quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Quem sabe, pode: Ditadura do Consenso, a caminho dos 5 milhões de visitantes. Muito obrigados. AAS

Forças Armadas Repressivas do Povo


É nisso que, infelizmente, se tornou alguma franja das forças armadas da Guiné-Bissau. Olhadas com desconfiança pela população, têm a fama e o proveito - e gabam-se disso. Matam, torturam, espancam os civis e a própria polícia; não toleram a imprensa e os jornalistas que 'não alinham'; comandam o tráfico de drogas, raptam e assassinam 'descontentes' ou gente com opinião diferente.

Esses elementos das Forças Armadas Repressivas do Povo estão a mais, não dignificam a farda que vestem, e muito menos a bandeira que, diariamente, fazem hastear e arriar. Há que limpar as FARP! A "melhor guerrilha do mundo" (a frase pertence aos deputados suecos, citado pelo jornal Frontbladet, quando visitaram as regiões libertadas durante a guerra colonial), tornou-se num pesadelo para o seu Povo e é um fardo pesado que carregamos.

As FARP tornaram-se num ninho de víboras! AAS

Promessas de Indjai


Pansau Ntchama caiu no engodo do CEMGFA António Indjai, e até a sua mulher foi usada como isco neste jogo do gato e do rato. António Indjai prometeu 'esquecer' todas as acusações, não maltratar a sua mulher e, cereja no topo do bolo, prometeu dar-lhe o comando do batalhão de Mansoa, seu bastião, ou dos pára-comandos - Pansau teria total liberdade para escolher o cargo que lhe assentaria melhor.

Pansau Ntchama, apurou o DC junto de uma fonte no EMGFA, estava já na Guiné-Bissau há mais de um mês, e ele e Indjai tiveram mesmo alguns encontros. Depois, o general enganou-o a vir até Bissau com o intuito de o limpar - Pansau, pensou Indjai, seria a última testemunha. Enganou-se. Afinal, ainda em Portugal, soube igualmente o DC de fonte segura, Pansau Ntchama salvaguardou-se: deixou gravações comprometedoras, acusando Indjai de vários crimes, entre eles, dos assassinatos políticos e militares de 2009 em que o próprio Pansau participou... As gravações, com a sua própria voz, a que Ditadura do Consenso terá acesso brevemente, prometem um terramoto em Bissau... AAS

Faleceu, em Bissau, Hilário de Sá, ex-director do Fundo Rodoviário. Condolências à família. Que descanse em paz. AAS.

CEMGFA avisa: Nada de perguntas sobre Indjai ou Nino...



António Indjai não tolera nenhuma pergunta sobre a implicação de Pansau Ntchama - e ele próprio - no assassinato de 'Nino' Vieira, pelo que se os jornalistas, que foram chamados para uma espécie de entrevista colectiva, depois adiada, não lhe obedecessem... Ia tudo para o c£¥#%!

Mas, e o porta-disparates...diz o quê mesmo? AAS

FALTAM QUANTOS NA LISTA PARA ENCHER O BAÚ?


Caríssimo Aly!

Aproveito para agradecer pela contribuição das valiosas informações oferecidas pelo teu blog.  Muita Saúde, Paz e Sucesso.

Mais uma vez, estou a enviar este pequeno texto, como a forma de contribuição.

Séculos atrás nossos/as avos lutaram afincadamente para nos libertar jogo colonial que espalhava por toda parte da África, os lideres de diferentes países do continente africano se preocupava como o futuro do povo, mas hoje quem usa esses métodos de dominação são os próprios africanos, em prol de uma panelinha.

Parece-me que durante o período da luta armada em Bissau, iniciado em 1963, o nosso líder, Amilcar Cabral, havia previsto o que iria acontecer com atual situação social, político e econômico. Durante seus discursos, deixava claro da finalidade de afastar da luta contra a exploração e dominação dos tugas. Por isso, recusou ser amarado quando seus algozes tentava amará-lo, mesmo sendo atingido a tiros, o líder se levou e diz, porque camaradas, se á divergência vamos sentar para conversar. Esse era o ensinamento de Cabral, espírito do dialogo, mas hoje ninguém pauta para sentar a mesa e conversar.

Por outro lado, líder revolucionário afirmava que o objetivo do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) que se mobilizou e lutou pela independência, não seria somente destruir o colonialismo português e substituir a dominação lusitana por uma espécie de burguesia nacional ao estilo de um mero colonialismo interno. Mas, sim, de construir uma nação em que houvesse oportunidade, igualdade e justiça para todos os seus filhos.  Com efeito, Cabral argumenta:

A nossa luta não deve ser apenas contra os estrangeiros, mas também contra os inimigos de dentro, aquela classe social que não quer o progresso da nossa terra, do nosso povo, mas apenas o seu próprio progresso e bem-estar da sua família (...). A luta para a libertação do nosso país e do nosso povo, condição necessária para o progresso da nossa sociedade como um todo, deve ser dirigida pelos melhores filhos do nosso povo (CABRAL, 1978, p. 147- 150).

Será que os recentes acontecimentos ocorridos em Bissau não passa de uma estratégia dos políticos e militares para fazer a sociedade esquecer os anteriores?

Como se sabem, desde a morte oficial do líder mais graduado do PAIGC, Amilcar Lopes Cabral, a Guiné-Bissau acumula uma extensa lista de assassinatos, torturas, além de asilos políticos, mas os algozes nunca foram punidos pelos seus atos, os protagonistas sempre estão a andar pelas ruas de Bissau.


Augusto Ferreira

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Justiça sem julgamentos


O Golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980 foi feito, como se sabe, em nome da justiça: denunciou fuzilamentos arbitrários, deixando transparecer o imperativo de fazer funcionar a justiça. Entretanto, uma vez no Poder, os seus autores não se deram à tarefa de abolir a Pena de Morte (principal justificação para o Golpe de Estado) e, inclusive, foram muito mais longe em matéria de violação dos Direitos Humanos, recheando as valas comuns de Portogole, Cumeré, Jugdul e Mansabá com novas vítimas – tudo em nome de uma JUSTIÇA SEM JULGAMENTOS.

O Golpe de Estado de 7 de Junho de 1998, que em princípio, devia culminar com um mega processo de tráfico de armas para os Independentistas de Casamansa, do qual Nino Vieira e Ansumane Mané se acusavam mutuamente, foi mais um fiasco histórico que, em matéria de justiça, resultou em ABSOLUTAMENTE NADA, deixando um rasto de desgraça na nossa Sociedade, com milhares de vítimas inocentes e avultados prejuízos materiais resultantes dos 11 meses de conflito e uma situação caótica e insustentável, com a predominância de uma etnia nas Forças Armadas que, por conseguinte, em vez de cumprir com o seu papel institucional de salvaguarda da Paz, da Estabilidade Social, da defesa da Integridade Territorial e da Soberania Nacional, se transformou numa força do mal, foco de conflitos, de instabilidade e da desgraça nacional. Hoje, falar das Forças Armadas da Guiné-Bissau é falar de uma etnia militarizada, de abusos, espancamentos, torturas, perseguições, assassinatos a sangue frio e demais formas de violência gratuita e de espezinhamento dos Direitos Humanos, numa expressão de ódio sem paralelo na História Moderna.

Tal é o protagonismo político e a exposição maledicente em virtude das barbaridades cometidas contra o nosso povo, por este grupo de homens instruídos, armados, fardados, alimentados e pagos por esse mesmo povo, durante os últimos 15 anos que, os seus sucessivos Chefes do Estado Maior tornaram-se mais conhecidos (pelo menos ao nível da África e da Europa), do que os seus homólogos de todo o Mundo – quem conhece o nome do Chefe do Estado Maior dos Estados Unidos, da Rússia, da China, do Reino Unido, da França ou mesmo do vizinho Senegal ou de Angola, da África do Sul ou mesmo da Nigéria e ainda da Costa do Marfim? Será que o nosso exército é mais poderoso do que os exércitos destes Países? Então qual é a razão?

O cruel assassinato do Brigadeiro Ansumane Mané foi justificado, pelos seus autores (muitos dos quais teimam em regressar à vida política, à revelia do nosso povo que os quer ver definitivamente no caixote de lixo da História), com o imperativo de assegurar a Paz, a Estabilidade e a Coesão Nacional à que, alegadamente, o homem contrapunha. Hoje, QUANTOS? Anos depois desse hediondo crime, o nosso País continua a deriva, mergulhado numa profunda crise de valores, sem Paz, sem Estabilidade, Profundamente Dividido e, sobretudo, sem a famigerada JUSTIÇA, geradora de calamidades.

Rui Manuel Djassy (Bá Djassy)

Carta de condolências


À Família Enlutada do  
Dr. Desejado Lima da Costa
 
Foi com profunda consternação que a Direcção da Célula do P.A.I.G.C. em Portugal recebeu a triste e surpreendente notícia do desaparecimento físico do nosso estimado camarada, amigo e irmão, destacado Militante e Dirigente do nosso glorioso Partido e Presidente da Comissão Nacional de Eleições do nosso País, Dr. Desejado Lima da Costa.

Figura incontornável da vida política guineense e lusófona, lutador incansável pela sagrada causa da libertação, emancipação e bem-estar do seu povo, o Dr. Desejado Lima da Costa deixou-nos um rico legado histórico e político e ficará para sempre na nossa memória como um homem de paz e de diálogo, um patriota humilde, um defensor intransigente da igualdade e justiça social, um humanista que nunca deixou de lutar incansavelmente pela causa em que sempre acreditou e pela qual dedicou toda a sua energia, seu intelecto e sua vida inteira.

Revelando-se um conceituado e exímio servidor e defensor da causa pública, o Dr. Desejado Lima da Costa evidenciou qualidades ímpares que lhe permitiram conciliar os seus interesses pessoais e partidários com os supremos interesses do seu País e do seu Povo mártir que clamava por eleições justas e transparentes, enquanto condição “sine qua non” para a salvaguarda da Paz, da Estabilidade e da Coesão Nacional, indispensáveis ao fortalecimento dos alicerces da democracia.

Num País profundamente dilacerado e dividido pelo subjectivismo retrógrado, em que cada processo eleitoral constitui um prelúdio para a violência ou mesmo para uma guerra civil, com muito saber, coragem e frontalidade o Dr. Desejado Lima da Costa soube encontrar o ponto de intercepção dos interesses instalados e definir as prioridades de acordo com os valores democráticos em que acreditava, tendo em conta os inalienáveis interesses do seu povo e do seu País.

O desaparecimento físico do Dr. Desejado Lima da Costa constitui uma perda irreparável não só para o seu e nosso PAIGC, mas para toda a família política esquerdista, inserida na Internacional Socialista. E neste momento de muita dor e angústia que invadem e dilaceram os nossos corações, em nome de todos os nossos Militantes e Simpatizantes e do nosso povo em geral, a Direcção da Célula do P.A.I.G.C. em Portugal vem por este meio expressar as suas sentidas condolências a toda a família enlutada, e rezar para que a sua Alma descanse em Paz, porque a estafeta está entregue á nossa geração, a luta continua e garantimos que a Democracia será uma realidade na Guiné-Bissau.
 
Feito em Lisboa, aos 27 dias do mês de Outubro de 2012.
 
 
O Presidente da Direcção da Célula do P.A.I.G.C. em Portugal,
 
Iafai Sani
iafaisani@hotmail.com

Dream team


Pela sua composição, era evidente que o elenco governativo que a CEDEAO confiou o processo de transição no nosso País, não teria pernas para andar e que de antemão o processo estava condenado ao fracasso, porque nunca se viu tanta incompetência misturada no mesmo saco. Um exemplo disso é que está a chegar ao fim o seu prazo de validade sem que este Governo tenha conseguido realizar a tarefa mais elementar do conjunto de tarefas que lhe foi confiada pela CEDEAO – o Recenseamento Eleitoral.
 
Contudo, há que reconhecer que nem tudo foi assim tão mau e, em determinados aspectos foram alcançados importantes sucessos, dignos de menção e que certamente teriam muito orgulho em inserir no Guinness Record: Dez (10) assassinatos em seis (6) meses de governação e sem que ninguém tenha sido sequer indiciado, formalmente acusado ou preso, É OBRA. E ficará para a História, se tivermos em conta que no emaranhado conjunto de promessas deste Governo se destacava sobretudo a sua intransigência e determinação de acabar com as matanças e de combater definitivamente a impunidade.
 
Se o insucesso deste Governo era previsível, há que reconhecer e valorizar o precioso contributo do seu Porta-Voz para que isto se torne uma realidade e para acelerar a queda of the “ECOWAS Dream Team”, que pela sua fórmula, espera-se que seja Livre e Desamparada (como nunca se viu) e para a consequente Reposição da Ordem Constitucional, que do nosso ponto de vista, significa nada mais e nada menos que devolver o Poder à quem ele foi retirado (ao PAIGC, à Carlos Gomes Júnior e Raimundo Pereira) – Bô na Sibi Cuma Mundo Tem duno.
 
Acontece que, tal é a propensão do senhor Porta-Voz de irritar a Comunidade Internacional e todas as pessoas de bom senso com as suas saídas infelizes que, cada vez que faz questão de Portar a Voz ao Governo, há uma Organização Internacional que faz questão de fechar as portas à Guiné-Bissau, apertar o cerco, aprofundar o isolamento do País e estrangular a ilegalidade constitucional – VIVA O PORTADOR DO GOVERNO DE TRANSAÇÂO DE FUNDOS PÚBLICOS PARA OS BANCOS DO SENEGAL!
 
Se a CEDEAO conseguisse que os Tuaregues do Norte do Mali contratassem o Senhor Porta-Voz, não teriam necessidades de enviar tropas para lá, porque bastariam os seus primeiros comentários na “AZAWAD TV” para que a 6ª Esquadra dos Estados Unidos estacionada no Mediterrâneo caísse por cima deles e libertasse o Norte do Mali.
 
Prezados irmãos, graças a Angola, Portugal, Brasil, Cabo-Verde e demais Países Irmãos da CPLP, a Guiné-Bissau deixou de ser um pequeno País de INDIFERENÇA INTERNACIONAL para entrar na AGENDA DA DIPLOMACIA MUNDIAL, sabiamente conduzida por Georges Chicoti e Paulo Portas que a pouco e pouco foram apertando o cerco aos prevaricadores, numa acção maravilhosamente concertada, que deixa transparecer toda a maravilha da diplomacia, quando é feita sem recurso a violência, a mentira e a calúnia, mas sim em nome da razão, da justiça e do bem-estar da pessoa humana. I CA NA SEDO BÔ TRÁS!  
 
Lisboa, 29 de Outubro de 2012.
Rui Manuel Djassy (Bá Djassy)

UM SONHO INADIÁVEL


Sonho com o dia em que deixaremos finalmente de ser Balantas, Papéis, Beafadas, Mandingas, Fulas, Bijagós, Manjacos, Mancanhas, Felupes, etc., para sermos apenas guineenses, unidos não apenas pelo passaporte ou pelo bilhete de identidade, mas sobretudo pela nossa bandeira, cujo flutuar representa o culminar da nossa resistência colectiva à dominação estrangeira, o nosso Hino Nacional que reflecte todo o sofrimento, suor e sangue que correm pelo imenso caudal de esperança num futuro melhor para os nossos filhos e, sobretudo, unidos pelo amor ao País que nos viu nascer, crescer e fazer-se homens e cuja inserção e dignificação no contexto das Nações depende da nossa forma de ser e de estar face aos desafios da nossa época;
 
Sonho com o dia em que não condenaremos veementemente um Golpe de Estado, com toda a convicção de que constitui um acto criminoso e repugnante, só porque foi levado à cabo por alguém que não é da nossa etnia, para logo a seguir apoiarmos um acto semelhante, só porque o seu autor é da nossa etnia ou partilha connosco a mesma religião;
 
Sonho esperançadamente com aquele dia maravilhoso em que, independentemente da pertença étnica, da cor da pele e da crença religiosa da vítima e do seu homicida, ergueremos a nossa voz, em uníssono, para exigirmos que seja feita justiça em nome da justiça e só em nome da justiça e não permitiremos que a palavra JUSTIÇA seja transformada em mero instrumento de perseguição política ou ainda pior, em trampolim de ascensão política e de satisfação de interesses mesquinhos e antagónicos à essência e a nobreza da própria justiça. Estou convicto de que esse dia chegará, em quem seremos capazes de sacrificar as nossas ambições pessoais, sempre que colidem frontalmente com os supremos interesses da JUSTIÇA no verdadeiro sentido desta palavra, para que a realização dos nossos projectos não se faça hipocritamente e a custa do sofrimento alheio.
 
Falo da justiça, convicto de que ela pretende instituir a ordem, a moral e a disciplina de valores sociais que promovam o bem-estar e a igualdade de oportunidades na sociedade humana, cultivando o espírito de participação cívica, de assunção de responsabilidades, do cumprimento de obrigações, mas também, como é óbvio, da defesa integral dos direitos que nos assistem.
 
Nasci, cresci, fui educado e instruído num País onde o recurso a feitiçaria para fazer valer o Direito e a Justiça, na ausência de estruturas e mecanismos Institucionais credíveis, constitui uma prática muito comum, inclusive entre Altos Dignitários dos Órgãos da Soberania do Estado, alarmando para o nível de descrédito do próprio Estado no seu todo e da Instituição Judicial em particular, alertando assim para as necessidades de PARARMOS, PENSARMOS E AGIRMOS, antes que seja tarde demais.
 
Continuo a acreditar que é possível e pertinente fazer funcionar a justiça no nosso País e, tendo em conta as nossas especificidades sociais, devíamos pensar na melhor forma de partilhar a justiça, quando os verdadeiros interessados no desfecho da contenda, da lide, conversam, esclarecem e esclarecem-se, compreendem e são compreendidos, para finalmente, estarem em condições de encontrar a solução que melhor serve para satisfazer os seus interesses e não as suas posições.

Quando as partes falam, olhos nos olhos, torna-se possível criar um espaço de diálogo necessário à sua participação cívica (das partes) na composição do litígio. O Povo do alto da sua sabedoria inventou o ditado “a falar é que a gente se entende! A justiça partilhada só é possível quando todas as partes de um processo se regem pela sua consciência e pela sua integridade, reconhecendo os erros, pedindo desculpa e recuando quando sabem que não têm razão ou, pelo menos, tanta razão para em nome da Justiça, agir à margem da Justiça, colidindo frontalmente com os seus princípios, e espezinhando os valores que constituem a razão da sua existência.  
 
Partilhar a justiça é tomar nas nossas mãos a solução para o litígio que nos opõe ao outro, é compreender a posição do outro sem perdermos de vista os nossos direitos e é ser solidário com o nosso vizinho. Ou seja, a justiça partilhada tem como objectivo não só a auto-responsabilização e auto-regulação, mas também e principalmente, a pacificação social, através da restauração de relações amigáveis e da compreensão mútua e respeito que deve pautar as nossas relações com o nosso semelhante, seja familiar, vizinho, amigo ou apenas conhecido.
 
A descredibilização da justiça na Guiné-Bissau deve-se a sua indevida utilização, do aproveitamento político que é feito em nome da Justiça - servindo para encobrir a Mentira, o Ódio, e a Inveja e ao mesmo tempo justificar a Ignorância, a Incapacidade, o Nepotismo e a Traição: Golpes de Estado, Assassinatos, Torturas, Violações, Ameaças Espancamentos e demais formas de Violência Gratuita são levadas a cabo em nome de uma suposta JUSTIÇA que só gera calamidades e desgraças ao nosso País e ao nosso Povo.
 
Sonho com esse dia maravilhoso em que o “PACTO DE NHINTÉ” será alargado à todos os guineenses e as armas deixarão definitivamente de crepitar em nome da justiça, PORQUE NÃO ACREDITO NA JUSTIÇA DA VIOLÊNCIA.
 
Lisboa, 30 de Outubro de 2012.
 
Rui Manuel Djassy (Bá Djassy