Manuel Esperança, coronel, afecto ao SIEDM (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa e Militares depois convertido em SIED) - foi a ‘antena’ que, entre 2005 e 2010, Portugal impingiu à Guiné-Bissau.
Manuel Esperança era tudo menos discreto. Morava numa casa arrendada ao primeiro-ministro, Carlos Gomes Jr., de quem aliás era vizinho – apenas separava-os um muro, e quando terminou a sua missão, mercê da crise portuguesa, vendeu o seu carro ao... primeiro-ministro. Estas ligações, pelo menos na Guiné-Bissau, são de resto 'aconselhadas', para mais num País onde tudo pode acontecer, a qualquer hora - mas para um espião...
Hoje, contudo, impõe-se esta pergunta: o que sabe o Manuel Esperança (e Portugal?) - quase tudo – é a resposta. No dia em que Hélder Proença foi assassinado (4 de junho de 2009), Manuel Esperança foi visto no Estado-Maior General das Forças Armadas, e era presença assídua no Ministério do Interior, de dia e de noite. Segundo uma fonte, depois da morte do General Tagme Na Waie, o espião português «tinha sempre encontros demorados com o Coronel Samba Djaló», ex-chefe da sinistra DINFOSEMIL, no gabinete deste no Ministério do Interior.
A ‘antena’ da secreta militar portuguesa foi dos primeiros a chegar à residência do Baciro Dabó no dia em que este foi assassinado (5 junho 2009), tendo tirado várias fotografias ao cadáver prostrado no chão com o sangue ainda fresco.
Manuel Esperança estava com o General e CEMGFA, Tagme Na Waie , no dia em que este ficou a saber (através de uma fuga de informação) de que corria risco de morte. E, numa reunião, onde esteve presente um alto oficial da secreta militar, Manuel Esperança disse que sabia de um plano para assassinar o General Tagme Na Waie, acrescentando que poderia ser um atentado à bomba. Acabou por ser. AAS
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Roupa nova
Durante 24 horas (entre ontem e hoje) andei por toda a cidade de Bissau; centro da cidade, zonas com mais polícias, parei uns minutos junto da Direcção Geral de Viação e Transportes Terrestres, passei por carros do Corpo Diplomático, do Estado, cruzei-me com ministros, com carros das Nações Unidas (PNUD, UNFPA, UNIOGBIS, eu sei lá que mais); parei quase duas horas (entre ontem e hoje) no triângulo da Av. amilcar Cabral, mesmo em frente à Secretaria de Estado da Cooperação. Népia!

Quase choquei com alguns amigos, vi colegas. Enfim, fiz tudo aquilo que faço num dia normal - mas havia um pormenor: a matrícula do meu carro dizia DC 3350 - o D significa ditadura e o C consenso. Ninguém reparou, nem me mandaram parar.
Isto é só um exemplo de como tudo pode acontecer neste País - tu-do!. Cada um na dele e o resto que se amanhe. É o caos total! Voltarei... AAS

Quase choquei com alguns amigos, vi colegas. Enfim, fiz tudo aquilo que faço num dia normal - mas havia um pormenor: a matrícula do meu carro dizia DC 3350 - o D significa ditadura e o C consenso. Ninguém reparou, nem me mandaram parar.
Isto é só um exemplo de como tudo pode acontecer neste País - tu-do!. Cada um na dele e o resto que se amanhe. É o caos total! Voltarei... AAS
George Wright chegou a socializar com o embaixador americano na Guiné-Bissau
John Blacken, que era então o representante diplomático americano na Guiné-Bissau, disse à Associated Press que ficou muito espantado quando soube da detenção de Wright porque na altura convivia com ele e com a sua mulher, e que ambos terão até trabalhado em projectos de tradução para a embaixada americana na Guiné-Bissau.

“Tudo isto foi uma grande surpresa, meu Deus, o assassinato e tudo o resto”, disse Blacken numa entrevista telefónica a partir de Bissau. “Ninguém o tomava por assassino. Claro que não o conhecíamos assim tão bem, mas parecia uma pessoa normal, nada radical”.
O diplomata disse ainda que nunca foi avisado do historial de Wright e que nunca pensou, enquanto embaixador, que ele pudesse ter semelhante passado. “Se tivesse recebido semelhante informação, teria respondido”, acrescentou Blacken. “Ele era conhecido por 'Jack' na Guiné e é estranho que a justiça americana nunca o tenha localizado lá”.
As autoridades governamentais americanas não comentaram ainda o facto de Wright ter passado pela Guiné-Bissau e ter até convivido com membros da embaixada, escreve o “The Guardian”.
George Wright andava fugido à justiça americana há 41 anos e residia em Portugal há mais de 20 quando decidiu entrar em contacto com uns familiares nos EUA. Foi esse telefonema que o traiu. Na passada segunda-feira Wright foi preso pela Polícia Judiciária nos arredores de Sintra, onde era conhecido por José Luís Jorge dos Santos.
A carreira de “fugitivo internacional” de Wright começou quando se evadiu da Prisão Estadual de Bayside, em Leesburg, onde cumpria o oitavo ano de uma pena de 30 anos, pelo assassínio de um veterano da Segunda Guerra Mundial, em 1962, num assalto à mão armada. Depois disso, ajudou a desviar um avião da Delta Airlines e aterrou na Argélia. Depois disso desapareceu dos radares, mas sabe-se agora que andou pela Guiné-Bissau, França e Portugal. (P.)

“Tudo isto foi uma grande surpresa, meu Deus, o assassinato e tudo o resto”, disse Blacken numa entrevista telefónica a partir de Bissau. “Ninguém o tomava por assassino. Claro que não o conhecíamos assim tão bem, mas parecia uma pessoa normal, nada radical”.
O diplomata disse ainda que nunca foi avisado do historial de Wright e que nunca pensou, enquanto embaixador, que ele pudesse ter semelhante passado. “Se tivesse recebido semelhante informação, teria respondido”, acrescentou Blacken. “Ele era conhecido por 'Jack' na Guiné e é estranho que a justiça americana nunca o tenha localizado lá”.
As autoridades governamentais americanas não comentaram ainda o facto de Wright ter passado pela Guiné-Bissau e ter até convivido com membros da embaixada, escreve o “The Guardian”.
George Wright andava fugido à justiça americana há 41 anos e residia em Portugal há mais de 20 quando decidiu entrar em contacto com uns familiares nos EUA. Foi esse telefonema que o traiu. Na passada segunda-feira Wright foi preso pela Polícia Judiciária nos arredores de Sintra, onde era conhecido por José Luís Jorge dos Santos.
A carreira de “fugitivo internacional” de Wright começou quando se evadiu da Prisão Estadual de Bayside, em Leesburg, onde cumpria o oitavo ano de uma pena de 30 anos, pelo assassínio de um veterano da Segunda Guerra Mundial, em 1962, num assalto à mão armada. Depois disso, ajudou a desviar um avião da Delta Airlines e aterrou na Argélia. Depois disso desapareceu dos radares, mas sabe-se agora que andou pela Guiné-Bissau, França e Portugal. (P.)
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
N'bom, ali é riba más
- Depois de mais de duas semanas de acalmia, a oposição democrática da Guiné-Bissau voltou a pedir o Presidente da República para "exonerar" o primeiro-ministro Carlos Gomes Jr.
Dizem ser preciso "disciplinar" o PM no sentido de "respeitar os órgãos de soberania", uma clara alusão à oferta de exílio ao coronel Khadaffi, procurado por policias de todo o mundo.
Atacam ainda o Procurador-Geral, Edmundo Mendes, que, dizem, foi alvo de um processo por parte de um grupo de magistrados junto do Supremo Tribunal de Justiça. E perguntam "onde esta a Justiça" para isto.
O ministro do Interior, Fernando Gomes, também foi visado. "A remodelação governamental foi apenas para se adiar a marcha. Então, preparem-se para nova MARCHA e veremos quem a impedirá, desafiaram".;
- por seu lado, o empossado ministro do Interior, Fernando Gomes, está com a corda toda. O 'testa-de-ferro' de Carlos Gomes Jr, ameaça agora actuar contra as viaturas sem matricula: "Num prazo de 20 dias, nenhum carro circulará sem a chapa de matricula". Mas o próprio ministro sabe que há coisas contra as quais nada pode... AAS
Dizem ser preciso "disciplinar" o PM no sentido de "respeitar os órgãos de soberania", uma clara alusão à oferta de exílio ao coronel Khadaffi, procurado por policias de todo o mundo.
Atacam ainda o Procurador-Geral, Edmundo Mendes, que, dizem, foi alvo de um processo por parte de um grupo de magistrados junto do Supremo Tribunal de Justiça. E perguntam "onde esta a Justiça" para isto.
O ministro do Interior, Fernando Gomes, também foi visado. "A remodelação governamental foi apenas para se adiar a marcha. Então, preparem-se para nova MARCHA e veremos quem a impedirá, desafiaram".;
- por seu lado, o empossado ministro do Interior, Fernando Gomes, está com a corda toda. O 'testa-de-ferro' de Carlos Gomes Jr, ameaça agora actuar contra as viaturas sem matricula: "Num prazo de 20 dias, nenhum carro circulará sem a chapa de matricula". Mas o próprio ministro sabe que há coisas contra as quais nada pode... AAS
Gossi i TORANJA
Um director-geral de uma empresa publica, carregou 20.000 fcfa. Pouco depois - e sem sequer fazer uma chamada - recebe uma mensagem da operadora Orange a informar que "o seu saldo e de 40 francos". Como e que pode?
Outro americano em Bissau
IMANE NAMOUJA, nasceu nos EUA e chegou a Bissau há muitos, muitos anos (diz-se mesmo que chegou a Bissau, vindo de Conacry, na mesma altura que GEORGE WRIGHT, outro norte-americano, detido em Portugal na passada terça-feira pela Policia Judiciária, com acusações de assassinato e desvio de um avião da Delta Airlines, enquanto membro dos Panteras Negras - e que andava 'fugido' há 41 anos).
Acontece que o agora cidadão guineense, militante e activista ferrenho do PAIGC, foi preso em Accra, no Ghana, há umas semanas, quando participava numa manifestação de apoio pró-Khadaffi. Namouja esteve nos calabouços durante uns dias, tendo depois sido libertado.
E quem mandou mesmo o Imane Namouja participar na manifestação em Accra? - o PAIGC de Carlos Gomes Jr., claro!!! E porquê? Isso agora são outros quinhentos...e que cabe ao PAIGC explicar. AAS
Acontece que o agora cidadão guineense, militante e activista ferrenho do PAIGC, foi preso em Accra, no Ghana, há umas semanas, quando participava numa manifestação de apoio pró-Khadaffi. Namouja esteve nos calabouços durante uns dias, tendo depois sido libertado.
E quem mandou mesmo o Imane Namouja participar na manifestação em Accra? - o PAIGC de Carlos Gomes Jr., claro!!! E porquê? Isso agora são outros quinhentos...e que cabe ao PAIGC explicar. AAS
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
A título póstumo: Medalha Amílcar Cabral para Aristides Pereira
A Guiné-Bissau atribuiu ao primeiro Presidente cabo-verdiano, Aristides Pereira, a título póstumo, a Medalha de Ouro Amílcar Cabral, a mais alta condecoração do Estado guineense. AAS
Controverso, eu? Claro!
"Excepcional declaração de amor à Guiné-Bissau, por parte do jornalista António Aly Silva, natural do Quebo (a velha Aldeia Formosa). O AAS é talvez a figura mais controversa, mas porventura incontornável, da blogosfera guineense."
J.H.
M/N: De cada vez que te leio, sinto-me pequenininho. Abraço, amigo. AAS
J.H.
M/N: De cada vez que te leio, sinto-me pequenininho. Abraço, amigo. AAS
Angola: Eu também quero!
O Governo de Angola 'ofereceu' um Toyota V8 ao ex-ministro da Defesa (hoje, na Função Pública).

FOTO: AAS
Agora, eu pergunto, não ao Governo de Angola - que está lá longe -, mas à Embaixada de Angola - que está à mão de semear, em Bissau: por que motivo se ofereceu um carrito de 70.000 euros a um ministro (à altura tutelar da pasta da Defesa, e em pleno processo de reforma na área da Defesa?) Agradecia uma resposta - se fizerem o favor, claro - 668 31 13. Me liga, vai!
À direcção-geral de Viação e ao meu bom primo e amigo Hélder Vieira: a série de matrícula CE vai apenas em três mil e qualquer coisa. Ora, porque tem o ministro a matrícula 66 68 CE? Pode ligar. AAS

FOTO: AAS
Agora, eu pergunto, não ao Governo de Angola - que está lá longe -, mas à Embaixada de Angola - que está à mão de semear, em Bissau: por que motivo se ofereceu um carrito de 70.000 euros a um ministro (à altura tutelar da pasta da Defesa, e em pleno processo de reforma na área da Defesa?) Agradecia uma resposta - se fizerem o favor, claro - 668 31 13. Me liga, vai!
À direcção-geral de Viação e ao meu bom primo e amigo Hélder Vieira: a série de matrícula CE vai apenas em três mil e qualquer coisa. Ora, porque tem o ministro a matrícula 66 68 CE? Pode ligar. AAS
EXCLUSIVO: Secretaria de Estado da Cooperação...NÃO tem a bandeira a meia-haste

Mas, alguém, no seu perfeito juízo chamaria BANDEIRA a esse cachecol? Haja respeito pela NOSSA bandeira!!! AAS
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