sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
PJ prendeu treze assaltantes
A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau anunciou hoje a detenção de 13 suspeitos de envolvimento em assaltos à mão armada praticados na capital, Bissau, nas últimas semanas.
Os 13 detidos, com idades entre os 20 e os 27 anos, são todos naturais da Guiné-Bissau e estão à guarda da PJ até à próxima semana, altura em que devem ser ouvidos pelo Ministério Público. Os suspeitos atuavam em grupos organizados em diferentes bairros da capital, referiu João Alexandre Forbes, inspetor da PJ guineense, em conferência de imprensa.
Durante a operação que levou às detenções, a polícia apreendeu "algumas armas brancas e recuperou parte do material roubado", acrescentou. Eletrodomésticos, telemóveis, computadores e uma viatura em que os suspeitos se deslocavam para os assaltos, fazem parte do material apreendido.
ELEIÇÕES(?)2014: PUSD já submeteu a sua candidatura às legislativas
"Eleições Legislativas 2014
Discurso de Apresentação e Submissão de Candidatura
DEPOSITAMOS HOJE A NOSSA/VOSSA CANDIDATURA PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS.
Fizemo-lo com muita ESPERANÇA NO FUTURO e com a certeza de que o PUSD irá mudar a situação do nosso país.
Porque somos pela Unidade Nacional e pela Estabilidade do país.
Porque somos pela Justiça e Reconciliação, e contra a impunidade.
Porque somos pela pelo Respeito e a cara levantada da Guiné-Bissau.
Porque somos pela Dignidade da população e pela dignidade da Mulher.
Porque somos pela Educação e pela Juventude.
Porque somos pela Saúde, Emprego, e Habitação e Segurança Sociais.
Porque somos pela Soberania Económica e contra o Subdesenvolvimento;
Porque somos pela idoneidade da Reforma da Defesa e Segurança.
Porque somos pelos Direitos Humanos e pela Segurança Pública.
Porque somos, sobretudo, pelo Desenvolvimento.
POR ISSO O PUSD DEPOSITOU A NOSSA/VOSSA CANDIDATURA.
Porque sabemos ser um dos países mais pobres do mundo e que ocupamos a 176° posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano.
Porque sabemos que 45% da nossa população vive em situação de extrema pobreza.
Porque sabemos ser um dos países mais instáveis da África e ser o país das transições de fora da Constituição da República.
POR ISSO O PUSD DEPOSITOU A NOSSA/VOSSA CANDIDATURA.
Porque nós, guineenses, queremos e temos o direito de querer um Bom Presidente, Bons deputados, um Bom Primeiro-Ministro e um Bom Governo.
Porque somos por um presidente idóneo e com provas dadas.
Porque somos por uma ANP de Deputados minimamente capacitados para os desafios da Guiné-Bissau.
Porque somos por um governo de patriotas, que não permita a venda não autorizada do património do Estado, o assalto aos nossos mares, a devastação das nossas florestas, o desaparecimento das nossas areias…. Um governo que não nos assalte a bem de interesses identificados, individuais e desmensurados.
POR ISSO O PUSD DEPOSITOU A NOSSA/VOSSA CANDIDATURA.
Porque lamentamos e enjeitamos a condição da Criança Guineense.
Porque repudiamos o contexto de abandono em que foi colocada a Juventude Guineense.
Porque recusamos a condição da Mulher Guineense.
Ela a verdadeira arma motora da sociedade, a sofredora.
Ela que faz parte da maioria da nossa população.
Ela que é maioria do nosso eleitorado.
A ela a quem deveria também caber a definição do destino deste Povo.
POR ISSO O PUSD DEPOSITOU A NOSSA/VOSSA CANDIDATURA.
Pois, no Estado da Nação, ver tantos e tantos a querer ser Nosso Presidente. Alguns pondo no chão a Magistratura Suprema da Nação, por achar poder. Outros mal preparados. Onde tudo vale e numa permanente tentativa e insistência de nos emitir o certificado de inabilitação na escolha do líder Supremo.
Pois, no Estado da Nação, ter tantos partidos, surgidos do nada, outros do desnorte de 4 décadas da Nação, muitos e a maioria para fazer nem se sabe o quê, como e quando.
Tantos e mais concorrentes para fazer perigar, ainda mais, a importância vital da Concórdia Nacional.
POR ISSO O PUSD DEPOSITOU A NOSSA/VOSSA CANDIDATURA.
Para que se ponha o dedo na ferida e se grite um Basta de quase meio século.
Para que o PUSD possa TRABALHAR PARA OUTRA E NOUTRA GUINÉ-BISSAU.
Para o respeito da Guiné-Bissau.
Para que a Guiné-Bissau se afaste do pior.
POR ISSO O PUSD DEPOSITOU A NOSSA/VOSSA CANDIDATURA.
Para apelar aos Jovens.
Para apelar as mulheres.
Para apelar à maior força política do país: a Abstenção.
Para que todos acreditem na Guiné-Bissau.
POR ISSO O PUSD DEPOSITOU A NOSSA/VOSSA CANDIDATURA.
O PUSD arrancou e o caminho é para a frente.
Com Amor por esta terra.
Com coragem e com a certeza na vitória.
Pa levantar a Guiné-Bissau.
VIVA PUSD.
VIVA A GUINÉ-BISSAU,
VIVA A REPÚBLICA"
FDDD-GB: COMUNICADO
O Fórum da Diáspora para o Diálogo e o Desenvolvimento da Guiné-Bissau, doravante (FDDD-GB) é uma organização sem fins lucrativos, e reconhecida pelas autoridades portuguesas, fundada com intuito de promover o diálogo como forma de resolução de conflitos sociais e políticos entre as instituições políticas do Estado guineense, e entre as organizações da sociedade civil em geral.
Congrega várias associações da diáspora Guineense radicada em Portugal assim como ONGs guineense e Portuguesa, elegendo o diálogo através das conferências, palestras e debates principalmente no contexto político e social em que a Guiné-Bissau se encontra nesse momento.
Tendo em consideração do esforço do governo de transição e a situação de como decorreu o processo de Recenseamento para as eleições Legislativas e Presidenciais previstas em Abril de 2014 que permitirão ao retorno da ordem constitucional, o FDDD-GB vem por este meio mui respeitosamente, informar de que Exmo. Sr. Prof. Doutor Emílio Kafft Kosta não vai participar na conferência subordinado ao Tema: “RESULTADO E FORMA COM DECORREU O RECENSEAMENTO PARA AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS E PRESIDÊNCIAIS NA GUINÉ-BISSAU (Aspecto Jurídico), PREVENÇÃO DE CONFLITOS ADJACENTES A SITUAÇÃO PÓS ELEITORAIS – Guiné-Bissau a caminho da Paz”, que terá lugar no Hotel Zurique de Lisboa, no próximo dia 1 de Março de 2014, das 10:00h às 13:00h
Razão Fundamental da não participação do Exmo. Sr. Prof. Doutor Emílio kafft Kosta:
1. O atraso no envio do convite.
2. A data da conferência 1 de Março de decorrente ano é incompatível com o seu compromisso profissional fora de Lisboa.
Muito obrigado pela vossa atenção na apreciação deste assunto
Cumprimentos Cordiais
O Coordenador do Fórum
Doutor José Alage Baldé
Morte de Mário Coluna: Presidente de Cabo Verde envia condolências ao seu homólogo moçambicano
O Presidente da República enviou uma mensagem de condolências ao seu homólogo Moçambicano, Armando Guebuza, pela morte de Mário Coluna. Solidarizando-se com os familiares de Mário Coluna e com todos os moçambicanos, o Presidente da República escreveu expressa o seu pesar nestes termos: «Em Cabo Verde, onde a admiração por Mário Coluna sempre foi e é notável, a notícia causou muita emoção. Na realidade as suas elevadíssimas qualidades técnicas, a sua capacidade de liderança e, sobretudo, o seu humanismo constituíram referência obrigatória para várias gerações de desportistas do nosso país»
TODOS CONTRA NHAMADJO
COLECTIVO DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL CONTRA A CANDIDATURA DE SR. SERIFO NHAMADJO
Comunicado de imprensa
Na sequência da alteração da ordem constitucional do dia 12 de Abril 2012, a CEDEAO enquanto espaço de integração regional com mandato para promover a paz e segurança nesta região, assumiu o protagonismo de resolver a grave crise provocada pelos acontecimentos supracitados em concertação com outras instâncias internacionais.
Na esteira destas diligências politicas e diplomáticas com vista ao retorno à ordem constitucional, foi convocada uma Sessão Extraordinária da Conferência dos Chefes de Estados e de Governos da CEDEAO que teve lugar no dia 3 de Maio 2012, em Dakar República do Senegal. As conclusões finais desta cimeira ditaram a escolha do presidente da ANP como Presidente de transição, e a constituição de um novo governo cujo Primeiro-ministro devia ser escolhido com base nos critérios de consenso.
O comunicado final desta cimeira sublinha ainda no seu ponto 25, que o Presidente de Transição e o Primeiro-ministro não podem candidatar-se às eleições presidenciais imediatamente a seguir a transição.
Em virtude da importância deste assunto no restabelecimento de confiança e credibilidade do processo de transição, a CEDEAO convocou mais uma Sessão Extraordinária da Conferência dos Chefes dos Estados e dos Governos no dia 11 de Novembro 2012, cujo comunicado final, voltou a reafirmar no seu ponto 21, que o Presidente e o Primeiro-ministro de Transição não podem ser candidatos às eleições presidenciais.
Por forma a fazer face aos imbróglios jurídico-constitucionais decorrentes da sublevação militar de 12 de Abril de 2012, os atores políticos assinaram no dia 16 de Maio 2012, um Pacto Político validada posteriormente pela Assembleia Nacional Popular. Documento esse que suspendeu parcialmente a Constituição da República e estabelece ferramentas jurídicas para o periodo de transição politica. Este instrumento jurídico-político tem como objectivo, criar condições para o normal e pleno funcionamento das instituições de transição, assim como transpor na ordem jurídica nacional, as deliberações das conferências dos chefes de estados e dos governos da CEDEAO, rumo ao retorno à ordem constitucional.
Este instrumento depositado no Supremo Tribunal de Justiça do qual emana a legitimidade dos orgãos de transição, dispõe no seu artigo 5º Nº 3 o seguinte: O Presidente de Transição e o Primeiro-ministro não podem candidatar-se às eleições presidenciais e legislativas imediatas.
Atentas à evolução da atual situação política e social do país sobretudo nesta fase sensível e crucial para as eleições gerais, as organizações da sociedade civil foram surpreendidas com as notícias postas a circular na imprensa nacional e estrangeira sobre a eventual candidatura do presidente de transição Sr. Serifo Nhamadjo às eleições presidenciais de 13 de Abril, numa clara violação das deliberações das cimeiras da CEDEAO e das normas do Pacto de Transição que ele próprio assinou e sustenta a sua legitimidade.
Sua excelência Sr. Serifo Nhamdjo Presidente de Transição
Perante estes factos susceptiveis de comprometer o processo eleitoral em curso, as organizações da sociedade civil deliberam os seguintes:
1. Denunciar e rejeitar a candidatura do Presidente de Transição senhor Manuel Serifo Nhamadjo por se traduzir numa violação grosseira do pacto de transição, das deliberações das duas conferências dos chefes dos estados da CEDEAO, e dos princípios da ética política, da confiança, da transparência e do bom senso que constituem alicerces dos titulares dos orgãos de soberania;
2. Responsabilizar o Presidente de Transição e a CEDEAO pelas consequências desta ação solitária e ilegal, no desenrolar de todo o processo eleitoral;
3. Exortar o Supremo Tribunal de Justiça à observância estrita e rigorosa das normas legais no processo de analise e validação das candidaturas às eleições presidenciais e legislativas;
4. Apelar a Comunidade Internacional e o Conselho de Segurança das Nações Unidas para exigir que se cumpram as regras estabelecidas no pacto de transição para que se possa assegurar que as eleições gerais sejam livres, transparentes, justas e crediveis;
5. Repudiar todas as ações e atitudes politicas que visam descredibilizar o processo eleitoral e pôr em causa os esforços concertados a nivel nacional e da comunidade internacional rumo ao retorno à ordem constitucional;
Feito em Bissau aos 27 dias de Fevereiro 2014
CC/
NAÇOES UNIDAS
UNIAO EUROPEIA
UNIAO AFRICANA
CEDEAO
CPLP
Assinado
Os subscritores
Associação dos Amigos das Crianças- AMIC
Acção para o Desenvolvimento-AD
Associação FORÇA GUINÉ
Associação Guineense dos Estudos Alternativos-ALTERNAG
CASA DOS DIREITOS
Confederação Geral dos Sindicatos Independentes- CGSI-GB
Federação Camponesa KAFO
Liga Guineense dos Direitos Humanos - LGDH
Movimento Ação Cidadã
Rede das Associações Juvenis de Bairro Militar-RAJ
Sindicato Democrático dos Professores
Sindicato Nacional dos Professores –SINAPROF
Sindicato dos Trabalhadores da Saúde
TINIGUENA
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
ELEIÇÕES(?) 2014: Para já, são nove(?!) pré-candidatos
Nove candidatos já entregaram no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Guiné-Bissau a documentação exigida por lei para concorrer às eleições presidenciais de 13 de Abril, disse hoje à Lusa fonte do órgão. Entregaram a documentação Aregado Mantenque Té, líder do Partido do Trabalho, Abel Incada, candidato apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS) e Mamadu Iaia Djaló, líder do Partido da Nova Democracia (PND).
Os restantes candidatos que já depositaram a documentação no STJ avançam como independentes: Paulo Gomes, Tcherno Djaló, Nuno Nabiam, Jorge Malú, Domingos Quadé e Luis Nancassa.
OS CRIMINOSOS QUE NOS GOVERNAM: Washington acusa Guiné-Bissau e Equatorial de desrespeitar Direitos Humanos
Corrupção, uso abusivo de força, exploração e discriminação de mulheres, são acusações feitas pelo relatório de 2013 do 'MNE' dos EUA aos Governos de Bissau e Malabo. Guiné Equatorial vive sem liberdade e sob a ameaça de homicídios arbitrários, tortura e uso de força praticados pelas autoridades, sem que haja punições, diz o relatório anual do Departamento de Estado dos EUA sobre direitos humanos.
Guiné-Bissau também não é poupada pelo relatório de 2013 do 'MNE' americano, que denuncia atos de violação dos direitos humanos pelas forças de segurança no país, praticados impunemente. A agência Lusa refere - citando o relatório do Departamento de Estado - que, na Guiné-Bissau, as "mais graves violações de direitos humanos incluíram detenções arbitrárias, corrupção agravada pela impunidade dos funcionários do governo e pelas suspeitas de envolvimento no tráfico de drogas e uma falta de respeito para com o direito dos cidadãos de eleger o seu governo".
As autoridades de Bissau "não conseguiram ter controlo efetivo sobre as forças de segurança" e estas "cometeram abusos", refere o documento ciatado pela Lusa. Recorde-se que houve eleições gerais marcadas para 24 de novembro, que não se realizaram.
Governos acusados de laxismo
O relatório diz que o Governo de Bissau "não tomou medidas para processar ou punir os oficiais ou outros indivíduos que cometeram abusos, seja nas forças de segurança ou em outras estruturas governamentais". O relatório faz acusações semelhantes ao governantes da Guiné-Equatorial.
Na Guiné-Bissau, os casos de violação de direitos humanos passam pela falta de condições nas prisões, falta de independência e capacidade de funcionamento da justiça, trabalho forçado, discriminação e violência contra as mulheres, bem como a prática da mutilação genital feminina e tráfico de crianças.
No caso da Guiné-Equatorial o relatório do departamento de Estado dos EUA diz são negadas liberdades básicas: liberdade de expressão, de imprensa, de reunião, de atividade política. Há restrições à privacidade, movimentação de pessoas e aos direitos dos trabalhadores impostas pelas autoridades de Malabo. Até mesmo as organizações não-governamentais, sejam do país ou estrangeiras, têm restrições à atividade, acrescenta o documento.
Recorde-se que a CPLP já aprovou a candidatura da Guiné Equatorial a membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, e que a União Europeia não convidou a Guiné-Bissau, Madagáscar e a República Centro-Africana para participarem na Cimeira União Europeia - África, que se realiza em Bruxelas, a 2 e 3 de abril, porque estes países estão suspensos pela União Africana. Bruxelas não reconhece os Governos que atualmente estão no poder, disse ao Expresso fonte da União Europeia.
ELEIÇÕES(?) 2014: Nhamadjo candi...quê?
«Bom dia Aly,
Bô falam Nhamadjo kuma pa i bai pa PQP, el tudo ku Antonio Injai, ku tudo ki djintis ku pui Guiné atraza durante é dus anos di tranzison.
Um dia é na tem pa respondi na Tribunal pa ofensa a legitimidade di Povo.
Nhamadjo pa i pega téço pabia no na peral na Bissau. Nô sibi ndé ki mora na Bairro Militar, no kunsi si ponta na caminha di Mansaba ki alcatra ku dinhero di Nigeria. Nô sibi ndé ki tene si fidjos nel na Dakar, tudo ku si ermon ki pui na nô Embaixada na Dakar....
Mama Bari»
ELEIÇÕES(?) 2014: Seri...quê?!
«Gostaria de dizer que o homem (Serifo Nhamadjo) perdeu a vergonha, mas como ninguém perde o que não tem, digo que finalmente se revelou sem reservas...»
Joaquim Borges
DROGA DE VIDA: Pai do jogador Carlos Mané em fuga por tráfico de droga
Tilbacar Mané, pai da estrela ascendente do Sporting, Carlos Mané, está em fuga da justiça desde Fevereiro do ano transacto, isto segundo adianta o "Correio da Manhã", que garante que o homem que é conhecido nos meios criminais e policiais por "Pape" geria uma rede de tráfico de droga, sobretudo cocaína que importava do Brasil, a partir da Quinta do Mocho, Loures.
Segundo o "CM", o alegado traficante estará em fuga desde que arrancou a operação policial que levou à captura da maioria dos seus 11 colaboradores, todos supostos traficantes que trabalhariam para o pai de Carlos Mané. Tilbacar Mané, que deverá ser alvo de mandados de captura europeu e internacional por tráfico de droga, é agora um dos 12 acusados pelo Ministério Público de Loures, isto segundo um despacho a que o jornal diário teve acesso.
Muito cuidadoso na gestão do seu negócio
"Pape" seria muito cuidadoso com a forma como geria a sua rede de tráfico, adiantando o "CM" que este evitava falar do negócio ao telemóvel, uma vez que temia as escutas, e que usava contas bancárias de terceiros para receber o dinheiro proveniente do tráfico de droga. Afinal, segundo a procuradora que assina a acusação, Tilbacar Mané "procurava ao máximo distanciar-se" da droga que vendia na Grande Lisboa, mas também na região do Algarve, ainda que fosse através da mesma que "conseguiu avultados lucros financeiros".
Sem relação com Carlos Mané
Tal como assume o "CM", "Pape" não teria qualquer relação com Carlos Mané há alguns anos e Leonardo Jardim, na conferência de imprensa de hoje, mostrou-se convicto de que esta notícia não irá afectar minimamente o atacante verde-e-branco, que considera um exemplo.
"Fico triste porque não é uma notícia de caráter desportivo. O pai do Mané está fora do país há mais de uma ano e só agora é que se lembraram disto. Não terá qualquer influência no seu rendimento. Cresceu num bairro mas passou a viver na Academia. Soube ultrapassar as dificuldades do meio onde foi criado. Tornou-se um profissional sério, um exemplo. Não acredito que isto possa criar instabilidade nele", atirou o técnico madeirense ao serviço do Sporting Clube de Portugal.
Texto: Redacção NF – RFF
ELEIÇÕES(?) 2014: Depois de bloqueado, e de ver fechadas todas as portas no PAIGC, o golpista-mor Serifo Nhamadjo quer agora, à revelia da Carta de Transição e na mais completa ilegalidade, concorrer como independente nas eleições marcadas para 13 de abril...com a benção dos quatro países da CEDEAO, que não tugem nem mugem. Valha-nos o Supremo Tribunal de Justiça - isto é, se os juízes não se deixarem corromper, claro está! AAS
Onde é que eu já ouvi esta?
O presidente da Comissão das Nações Unidas para Consolidação da Paz, António Patriota, defendeu no Conselho de Segurança que as eleições de 13 de abril “tem o potencial para ser o mais importante passo para a consolidação da democracia na história da Guiné-Bissau.”
Patriota visitou Bissau em janeiro, e considerou o impacto do golpe de estado de 2012 como “devastador. Encontrei um país em grave crise económica, apesar dos seus recursos naturais e potencial humano. As consequências do golpe atingiram de forma mais dura os mais pobres e vulneráveis e, aparentemente, não atingiu os seus responsáveis”, disse o embaixador brasileiro na ONU.
Ó, PATRIOTA...AAS
Sem reservas
No total, 1500 elementos das forças policiais e militares da Guiné-Bissau vão receber formação da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Brasil, com o intuito de melhorar a segurança no país no período antecedente e durante as eleições gerais marcadas para o próximo dia 13 de abril, naquele país, anunciou a ONU.
«Um plano nacional para a segurança eleitoral está a ser implementado, numa operação suportada pelo UNIOGBIS (Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau) e ECOMIB (contingente militar da CEDEAO - Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), com a criação de estruturas de comando unificadas a ser dirigidas pela polícia», afirmou hoje, citado pela Angop, o representante da ONU no estado guineense, José Ramos-Horta.
Segundo Ramos-Horta, o objetivo é que os militares assumam um papel de reserva. Assim, foi neste panorama que 60 oficiais superiores da polícia e exército concluíram com sucesso, este mês, um treino no Instituto de Defesa Nacional suportado pelo UNIOGBIS.
José Ramos-Horta reconheceu ainda, no final de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, na quarta-feira, que apesar de existirem algumas questões internas por resolver na Guiné estão reunidas as condições para que as eleições decorram na data estipulada. O membro das Nações Unidas na Guiné pediu desde já a mobilização da comunidade internacional para financiar o próximo governo do seu país em algumas reformas prementes, como o setores da defesa e segurança.
ELEIÇÕES(?) 2014: Ramos Horta pede mão dura para quem tentar 'minar' as eleições
O representante especial da ONU para a Guiné-Bissau, Ramos Horta, instou ontem o Conselho de segurança a considerar a imposição de sanções contra qualquer pessoa que tenta minar as próximas eleições de geral do país. "Eu recomendo que o Conselho de segurança considere uma resposta rápida e robusta, incluindo sanções, a qualquer tentativa de minar o processo eleitoral e pós-eleitoral.."
"Os membros do Conselho de segurança expressam sua preocupação com os atrasos contínuas no processo eleitoral e sublinhado que esses atrasos poderiam ter um impacto negativo sobre económica e social bem-estar do país. Eles instaram as autoridades de transição a criar um ambiente propício e seguro, pleno e igual para todos os intervenientes, incluindo as mulheres, no processo eleitoral."
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
ELEIÇÕES(?) 2014: Candidaturas às eleições devem ser entregues até 5 de março
O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, fixou, por decreto, a data de 05 de março como limite para a entrega no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) das candidaturas às eleições gerais de 13 de abril. Em decreto presidencial datado de segunda-feira, Serifo Nhamadjo disse ter fixado a data após auscultar todos os partidos políticos do país que concordaram com o encurtamento dos prazos legais para as eleições.
No cronograma eleitoral que acompanha o decreto, a ser levado a cabo até ao dia da votação, lê-se que até ao dia 05 de março todas as candidaturas devem dar entrada no STJ, que deve verificar e validar os processos entre 06 e 17 de março. Os cadernos eleitorais serão impressos entre 05 e 13 de março e a partir de 14 de março não poderão ser alterados, refere o decreto presidencial. A campanha eleitoral decorrerá de 22 de março a 11 de abril, lê-se ainda no cronograma definido por Serifo Nhamadjo.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) terá 26 dias, entre os dias 18 de março a 12 de abril, para levar a cabo um conjunto de atos preparatórios que devem conduzir às eleições, nomeadamente o sorteio das posições nos boletins de voto e a produção dos mesmos. O decreto não esclarece se os boletins serão imprimidos no país ou no estrangeiro. Normalmente são fabricados em Portugal, tal como todo o restante material utilizado na votação, ou seja, urnas, tintas, carimbos, almofadas, cabines de voto, canetas, entre outros. LUSA
NOTÍCIA DC: Rasgue-se o contrato, pois claro!!!
Fonte segura confirmou ao DC que o gabinete do ministro dos Recursos Naturais da Guiné-Bissau, mandou suspender os contratos 005 e 006 de Arrendamento de Mineração com a Empresa GB-Minerals, AG, invocando «violação da lei de Minas e Mineração» por parte desta. A suspensão entrou em vigor a partir do dia 19/02/2014, mas a Empresa GB-MINERALS só recebeu a carta no dia 20/02/2014...
Estranho, estranho foi o gabinete do ministro ter sugerido à empresa GB-MINERALS "um encontro" em Dakar, capital do Senegal, para uma renegociação do contrato... Tudo isto era para ser top secret...mas Ditadura do Consenso chegou-se à frente. É claro que há muita trapaça no meio de toda esta trapalhada. Antes de mais é preciso parar tudo, lançar um concurso público internacional para a exploração do fosfato, com toda a TRANSPARÊNCIA. AAS
Entrevista a Luis Bernardino: 'Nigéria e Angola vão continuar a disputar influência na Guiné-Bissau'
Fonte: Lusomonitor
Por: Guilherme Dias
GUINÉ-BISSAU: Conselho de segurança debate relatório
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se hoje, quinta-feira, para debater as conclusões do último relatório sobre a Guiné-Bissau, que refere violações dos direitos humanos e pede maior esforço na luta contra a impunidade. O representante especial da ONU em Bissau, José Ramos-Horta, vai participar a partir da capital guineense via teleconferência.
No encontro, falará também o embaixador do Brasil na ONU, António Patriota, que visitou o país em janeiro, um representante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e um representante da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). No final do encontro, a Lituânia, que preside este mês ao Conselho de Segurança, fará uma declaração com as conclusões do encontro.
"A situação está estável. Há mais integração entre agentes políticos, inclusive os responsáveis pela transição, e maior cooperação entre agências regionais. Tenho confiança que a data das eleições será cumprida", disse à agência Lusa o embaixador da Guiné-Bissau na ONU, João Soares da Gama. "Todos estão cansados, há muita fadiga com esta situação. A vontade geral é de restaurar a ordem constitucional e a única forma de o conseguir é através das eleições", referiu o mesmo diplomata.
No final da semana passada, o Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, marcou para o dia 13 de abril a realização das eleições gerais, dando sem efeito a anterior data de 16 de março. Soares da Gama alertou, no entanto, que as eleições "não representam o fim do processo de transição, serão depois necessários apoios substanciais da comunidade internacional para fazer as reformas das forças armadas e da administração pública."
O último relatório da ONU, divulgado este mês, confirma que a situação de segurança no país permanece "estável", mas refere que durante o período em análise (desde 19 de novembro) "não houve processos significativos no que respeita à defesa dos direitos humanos e luta contra a impunidade".
É também assinalado que "a situação social e económica continuou a deteriorar-se". O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que assina o relatório, sublinha ainda a necessidade de um novo cronograma eleitoral da Guiné-Bissau, resolvido com "urgência" e "flexibilidade" por parte de todos os intervenientes.
"Registo, em particular, o impacto do prolongamento do recenseamento eleitoral nos prazos das tarefas chave que restam e apelo a todas as partes interessadas para tratarem do assunto urgentemente e com a necessária flexibilidade", pode ler-se no documento. No dia 13 de abril, os guineenses vão escolher os deputados ao parlamento e um novo Presidente da República, acabando o processo de transição iniciado em abril de 2012, na sequência de um golpe de Estado militar que destituiu os órgãos eleitos.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
PETRODESGRAÇA? Descoberto petróleo na Guiné-Bissau
Um estudo da empresa de consultoria francesa Beicip-Franlab, encomendado pela CAP Energy, acaba de comprovar que as reservas de petróleo no Bloco 5 (Becuda), no “offshore” da Guiné-Bissau, estão muito acima das expectativas iniciais. A Atlantic Petroleum Guinea-Bissau Limited, subsidiária da Trace Atlantic Oil, possui 65 por cento do bloco que tem uma área de 5.500 quilómetros quadrados, enquanto a CAP Energy tem 30 por cento.
O estudo da Beicip-Franlab, uma subsidiária do Instituto Francês do Petróleo, “confirmou não só o potencial dos dois blocos, mas também o facto de o mesmo estar acima das expectativas”, anunciou a empresa em comunicado ao mercado. A CAP Energy está a fazer prospecção de petróleo nos blocos 1 (Corvina) e 5B (Becuda) na costa da Guiné-Bissau em parceria com a Atlantic Petroleum Guinea-Bissau Limited.
Admissão oficial
A interpretação da empresa francesa “oferece uma quantificação dos recursos estimados no Bloco 1, baseado na história geológica e informação geofísica, incluindo informação regional dos poços petrolíferos”. O estudo da empresa detalha um aumento da prospectividade do Bloco 5B, quando comparado com o relatório feito em Julho do ano passado pela Gas Mediterrâne Petróleo.
O governo da Guiné -Bissau admitiu oficialmente pela primeira vez, em Março do ano passado, a possibilidade de existência de petróleo no país. Países como Angola, Brasil e a Suécia já manifestaram a intenção de explorar petróleo naquele país. O Brasil é um dos países que já assinou um memorando de entendimento para prospecção e exploração de petróleo no país.
Morreu Mário Coluna, ex-jogador do Benfica e da selecção portuguesa. Paz à sua alma. AAS
Mário Coluna, com Eusébio (à esqª.)
Fórum da Diáspora para o Diálogo e o Desenvolvimento (FDDD-GB) da Guiné-Bissau
O Fórum da Diáspora para o Diálogo e o Desenvolvimento (FDDD-GB) da Guiné-Bissau, é uma organização sem fins lucrativos, e reconhecida pelas autoridades portuguesas, fundada com intuito de promover o diálogo como forma de resolução de conflitos sociais e políticos entre as instituições políticas do Estado guineense, e entre as organizações da sociedade civil em geral. Congrega várias associações da diáspora Guineense radicada em Portugal assim como ONGs guineense e Portuguesa, elegendo o diálogo através das conferências, palestras e debates principalmente no contexto político e social em que a Guiné-Bissau se encontra nesse momento.
FÓRUM DA DIÁSPORA PARA O DIÁLOGO E O DESENVOLVIMENTO DA GUINÉ-BISSAU (FDDD)
CONFERÊNCIA DIA 01/03/2014
LISBOA – HOTEL ZURIQUE
TEMA: “RESULTADO E FORMA COMO DECORREU O RECENSEAMENTO PARA AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS E PRESIDÊNCIAIS NA GUINÉ-BISSAU (ASPECTOS JURIDICOS) E PREVENÇÃO DE CONFLITOS SUPERVENIENTES PÓS ELEITORAIS – Guiné-Bissau a caminho da Paz”.
PROGRAMA
09.30 - Recepção dos Participantes
10.00 – Aberto dos DEBATES pelo presidente de FDDD
ORADORES:
Prof. Doutor Emílio Kafft Kosta
Sub-tema: Resultado e forma como decorreu o recenseamento para as eleições legislativas e presidenciais na Guiné-Bissau (Aspectos Jurídico)
Prof. Doutor Julião de Sousa
Sub-tema: Prevenção de conflitos superveniente a situação pós eleitorais
Moderador
Dr. Eduardo Fernandes
DEBATE
Esclarecimento/Encerramento
Dr. M´bala Alfredo Fernandes
Encarregado de Negócios da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal
ELEIÇÕES(?) 2014: Discurso de Domingos Quadé na apresentação da sua candidatura
Caros compatriotas,
Pouco depois do início da Luta de Libertação Nacional registaram-se desmandos inumeráveis, capazes então de desvirtuar os objectivos da mesma e transformá-la em mera rebelião armada. Em resposta, Amílcar Cabral insurgiu-se e convocou o 1º Congresso do PAIGC na localidade libertada de Cassacá para reorientar o processo de luta e trazer à luz a génese e os primeiros ensaios de uma organização do Estado com a criação de Saúde de Base Popular, Escolas Piloto, Armazéns do Povo e Forças Armadas Revolucionárias do Povo bem disciplinadas. Tudo isto trouxe resultados gigantescos ao permitirem a reconquista do prestígio do nosso processo independentista, tendo, no plano externo, Cabral sido convidado a visitar vários países com os quais firmou acordos, efectuado visita à Santa Sé e o discurso na plenária da Assembleia Geral das Nações Unidas, actos reservados só a Chefes de Estado.
No plano interno, Cassacá trouxe a independência nacional e a implantação da autoridade do Estado na sua fase inicial com resultados orgulhosos no campo económico como a infra estruturação e a industrialização geral do País. A título de exemplo, é caso para lembrar aos mais velhos e ensinar os novos a heroicidade e as grandes conquistas deste povo em vários domínios: o Complexo Agro-Industrial de Cumeré, a fábrica de Hanura em Bolama, a Cerâmica de Bafatá, a Guimetal, Volvo e N’Haye além de frotas de transporte por terra (Silô Diata), mar (Sambuia, Cassacá, Ermon-Kono, Komo, Caiar, etc e Naguicave) e por ar (Sakala e Companhia Aérea LIA) e da rede eléctrica (Gazela, Escorpião, etc). Infelizmente tudo isto cedo se perdeu por nossa acção ou omissão colectiva, enquanto povo. Assim, tal como na era de Cassacá, sente-se hoje a necessidade de re-erguermos este poderoso edifício posto vergonhosamente em ruínas.
Deste modo e com vista a mudar, com inteligência e sem violência, o rumo dos acontecimentos na Guiné-Bissau, país onde se conheceram fases contínuas do medo, torturas, assassinatos políticos, corrupção, narcotráfico, empobrecimento generalizado, emergiu a preocupação de lembrar o velho para encontrar novo Cassacá, lançando esta candidatura presidencial independente para o bem da Pátria muito flagelada.
Por conseguinte e no respeito pela interdependência funcional com todos os demais órgãos de soberania competentes, esta candidatura, quando eleita, apostará no re-nascimento dos valores da Pátria através da criação de mecanismos e condições de implementação das políticas de:
A. um Estado forte que implante o império da lei sobre a força do homem, ou seja tudo deve fundar-se dentro da lei e nunca fora ou acima dela. A ordem no seu sentido institucional, estrutural e funcional, o rigor na gestão da coisa pública e a organização do aparelho do Estado vão voltar a ser realidade neste País através da urgente adopção de critérios rígidos de gestão e de combate à cultura de homem poderoso e intocável, sem prejuízo do reconhecimento de personalidades notáveis;
B. Um Estado justo que crie mecanismos práticos e eficientes de acesso universal à justiça e ao direito e de credibilização do sistema judiciário nacional através da garantia da aplicação justa, eficaz, imponente e atempada da lei na justiça de casos concretos e da promoção de inspecção regular à actividade magistral;
C. Um Estado reconciliado consigo próprio, ou seja, que crie e introduza condições favoráveis à mudança tranquila e não violenta e ainda à verdadeira e sincera reconciliação nacional. Para isso é defensável a criação de uma comissão integradora, a partir de uma Conferência Nacional, com amplos poderes de identificação, investigação, julgamento e, eventual, perdão/amnistia de responsáveis pela comissão de vários crimes políticos deste País. O que se deverá seguir, pro futuro e com carácter consultivo vinculante, de institucionalização de um fórum de reconciliação e promoção de diálogo nacionais, integrado por representantes de poder tradicional, anciãos, reformados, políticos, sociedade civil, sociedade castrense e intelectuais.
É nossa inabalável convicção que só deste modo podemos conquistar, tal como Cabral o havia conseguido em seu tempo, três níveis de confiança, absolutamente indispensáveis para a garantia do nosso processo de desenvolvimento socioeconómico e para o contexto sociopolítico de hoje: a confiança do cidadão no processo de credibilização e do desenvolvimento do seu País, o que evita a fuga do capital e do talento; a confiança de países amigos que quase nos abandonaram devido a desastres contínuos e incomportáveis por que temos vindo a passar e a confiança do empresariado estrangeiro sério capaz de promover o comércio e a indústria para a geração do emprego – base de constituição e sustento de família - e a percepção de impostos.
Por tudo isto, comprometemo-nos contribuir, designadamente, para:
a) enraizar uma nação sã, unida e em paz, prevenindo e banindo quaisquer acções que visem aniquilar a unidade nacional, os valores basilares da sociedade e do Estado ou que visem criar ambiente favorável aos conflitos e à guerra;
b) trabalhar com fidelidade e franqueza com qualquer Governo saído das urnas;
c) inculcar no homem guineense os valores insubstituíveis do trabalho, disciplina e da democracia pluralista e responsável;
d) pugnar pela/o:
i) abolição das más práticas como as torturas, os assassinatos políticos, a corrupção e o narcotráfico, através de desenvolvimento de acções concertadas interna e externamente;
ii) prosperidade auto-sustentada ao serviço do bem estar do povo;
iii) prestígio dura e exemplarmente conquistado durante a Luta de Libertação Nacional através de acções que visem travar o deslize contínuo em direcção à dependência com a consequente perda de dignidade e desbaratamento da soberania nacional;
iv) boa gestão da coisa pública;
v) reforma – no sentido da modernização orgânica e funcional - profunda do Estado, nomeadamente nos sectores da justiça, defesa, segurança e administração pública;
vi) valorização dos recursos humanos e naturais deste País, criando para estes condições extractivas para o bem do nosso povo;
vii) desenvolvimento das potencialidades locais através da implementação da politica de descentralização administrativa e da criação de diferentes tipos de incentivos ao exercício pleno da cidadania;
viii) promoção e valorização da cultura e da igualdade do género;
ix) aposta no futuro melhor da criança, da juventude e da nossa diáspora.
No plano externo, comprometemo-nos a:
a) respeitar e a reforçar a nossa identidade e vocação lusófonas e ainda a contribuir para a promoção da nossa cooperação com todos os países falantes da mesma língua seja no plano bilateral seja no da CPLP;
b) reforçar as nossas relações nomeadamente politicas, económicas, diplomáticas e culturais com a vizinhança;
c) apoiar as acções concertadas de consolidação da nossa integração em organizações sub-regionais, designadamente a CEDEAO e a UEMOA e regionais como a União Africana;
d) promover as bases de cooperação com todos os países amigos quer no quadro da ONU quer bilateralmente.
Estes são os fundamentos do CASSACÁ 2 que subscrevemos para a Guiné-Bissau nesta candidatura!
Caros compatriotas,
Antes de me levantar, auscultei-me. A terra que me viu nascer e formou não pode afundar-se, inclusive comigo lá dentro, mantendo-me, entretanto, impávido e sereno. Eis a razão!
Assim, não se estranhem, em mefistofélica malícia, que, após alguma reflexão profunda, tenhamos optado assumir e liderar os desafios do Cassacá 2 que, confessamos, se tivéssemos que escolher algo polémico não poderíamos ter encontrado o melhor. Na verdade não fomos nós a escolher e nem a nossa intenção é polémica mas sentimo-nos caídos num turbilhão problemático no qual tentaremos manter a nossa identidade, ou seja não procuramos a outrance o vosso acordo, embora para nós fosse de grande honra e conforto, nem intentamos provocar o vosso desacordo, o que nos afligiria. Trata-se, pois, de uma decisão pessoal, responsável e imbuída de vontade unicamente de melhor querermos servir.
Daí que vamos com Bob Marley quando defendeu a ideia de que ‘não cruze os braços diante de uma dificuldade, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos’ e com a Madre Teresa de Calcutá que havia dito que ‘o importante não é o que se dá mas o amor com que se dá’. Neste sentido seguimos Cabral: ‘jurei a mim mesmo que tenho de dar toda a minha vida, capacidade e energia que possa ter como homem ao serviço do meu povo e da humanidade, para que a vida do homem se torne melhor no mundo.
VIVA CASSACÁ!
VIVA O TRABALHO E A DISCIPLINA!
VIVA O HERÓICO POVO GUINEENSE UNIDO!
VIVA A GUINÉ-BISSAU!
MUITO OBRIGADO!
UNI-CV: Tomada de posse da primeira reitora eleita
Primeiro-Ministro José Maria Neves: “Uni-CV é corolário do processo transformacional do País”
O Primeiro-Ministro, José Maria Neves destacou esta segunda-feira a criação da Uni-CV como uma marca de referência na sociedade cabo-verdiana, destacando a sua evolução ao longo dos anos desde a sua criação e realçou que esta é também “corolário do processo transformacional do País e já reflexo das nossas políticas públicas para o ensino superior”.
Essas considerações do Chefe do Governo foram feitas na sua intervenção durante a cerimónia de tomada de posse da nova Reitora da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), a professora doutora Judite Nascimento que ocorreu no campo da Uni-CV no Palmarejo. José Maria Neves sublinhou a importância do momento histórico quando pela primeira vez uma universidade cabo-verdiana, neste caso a universidade pública, elege o seu reitor através de um sufrágio eleitoral, o que mostra a evolução daquela instituição que considera uma marca de referência na sociedade cabo-verdiana.
O Chefe do Governo frisou ainda a evolução da Uni-CV, desde a sua criação até este momento, destacando o seu crescimento ao longo dos anos, tanto ao nível dos cursos e sua presença em todas as ilhas, através dos cursos de natureza profissionalizante, como também no que se refere à aposta na qualidade, sendo o processo de doutoramento dos quadros docentes da universidade em todos esses anos, sendo a maioria dos professores hoje doutorados e/ou doutorandos.
“Podemos dizer que a Uni-CV é hoje uma marca de referência na sociedade cabo-verdiana. As estatísticas mostram, igualmente, que o corpo docente da Universidade de Cabo Verde tem melhorado as suas qualificações académicas, com assento no contínuo aumento do número de doutores. Tudo isso, são ganhos de percurso e gostaria de felicitar a Academia por isso”, realça Neves.
José Maria Neves reafirma ainda “o firme e consequente apoio do Governo a esta instituição”, destacando que ela também “em muito, é corolário do processo transformacional do País e já reflexo das nossas políticas públicas para o ensino superior”.
Tem 113 anos, já foi tomado por 'espião', e é agora o guardião da igreja de Sta. Luzia
Quando Aladje Ussumane Baldé começou a frequentar as missas na catedral de Bissau, na década de 80, os fiéis pensaram que era um espião muçulmano, mas hoje, com 113 anos no bilhete de identidade, é o guardião das chaves da igreja de Santa Luzia. "É um símbolo da paz religiosa" na Guiné-Bissau, em contraste com outros países africanos, destaca Elísio Ferreira, membro ativo da paróquia e que há 30 anos acompanha o "tio Aladje".
"Aparecia nas missas, na catedral, ficava nos bancos de trás e era o primeiro a sair: pensávamos que era um espião muçulmano", recorda Elísio, até ao dia em que o interpelou. Lusa
FOME?, POBREZA EXTREMA?: A ONU resolve...
A relatora da ONU sobre pobreza extrema inicia visita à Guiné-Bissau a partir de hoje, onde fica até 1 de março para avaliar as condições de vida da população guineense. A especialista em direitos humanos, que realiza a primeira visita ao país, vai também tentar saber o que as autoridades guineenses estão a fazer para melhorar a situação dos que vivem em extrema pobreza.
Sepúlveda insiste em que é preciso chamar a atenção do governo e da comunidade internacional para as pessoas que vivem nestas condições, segundo a Rádio ONU. Segundo a relatora, a Guiné-Bissau precisa de esforços concretos que alcancem as parcelas mais pobres da sociedade, além do aumento da assistência e da cooperação internacional. Aqueles pontos são cruciais para enfrentar a pobreza enraizada, a desigualdade e o subdesenvolvimento, afirma Sepúlveda. Mulheres, crianças e pessoas com deficiência devem receber atenção especial da relatora durante a visita.
A especialista nota que a Guiné-Bissau ocupa a 176° posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano e que 45% da população vive em situação de extrema pobreza. A missão de seis dias deve ajudar a avaliar as necessidades da população e a importância crítica da cooperação para melhorar as estruturas de governo e da distribuição dos recursos internacionais.
Na Guiné-Bissau, Sepúlveda vai encontrar-se com representantes do governo, de ONG, funcionários da ONU na região e visitar comunidades de Bissau e áreas rurais. Na sexta-feira, a relatora fará um balanço da visita, e um relatório final será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos em Junho.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Inconstitucionalissimamente
NOTÍCIA DC: Nhamadjo terá entregue (ilegalmente, diga-se, pois o Pacto de Transição não lhe permite candidatar-se...) a sua candidatura no PAIGC e anda a comprar alguns membros do Comité Central.
À atenção dos 4 países bandidos da CEDEAO...
ATENÇÃO: Há quem jure a pés juntos que NÃO haverá eleições sequer em abril... AAS
domingo, 23 de fevereiro de 2014
sábado, 22 de fevereiro de 2014
A Base
Onde está El-Chapo, o mais esquivo traficante de drogas mexicano? Africa and Asia have not escaped his cartel’s tentacles According to recent DEA reports, he bases his operations in Africa out of Guinea Bissau, and in Asia, he has connections with Thai organizations that send him heroin, marijuana and illegal weapons. Veja AQUI o vídeo.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
ÚLTIMA HORA DC/PAIGC: Tribunal manda suspender deliberação do VIII Congresso
O Tribunal Regional de Bissau notificou o PAIGC da providência cautelar da suspensão da deliberação do VIII Congresso Ordinário na parte referente a eleição dos membros do Comité Central, Bureau Político e Conselho Nacional de Jurisdição por violação dos Estatutos do Partido e do Regulamento Eleitoral no que concerne ao procedimento e as quotas de composição dos referidos órgãos.
Nós termos da lei, o PAIGC fica impedido de executar a deliberação em causa até que o Tribunal venha a decidir a providência cautelar. De referir que a providência cautelar não abrange a eleição do Presidente do Partido nem dos respectivos Vice-Presidentes. AAS
ONU, a inútil
A situação de extrema pobreza na Guiné-Bissau vai ser examinada pela relatora especial da ONU Magdalena Sepúlveda, anunciou hoje a instituição em comunicado, em Genebra. "Num tempo em que novas eleições têm o potencial de revitalizar as estruturas sociais da Guiné-Bissau, é fundamental chamar a atenção tanto do Governo como da comunidade internacional para as necessidades das pessoas que vivem em extrema pobreza", refere a relatora especial encarregada pelo Conselho de Direitos humanos da ONU. Antes das novas eleições previstas em março, a perita vai realizar uma missão oficial à Guiné-Bissau entre 24 de fevereiro e 1 de março de 2013 para examinar a situação do país.
CPLPE: Comunidade de Países de Língua Portuguesa Estranha...
...Assim, sugiro as entradas da Papua Nova Guiné, do Bangladesh e da Birmânia... AAS
CPLP: Luz verde para adesão da Guiné-Equatorial
Os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) recomendam por unanimidade a adesão da Guiné Equatorial à organização. Portugal sente-se “à vontade com esta decisão”, afirma o ministro português dos Negócios Estrangeiros em Maputo. Rui Machete participou nesta reunião da CPLP que ainda aprovou a recomendação para a cimeira que terá lugar ainda este ano em Díli, em Timor Leste.
Na Guiné Equatorial a pena de morte está prevista no ordenamento jurídico e esse é um impedimento à entrada na Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Contudo - de acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, a Guiné Equatorial terá aprovado “há três dias” um dispositivo legal que “suspende” a pena capital. LUSa
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Nunca se viveram "situações tão dramáticas de penúria" na Guiné-Bissau, dizem os sindicatos
As duas centrais sindicais da Guiné-Bissau alertaram que nunca se viveram "situações tão dramáticas de penúria" no país como na atualidade, numa carta aberta dirigida ao primeiro-ministro de transição, hoje divulgada.
"Com exceção do mandato governativo de 2002 e 2003, nunca antes os trabalhadores viveram situações tão dramáticas de penúria, caracterizada pela falta de pagamento de salários na função pública, aliada à má gestão das campanhas de caju", escreve-se no documento. A carta, datada de quarta-feira, pede ao primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, que convoque com urgência uma reunião do Conselho Permanente de Concertação Social ou ameaçam avançar com uma greve geral. LUSA
CPLP preocupada com situação da Guiné-Bissau
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) consideraram que a situação política na Guiné-Bissau continua a suscitar "forte preocupação" e que a persistência de graves incidentes "prova a fragilidade do Estado de Direito".
Segundo o comunicado final da reunião em Maputo, o conselho de ministros da CPLP instou "as forças vivas" da Guiné-Bissau a envidar todos os esforços para a realização das eleições - já mais de uma vez adiadas - no prazo mais exíguo possível, com vista à restauração, com máxima brevidade, da ordem constitucional".
A organização manifestou disponibilidade para enviar uma missão de observação eleitoral à Guiné-Bissau, considerando que esse gesto "demonstra o empenho da CPLP em contribuir para o sucesso do processo eleitoral e para a sua credibilização interna e externa". De recordar que um golpe militar depôs o Presidente e o primeiro-ministro eleitos do país. A Junta Militar que tomou o poder prometeu eleições livres, que ainda não se realizaram.
Serifo, NÃO!; Guiné-Bissau, sempre!!!
SERIFO NHAMADJO, teve sempre os olhos na cadeira presidencial guineense. De candidato independente despoticamente derrotado nas eleições presidencias de 2012 (um desonroso mas merecido 3º lugar), partiu para a vingança cega. Na sombra, como que protegido por outrém, orquestrou depois o golpe de Estado de abril de 2012, para depois surgir, elevado pela CEDEAO ao estatuto de 'salvador' da pátria...
O Povo, tolerante como sempre mas assustado com nunca, recusa obedecer quanto mais segui-lo. Preferem sofrer calados. Serifo, é bom que se diga isto, tem, a exemplo de alguns militares e civis, de ser chamado à responsabilidade e responder em tribunal - o país perdeu muitas vidas, famílias foram destroçadas, houve bastantes danos colaterais em virtude do golpe de Estado de 2012. Enfim, há vários crimes pelos quais Serifo Nhamadjo pode/deve ser directa ou indirectamente imputado.
O país permanece parado há quase dois anos, ignorado e ostracizado pelo resto do mundo, vivendo de migalhas que alguns países da sub-região, tristemente conotados com a desgraça que invadiu o guineense, vão enviando (a que custos, ninguém sabe...) e que servem apenas para encher o bandulho a gente que nunca se preocupou com o bem estar do Povo da Guiné-Bissau.
As consequências são por demais conhecidas e estão a ter um efeito devastador para a sua já pobre Economia, que por tabela atinge o guineense, já de si cansado de intrigas que levam a guerras intestinais que por sua vez acabam em matanças. Ninguém tem conseguido - alguém quererá?! - evitar o caos. E se estas eleições derem para o torto...será uma vez mais o salve-se quem puder.
Por causa desse golpe de Estado, dezenas de cidadãos guineenses, compatriotas nossos, foram raptados, 'confundidos' com rebeldes de Casamança e depois friamente assassinados. Outros desapareceram, até aos dias de hoje, sem deixar rasto... Alguém tugiu ou muigu? A CEDEAO (o principal caucionador do golpe), a UA, a UE, a ONU? (organizações que estão no nosso país, e que pactuam com a canalha, contra os interesses do Povo da Guiné-Bissau?) Acreditem nisto: alguns vão pagar um dia por tudo... Para estas organizações, cada guineense não passa de um número...mas para os seus bolsos! - essa é que é a verdade, e que tem de ser contada!!! Quanto mais crises, mas dinheiro haverá para 'gerir'...
Serifo Nhamadjo foi sempre um manipulador. Dentro e fora do PAIGC; enquanto esteve no parlamento como deputado, e mesmo até como seu presidente. Vê em tudo motivo para conspirar, e é perito em teorias de conspiração. Como presidente da comissão de reconciliação nacional, usou e abusou dos vários milhões de dólares afectados pela mãos largas - aquela inutilidade chamada UNIOGBIS! Viajou e gastou à grande e à francesa, contou inverdades aos guineenses e destilou ódio nos bastidores. A propósito, será que o Serifo Nhamadjo (ou alguém por ele) chegou a apresentar contas aos financiadores, à UNIOGBIS, sobre os gastos dessa enorme farsa???
Quanto a nós, estamos conversados. Não há, para já, qualquer vislumbre de melhorias a longo prazo para a Guiné-Bissau. A campanha de cajú calhará com as eleições gerais, e o Povo guineense jamais confiará o seu País a um golpista da estirpe do Serifo Nhamadjo. Nem que, hipoteticamente, em sonhos, o PAIGC e o PRS se coligassem... Lá está: uma tragédia nunca vem só. AAS
ELEIÇÕES(?) 2014 - SONDAGEM DC: PAIGC goleia à antiga
PERGUNTA: VAI VOTAR EM QUE PARTIDO, NAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS?
RESPOSTAS:
PAIGC - 1441 votos = 86%
PRS - 86 votos = 5%
PRID - 11 votos = 0%
PADEC - 13 votos = 0%
OUTRO - 108 votos = 6%
Votos apurados: 1659
Carlos Schwarz: Um homem em luta contra “a sombra de um pau torto”
«O Pepito foi a prova viva de que vale a pena sermos "idealistas" a vida toda. Ele conseguiu concretizar muitos dos seus ideais. Vale a pena sonhar, sempre, não só quando somos jovens, mas sempre! Houve quem me dissesse que aos 40 anos eu mudaria. Quase aos 60 creio que não mudei, apesar dos muitos momentos de desanimo. E não quero mudar, quero continuar a sonhar, quero continuar a acreditar, continuar a ter ideais.» Anabela P.
Fonte: Público
Autora: Catarina Gomes
Carlos Schwarz: Um homem em luta contra “a sombra de um pau torto”
Carlos Schwarz da Silva, Pepito, como era conhecido na Guiné-Bissau, viveu uma vida feita de recomeços. “Não existe pedra sobre pedra das nossas memórias: fotografias, filmes, livros, recordações de toda a vida, haviam desaparecido. Recomeçámos tudo mais uma vez, menos por convicção, mais por tradição (...) Desistir é perder e recomeçar é vencer”, assim escrevia num texto autobiográfico a que chamou A sombra do pau torto, o guineense Carlos Schwarz da Silva. O activista, chamemos-lhe assim, morreu esta terça-feira, em Lisboa, o funeral foi ontem no cemitério de Barcarena (Sintra). Se fosse ele a escolher a designação para o que o seu amigo era, o cineasta guineense Flora Gomes, teria dificuldade: “Ele é outra coisa. Era um agrónomo, um nacionalista, um intelectual, um visionário”.
A casa de Carlos Schwarz da Silva foi apenas uma das habitações do bairro do Quelele, em Bissau, que foi pilhada e destruída durante o conflito que, em 1998, opôs as forças de Ansumane Mané às de Nino Vieira. Ali ficava, nessa altura, uma das frentes de combate. Tudo ficou esburacado, vazio, sem pessoas.
Hoje em dia, o Quelele não parece muito diferente de outros bairros de Bissau, não há estradas, o chão é de terra batida vermelha com buracos enormes, as casas têm um ar humilde e improvisado. Mas é. Num edifício discreto funciona a organização não-governamental Acção para o Desenvolvimento (AD), que Carlos Schwarz da Silva fundou, em 1991, com outros guineenses. Era o seu actual director executivo. Ali há sempre jovens, crianças e mulheres a circular.
A AD fez nascer, em 1994, a primeira rádio comunitária do país, depois dela abriram mais de dez. Foi aos microfones da Rádio Voz Quelele que se explicou, durante a epidemia de cólera de 1994, que a doença se transmitia pela água contaminada, ali se ensinou, de forma simples, o que fazer para evitar o contágio, se respondeu às perguntas de uma população em pânico. Terá sido uma das razões por que este bairro passou quase incólume. Hoje também há uma televisão comunitária, uma escola de artes e ofícios, um centro de animação infantil, a lista podia continuar.
O cineasta guineense Flora Gomes nem tinha bem noção de que era esse o nome do seu amigo, Carlos Schwarz da Silva. Na Guiné-Bissau todos o conhecem por Pepito. É neto de polacos que sobreviveram ao gueto de Varsóvia, filho de um advogado cabo-verdiano que foi preso pela PIDE numa ida de férias a Portugal. Artur Augusto da Silva defendia em tribunal os nacionalistas da independência da Guiné.
Pepito nasceu em Bissau, em 1949, estudou Engenharia Agrónoma no Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, à semelhança do seu grande mentor, Amílcar Cabral. O antropólogo do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (em Lisboa) Eduardo Costa Dias conheceu-o nessa altura, por estarem ambos envolvidos no movimento estudantil de contestação à ditadura. Acredita que foi nesses tempos que o amigo desenvolveu o espírito do “desenrasca” que lhe havia de ser tão útil na sua nova vida na Guiné.
Quando se dá o 25 de Abril de 1974, Carlos da Silva e a mulher, a também agrónoma portuguesa Isabel Levy Ribeiro, fazem questão de estar em frente ao Quartel do Carmo. Um ano depois, quando na Guiné muitos regressam a Portugal, o casal está a chegar. Aproveitam a boleia do último avião militar português que se deslocava ao país. Vêm para ajudar a crescer a nova nação independente.
Pepito oferece os seus préstimos como quadro na área que domina, a agricultura. O que encontra diz que é o triste resultado da formação soviética que receberam muitos dos quadros do PAIGC, que lhes cortou a criatividade para lhes ensinar a passividade. Ele quer algo diferente. Funda o Departamento de Experimentação e Pesquisa Agrícola, uma espécie de ministério da agricultura, chama-lhe “o meu primeiro amor profissional”.
Na altura, quando explica aos agricultores que é possível cultivar arroz em época seca, sem chuva, mas com a irrigação a partir do rio Geba, olham-no de lado. No início, aderem ao seu desafio umas 12 famílias desconfiadas; ao verem os primeiros grãos a nascer, o tom das críticas baixa e o número dos que aderem ao cultivo sobe para 12 mil famílias, lembra o guineense num documentário sobre a sua vida, divulgado pela RTP2 em 2011.
Na juventude militou no Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), chegou a ser deputado mas desiludiu-se com o golpe de Estado de Nino Vieira contra o então presidente, Luís Cabral, em 1980, tinha ele 30 anos. “Cortei com os partidos." Um dia, revoltado contra as arbitrariedades da administração, estava a conversar com “um velho Homem Grande” que o ouviu e lhe disse: “Criaste demasiadas expectativas em relação a quem era e sempre foi medíocre. Julgaste ver o que não existia. Não te esqueças que a sombra de um pau torto nunca pode ser uma linha direita.”
No centro da Acção para o Desenvolvimento está aquela que talvez possa ser considerada a sua filosofia de vida: “Não fazer lista das dificuldades, mas o contrário, do que existe, de como valorizar o que temos”. “Na Guiné há 32 etnias, cada uma com a sua maneira de pensar, de dançar, a sua perspectiva de vida”. Cada qual tenta encontrar as suas soluções para os problemas, diz no mesmo programa televisivo.
No Sul do país, a AD trabalha para desenvolver a autonomia alimentar das populações. No seu texto autobiográfico, lembra um agricultor que descobriu um processo de rega gota-a-gota, usando uma grande cabaça, por baixo da qual fez dois pequenos furos por onde escoava lenta e regularmente um fio de água que regava as suas bananeiras. “Tinha encontrado, sozinho, uma forma de economizar a pouca água de que dispunha. Cada um tem a capacidade, vai ganhando amor-próprio e confiança, num processo de conhecimento novo que ajuda a querer aprender”, resumia.
Ao mesmo tempo, desiludia-se com os “turistas do desenvolvimento” que aportavam à Guiné mas que, na sua opinião, foram perdendo “o espírito de solidariedade e cumplicidade com quem está no terreno”. Referia-se, e criticava-o no mesmo documentário, “ao mercado do desenvolvimento”, “das organizações do Norte” que se “posicionam para ganhar o projecto 1 ou 2, mas não lhes interessa o resultado atingido”.
“Não basta criticar, temos o dever e a capacidade de construir outra Guiné-Bissau, de respeito, de cultura, de história, e de pô-la em contraponto contra a meia dúzia de pessoas dos negócios fraudulentos, do tráfico de armas, de drogas”.
Era isso que fazia todos os dias. “Nós vamos mudar isto”, era o que Flora Gomes sentia cada vez que estava com Pepito. Para o cineasta, o amigo sentia-se herdeiro de Amílcar Cabral, tinha que ser o fazedor do muito do que o líder histórico tinha sonhado e tinha deixado por executar. Num encontro que Flora teve com Pepito, dois dias antes de vir para Portugal – onde tinha vindo ao 99º aniversário da mãe – o cineasta, disse-lhe: “‘Pepito, tu não estás bem’. Morreu trabalhando. Queria fazer muitas coisas ao mesmo tempo. De tanto trabalhar não se deu conta da fragilidade do ser humano.”
Longe vão os tempos em que o viu pela primeira vez, num hotel de Lisboa, em que, surpreendido, perguntou a um amigo: “Quem é este português que fala tão bem crioulo?”. Pensou que fosse português, apenas porque era branco. Estava enganado. “Estou certo de que quando estava a morrer em Portugal estava a pensar na Guiné.” Num texto que escreveu sobre o líder histórico do PAIGC, Pepito deixa uma dedicatória: “Às minhas netas Sara e Clara com a esperança de um dia poderem viver tranquilamente na terra adiada com que Cabral sonhou.”
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Claro que fico preocupado
«O que realmente me preocupa é este facto. Antes das eleições - ainda antes mesmo da campanha eleitoral - é preciso que alguém explique aos eleitores (que são quem decide) que guineense pode ou não candidatar-se. Qual a lei no País que exclui aqueles que estão 'interditos' à partida? Ao admitirmos que o País está tomado de assalto por um grupo de criminosos acima da lei, não precisamos de gastar dinheiro que não temos em eleições.
Esses senhores que determinam quem pode ou não participar nessas eleições, podiam muito bem nomear desde já um Presidente e um Primeiro Ministro, poupando-nos a este triste espectáculo da democracia à moda da Guiné-Bissau. E, ainda ganhávamos tempo e dinheiro...
Joaquim Borges»
N'tory Palan ao ataque
«Sou contra! Sou contra aqueles que se deixem cair nos caprichos dos traficantes, dos tribalistas, dos anarquistas. Volvidos quase 2 anos deste teatro dos miseráveis (golpe de Estado de 12 de abril), ainda não nos apresentaram as provas inequívocas do envolvimento do CADOGO nos tais crimes que enchem as bocas desgraçadas!
Não querem o CADOGO de volta, apenas porque, a estes “n'dongós” só lhes convém as lixeiras e os charcos, sejamos realistas! Se estas chantagens forem admitidas, podem ter certeza que passaremos a outras eras tão ruins tanto como aquela que sucedeu ao fatídico 14 de Novembro de 1980. Cream!
Tenho dito!
N’tori Palan»
Golpe de Estado de 2012: Economia da Guiné-Bissau continua afectada
A actividade económica na Guiné-Bissau continua fortemente afectada pelas consequências do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, de acordo com as conclusões da mais recente missão ao país do Fundo Monetário Internacional (FMI). Divulgado ontem em Washington, o comunicado da missão, que esteve na Guiné-Bissau entre 10 e 13 de Fevereiro, indica que após uma contracção de 1,5% em 2012, a economia da Guiné-Bissau ainda não recuperou.
A missão prevê que em 2013 o PIB tenha crescido apenas 0,3%, dado que o aumento da produção de caju foi contrabalançado pela queda dos preços, principalmente junto do produtor, da significativa quebra da receita fiscal e das frequentes interrupções no fornecimento de electricidade e água.
Dadas as perspectivas limitadas das receitas para os próximos meses, principalmente antes do início da campanha de caju, a missão do FMI encorajou o governo a manter o controlo dos gastos e uma gestão prudente de tesouraria, com o objectivo de minimizar uma maior acumulação de atrasados nos pagamentos dos salários aos servidores públicos. “As perspectivas fiscais e de crescimento para 2014 dependerão do êxito da campanha de caju e da ajuda externa”, informou o FMI.
Chefiada por Maurício Villafuerte, a missão do Fundo Monetário Internacional manteve encontros com as autoridades do governo de transição, incluindo Gino Mendes, ministro das Finanças, e Soares Sambu, ministro da Economia, bem como reuniões com João Fadia, director nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) e com os parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Morte de Carlos Schwarz: Um testemunho
«Caras amigas e caros amigos,
Como as más noticias se propagam como o fogo na savana seca, muitos de vocês já estarão ao corrente. O nosso amigo Carlos Schwarz morreu esta manhã no Hospital Curry Cabral.
Tendo-se deslocado a Lisboa para estar junto da mãe, a Dra. Clara Schwarz, na comemoração do seu 99º aniversario, o Carlos, desde há cerca de 15 dias, não fez outra coisa do que andar de exame em exame médico, afectado por uma doença maldosa que, num tempo relâmpago, hoje o tirou do nosso convívio.
Sobre os múltiplos combates e empenhos pela Guiné-Bissau que, nos últimos 40 anos, o Carlos Schwarz travou e promoveu - como militante da JAC, fundador e Director do DEPA, Directo executivo da AD e mais recentemente grande dinamizador do Memorial do Cacheu - outros falarão.
Quero, contudo, deixar o testemunho de uma faceta, por antiga, mais esquecida. O Carlos Schwarz, no seu tempo de estudante do Instituto Superior de Agronomia, foi um importante dirigente associativo. Carlos Schwarz teve um papel destacado nas várias frentes em que o movimento associativo se desdobrou nos últimos anos da ditadura, incluindo na frente política, a frente do combate ao fascismo e ao colonialismo. Como inúmeras vezes ele próprio o disse, foi daqui, da sua experiência de "associativo", que em boa parte tirou fôlego para os combates pela Guiné-Bissau e pela melhoria das condições de vida dos guineenses.
É desses já longínquos finais dos anos 1960-princípios dos anos 1970 que vem a minha amizade com a Isabel Levi Ribeiro e o Carlos Schwarz. Camaradas leais, amigos fixes, de uma vida. Hoje, como provavelmente a outros amigos e amigas, a primeiro coisa que me veio à cabeça foi: Ouve lá, Schwarz, não te vás embora assim sem mais nem menos!
Até sempre, camarada.
O funeral do Carlos Schwarz realiza-se amanhã à tarde, às 16:00 h., no cemitério da Barcarena.
Eduardo Costa D.»
Morte de Carlos Schwarz: LGDH envia condolências
NOTA DE CONDOLÊNCIA
Foi com profunda consternação que a Liga Guineense dos Direitos Humanos tomou conhecimento da morte de Eng. Carlos Schwarz, Ex-Ministro de Transportes do Governo de Unidade Nacional e membro fundador da ONG Acção para o Desenvolvimento. O malogrado que no dia 18 de Fevereiro de 2014, deixou por força de destino o mundo dos vivos, foi uma figura incontornável e que fazia parte de um leque reduzido de referências positivas da sociedade guineense.
Engenheiro 'Pepito', como é vulgarmente conhecido, marcou a história recente do país com a sua visão de desenvolvimento, criatividade e dinâmica de inovação, através das quais, empreendeu mudanças efectivas na sociedade guineense, um pouco por todo o país, de norte ao sul e de centro às ilhas.
Enquanto um verdadeiro agente do desenvolvimento e inconformado com o rumo que a sua terra natal tem seguido, Eng. Carlos Schwarz lutou até ao seu desaparecimento físico para inverter o curso dos acontecimentos. Ao longo do seu intenso percurso de vida, 'Pepito' foi um cidadão empenhado na defesa da democracia, da liberdade, associado ao seu profundo apego à Justiça e à dignidade da pessoa humana.
Igualmente, com a sua determinação e patriotismo inspirou a nova geração de quadros e contribuiu de forma ímpar para a valorização dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável das comunidades locais.
Neste momento de dor e de angústia, a LGDH apresenta as suas mais sentidas condolências à família enlutada, à AD e ao povo guineense, pela perda de um homem que sempre fez da sua vida, um instrumento para o desenvolvimento da sociedade a que pertencia.
Que a sua alma descanse em paz e na Glória para sempre!
Feito em Bissau aos 18 dias do mês de Fevereiro de 2014
A Direcção Nacional
Declarações de DSP provocam a ira no PAIGC
As declarações feitas hoje, à agência LUSA, pelo presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira caíram que nem uma bomba nas hostes dos 'libertadores'. Um membro do Comité Central, em declarações ao DC, diz que as declarações de DSP «foram infelizes e fora de tempo». Sustentando a sua tese, garante que «o presidente do PAIGC não manda nem dá ordens ao Comité Central. Lá o esperamos...», concluiu.
Outra fonte garante ao DC que os «compromissos assumidos pelo DSP» estão a fazer-se sentir e «poderão ter graves consequências num futuro próximo», referindo-se às eleições presidenciais, mas que antes começa a ser discutido na reunião do Comité Central - órgão máximo entre congressos.
A fonte estranha ainda que tanto Mário Cabral (ex-embaixador em Dakar) como a sua mulher «façam parte do Bureau Político e do Comité Central», assim como outros menos significantes, e estranha as ausências de «grandes e sonantes nomes do PAIGC», como o ex-presidente do partido, Carlos Gomes Jr, e de Raimundo Pereira, ex-presidente da República interino e 2º vice-presidente do PAIGC até ao congresso de Cacheu.
Para já, os militantes descontentes com as declarações de DSP desdobram-se em contactos e limpam as espingardas, prometendo não dar sossego ao presidente do partido. «Esperamos por ele nas reuniões do Bureau Político e do Comité Central, onde serão ajustadas as contas. Até aquelas do VIII congresso de Cacheu», garante um deles ouvido pelo DC. AAS
DOSSIER PAIGC: LISTA DO CONSELHO NACIONAL DE JURISDIÇÃO (8 efectivos e 1 suplente)
1. LUIS MELO — PRESIDENTE
2. ADEMIR PANPELONA. — VICE-PRESIDENTE
3. 1º SECRETÁRIO
4. 2°SECRETARIO
5. 1°VOGAL
6. 2°VOGAL
7. 3º VOGAL
8. 4º VOGAL
9. (SUPLENTE)
CAHEU, 11 DE FEVEREIRO DE 2014
O CONGRESSO
EXCLUSIVO DC (II) - DOSSIER PAIGC: Lista nominal alfabética dos membros efectivos e suplentes do Bureau Político eleitos pelo VIII Congresso Ordinário
1. DOMINGOS SIMÕES PEREIRA / PRESIDENTE
2. CARLOS CORREIA / 1º VICE-PRESIDENTE
3. ADJA SATU CAMARA PINTO / 2º VICE-PRESIDENTE
4. BACIRO DJA / 3ª VICE-PRESIDENTE
5. ABDU SAMBU
6. ABDULAI INDJAI
7. ABEL DA SILVA GOMES
8. ADRIANO GOMES FERREIRA
9. ALAMARA NTCHIA NHASSE
10. ALI HIJAZI
11. ANTÓNIO ÓSCAR BARBOSA
12. ARISTIDES OCANTE DA SILVA
13. AUA SOW
14. AUGUSTO ARTUR DA SILVA
15. AUGUSTO OLIVAIS
16. BACAR BODJAN
17. BEATRIZ CABRAL
18. BINTO NANQUE
19. BOTCHE CANDÉ
20. BRAIMA CAMARA
21. BRIGIDO DE BARROS
22. CALIFA SEIDI
23. CAMILO SIMÕES PEREIRA
24. CANAL MENDES
25. CARLOS NELSON SANO
26. CARLOS NHATE
27. CARMEM PEREIRA
28. CIPRIANO CASSAMÁ
29. CIPRIANO FERNANDES SA
30. DAN IALÁ
31. DANIEL GOMES
32. DINIS CABELOL NA FANTCHAMNA
33. DOMINGOS ALEXANDRE DE ALMEIDA
34. EDUARDO MAMA BALDE
35. EUGENIA SALDANHA ARAÚJO
36. EVA GOMES
37. FÁTIMA ARAÚJO
38. FÁTIMA FATY
39. FERNANDO MENDONÇA
40. FOFANA KEIRA
41. FRANCISCA PEREIRA
42. FRANCISCO BENANTE
43. FRANCISCO CONDUTO DE PINA
44. HUGO NOSOLINI
45. HUMBERTO AUGUSTO CÓ
46. IDELFRIDES M. GOMES FERNANDES
47. INÁCIO CORREIA (TCHIM)
48. ISABEL BUSCARDINI
49. ISABEL KÁSSIMO
50. JOÃO BERNARDO VIEIRA
51. JOQUIM AMARO MUSTASSE
52. JOSÉ ABDURAMANE DJALÓ
53. JOSÉ ANTÓNIO DA CRUZ ALMEIDA
54. JOSE DJO
55. JOSÉ MARIO VAZ
56. JOSÉ SARAIVA
57. LUIS ANIBAL VAZ FERNANDES
58. LUIS OLIVEIRA SANCA
59. LURDES VAZ
60. MAMADÚ SISSÉ
61. MANUEL SANTOS (MENECAS)
62. MARCIANO SILVA BARBEIRO
63. MARIA ADIATU NANDIGNA
64. MARIA PAULA COSTA PEREIRA
65. MÁRIO CABRAL
66. MARIO DIAS SAMI
67. MÁRIO LOPES DA ROSA
68. MÁRIO SOARES
69. MÁRIO SUCUMA MORAIS
70. MARTINHO DAFÁ CABI
71. MATILDE INDEQUI
72. PAULO JOSÉ MENDES
73. QUEBÁ SANI
74. QUIPA CO
75. RESPICIO DA SILVA
76. RUI ARAUJO GOMES
77. RUI DIÃ DE SOUSA
78. SADJO BAIO
79. SATÚ DJASSI
80. SECO CAMARA
81. SOARES SAMBÚ
82. TALIBE DJALO “ALADJE KARAMOKO”
83. TEODORA INÁCIA GOMES
84. TERESA SANCA N’DOI
85. TOMÁS GOMES BARBOSA
86. TUMANE MANÉ
87. VICTOR NANEIA
88. VIRIATO ANTÓNIO JOSÉ
89. VLADIMIR DEUNA
90. WASNA PAPAI DANFA
91. ZINHA MAIABA SANCA
SUPLENTES
1. AMINATA SILA
2. FANTA DAHABA
3. JEAN CLAUDE SANHÁ
4. LASSANA SEIDI
5. FAUSTINO C. MENDONÇA
6. RUI NENE DJATA
7. VALENTINA MENDES
8. FERNANDO A.GOMES DIAS
9. AMIZADE FARA MENDES
10. HIPOLITO DJATA
11. MALAL SANE
12. ENSA JANDI
13. MARIO MUZANTE
CACHEU, 11 DE FEVEREIRO DE 2014
O CONGRESSO
EXCLUSIVO DC (I) - DOSSIER PAIGC: LISTA NOMINAL ALFABÉTICA DOS MEMBROS EFECTIVOS E SUPLENTES DO COMITÉ CENTRAL ELEITOS PELO VIII CONGRESSO ORDINÁRIO
1. DOMINGOS SIMOES PEREIRA/ PRESIDENTE
2. CARLOS CORREIA / 1º VICE-PRESIDENTE
3. HADJA SATU CAMARA / 2º VICE-PRESIDENTE
4. BACIRO DJA / 3º VICE-PRESIDENTE
5. ABA SERRA
6. ABDU SAMBU
7. ABDULAI INDJAI
8. ABEL DA SILVA GOMES
9. ABILIO MENDES
10. ABU CAMARÁ
11. ABULAI MANE
12. ADJA MARIAMA BALDE
13. ADRIANO GOMES FERREIRA
14. ADULAI BALDE
15. ADULAI BOBO CISSE
16. AGOSTINHO DA SILVA
17. AISSATO CONTE
18. AISSATU BARI
19. AISSATU CONTE
20. ALADGE CANDE
21. ALAMARA NHASSE
22. ALANSO FATI
23. ALBERTO CARLOS
24. ALI KADRA
25. ALJUMA SIDIBE
26. ALMAME CASSAMÁ
27. ALY HIJAZI
28. AMADI DJAMANCA
29. AMADU BALDE
30. AMADU SAICO SEIDE
31. AMÉLIA CASSAMA
32. AMIDO QUEITA
33. AMINATA SILA
34. AMIZADE FARÁ MENDES
35. ANDRE DA COSTA (CARLITOS)
36. ANGELA PEREIRA
37. ANHA BALDE - BAFATA
38. ANITA DJALO SANI
39. ANSA SANE´
40. ANSUMANE DJASSI
41. ANSUMANE SAMBU
42. ANTONIO DOMINGOS TUBENTO
43. ANTONIO INÁCIO CORREIA (TCHIM)
44. ANTÓNIO ÓSCAR BARBOSA
45. ARAFAM CAMARA
46. ARISTIDES OCANTE DA SILVA
47. ARMANDO DA SILVA
48. ARMANDO MARO BIAGUE
49. AUA SO
50. AUGUSTO ALEXANDRE MONTEIRO
51. AUGUSTO ARTUR DA SILVA
52. AUGUSTO DA SILVA
53. AUGUSTO GOMES
54. AUGUSTO OLIVAIS
55. AUGUSTO VAZ
56. AURELIA LOPES MORENO
57. AVELINO CABRAL
58. BABUNA DJABI
59. BACAR BODJAM
60. BACAR SISSAU SANDE
61. BARROS BACAR BANDJAI
62. BEATRIZ CABRAL
63. BEGHATEBA TAMBÁ NAM NUMNA
64. BENJAMIM CABRAL
65. BERNARDO ANTONIO SANCA
66. BINTA DABO
67. BINTO NANQUE
68. BLONY NHAMA N NHASSE
69. BOTCHÉ CANDÉ
70. BRAIMA CAMARA
71. BRAIMA CASSAMA
72. BRAIMA DJALO
73. BRAIMA DJASSI
74. BRAIMA DJASSI (CUBE)
75. BRAIMA DJASSI(COSTA)
76. BRAIMA INFALI SAMBU
77. BRAIMA SEIDI (SOLO)
78. BRAIMA SORI BALDE
79. BRAZ DE PINA
80. BRIGIDO DE BARROS
81. BUANHE SAMBU
82. CALIDO CANDE
83. CALIFA SEIDI
84. CAMILO SIMÕES PEREIRA
85. CANAL MENDES
86. CANDIDO JOAQUIN DA SILVA
87. CARLOS ADULAI DJALO
88. CARLOS CASSAMA
89. CARLOS MUSSA BALDE
90. CARLOS NELSON SANO
91. CARLOS NHATE
92. CARLOS SILVA
93. CARMEM PEREIRA
94. CAUSO MANE
95. CESAR NAHADA
96. CIPRIANO CASSAMÁ
97. CIPRIANO FERNANDES SA
98. CONSTANTINO CAMALA
99. CUMBASINHO SOU
100. DAN IALA
101. DANGA BENANTE
102. DANIEL GOMES
103. DANIEL GOMES (CACHEU)
104. DINIS CABELOL NA FANTCHAMNA
105. DJONHE NANCO
106. DOBALI TURE
107. DOMENICO OLIVEIRA SANCA
108. DOMINGASANTONIA DOS SANTOS
109. DOMINGOS ALEXANDRE ALMEIDA
110. DOMINGOS NANCO
111. DOMINGOS PEREIRA
112. DOMINGOS SOARES
113. DULCE NEVES
114. EDSON ALDANHA ARAUJO
115. EDUARDO MAMADU BALDE
116. ENSA JANDI
117. ESPERANCA LOPES CARDOSO
118. ESTEVAO P.L. VIEIRA
119. EUGENIA SALDANHA
120. EVA GOMES
121. FAMATA DJASSI
122. FANTA DAHABA
123. FÁTIMA ALFAMA
124. FATIMA ARAUJO
125. FÁTIMA FATY
126. FAUSTINO CIPRIANO MENDONÇA
127. FERNANDO AUGUSTO GOMES DIAS
128. FERNANDO BORJA MONTEIRO
129. FERNANDO INDEQUI
130. FERNANDO MENDONÇA
131. FERNANDO NACUTUA SALDANHA
132. FERNANDO YALA
133. FIDELIS FORBES
134. FLRENTINO DIAS
135. FODE CARI FATI
136. FOFANA KEITA
137. FRANCISCA PEREIRA
138. FRANCISCO BENANTE
139. FRANCISCO CONDUTO DE PINA
140. FRANCISCO LOPES
141. FRANCISCO MAJOR MENDES
142. FRANCOIS CUMBASSA
143. GABRIEL LOPES SO
144. GABRIELA FERNANDES
145. GERALDO MOCANTI DA SILVA
146. GEREMIAS ARLETE PECIXE
147. GERMANO POLICARPO CABRAL D´ALMADA
148. GIBRIL DJASSI
149. GIBRIL MANE
150. HELDER HENRIQUE DE BARROS
151. HIGINO CARDOSO
152. HIPOLITO DJATA
153. HORTA NA FATCHA –CLP
154. HUGO DE JESUS NOSOLINI VIEIRA
155. HUMBERTO AUGUSTO CO
156. IAFAI SANI
157. IAIA EMBALO
158. IDELFRIDES FERNANDES
159. ILDEFONSO BARROS
160. IMANE NAUMOJA
161. INES DA COSTA
162. INFA MANAFA JANCO
163. INFALI DABO
164. IRACEMA DO ROSÁRIO
165. ISABEL BUSCARDINI
166. ISABEL KASSIMO
167. ISSA BARI
168. JAIMANTINO CO
169. JEAN CLAUDE SANHA
170. JOANA DA SILVA
171. JOANA INÁCIA GOMES
172. JOAO ANIBAL PEREIRA
173. JOAO ARLETE QUINTINO GOMES PEREIRA
174. JOÃO BERNARDO VIEIRA
175. JOAO HORTIS
176. JOAO MAMADU LAMINE CONTE
177. JOAO SEIDIBA SANE
178. JOAO TCHERNO CANDE
179. JOAOZINHO CO
180. JOAQUIM AMARO GOMES
181. JOSE ANTONIO DA CRUZ ALMEIDA
182. JOSE BRAIMA DAFE
183. JOSE CARLOS CA
184. JOSE CARLOS V. CASIMIRO
185. JOSÉ DJO (BIFA)
186. JOSE INDUCA
187. JOSE LEOPOLDO JESUS (NENE CA)
188. JOSE MARIO VAZ
189. JOSE MIGUEL DIAS
190. JOSE SARAIVA
191. JULIA SOARES DA GAMA
192. JULIO JOAO CORREIA
193. JULIO LEFAM
194. LAMINE CAMARA
195. LANCAS SEIDE
196. LASSANA CASSAMA
197. LASSANA SEIDE
198. LEOPOLDO SEDAR DA SILVA
199. LINDA FERNANDES
200. LISSA NA FAOIE
201. LIZETE PIMENTEL
202. LIZETTE BORJA
203. LOURENCO CASSAMA
204. LUIS ANIBAL VAZ FERNANDES
205. LUIS OLIVEIRA SANCA
206. M´BALI NADAMA
207. MADAM GANO
208. MAIMUNA CAMARA
209. MALAL SANE
210. MALAM BANDJAI
211. MALAM CASSAMA
212. MALAM CASSAMA (Floresta)
213. MALAM DE OLIVEIRA
214. MALAM DJASSI
215. MALAM FATI
216. MALAM MUTARO CAMARA
217. MALAM SAMBU
218. MALAM SONCO
219. MAMADU ALFA BA
220. MAMADU BALDE
221. MAMADU CAMARA
222. MAMADU CISSE
223. MAMADU LAMINE HADARA
224. MAMADU SALIU EMBALO
225. MAMADU SAMBU
226. MAMADU SISSE
227. MAMADU TURE
228. MAMADU UIE CSSE
229. MAMUDO EMBALO
230. MANDU CAMARA
231. MANDU SANE
232. MANUEL NA MANE
233. MANUEL SANTOS (MANECAS)
234. MANUELA LIMA DA COSTA
235. MARCELINO DA COSTA
236. MARCELINO PEDRO DELGADO JUNIOR
237. MARCELINO SIMÃO LOPES CABRAL
238. MARCIANO SILVA BARBEIRO
239. MARIA ADIATO DJALO NANDIGNA
240. MARIA AURORA SANO
241. MARIA DE FATIMA BARBOSA MANE
242. MARIA ELIZABETE CORREIA
243. MARIA EUGENIA MONTEIRO DE MELO
244. MARIA IVARISTA SOUSA
245. MARIA JOSEFA SEABRA
246. MARIA LURDES VAZ
247. MARIA PAULA COSTA PEREIRA
248. MARIA ROSARIA DA CRUZ ALMEIDA
249. MARIAMA MANE
250. MARIATU SMABU
251. MÁRIO CÁ
252. MARIO CABRAL
253. MARIO DIAS SAMI
254. MÁRIO LOPES DA ROSA
255. MARIO MUZANTE
256. MARIO SOARES
257. MÁRIO SUCUMA MORAIS
258. MARTA SATURNINA T. SAMBU
259. MARTILENE LOPES ERNANDES SANTOS
260. MARTINHO DOS SANTOS
261. MARTINHO INFULNA IE
262. MARTINHO NDAFA KABI
263. MATA SAWANE
264. MATILDE INDEQUE
265. MATILDE DOS REIS
266. MAXIMIANO MENDES PEREIRA
267. MIGUEL SOARES DA GAMA
268. MOHAMED MALAM TURE
269. MUSSA BALDE
270. MUSTAFA CASSAMA
271. MUTARO CANDE
272. N`QUEBA N`CIA
273. NADJA MANE
274. NAIO BRANDAO VIEIRA TE
275. NENE ANTONIO MANGO
276. NFAMARA SO
277. NHALIM MANE
278. NHALIN SANO
279. NHETA NA ONTA
280. NHIMA CISSE
281. OCTAVIO LOPES
282. ODETE SEMEDO
283. OLIVIA FERRAGE
284. PALUO JOSE MENDES
285. PASCOAL VAZ MONTEIRO
286. PAULETA CAMARA
287. PAULO GOMES CA
288. PEDRO DJATA
289. PEDRO MORREIRA SAIDO EMBALO
290. POLICARPO MARQUES LOPES
291. QUEBA BANJAI
292. QUEBA SANHA
293. QUEBA SANI
294. QUENHIMA DABO
295. QUINTINO QUADE
296. QUIPA CO
297. RAUL ADRIANO DJU
298. RESPICIO SILVA
299. ROSA NUNES CORREIA CA
300. RUI ARAUJO GOMES
301. RUI DIÃ DE SOUSA
302. RUI GONCALVES CARDOSO
303. RUI NENE DJATA
304. SACAMISA DJALO
305. SADJO BAIÓ
306. SALE SANE
307. SALI CASSAMA
308. SALIMATA CASSAMÁ
309. SALIMATU CASSAMA
310. SALIU EMBALO
311. SANDJI FATI
312. SATU DJASSI
313. SECO CAMARA
314. SECO CUBABA
315. SECO INDJAI
316. SENE NHABALI
317. SERIFO BALDE
318. SERIFO DJAQUITE
319. SILVESTRE DARAME
320. SILVINA GOMES OLIVEIRA MENDES
321. SIMAO LUCAS DA ROCHA
322. SIMAO MANUEL DA SILVA
323. SIMBA TCHAM
324. SIRA MANE FATI
325. SOARES SAMBU
326. SUNCAR CASSAMA
327. SUNCAR MANE
328. TALIBE DJALO “ALADJE KARAMOKO”
329. TCHERNO CALI BALDE
330. TEADORA NACIA GOMES
331. TERESA SANCA N´DOY
332. TINO CANSONCO VAZ
333. TOMÁS BARBOSA
334. TOME SANFA SISSE
335. TUMANE MANE
336. ULE NABIUTCHA
337. UMARU DJAU
338. UMO BALDE
339. VALENTINA MENDES
340. VERISSIMO TAMBÁ
341. VICTOR CASSAMA
342. VICTOR FELIX DIOUF
343. VICTOR NANEIA
344. VICTOR OLIVEIRA MENDES
345. VIRIATO ANTONIO JOSE
346. VLADIMIR DEUNA
347. WASNA PAPAI DANFA
348. WASNA PAPAI DANFÁ
349. WILSON BARBOSA
350. ZEZINHA ARAUJO
351. ZINHA MAIABA SANCA
SUPLENTES:
1. GERALDO JOAQUIM DA SILVA
2. DEMBO DJITE
3. LAMINE DJATA
4. ALADGE SANE
5. AMIDU SILA
6. PAULINO CABRAL
7. ANDRE ANTONIO BIJANQUE
8. BACAI SANHA
9. MALAM LEBAL CASSAMA
10. PIERRE CASSAMA
11. MOHAMED DJICOU
12. JOSE SOARES DA GAMA
13. IBRAHIMA DJASSI
14. HONORIO BUSCARDINE
15. BOBO GOMES CA
16. VICTOR INCANHA
17. HUIDJABA IMUNDE
18. USAI DJALO
19. NENE VICENTE MENDES
20. ISSUF IAFA
21. ANTONIO DJIN-ALE
22. FRANCISCO ANTONIO CHERNO
23. NUMO SAMBU
24. BENJAMIM CORREIA
25. JOSE CARLOS MACEDO MONTEIRO
26. MAMUNA BALDE
27. JULIO DJULA DJALO
28. ADELINO MANO QUETA
29. TOCNA NTCHALA
30. ADJA MINTA BABA
31. MUSSA SAMATI
32. SAFIATU BIAI
33. SULEIMANE DABO
34. FAUSTINO DE PINA ARAUJO
35. BACAR DJASSI
36. ALFA BALDE
37. ADELAIDA MENDES DABO
38. GARCIA MAIABA SANCA
39. BRAIMA BUNCURUM
40. MUSSUBA CONTE
CACHEU, 11 DE FEVEREIRO DE 2014
O CONGRESSO
ELEIÇÕES(?) 2014: Domingos Simões Pereira exclui apoio do PAIGC a Carlos Gomes Jr.
O presidente do PAIGC excluiu hoje o apoio do partido a Carlos Gomes Júnior, ex-líder da força política e primeiro-ministro deposto em 2012, como candidato presidencial nas eleições gerais deste ano na Guiné-Bissau. "Quando falo nos candidatos presidenciais, não estou a incluir Carlos Gomes Júnior", referiu Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), à agência Lusa.
"Eu sei que isso pode suscitar algum mal-entendido, mas é preciso sermos realistas", acrescentou, considerando que o antigo líder só deve regressar à Guiné-Bissau "num quadro de normalidade", com "segurança e tranquilidade de todos os atores políticos". Ao mesmo tempo que era primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior venceu a primeira volta das eleições presidenciais quando se deu um golpe de Estado militar que o depôs em abril de 2012 e o obrigou a viver em Portugal e Cabo Verde.
Já este ano, escreveu uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas em que pediu condições de segurança para voltar ao país, depois de ter anunciado que pretende candidatar-se às próximas eleições presidenciais. A carta surgiu após forças de segurança e militares guineenses terem mandado parar viaturas diplomáticas e terem ameaçado invadir instalações das Nações Unidas com a justificação de que procuravam Carlos Gomes Júnior. "É um caso especial que precisa de ter um tratamento diferente junto de outras instâncias", sublinhou o novo presidente do PAIGC.
O partido define a partir de quinta-feira quem vai apoiar como candidato presidencial nas eleições gerais na Guiné-Bissau: o processo arranca com reuniões "do ‘bureau político' e do comité central em que ficarão estabelecidos os critérios para a seleção do candidato", explicou Domingos Simões Pereira. Haverá depois uma nova reunião daqueles órgãos dirigentes para escolher o nome que deverá ser anunciado "na próxima semana", acrescentou.
"Há várias intenções de candidatura e deverá estar salvaguardada a qualidade necessária", referiu, sem arriscar nomes, sendo certo que será um militante do partido, como definido nos regulamentos internos. Sobre a nova data das eleições (atualmente marcadas para 16 de março), o líder do PAIGC sugeriu na última semana ao Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, o adiamento para 04 de maio de maneira a acautelar alguns prazos legais.
"Quando fomos consultados fizemos sempre referência à lei eleitoral e ao dispositivo constitucional", no entanto, segundo Simões Pereira, Nhamadjo já anunciou ter liberdade de marcação, justificando-a como "uma prorrogativa que o Supremo [Tribunal de Justiça] entende estar à disposição do Presidente" em tempos atípicos.
À atenção da CEDEAO: «Guiné-Bissau é um dos problemas de difícil solução em toda linha. A situação mais séria que a CEDEAO tem que enfrentar é a da Guiné-Bissau. Está fora de controlo. O problema daquele país constitui um entre os vários por resolver, em países como Libéria, Serra Leoa, Mali ou Costa do Marfim. Tarde ou cedo a CEDEAO terá que solucionar o problema da Guiné-Bissau, de uma vez por todas» - palavras de Aboubacar Senghore, ministro dos Negócios Estrangeiros da Gâmbia, de visita a Cabo Verde. AAS
Faleceu hoje, em Lisboa, o Engº Carlos Schwarz (Pepito) Secretário Executivo da ONG Acção para o Desenvolvimento - AD. À família enlutada, o editor do DC envia as mais sentidas condolências nesta hora de infortúnio. Qua a terra lhe seja leve. Guiné-Bissau perdeu um dos seus mais brilhantes quadros. AAS
OPINIÃO: Badju di kinkons
Caro amigo e irmão Aly,
Mais uma vez grato por tudo o que tens feito pela nossa Guiné-Bissau. Podes-te orgulhar da nossa admiração e reconfortar-te nas nossas preces para que Deus Pai te proteja de todo o mal. Antecipadamente te agradeço, caso entendas importante, dar estampa a este meu artigo de opinião. Da parte de todos os que não têm voz para se exprimir, vai o nosso penhor de agradecimento pelo ardor da nossa resistência.
Abraços fraternos.
«Nas hostes do PAIGC, ao que parece, não é para amanhã, que alguns dos seus figurões começam a ganhar juízo. Depois do salutar exemplo de maturidade do Congresso de Cacheu, em que os Libertadores acertaram na escolha de Domingos Simões Pereira (DSP), dando sinais de querer se reencontrar com os caminhos da boa liderança com vista a reconquista do poder subtraído pela força das armas, eis que se volta, mais uma vez, aos ambientes circenses que esse partido de grande responsabilidade nacional nos têm infelizmente habituado.
A eleição de DSP ao cargo de presidente do Partido, deixa sinais expectantes sobre a reconquista do poder pelas urnas pelo partido Libertador e, devido a consistente valência do novo líder, deixava-se antever, uma continuidade de bons resultados e performance governativa do ex-líder do PAIGC, Carlos Gomes Junior, que tantas saudades e reconhecimento deixou, mesmo nos seus mais acérrimos adversários.
Entretanto, como no reino dos Libertadores, onde a mais expressiva nulidade, pensa na sua obtusa cabeça, de que, É ALGUÉM, eis que começam a surgir as mais inusitadas e patéticas figuras do partido a pretenderem postular-se candidato do partido para as próximas eleições presidenciais de 2014. Quando se olha para a lista de va-nu-pies que se pretendem ao cargo, dá que pensar e provoca uma certa revolta se se atender à responsabilidade histórica e tutelar que o partido de Cabral tem para com o Povo guineense. Das duas uma. Ou, o Partido quer se banalizar e se ridicularizar, ou quer dar de bandeja o poder presidencial a oposição, mais concretamente ao PRS e seus candidatos étnicos de caução militarizada, para na maior paródia, voltarem as suas derivas e derrapagens de poder que roçam a caricatura de um Estado.
Sem quaisquer desprimor pelas pessoas, mas, ver Luis Oliveira Sanca, Mario Lopes da Rosa, vulgo «Maruca», Mario Cabral ou Francisco Benante, pretenderem ser candidatos do partido as próximas presidenciais de 2014, roça a anedota para a historia e prestigio do próprio partido. Se atelharmos ao substrato politico, as valências comportamentais, de competências e de liderança desses figurões, uns ultrapassados quer no espaço, quer no tempo, outro, esse uma nulidade em toda a linha, só podemos estar perante uma brincadeira de muito mau gosto, principalmente para o partido, por tudo quanto de bom tem para dar ao Povo da Guiné-Bissau. Enfim, creio que, por terem vivido áureas e benesses à sombra e às custas do partido há tão longos anos, algumas pessoas, pensam que o cargo de Presidente da Republica se encontra ao alcance dos seus caprichos de poder.
Bem, à parte essa brincadeira de mau gosto, o PAIGC, mais uma vez, faz o jogo da avestruz, ou pretende andar a brincar com o fogo num paiol de pólvora. A verdade é que, em vez de olhar para dentro e analisar as questões candentes que se lhe perfilham de forma mais natural no seu seio e, assumir sem medos, de forma corajosa, responsável, sem complexos e com pragmatismo, o dossiê Carlos Gomes Junior, ex-Presidente do partido, analisando o seu pedido de « anuência » para apresentar a sua candidatura ao posto de Presidente da Republica sob a bandeira dos Libertadores, assobiam para o lado, criam a diversão e cada palhaço se apresta a apresentar o seu numero circense.
É bom que se entenda que, com isso, não pretendo dizer que o partido obrigatoriamente tem que aceitar apoiar Carlos Gomes Junior como seu candidato e, nem este ser obrigado, ou mesmo precisar do apoio formal do partido para se guindar, caso as condições existam e sejam garantidas, ao cargo de Presidente da Republica da Guiné-Bissau.
Porém, o que é bom é o PAIGC, por uma lado, não esquecer de que CGJr tinha ganho largamente as ultimas eleições presidenciais de abril 2012 interrompido pelo golpe narco-militar e complot sub-regional contra a sua magistratura e, por outro lado, que em condições normais de liberdade e garantias de segurança, Cadogo não tem adversário à altura para o desafiar a esse cargo na Guiné-Bissau. Essa é a verdade nua e crua, quer queiram quer não, mas isso não quererá dizer que eu queira impor essa saída logica e natural ao partido, pois também entendo, que a figura de CGJr cria incômodos e complexos, quer aos velhos do Restelo do partido, quer principalmente receios na cúpula militar e ao tribalismo militarizado institucionalizado na Guiné-Bissau de uns tempos a esta parte na Guiné-Bissau e, cujos tentáculos de pressão se estendem, condicionando quaisquer manifestação pro-Cadogo vindas do partido.
Contudo, o que o PAIGC, não deve também esquecer, é que, quer se goste ou não dele, CGJr é um vencedor democrático nato, pois venceu categoricamente dois Congressos do Partido (e venceria este se lá estivesse), venceu duas eleições legislativas (uma com maioria qualificada, única na historia do pais), fez eleger um Presidente da Republica (Malam Bacai Sanha), levando-o ao colo até a mais alta magistratura da Nação, vindo este, mais tarde a ser o seu mais acérrimo adversário instigando os militares contra ele,... e, em abril 2012 ganhou folgadamente as eleições, arrasando o Kumba Yala, sendo a consolidação da sua vitória mais do que certa interrompida por um golpe militar de cariz narco-tribal associado a alguns dos barões dos interesses da França-África sub-regional. Em suma, CGJr, só foi derrotado pela força das armas de interesses narcotraficantes e tribais e sob a manipulação de interesses sub-regionais que querem subjugar a emancipação do Povo guineense.
Assim sendo, e se hoje, o partido optar por descartar o seu « campeão » e preferir a politica circense de interesses complexados de tolos narcisistas de n 'bai luta, o problema será sempre do partido, a começar pelo seu novel líder DSP que, ao que parece apesar de todo o seu potencial intelectual e de liderança, confunde ainda o evidentemente indispensável com o «dispensável» no seu dizer.
Nô Pintcha, dianti ku i caminho, DC já tinha advertido «uma aposta,...rumo a uma estrondosa derrota».
Pedro Djus - Militante de Base»
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
A verdade. Nada mais do que a verdade: "O Antonio Aly Silva é o jornalista guineense que mais livremente escreve, mesmo quando é inconveniente e por vezes utiliza palavras muito pouco ortodoxas. O completo oposto do cinzentismo que tantas vezes se nota na prosa de outras pessoas que escrevem sobre as coisas dos seus Países.” Jorge Heitor, Jornalista
Entrevista a Christophe Guilhou, Director da Paz, Democracia e Direitos Humanos da Organização Internacional da Francofonia (OIF)
Entrevista feita hoje, 17 de fevereiro, por Christophe Boibouvier (CB) da RFI ao Director da Paz, Democracia e Direitos Humanos da Organização Internacional da Francofonia (OIF), Christophe Guilhou (CG).
CB: Depois de três dias passados em Bissau, os guineenses irão finalmente ter o seu presidente e seus deputados no dia 16 de março, tal como o previsto?
CG: Tudo leva a crer que estas eleições serão adiadas pelo menos por um mês, provavelmente para o mês de abril.
CB: Por que razão esse atraso?
CG: Esse atraso deve-se a problemas de organização e de financiamento sob responsabilidade da Guiné-Bissau, da Comunidade Internacional (CI) e dos parceiros multilaterais. Porém, deve-se admitir que, apesar de tudo, muito se tem avançado nestas ultimas semanas, pois o numero previsto de recenseados era de 800 mil pessoas e foi alcançado uma margem à volta de 93%, os quais são números muito interessantes se se tivermos em conta a situação conjuntural do pais.
CB: E, relativamente aos experts da OIF que ficaram ainda no terreno, qual o seu papel?
CG: Os experts ficaram no terreno, numa primeira vertente, para ajudar a Comissão Nacional de Eleições (CNE) na organização das eleições e, numa segunda vertente ajudar o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) no que tange a questões de antecipação de eventuais recursos pós-eleitorais que é o ponto mais conflituoso no momento da contagem dos votos.
CB: Considerando que, no ultimo escrutínio presidencial de abril de 2012, o antigo Primeiro ministro em fim de funções, Carlos Gomes Junior, estava classificado em 1° lugar e nunca houve a 2a volta, dado que os militares interromperam o processo eleitoral e, hoje continuam ainda a fazer o que bem lhes da na gana no pais, qual é a legitimidade destas eleições que se prepara?
CG: É precisamente porque houve há dois anos um golpe de estado entre as duas voltas, é que a CI faz todo o possível para que a nova ordem constitucional seja reposta, com a organização destas eleições.
CB: Mas, o homem mais popular há dois anos, era o Carlos Gomes Junior, e ele foi obrigado a fugir do pais e os militares impedem o seu regresso. Nesse caso, vocês não correm o risco de estar a validar umas eleições baseado em dados falseados?
CG: Os dados das eleições não serão viciados, porquanto elas serão objecto de uma observação, de uma preparação não só da OIF, mas também das Nações Unidas (NU), da União Africana (UA) e da Comunidade Economica e de Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). Nos achamos que é o momento de ajudarmos os guineenses a organizarem essas eleições. E bom que saiba de que, apesar de a Guiné-Bissau estar suspensa da OIF há dois anos, mas não abandonamos a Guiné-Bissau. Tudo o que tentamos fazer, é que a Guiné-Bissau reintegre a OIF. E nesse quadro, que nos ajudamos a organizar as eleições nas melhores condições possíveis.
CB: Mas, qual é a validade de umas presidenciais, quando o homem mais popular do pais não pode apresentar-se ao escrutínio fisicamente?
CG: Até ao momento, o partido maioritário, ex-partido único, o PAIGC, ainda não designou o seu candidato às presidenciais. Nós iremos ver, no momento próprio, nos próximos dias, quem será.
CB: Não será que, o PAIGC esta também a «virar a pagina» de Carlos Gomes Junior, mais uma vez sob pressão dos militares? Numa democracia, não será que todo o mundo tem o direito de apresentar a sua candidatura, incluindo aquele que foi obrigado a fugir sob pressão dos golpistas?
CG: É às autoridades guineenses, ao povo guineense e aos partidos políticos guineenses quem caberá dizer quem devera apresentar-se às próximas eleições presidenciais.
CB: O homem forte do pais, o general Antonio Injai, é procurado pela justiça americana, acusado de trafico de droga. Porque razão a OIF, não exige o seu afastamento, a saída de cena desse oficial superior?
CG: É que, nos não devemos interferir em casos de processos judiciais. Nós estamos aqui, para ajudar os Estados a consolidar as suas instituições, fazendo com que, possam haver eleições o mais credível possível. Mas é complicado, tenho que reconhecer.
Fonte : RFI/17/02/2014