não foi e acredito ainda não é importante a cor de pele, a origem étnica, a profissão dos pais e a religião, sempre os mais velhos defenderam os mais novos, a mãe de um era a mãe de todos e quem vem de um bairro alheio tem que ter cuidado se não leva e das boas. Esta introdução é uma mistura de saudade, de tristeza, de raiva e de revolta ao mesmo tempo.

molo fati 3

molo fati 2

No dia 2 de Dezembro de 2011, um cidadão Guineense (mais um) de nome Môro Fati, nascido no dia 11 de Janeiro de 1990, na vila de Sedjo Mandinga, sector de Pirada, Região de Gabu, Guiné-Bissau, tinha acabado de chegar (o carimbo da entrada é de 9-9-2011) às terras angolanas, na vã tentativa de procurar honestamente trabalhar, sobreviver e ajudar os que não tiveram a sorte (se é que existe sorte nisso) de conseguir rumar além mar.

Tinha acabado de instalar-se, e com a ajuda de alguns familiares e amigos conseguiu emprego numa pequena cantina do fundo de quintal, propriedade de um senhor da Guiné-Conacry, o qual nesta altura não estava e o segundo empregado tinha-se ausentado por alguns minutos. Eram 15 horas da tarde. A polícia do bairro de Cassenda (arredores de Luanda) perseguia um gatuno angolano, que, vendo-se cercado pela polícia decide procurar refugio na cantina onde trabalhava o pobre de Môro.

A polícia entrou na cantina de uma forma selvática dando porrada ao bandido e a quem estava na mercearia, enquanto a proprietária do prédio (que alugou o espaço para o patrão de Moro) gritava que o Moro não era bandido, na vã tentativa de o salvar. Não sei se bateram no gatuno como fizeram com o trabalhador honesto. Percebendo-se que tinham acabado de destruir mais uma vida, os próprios polícias mandaram levar o Môro ao hospital (apenas para terem o cunho medico de um trabalho bem feito, é lógico) onde ele viria a ser pronunciado morto.

Os familiares deste malogrado (não sei se são familiares de verdade ou apenas conhecidos nesta odisseia que é a imigração) vivem nos bairros pobres de Luanda, e têm procurado evitar qualquer contacto, inclusive de angolanos, que querem apenas ajudar, com medo da represália polícial. Por esta razão e mais outras.

Esta história é para denunciarmos esta brutalidade para com um irmão, cujo único crime foi ter nascido num País chamado Guiné-Bissau e que por ser governado pelos políticos que tivemos até aqui só nos deu dissabores. É uma vergonha.
"

sábado, 24 de dezembro de 2011

'LANCHA VOADORA': José Maria Neves sob pressão

A prisão preventiva do presidente da Bolsa de Cabo Verde, Veríssimo Pinto, aumentou a pressão sobre o primeiro-ministro José Maria Neves no caso ‘Lancha Voadora’, que envolve tráfico de droga e branqueamento de capitais. Em causa está a substituição de Veríssimo na Bolsa e o facto de ele acumular o cargo público com um negócio de venda de carros de luxo ao governo.

Após Veríssimo Pinto e mais quatro suspeitos a quem foi aplicada a prisão preventiva recolherem à cadeia de São Martinho, na Praia, foram reveladas as identificações dos restantes suspeitos. Trata-se dos empresários António Semedo (Totony) e Luís Ortet, mais Ivone Semedo e Ernestina Pereira (Nichinha), mãe e irmã do arguido Paulo Pereira, apontado como cabecilha da rede de tráfico de droga e preso logo a seguir à apreensão de 1,5 toneladas de cocaína, em 8 de Outubro. Estão ainda em prisão preventiva Quirino Manuel dos Santos e Carlos Gil Gomes Silva.

cabo verde

Dos sete detidos esta semana, ficaram sujeitos à medida de termo de identidade e residência os suspeitos José Júnior Gonçalves (Djoy) e Jacinto Mariano. Segundo o jornal ‘Liberal’, da Praia, as diferentes decisões do juiz têm a ver com "provas documentais".

Cada vez maior é a pressão sobre o primeiro-ministro José Maria Neves. O patrão da Bolsa, Veríssimo Pinto, suspeito de branqueamento de capitais, acumulava o cargo com funções de sócio-gerente da Auto Center SA, representante da BMW em Cabo Verde e vendedora de muitas viaturas oficiais. AAS

Excitações

ENCARNADOS MARCADOS

O director-geral do Centro de Formação e Treino do Seixal, Armando Jorge Carneiro, considera que as reacções da visita dos juniores à Guiné-Bissau, para disputar dois jogos de exibição, foram a prova de que «o Benfica pode crescer muito nos próximos 10 anos». Em declarações a A BOLA, Armando Jorge Carneiro afirma que a «intensidade emocional» no contacto com os benfiquistas da Guiné foi o que mais marcou a comitiva, que incluiu Chalana e José Henrique.

«Marcou-nos o mar de gente que nos acompanhou sempre em diferentes locais. Nunca esperei ver tantos benfiquistas na Guiné. Penso que, em Portugal, não temos a noção exacta do número e paixão dos benfiquistas em África. Chalana confessou-me que foi a muitos sítios e nunca tinha visto uma loucura tão grande pelo Benfica como na Guiné», começou por dizer o director-geral do Centro de Formação e Treino do Seixal, que deu um exemplo para ilustrar o sentimento dos guineenses:

«As solicitações foram tantas que nos tivemos de dividir. Um grupo queria que visitássemos Gabu, cidade a cerca de 200 quilómetros de Bissau. As forças armadas disponibilizaram transporte e o Chalana foi à cidade. Ficou impressionado quando a cerca de três quilómetros de Gabu viu milhares de benfiquistas, num lado e noutro da rua, muitos a chorar, outros a gritar, outros com tarjas de boas-vindas. Imensos jovens, alguns até com tatuagens do Benfica. Sabiam tudo do Benfica.»

MILITARES E OS FUNDOS

O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, disse em Luanda, que a República da Guiné-Bissau necessita de um fundo aproximado de 43 milhões de dólares norte-americanos para o processo de desmobilização militar. O ministro avançou tal informação à imprensa momentos depois de apresentar cumprimentos de despedida ao primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, no final da visita de trabalho de 24 horas que efectuou a Angola, a convite do Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.

“Fomos informados pelo primeiro-ministro Carlos Júnior, que a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDAO), um dos principais parceiros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), vai disponibilizar um montante de 23 milhões de dólares para o fundo de pensões e desmobilização dos efectivos militares”, afirmou.

CONVITES

O Primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, convidou os empresários portugueses a investirem na Guiné-Bissau, com o intuito de alargarem o contexto económico do mercado português, que está em crise. A iniciativa foi lançada pela Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços, que durou toda a passada semana e terminou a 14 de Dezembro. No fórum, participaram 12 portugueses do panorama empresarial.

A Guiné-Bissau está inserida num mercado sub-regional, podendo servir de «entreposto» de empresas e produtos para o restante continente africano, dado que o país está a atravessar um momento de estabilidade política e económica. Segundo a ministra da Economia guineense, Helena Embaló, em 2010, as trocas comerciais entre Portugal e Guiné-Bissau atingiram um volume de cerca de 38 milhões de dólares.

Como exemplo das boas relações que ambos os países mantêm ao nível comercial, há mais de 25 anos, Carlos Gomes Júnior deu o exemplo da Petrogal, empresa portuguesa de distribuição de combustíveis e lubrificantes, que actua no mercado lusófono.

RELAÇÕES COM IMPULSO

A cooperação entre as Repúblicas de Angola e da Guiné-Bissau terá um maior impulso a partir de Janeiro de 2012, com a ida a Bissau de uma missão angolana que vai implementar intercâmbios económicos, informou hoje em Luanda o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti. O ministro falava à imprensa, momentos depois de apresentar cumprimentos de despedida ao primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, que terminou uma visita de trabalho de 24 horas, a convite do Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos santos.

“A cooperação com a Guiné-Bissau vai ter um maior impulso em Janeiro de 2012, altura em que uma missão de Angola irá para Bissau para implementar alguns aspectos do intercâmbio económico em aspectos específicos como por exemplo a exploração de bauxite” (consiste no principal minério de alumínio, constituído por uma mistura de óxidos de alumínio hidratado e alterite aluminosa), disse.

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO DE 2012 - SÃO OS VOTOS DO EDITOR DO DITADURA DO CONSENSO, António Aly Silva

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011