quarta-feira, 1 de abril de 2009

EXCLUSIVO: Fadul em mau estado físico

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Cá está a imagem que todos tentaram evitar que fosse feita. Foto: António Aly Silva/DR

Francisco Fadul foi espancado e está nos cuidados intensivos

O presidente do PADEC e do Tribunal de Contas, Francisco Fadul, foi, na madrugada de hoje, alvo de espancamento segundo o próprio disse, «por cerca de 15 militares.» Fadul falava às rádios 'Pindjiguiti' e 'Bombolom'. Na conferência de imprensa de ontem, Fadul falou como "Embaixador da Paz" das Nações Unidas.

NOTA: Os partidos políticos devem exigir a demissão imediata do ministro da Defesa, senão do próprio Governo, e a entrega do poder efectivo aos militares. São eles que de facto MANDAM no país. Isto está descontrolado! À comunidade internacional e às Nações Unidas, peço reacçao. AAS

terça-feira, 31 de março de 2009

Ditadura do Consenso terá sido lido nas Necessidades?

O ministro dos Negócios Estrangeiros português condicionou hoje, 31 de Março, o envio de um contingente militar para a Guiné-Bissau a um pedido das autoridades guineenses e a um mandato das Nações Unidas e da União Africana (UA).

Em declarações à agência Lusa, por telefone, a partir de Haia, onde participa numa conferência internacional sobre o Afeganistão, Luís Amado defendeu que, a ser criada, a missão deve ser composta por tropas africanas.

"Nós entendemos que devem ser sobretudo tropas da região que devem garantir essa missão para que a UA e as organizações regionais africanas assumam responsabilidade directa na segurança nos processos africanos", disse o chefe da diplomacia portuguesa, quando questionado sobre a eventual participação de forças portuguesas.

"Portugal está a participar a nível técnico e militar na missão para a reforma do sector da segurança da União Europeia. Pensamos continuar a participar como já estamos", referiu.

Amado, que assume actualmente a presidência do conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ressalvou, no entanto, que ainda "não há nenhuma decisão sobre essa matéria", mas "apenas uma declaração de intenções".

"Se houver um pedido das autoridades guineenses, com mandato das Nações Unidas e da União Africana, de uma missão militar de apoio às autoridades (...) da Guiné Bissau e de apoio à segurança do processo eleitoral, o que os ministros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) declararam foi apoiar essa iniciativa da CEDEAO (comunidade Económica dos Estados da África Ocidental)", disse o ministro.

Luís Amado referiu que foram estas "as cláusulas de salvaguarda que foram estabelecidas pela CPLP" no Conselho de Ministros extraordinário da última quarta-feira, na Cidade da Praia, Cabo Verde, relativamente à proposta avançada pela CEDEAO.

Questionado sobre o objectivo da criação, também na reunião da Cidade da Praia, de uma troika, constituída por Portugal, Angola e secretariado-executivo da CPLP, o chefe da diplomacia portuguesa esclareceu que nada tem a ver com o eventual envio de um contingente militar, mas para "acompanhar o processo de estabilização da situação na Guiné-Bissau".

Em entrevista à Lusa, na segunda-feira, o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, anunciou que a CPLP e a CEDEAO estão a preparar a constituição de um contingente militar para garantir a segurança na Guiné-Bissau.

José Maria Neves afirmou que desde a reunião ministerial da CPLP na Cidade da Praia, na última quarta-feira, a comunidade lusófona está a desenvolver contactos com a CEDEAO, em coordenação com a União Africana (UA) e no quadro das Nações Unidas, para constituir um contingente a enviar para a Guiné-Bissau "desde que os guineenses assim o pretendam".

Hoje, o Governo guineense referiu que "não há nenhum pedido das autoridades guineenses às instituições internacionais para que enviem forças militares" para o país, segundo declarações do ministro da Comunicação Social e porta-voz do Governo guineense, Fernando Mendonça.

Também a chefe da diplomacia guineense, Adiato Nandigna, disse hoje que "não há ameaças" que possam levar o país a pedir uma força de intervenção.

NOTA: Por uma vez, estamos entendidos.

Ai, a crise

A crise mundial chegou finalmente à Guiné-Bissau, e deu nisto. Depois de cinco horas de reunião, houve fumo branco: como estamos em crise - o mundo todo está em crise não é mesmo? - suba-se a parada. E culpe-se a crise: 60 dias sempre são 120 dias! É a crise, estúpidos! AAS

NOVAS 'TECNOLOGIAS'

Para as mulheres (e homens) que não estão ainda integrados/os nas novas tecnologias:

- Sabes o que é um marido DVD?!: - É aquele que se Deita, Vira e Dorme

E um marido DVD + R?!: - É aquele que se Deita, Vira, Dorme e Ressona.

- E um marido CD?!: - É aquele que só Come e Dorme.

Moral da história,

Não há como os antigos VHS... - Várias Horas de Sexo....!!! (como este vosso escriba, ehehehe)

Perguntar ao MNE não ofende, pois não?

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A Embaixada de Angola na Guiné-Bissau, é a única no país cujos carros - todos! - são de matrícula diplomática (CD) - Todos! Mas há matrículas para funcionários de missão diplomática (FM) - que a dita embaixada tem. Mas, para os angolanos é tudo Corpo Diplomático, até um simples funcionário, desde que, claro, seja angolano! Essa é que é essa. Senhora ministra dos Negócios Estrangeiros: tem a palavra, e todo o espaço... AAS

segunda-feira, 30 de março de 2009

Pela primeira vez estou de acordo com Francisco Fadul. Assim, sim! (*)

(*) Só é pena que Francisco Fadul tenha falado como "Embaixador da Paz" das Nações Unidas. Bom, mas como anda tudo nervoso, se calhar foi melhor assim...AAS

60 dias são 60 dias são 60 dias

É uma afronta! O primeiro-ministro, Carlos Gomes Junior, quer, à viva força, modificar o texto da nossa Constituição. Ela diz que a eleição presidencial deve ocorrer "num prazo de 60 dias". Nem mais um, nem menos um dia. E começou a contar desde 02 do corrente...

Temos de parar com aquela mesquinhice crónica: a de não nos importarmos com quem nos governa, mas tendermos a ser implacáveis com quem concorre a governar-nos. Pelos vistos tem sido assim há 35 anos. E ainda nada mudou. Porém, e desta vez, ninguém muda nada! Este País não é quintal de ninguém. Se o Governo não pode e está sem rumo, que saia. Rua!!! Ha quem possa.

P.S. 1 - Hoje, a CPLP falou no hipotético envio de uma força militar para a Guiné-Bissau. Espero que seja para proteger os cidadãos guineenses, pois não ha político que mereça tal força...

P.S. 2 - Pela primeira vez (há sempre uma primeira vez para tudo) cruzei-me de frente com o Presidente da República interino. Afinal, tem tanta escolta como o presidente assassinado: Segurança do Estado, militares e Polícia de Intervenção Rápida. Tudo numa caravana de 6 carros. AAS

Calma. Ainda estou em liberdade - ainda que provisória (ou será condicional?)...

Hoje, recebi muitos telefonemas: "Ouvi dizer que te foram prender". Que nada, eu estou aqui. Encostei o carro, circulo a pé, atento a cada ronco de motor. Uma coisa é certa: não mais andarei escondido e não temo nada! Nem militares, nem políticos, nem 'angolanos', nem 'aguentas'.
A ser verdade que me vão prender hoje, eles que venham. Mas com respeitinho, e de preferência que seja num dos 13 Citroen C5 que o Khadaffi mandou oferecer à tropa. Mas alguém dispensa mesmo o ar condicionado com uma temperatura destas?... AAS

Comunidade Internacional - Um tumor na vida da Guiné-Bissau

As nossas crises resolvem-se sempre fora do nosso País? Óptimo! É o chamado círculo vicioso: uma sucessão, geralmente ininterrupta e infinita, de acontecimentos e consequências que resulta sempre numa situação que parece sem saída e sempre desfavorável a todos. O ponto de partida e a conclusão, carecem de demonstração. Um é demonstrado pelo outro, formando assim um círculo. Vicioso.

Mas, para além de nós, guineenses, há algo que nos tem dificultado (ainda mais) a vida e que se chama - acertaram! - COMUNIDADE INTERNACIONAL. Nome pomposo, cheio de estilo, e que não faz por esconder os vícios: exibe-os. Um tumor na vida do nosso País é o que é, e como qualquer tumor que se preze precisa ser removido. E rapidamente.

- A Gâmbia, por exemplo, pode explicar-nos a razão de tanto vai vem de políticos e militares? O que é que a Gâmbia pensa que é mesmo?

- Portugal, sinceramente, nunca gostou de nós, mas fala em nosso nome como se para tal fosse mandatado. Podemos trocar: Luís Amado - «A Guiné-Bissau perdeu o rumo há muito tempo...» - vem para cá como ministro dos Negócios Estrangeiros, Adiatu Nandigna vai para Portugal como...eu sei lá! E voltam a trocar, mas só depois da crise (que é como quem diz daqui a uma eternidade e mais... seis meses).

- À Líbia, do beduíno, pergunto: Para quê enviar 13 (lá está o número do azar) viaturas para a tropa, ainda por cima automóveis? Eles deviam era pedir 13 Hummer. Estilo.

COMUNIDADE INTERNACIONAL: Já perdemos quase tudo neste País, mas estamos decididos a manter a nossa dignidade, nem que tenhamos que enfrentar exércitos inteiros, deste e doutro mundo. AAS

Fresco que nem uma alface; Rijo que nem um fuso

Depois de três dias de ausência, cá está de novo o pesadelo de algumas pessoas. Não, não fugi, nem me amedrontei (perguntaram-me isso mesmo em alguns e-mail). Quem me conhece sabe que não fujo às guerras (aliás, estou comprador...).

O problema é que, por motivos óbvios, de 'força maior' desapareci da circulação. E como se tudo isto não bastasse - por cima da queda, o coice - a internet móvel ficou sem pio, há já três dias. Ai, MTN...

A partir de agora: NÃO voltarei a dormir fora de minha casa. Não e não!

Djinti garandi ka ta kurri. Nô ta burgunho ma nô ka ta medi!

'Não desanimar'

"Força e não desanimes. A Guiné-Bissau está a necessitar de várias pessoas com coragem para dizerem realmente o que se passa neste País.

G. Silva
"

"A verdade prevalecerá"

"Caro Aly,

Meu nome é Boaventura Santy, estudante guineense em Brasil. Tenho acompanhado o teu ótimo trabalho através do seu blog, tou escrevendo para me solidarizar com você que é o minimo que posso fazer nessa altura.

Sei que deves ouvir muito isso mas nunca é demais elogiar um trabalho bom por isso te digo que estás de parabéns por resgatares a fraca esperança e um pouco de dignidade que ainda não nos tiraram e que não vamos deixar que nos tirem.

O Seu trabalho me faz lembrar o nosso saudoso Amílcar Cabral que contra tudo e todos levantou a bandeira da resistência e mudou o a história do nosso país, de Cabo Verde e da África em geral. Portanto muita força e coragem.

Conseguimos nos libertar de mais de 500 anos de dominação e servidão portuguesa, conseguiremos nos libertar do jugo desses sanguessugas!!! A verdade prevalecerá

"Cabral pensa él cu manda Cabral murri"(Mama Djombo)
"

sexta-feira, 27 de março de 2009