sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"Malam Bacai Sanhá à beira da vitória"

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"Pouco mais de um ano após a vitória nas eleições presidenciais, Malam Bacai Sanhá aproxima-se do momento de vitória no xadrez político na Guiné-Bissau. Acossado por todos os quadrantes políticos, o Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior está cada vez mais fragilizado, sem aliados políticos que lhe permitam inverter a derrota total do seu projecto de desenvolvimento para o país.

Quando Carlos Gomes Júnior, então recém-eleito Presidente do PAIGC, abdicou de se apresentar como candidato do partido às eleições presidenciais de 2009, «deu o flanco» ao reaparecimento das ambições de Malam Bacai Sanhá. Duas vezes derrotado, por Koumba Yalá e por ‘Nino’ Vieira, Malam Bacai soube aproveitar o erro estratégico de Cadogo para pôr em marcha o seu sonho político. Tornar a Guiné-Bissau num regime governativo de cariz presidencialista, à semelhança de França e Angola, e em simultâneo eliminar politicamente Carlos Gomes Júnior, adversário eterno no PAIGC e inimigo pessoal de estimação.

Malam Bacai nem teve de se esforçar muito para conseguir os seus objectivos. Apoiou-se em aliados de ocasião descartáveis, geriu a pressão da Comunidade Internacional, a instabilidade dos militares guineenses, a clivagem étnica e as ambições pessoais de personalidades políticas do PRS e PAIGC que com Carlos Gomes Júnior tinham sido remetidas a uma profunda escuridão.

O papel dos militares

Conhecedor da realidade da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior baseou a segurança do seu projecto político na única pessoa que lhe poderia dar essas garantias de estabilidade, o então Chefe de Estado Maior, Zamora Induta. As movimentações dos militares de 01 de Abril, lideradas pelo revoltoso António Indjai, foi o primeiro passo de Malam.

O Presidente persuadiu António Indjai a virar-se contra Zamora, o que aliado à ameaça de detenção por envolvimento na aterragem de um avião relacionado com o narcotráfico em Cufar em 01 Março, originou no vice-CEMGFA uma «fuga para a frente», detendo o seu superior.

Com Zamora fora de jogo, Carlos Gomes Júnior conseguiu ainda assim manter-se no poder, fruto da forte pressão da Comunidade Internacional em defesa do respeito da ordem constitucional. Malam não terá perdoado a Carlos Gomes Júnior este apoio internacional, que se traduziu na prática numa crítica à participação conivente do Presidente nos acontecimentos de 01 de Abril.

As movimentações militares tiveram também por consequência a libertação de Bubo Na Tchuto das instalações da ONU em Bissau. Classificado como narcotraficante pelo Departamento do Tesouro dos EUA, o regresso de Bubo a Bissau, em Dezembro de 2009, teve desde o início a complacência de Malam. O Presidente depressa percebeu que o poder democrático em Bissau está na ponta das espingardas, usando a questão Bubo, visto como o herdeiro militar dos balantas, etnia maioritária nas Forças Armadas guineenses, para agradar às chefias militares no país.

Durante os cerca de cinco meses em que esteve refugiado no edifício da ONU em Bissau, Bubo manteve contactos regulares telefónicos com Soares Sambú, conselheiro presidencial para assuntos diplomáticos. Sambú foi o intermediário dos contactos proibidos entre Malam e Bubo, concertando as posições que permitiram as movimentações militares de Abril.

Além dos contactos com Bubo, Sambú foi também o responsável pela crescente entrada na Guiné-Bissau de Angola. Os investimentos nos fosfatos e bauxite, negociados por “Nino” Vieira e Manecas dos Santos, agora nomeado Embaixador guineense em Luanda, e o anunciado envio de um contingente militar independente para a Reforma das Forças de Segurança guineense, são sinais claros da vontade intervencionista angolana na Guiné-Bissau.

Sambú, «o intermediário», terá tido a responsabilidade de convencer Malam Bacai de que estas iniciativas angolanas seriam uma vantagem para a estratégia política do Presidente. Dinheiro, apoio internacional e uma guarda pretoriana mascarada de força de estabilização foram os argumentos irrecusáveis. Fica por saber o preço a pagar pelo Presidente, conhecedor das regras de um jogo de estratégia onde nada se oferece e tudo se paga. E tudo a seu tempo.

O Governo sombra

O papel dos conselheiros presidenciais foi fundamental para a vitória política que Malam se prepara agora para reclamar. Soares Sambú e Braima Camará terão sido os mais activos nos contactos políticos e militares, demonstrando uma fidelidade canina para com os objectivos do Presidente. Mas Malam poderá também ser também vítima do seu próprio jogo.

Sambú e Camará assumiram-se desde o início do mandato de Malam como uma espécie de Primeiros-Ministros «sombra» de Carlos Gomes Júnior. Ambos são conhecedores do débil estado de saúde de Malam, que sofre de diabetes, crónicas crises de hipertensão, e suspeitas de cirrose. A constante instabilidade guineense não terá ajudado em nada à saúde do Presidente.

Sambú e Camará sabem que a breve prazo Malam terá de ceder a alguém a sua influência no PAIGC e no país. Ambos se posicionaram para ocupar os lugares de principais candidatos a assaltar a herança presidencial. Mas sabem também que para reclamar o poder terão de eliminar politicamente Carlos Gomes Júnior.

O futuro político de Carlos Gomes Júnior joga-se ainda em dois tabuleiros. Por um lado, num PAIGC dividido em múltiplas alas de influência distintas. Por outro, num PRS de maioria balanta que pretende regressar ao poder o mais rápido possível, contando para isso com o apoio dos militares guineenses.

Ambos os grupos têm objectivos finais diferentes, mas com o obstáculo comum Carlos Gomes Júnior. Malam Bacai Sanhá tem sabido instrumentalizar os ressentimentos comuns dos dois grupos para criar uma frente de ataque ao Primeiro-Ministro, cada vez mais isolado politicamente.

A campanha de ataques a Carlos Gomes Júnior da última semana levou a que em Bissau se fale já numa «frente unida» contra o Primeiro-Ministro. Provavelmente, será esta a fase de ensaios do que se espera vir a ser o Governo de Iniciativa presidencial pós-Carlos Gomes Júnior, unindo as várias forças políticas, nos últimos anos colocadas à margem face aos bons registos de Governação do Executivo de Carlos Gomes Júnior.

O futuro da Guiné-Bissau

Paradoxalmente, a boa Governação e a melhoria de condições de vida na Guiné-Bissau terão motivado o principal erro estratégico de Carlos Gomes Júnior. Apoiado pela Comunidade Internacional devido à sua política de reformas, o Primeiro-Ministro terá confiado que a pressão externa seria suficiente para garantir a sua segurança no cargo, menosprezando as engrenagens políticas internas.

Com o abrandar da pressão da Comunidade Internacional sobre as autoridades da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior deu espaço de manobra a Malam para implementar a fase final da sua estratégia.

A nomeação de Bubo Na Tchuto como CEMA, no final de Setembro, teve o efeito de acalmar os militares, que viam no Presidente o principal obstáculo ao verdadeiro líder militar guineense. Com o decreto presidencial de nomeação, Malam recuperou a sua imagem aos olhos dos militares, detentores do real poder no país, e isolou Carlos Gomes Júnior daquele que poderia vir a ser o seu novo aliado militar complexo xadrez político guineense. Bubo regressa assim em força à liderança do país, preparando-se para impor as suas ordens e vontades até aos seus superiores.

No meio deste xadrez político-militar, o suposto «homem forte» António Indjai tornou-se num mero peão descartável, sentindo o poder fugir-lhe das mãos. Indjai sabe que com Bubo no comando da Marinha e da unidade de Fuzileiros a recuperação da saúde financeira do CEMA não demorará muito. E na Guiné-Bissau, com o dinheiro vêm também as fidelidades, o controlo das redes de influência e o poder real. Indjai sabe agora que o seu afastamento do cargo de CEMGFA é uma mera formalidade e uma questão de tempo.

Zamora Induta, António Indjai, Bubo Na Tchuto, Soares Sambú, Braima Camará, Koumba Yala. Todos actores de uma estratégia montada por Malam Bacai Sanhá contra Carlos Gomes Júnior. Todas as peças encaixaram de forma perfeita sem que nenhuma das promessas feitas à Comunidade Internacional tenha sido cumprida. Malam prepara-se para ocupar o trono, sabendo que na Guiné-Bissau o poder tem tanto de embriagante como de efémero.
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Rodrigo Nunes

rodrigo.nunes@pnn.pt

Carros da UNIOGBIS (UN) proibidos de circular a partir da meia-noite.... AAS

Depois da denúncia do DC sobre a pancadaria da semana passada, na zona dos coqueiros, Joseph Mutaboba decidiu agir.

A notícia chegou mesmo à sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. Agora, um 'edital' da UNIOGBIS "proibe a circulação de todos os carros do sistema (com UN na porta) a partir das 24 horas.

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Mas há mais. Há uma lista negra de estabelecimentos, onde ninguém das NU pode ser visto, não importa a hora:

- Discotecas 'Bambu', 'Sabura', 'Stop' e 'Lisboa 3'.

Ditadura do Consenso vai certificar se as ordens da Mutaboba serão cumpridas, e pede a colaboração dos leitores:

Se virem uma viatura com a escrita UN a negro na porta, depois da meia-noite... Fotografem e façam por apanhar a matrícula...

É caso para dizer Ditadura do Consenso 1 - UNIOGBIS 0... AAS

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Adelino Mano Queta está em todas, em grande, e... amarelado!!! (e isso é mau)

"Meu caro Aly,

Relativamente ao assunto da filha do Ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, digo-te, e aos guineenses espalhados pelo mundo, isto:

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A advogada continua em Bissau, mas com o vencimento a correr com uma regularidade pendular, aqui, em Lisboa. Quem o vem levantar é o tio, um irmão do pai da dita cuja. Numa atitude insólita e inédita deixou um amigo que, segundo informações fidedignas, ainda é estudante, para substitui-la nas suas dilatadas ausências, facto que não deve constar por certo nas cláusulas contratuais que a mesma subscreveu e que era suposto
respeitar.

Infelizmente estamos num País onde a lei não passa de letra morta. Logo que assumiu as funções mandou afetar um sobrinho sem que houvesse necessidade para tal. Isto foi tranformado numa coutada do Sr. Ministro Adelino Mano Queta. É caso para dizer estamos entregues à bicharada... Muito obrigado pela atenção que este e-mail lhe possa merecer.


Anónimo

NOTA: Obrigado, e manda sempre. Vamos todos torcer para termos um bom fim-de-semana. AAS

Ao Estado da Guiné-Bissau: chamem a Gâmbia e EXIJAM RESPONSABILIDADES!!!! AAS

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Faz 5 dias que o meu carro está estacionado em frente à Embaixada da Gâmbia. Hoje, fui colar uns recados no vidro... Não querem ver as consequências da vossa CEGUEIRA, mas quando acordarem, um dia, será tarde... AAS

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ao Estado da Guiné-Bissau:

Párem de bater punhetas à Gâmbia, e obriguem-na a assumir as suas responsabilidades.


- Eu tinha um seguro CEDEAO na altura do acidente;
- Os ocupantes do carro do Ministro do Turismo da Gâmbia, recusaram chamar a polícia alegando que o carro «é do Estado»;
- O acidente aconteceu no dia 11 de julho, e estamos no mês de outubro;
- A Embaixada da Gâmbia informou o seu País, eles confirmaram que houve acidente;
- Entreguei na Embaixada da Gâmbia uma factura proforma da Oficina Dolfi, para o arranjo do carro (peças a serem compradas em Portugal).

Um ÚLTIMO aviso às autoridades da Guiné-Bissau - Aos ministérios dos Negócios Estrangeiros, e da Administração Interna (QUE POR DÁ CÁ AQUELA PALHA MANDAM PRENDER-ME):

ESTOU-ME NAS TINTAS PARA UM POSSÍVEL CONFLITO DIPLOMÁTICO QUE POSSAM VIR A TER COM O ESTADO DA GÂMBIA. EU NÃO SOU DIPLOMATA!

A PARTIR DE AMANHÃ, VOU ESTACIONAR O MEU CARRO NO PASSEIO DA EMBAIXADA, BLOQUEANDO A ENTRADA. O EMBAIXADOR QUE ENTRE PELA GARAGEM. VOU IGUALMENTE PASSAR A SEGUIR O EMBAIXADOR DA GÂMBIA PARA ONDE QUER QUE VÁ, E VOU BUZINAR, E BUZINAR E BUZINAR.

António Aly Silva

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Descaramento de General

"Olá Aly,
Este General (Esteban Verastegui) ainda tem o descaramento de dizer que a Missão para a reforma dos sectores da Defesa e Segurança foi um fiasco. Enfim!
M.R."


NOTA: Olá. Enfim! Ainda bem que não foi um flop... AAS

"Acabámos mal" (eu bem avisei)

A União Europeia (UE) não vai restabelecer uma missão na Guiné-Bissau depois do "fiasco" em que terminou a presença no País e porque vários dos 27 países da UE consideram que foi um "esforço perdido e sem resultados", afirmou o ex-chefe dessa missão, o General espanhol Juan Esteban Verastegui.

"Foi um fiasco porque acabámos mal. A UE saiu do País, a missão fechou e a nova não arrancará. E mesmo que tenhamos feito alguma coisa, não fizemos mais que o primeiro capítulo de um longo processo". Agência LUSA

NOTA: Eu avisei bem cedo que essa missão seria um flop. Ainda bem que náo passou de um fiasco... O Estado da Guiné-Bissau tem de submeter-se a opiniões jocosas... AAS

Será o absurdo... Inconstitucional?

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Cerca de um milhão, quinhentos e noventa e nove mil guineenses ainda não perceberam patavina do que temos assistido. Falo da guerrilha, quase em surdina, entre a Presidência da República e a Primatura, ou, se quiserem entre o Presidente da República, Malam Bacai Sanha e o Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Jr. É evidente que os dois não se aturam, nem um bocadinho mesmo.

Começou a desenhar-se em Gabú, regressou depois para a sede dos libertadores, para a sua aprovação e efectivação; agudizou-se pouco depois, na França, com a famosa declaração do PR Bacai Sanha à Jeune Afrique: «Há políticos envolvidos nos assassinatos políticos (de 2009)». Para além desta frase cair que nem uma bomba, ela disse outra verdade: qualquer assassinato neste País foi encomendado por políticos!!! Nem mais.

Na altura, contudo, muitos protestaram dizendo que o PR não podia fazer essa declaração. Mas, olhem que podia... O PR (tocaria a qualquer um de nós) quando fez essa declaração não estava coberto pelo segredo de Justiça. Essa é que é a verdade. Hoje, contudo, o PR não a faria.

A crueza que muitos viram na declaração do PR tem no entanto uma explicação. O Primeiro-Ministro terá ofendido o Presidente da República quando este foi designado candidato à Presidência da República pelo PAIGC. Na altura, a frase de Cadogo Jr entrou para a história do dicionário político/anedotário nacional: «Bom, depois não me venham pedir dinheiro para o tambor». E ainda pelo 'caso Frente Polisário' na tomada de posse de Bacai, que levou à demissão de Cancan do Ministério que tutelava - o dos Recursos Naturais.

O PR ter-se-á então vingado, dizendo a verdade ao povo guineense, sobre aquilo que leu na França. Pode até questionar, caro(a) leitor(a), se a provocação do PM foi perversa, ou se a resposta (ou troco) do PR foi de uma maldade desproporcionada.

Resta ao PM a consolação de, pelo menos, ter tentado fazer a vida negra ao PR; o PR, por seu lado, defendeu-se muito bem. Ambos baralham-se. Se o PM diz uma coisa e pratica outra, o PR diz outra coisa e pratica exactamente o inverso. E acabam por nos baralhar.

Contudo, ambos já se devem ter dado conta de que, na Guiné-Bissau, o absurdo não é inconstitucional. E, sim, é possível que tenham as suas razões. Caros Presidente da República e Primeiro-Ministro: pela primeira vez estou de acordo convosco.

Consensualmente, António Aly Silva

Três dias depois...

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... O meu carro continua - orgulhosamente só - à porta da Embaixada da Gâmbia. Kabeça ka na del... AAS

EXCLUSIVO: Enquanto os cães ladram...

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FOTO: AAS/DR

... O Coronel Manuel dos Santos (Manecas) é o próximo Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República da Guiné-Bissau na República de Angola. AAS

Exmo. Sr. Ladrão do computador do Cancan: estou disponível para dormir com a sua mulher!

Escrevo-lhe na esperança de que me possa ler. Ou, ainda, que alguém leia isto e lhe transmita.

Imaginas, Sr. Ladrão o que porventura vai por aí? Anda tudo à sua procura: a Judiciária, a Interpol e, segundo me constou, até já convidaram a melhor força policial da Frente Polisário.

Querem deitar-te a mão. Eu apenas quero deitar a mão ao computador do Cancan. E, se possível, gostava de dormir com a sua mulher (do Sr. Ladrão, claro).

Gostava de o conhecer, brilhante ladrão! Sabia que o computador do Cancan era o maior partido de oposição dentro do PAIGC? Não? Compreendo. Nem todos os ladrões sabem ler, embora muitos usem fato e gravata.

Este, é o outubro do seu descontentamento (do Cancan). E para si, Sr. Ladão, presumo, o contentamento deve ser...total!

Mantenho a oferta: 1.000.000 fcfa. Seku kan! Só para eu copiar o disco. Depois, bom, depois... nô ta kunsa ku korda sintidu! AAS

Um Oscar para o ladrão do Cancan

O carro do porta-voz do PAIGC, Oscar Barbosa, Cancan, foi ontem assaltado à porta de sua casa: levaram o computador portátil, uma pen disk e a sua mala. Há quem diga que Cancan parece uma barata tonta...e compreende-se.

Ditadura do Consenso oferece ao larápio 1.000.000 fcfa só para passar o computador a pente fino.

E agora, sr. korda sintidu? Como enviará os seus venenos para Portugal? Se precisar de um portátil, disponha... AAS

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Última (normalmente é a que sabe melhor...)

Acabei de escrever e enviar as respostas da entrevista que concedi à Global Voices - um site que tem como principal tarefa, a recolha e filtragem de notícias de blogs de todo o mundo.

A Sara contactou-me há uns dias atrás, de Timor, enviou as perguntas ontem e eu respondi esta noite. Devo referir que a GlobalVoices tem acompanhado o ditadura do consenso há muito tempo, com algum destaque até.

Enquanto editor do blog, agradeço a oportunidade dada. E aos leitores de um e do outro: que nos continuem a ler. AAS

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Manuel Saturnino promove encontro entre veteranos da luta armada, Malam Bacai Sanha e Carlos Gomes Jr

A Presidência da República será palco, dia 20, quarta-feira, de uma reunião promovida pelo Coronel Manuel Saturnino da Costa. Veteranos da luta de libertação terão na sua frente o Presidente da República, Malam Bacai Sanha, e o Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Jr. O encontro acontece numa altura em que a situação política no País está ao rubro, mas não por culpa minha... AAS

PRS, em comunicado:

- Exige a divulgação dos relatórios relativos aos assassinatos políticos;
- Pede a demissão do Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Jr;
- Responsabiliza o Presidente da República, Malam Bacai Sanha, pela continuidade do PM, e alerta para as consequências (não diz quais mas devia ter dito...afinal, isto é uma democracia ou não é?!);
- Lamenta que a União Europeia tenha condicionado a sua continuidade na reforma dos sectores da Defesa/Segurança com a libertação do Contra-Almirante Zamora Induta, e
- Diz que vai abandonar a Comissão de Reconciliação, criada a nível do Parlamento, por esta "não ter crédito nenhum".

Resumindo o comunicado (ao meu estilo, obviamente): Estão criadas todas as condições para isto não ter hora... AAS