Costuma dizer-se que um problema levanta logo a seguir outro problema, ou, ainda, vários outros problemas. Neste caso, para além do problema em si há uma dúvida que me assalta. E é um problema.
Senhores presidentes; do parlamento e do PAIGC
Como sabem, Excelências, há quase que uma rotina instalada nos últmos 15 dias no País: o Ministério Público não nos tem parado de surpreender pela positiva. A limpeza a que se tem sujeito o Ministério das Finanças, revelou, agora, outra indecência da nossa vida política:
Afinal, temos (pelo menos um) ‘deputado’ no Parlamento (e o Parlamento continua caladinho como se não fosse nada com ele) que nem sequer foi eleito nas listas do seu partido – o PAIGC, para Deputado da Nação. Porém, quando eles (o PAIGC, bem entendido) e a tropa fizeram a cama ao Baciro Dabó, tudo se precipitou.
Hoje, Rui Diã de Sousa, viu-se metido em dois becos sem saída, porém com várias janelas: para além de ocupar ilegalmente – ainda por cima como líder parlamentar da bancada do PAIGC !?, Rui Diã de Sousa, tem por obrigação de esclarecer a opinião pública, sobre duas coisas: porque ocupa, ilegalmente, um lugar na Assembleia Nacional Popular, e porque está a sua mulher detida preventivamente no âmbito da ‘Operação Fantasma’ – corrupção, falsificação de documentos, enfim, a roubalheira que todos sabemos.
Hoje, no café, alguém comentava como ser possível um marido ver a mulher chegar com tantos bens e não querer sequer saber da sua proveniência. É uma pergunta pertinente, e que qualquer pai faz a um filho se este chega a casa com uns ténis de marca, ainda que falsos como Judas.
Ao PAIGC e ao seu presidente, uma questão apenas: em que ficamos? Ou será que isto precisa é de um deputado não eleito em cada assento do parlamento? Ao presidente do Parlamento, um jurista: será possível isto acontecer??! AAS