terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Ditadura do Consenso: A verdade sobre as mentiras

Caros leitores,

Depois de quatro anos de publicações (com um ligeiro interregno), o blogue Ditadura do Consenso vai ser alvo de uma mudança nos hábitos. Brevemente, para 'ler o Aly' o leitor terá de preencher uma ficha com o seu nome, e-mail e telefone. Ou, em alternativa, poderei ser eu a enviar um convite para que se torne leitor.

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E porquê?, perguntará o leitor. Porque sim - seria sempre a minha resposta. De resto, e para mim, o 'porquê' é uma pergunta banal, uma espécie frase feita.

Passo a explicar: Há muita coisa que eu tenho de esclarecer para me sentir em paz comigo mesmo. Tenho o direito à protecção do meu bom nome, bem como das pessoas que me são ou estão próximas. Ou mesmo longe. E não há como eu mesmo para o fazer.

Tenho sido vítima nos últimos dois meses, de calúnias, de mentiras, de todo o tipo de bestialidades; e apelidado de todos os adjectivos que se pode imaginar. Eu mesmo.
Terceiros - gente a quem nada me une, nem simples afinidade - meteram-se na minha vida de forma avassaladora, assustando-me de maneira tal que nem lhes passa pela cabeça o quanto isso, ainda hoje, me custa.

Pessoas (e, nalguns casos mesmo, as suas famílias) cujo nível estão nos antípodas do meu, quase me fizeram perder a fé na humanidade. Encarar certas pessoas por quem cheguei a nutrir afecto e carinho, tornou-se num pesadelo difícil de gerir. Fugi inclusivamente de alguns amigos. Deixei de frequentar certos sítios para evitar olhares mal intencionados, ainda que - tenho quase a certeza - influenciados.

Há muita coisa para esclarecer - e pouco me importam os danos colaterais que os meus esclarecimentos possam fazer. Limpar o meu nome, é a única saída que me resta. Se encurralarem um gato, ele ataca-vos. A minha dignidade nunca terá um preço, e se por acaso o preço tiver que ser a morte, eu estou aqui. E Aly. E em todo o lado. Eu sou vasto, contenho multidões!.

Tenho de confidenciar-vos isto: Estou acabado. Sinto-me como se tivesse 200 Quilos.

Espero a vossa compreensão.
Antonio Aly Silva/mobile

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Telegrama

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Cães vadios em Luanda/Angola já causaram a morte de 66 crianças STOP Por raiva STOP Impressionante num país que extrai 2 milhões de barris de petróleo/dia e que tem diamantes STOP. Decidimos preservar a identidade e a privacidade do cão. AAS

Quando se estica a corda, ela rebenta

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Para o L.

Preocupas-te com a minha pessoa. É bom. E és dos poucos. O que é óptimo (assim mesmo e sem medo da expressão). É verdade, tens razão no teu e-mail. Eu mesmo sinto, às vezes, que estou a ultrapassar a fasquia. Que estou a arriscar-me, a arriscar-me muito até; mas penso continuar assim: vertical, sorrindo ao perigo ou não dando sequer conta da sua presença, pronto para o pior; e, ao mesmo tempo, com incurável optimismo no futuro deste País. Do meu, do nosso País.

«Confrontar-se contigo é, frequentemente, um exercício enriquecedor. És veemente e intransigente, e chegas rapidamente ao fundo das questões» - dizes. Talvez tenhas razão, talvez não. Tenho assistido neste País, dia após dia, a um recuo sensível do entusiamo colectivo, deixando campo livre para os bandidos e todos os egocêntricos cheios de si mesmos.

Há quem regresse armado em pequeno Napoleão, determinado em ignorar as realidades e a rescrever a História a partir do zero; as alianças eleitorais - e outras - multiplicam-se, e a frustração invade uma juventude orfã e desprotegida, que, a dada altura, quis acabar este confessionalismo e se viu remetida à casa da partida. Monopólios...

Ontem mesmo, jantei com o J., com o A., e com a M., e a dada altura disse ao J: «Quero ir embora deste País. Ele não tem nada para me dar e eu não me sinto com forças para ajudá-lo». Olhou-me como se lhe tivesse dito que a terra era plana. Mas é assim que eu penso. Quando se estica a corda, ela rebenta.

Qualquer um que tenha intervido na vida pública deste País foi alguma vez meu opositor. Inúmeros poderão confirmar que muitas vezes fui agressivo, mesmo em divergências menores, mas todos confirmarão que mantive sempre a minha independência.

Sinto-me um privilegiado porque desde que iniciei no jornalismo, passei pelas melhores publicações em Portugal, e fundei o meu próprio jornal que durou três anos. Nunca me senti ameaçado pelo poder político. Fiz sempre o que quis, e, por isso, os defeitos e as virtudes do ‘Lusófono’ são da minha responsabilidade.

Ainda falta alguma coisa para que eu me entenda de vez com este País. Por exemplo? Que nos ponhamos de acordo sobre a ementa. Meu caro, e se começássemos por tratar de ver a verdade como ela é, dizer a realidade como ela é, descobrir a verdade e viver a verdade?

Obrigado. Abraço do amigo,
Aly

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O que importa mesmo é rir, transar e amar

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Pérolas a porcos

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E as nomeações chegaram ao fim. Chegaram mesmo?... AAS

Alegria a Copo - Brindemos à 'Maria do Rio'

Abriu o melhor ponto de encontro de Bissau e arredores, incluindo o Chão de Papel. Chama-se 'Maria do Rio', e fica no antigo 'Bate-Papo', ali mesmo ao lado da Meteorologia.

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Pastelaria fina e variada, e boa disposição em doses industriais - dos proprietários aos empregados. Venha. Vai sentir-se em casa. AAS

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

As duas últimas nomeações de Cadogo

Finalmente! O Governo, depois de 1969 nomeações, lá se decidiu por mais duas (que canseira, hein?): as dos bispos de Bissau e Bafatá.
Mesmo contra a vontade do Vaticano, que ameaçou excomungar o primeiro-ministro, e o Governo, por sacrilégio... Na verdade, a República da Guiné...Embalo(u). Mesmo! Eis os eleitos:

- Bispo de Bissau: Inimizade Farah Mendes

- Bispo de Bafatá: Daniel Ainda Não Embalo(u) Esteves

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A cada minuto que passa, nasce um trouxa

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

É deles que elas gostam mais...

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Decidi que hoje ia dormir assim. E assim será. Boa noite a todos.

N´disdja luta

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Paes Moreira - Balanço francamente positivo

Findou a missão (e que missão!) do embaixador de Portugal na Guiné-Bissau. Finalmente, Paes Moreira vai partir. E não deixará saudades. No dia em que se despediu do Primeiro-Ministro guineense, o embaixador deu conta daquilo que fez em Bissau nos últimos tempos, mas não explicou porque não fez mais.

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Um investigador do Ditadura do Consenso passou - literalmente - um mês na Embaixada de Portugal como agente infiltrado, ouvindo aqui e ali. E, em resumo, eis o que descobrimos sobre Paes Moreira:

- Uma estrondosa expulsão na embaixada portuguesa, no dia 10 de Junho, de uma cidadã portuguesa;

- 113 caixas de whisky e 230 de champanhe francês consumidos (está tudo enterrado num dos quintais da embaixada);

- 875 jantares (destes, 835 foram íntimos)(*);

- Consumiu-se 3 toneladas de camarão tigre;

- 69 caixas de charuto cubano Cohiba;

- 69 caixas de conhaque Napoleão;

- 76 caixas de Moscatel de Setúbal (enviadas pelo Octávio Machado)

(*) Consta que Paes Moreira tinha sempre um assunto 'quente' em mãos...

Se eu nascer novamente, quero ser embaixador da Guiné-Bissau em Portugal para fazer tudo o que Paes Moreira fez na Guiné-Bissau. Para verem o que é reciprocidade...AAS

E o efeito Jomav?

Cadogo não tem vida fácil nem no Governo nem no PAIGC, e, pelos vistos, também não tem dado ouvidos às liçoes do Ministro das Finanças, José Mário Vaz (JOMAV para nós, os mais chegados).

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Na passada 2ª feira, mais um episódio veio ensombrar o chefe do Executivo. Uma das secretárias da Primatura socorreu-se do Primeiro-Ministro para passar um cheque. Eis o diálogo que se seguiu, captado por um dos nossos vários microfones:

Secretária: Sr. Primeiro-Ministro, temos aqui um cheque de 60 milhões para pagar à empresa X. O problema é que tenho uma certa dúvida... 60 escreve-se com dois 's' ou com 'c' cedilha?

Resposta do Primeiro-Ministro, após três longos segundos de hesitação ou lá o que foi:

- Cague nisso... Passa dois de 30!!!

A isso se chama provar do próprio veneno. AAS

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O futuro. Provavelmente...

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Princípios imutáveis

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Aquilo que os europeus desconhecem é porque não pode existir, certo? Errado!
Hoje, depois de duas reuniões - onde quase ninguém entendeu os meus pontos de vista - fui literalmente 'arrastado' pelo corredor do hotel por uma participante (e amiga) da reunião.

- Mas tu estás maluco ou quê? Qualquer dia levas um tiro, rapaz!

Reparem que ainda nem me tinha dito do que se tratava a reprimenda, mas, na verdade, eu comecei a apreciar a recriminação. Depois, disse-me em tom dramático e afável: O teu blogue, rapaz!!!

Sim, o que tem o meu blogue? Fechou, é isso? - perguntei calmamente. Que nada! Só me queria alertar para o falatório da manhã «que, como bem sabes, é prenhe em notícias e boatos». - Mais boatos que notícias, retorqui. A minha amiga é europeia e tem um cérebro daqueles...

Depois, confessou-me com um brilhozinho nos olhos: «Não sei se aguentava ver-te morrer». Aqueles olhos demonstravam não apenas amizade, mas também orgulho, e, talvez mesmo, alguma compaixão.

Leitoras e Leitores

Eu vou morrer um dia. Mas acreditem que saberei porque morri, ao contrário de outros, que não sabem para que vivem. Sou um fanático pela liberdade de expressão (desde que esclarecida), e estou convencido de que não há caminho melhor para desenvolver o QI dos políticos do que fazer HUMOR. Negro, ou não.

São princípios que sempre nortearam a minha conduta e é curioso que, com alguma frequência, eles incomodem tanto. AAS

O sonho de qualquer traficante de drogas...

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Olá, CEDEAO! E um desses para o nosso primeiro, pá? O homem - dizem os amigos - merece, ainda para mais com tanta gente atrás dele...