quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Carlos Gomes Jr., com agenda preenchida nos EUA
Carlos Gomes Jr., o ex-primeiro ministro guineense deposto pelo golpe de Estado Militar de 12 de abril de 2012 e agora candidato às eleições presidenciais de 2014 na Guiné-Bissau, foi recebido hoje, em Nova Iorque, pelo secretário-geral adjunto da ONU para os Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman. Carlos Gomes Jr., manteve ainda vários contactos com altos dirigentes da ONU. AAS
Angola, meu amor
O Presidente da República efectua, nos dias 4 e 5 de Novembro do corrente, uma visita oficial à República de Angola, a convite do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Visita que se pretende venha a contribuir para reforçar o diálogo político e as tradicionais relações de cooperação entre os dois Estados, bem assim os laços de amizade entre angolanos e cabo-verdianos, caldeados na história e na cultura. Uma cooperação diversificada, mas que deverá privilegiar as áreas económica, empresarial e financeira, na base de um relacionamento político cada vez mais sólido e claro.
Da visita constam como pontos altos um encontro, em privado, com o Chefe de Estado de Angola, a presença num banquete oficial oferecido pelo ilustre anfitrião, a participação, com uma intervenção política, numa sessão solene extraordinária do Parlamento angolano, antecedida por um encontro em privado com o Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade dos Santos.
Do programa de visita constam ainda a deposição de coroa de flores no Memorial Agostinho Neto, a inauguração, na nova «Centralidade do Kilamba», da Rua «Aristides Pereira», na companhia do senhor Governador da Província de Luanda e de um familiar do antigo Presidente de Cabo Verde, e visita e encontro com alunos e professores da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto.
Como acontece habitualmente em visitas afins, o Chefe de Estado cabo-verdiano, no dia que antecede o início da visita oficial, Domingo, dia 3, pelas 16 h, na Quinta Genebra, Morro Bento, terá um encontro-convívio com a comunidade cabo-verdiana residente no país. Igualmente estará presente, no mesmo dia, num almoço com dirigentes de organizações empresariais angolanas e cabo-verdianas.
O Presidente Jorge Carlos Fonseca far-se-á acompanhar durante a visita, para além de alguns de seus colaboradores directos e de representantes de organizações empresariais, dos Ministro das Relações Exteriores (Jorge Borges) e Deputados nacionais eleitos pela emigração África), um pelas listas do PAICV (Estêvão Rodrigues) e outro pelas listas do MPD (Orlando Dias).
BUBO 'salgado' até 2014
O antigo chefe de estado da Armada da Guiné-Bissau Bubo Na Tchuto, acusado de tráfico de droga nos Estados Unidos, será julgado apenas em 2014, afirmou à Lusa a sua advogada. "O julgamento não deve ser marcado nos próximos três meses", disse a advogada, Sabrina Shroff, salientando que ainda não recebeu a acusação judicial completa e depois receber formalmente a documentação ainda terá 60 dias para analisar o material. Segundo o calendário primeiro estabelecido pelo juiz do caso, Richard Berman, os procuradores responsáveis pela acusação, Aimee Hector e Glen Kopp, deveriam ter concluído a acusação no passado dia 25 de julho.
No entanto, “o processo está a decorrer mais lentamente do que se esperava. Neste momento, ainda estamos a receber a prova produzida pela acusação", explicou a advogada. No mês de abril, Na Tchuto e outros quatro guineenses - Manuel Mamadi Mane, Saliu Sisse, Papis Djeme e Tchamy Yala - foram detidos em águas internacionais perto de Cabo Verde por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga norte-americana. Os cinco homens arriscam pena de prisão perpétua.
Na Tchuto, Djeme e Yala vão responder pela acusação de conspiração para importar drogas para os EUA. Segunda a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares norte-americanos por cada tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau. O embaixador da Guiné-Bissau para a Organização das Nações Unidas (ONU), João Soares da Gama, disse à agência Lusa que Na Tchuto contesta que tenha sido detido em águas internacionais e que provar esse facto será uma das estratégias da defesa em julgamento.
Além da detenção do antigo militar guineense, a 04 de abril, a justiça dos EUA manifestou também intenção de deter também o atual chefe das Forças Armadas, António Indjai, que entretanto já reafirmou por mais de uma vez refutar as acusações de tráfico de droga. Lusa
Matança em Cumeré: a Liga Guineense dos Direitos Humanos já reagiu
A LGDH condenou ontem os casos de violações dos direitos humanos que aconteceram no Cumeré no quadro do recente juramento de Bandeira naquela localidade que culminou com perdas de vidas humanas. Em declarações à RFI O Vice-presidente da LGDH, Augusto Mario da Silva, exige a abertura de um inquérito transparente tendente a apurar a veracidade dos factos e traduzir à justiça os autores morais e materiais de tais actos inéditos e ilegais. Nos últimos dias a organização tem recebida muitas vitimas e familiares denunciando tais actos hediondos.
Contra os golpistas, marchar, marchar!!!
Meu irmão,
É uma contribuição de alguém que apreciou imenso os teus artigos sobre o MNE - que conhece muito bem - pois é quadro do mesmo ministério. Sabendo da minha relação contigo solicitou-me que o fizesse chegar a ti. Fiz as minhas observações com o seu consentimento. Se achares interessante fica ao teu critério a sua publicação.
Ontem enviei-te algo importante que me informaram sobre as entradas de material bélico em Bissau, nesse caso na fronteira de Pirada. Não sei se o vistes e qual a importância que o atribuis. Diz-me algo sobre isso pois a fonte é da segurança e é fidedigna.
Eis o texto que me foi solicitado fazer-te chegar.
Abraços
«Caríssimo compatriota Aly,
Entre saudações da praxe, para te dizer que, sempre segui com particular interesse o teu blog, que diga-se de passagem, orgulha todo o guineense consciente e patriótico. Sigo o teu percurso, não só, pela qualidade dos teus artigos, mas também, pela veia investigadora que tem patenteado, permitindo aos guineenses espalhados pelos quatro cantos do mundo, através dos factos e denuncias que tens feito, terem conhecimento de realidades e situações anômalas que acontecem correntemente no nosso pais, os quais, sem o teu prestimoso serviço não estariam ao alcance do cidadão comum.
A sequência das tuas investigações em torno da máfia em que esta envolvida as autoridades do MNE da Guiné-Bissau, é prova cabal, de que, não escreves por prazer de escrever e não acusas por mero prazer de denigrir alguém. Com sagacidade e coragem, tens apontado os podres que gangrenam esse ministério chave da governação de um pais e, mostrado com provas, o labirinto sinuoso da rede mafiosa de que esta impregnado o MNE desde o advento do regime golpista que tomou de assalto o poder na Guiné-Bissau. Foi assim, nos tempos do falhado Faustino Fudut Imbali, assim é, e continuara a ser com o filosofo frustrado Fernando Delfim da Silva.
E bom que se diga também, que vive-se toda essa situação com a cumplicidade e coberturas mafiosa do Presidente da Republica de Transição (PRT) e o Primeiro Ministro de Transição (PMT), os quais a custa dos seus interesses pessoais e financeiros, têm irresponsavelmente promovido a ilegalidade e a máfia nesse sector nobre da actividade do Estado. Apesar de serem meras « autoridades de transição » e por conseguinte, sem poderes constitucionais para o efeito, cada um por si, nos seus restritos interesses, mafiosa e anarquicamente, vão promovendo nomeações e colocações de embaixadores e cônsules de duvidosa idoneidade pelos quatro cantos do mundo. Alias, os atropelos de poderes dessas duas figuras, particularmente o PRT, não se cinge ao circulo diplomático, estende-se até com maior gravidade ao circulo castrense cujas consequências futuras ninguém pode aquilatar neste momento.
A saga mafiosa no MNE continua o seu curso imparável e tem como principal mentor e manipulador de interesses, o Secretario de Estado das Comunidades (SEC), o Idelfrides Fernandes. E ele, quem organiza e coordenada toda a rede de interesses mafiosos e criminosos que gravitam à volta do MNE, sendo o Médio Oriente, a China e os países da sub-região o terreno predilecto da rede mafiosa que ele instalou no MNE. A emissão directa e a venda dos passaportes (diplomáticos, de serviço e ordinários), são os meios de corrupção usados para se enriquecerem de forma desmesurada e escandalosa.
Como quadro do MNE, sinto-me triste e impotente vendo o trabalho árduo de centenas de quadros competentes e honestos do ministério a ser ingloriamente esbanjados e ridicularizados por interesses mesquinhos de um energúmeno sem escrúpulos que esta a institucionalizar a cultura da máfia e do mercenarismo diplomático nessa nobre instituição. Muito trabalho de qualidade que arduamente foi edificado, tem sido abruptamente reduzido a nada, mercê de comportamentos movidos pelo mero interesse do dinheiro fácil e do banditismo diplomático.
Trabalho sério, principalmente realizado nos últimos três, tinham proporcionado um reganho qualitativo do prestigio internacional do pais outrora perdido. Hoje, todo esse trabalho esta a ser destruído por um grupo de irresponsáveis políticos e militares que, de abril 2012 a esta data estão a conduzir o pais para o principio do desespero e sem esperanças de retorno. Estou certo de que, com a máfia e o esquema da diplomacia de cadongueiros que se instalou hoje no MNE, serão necessários mais de vinte anos para reconquistar e redobrar a nossa imagem externa, tanto é a pouca vergonha e negócios sujos que ensombram hoje a nossa diplomacia.
Porém, como diz um velho ditado : « não ha mal que não tenha fim » e, por consequência, estamos esperançados, de que, esse mal que se apoderou hoje da nossa terra tera um dia o seu fim, e essas praticas serão erradicadas, pondo-se fim a esse pesadelo de desmando a que estamos hoje sujeitos.
No entanto, enquanto cidadão, faço votos, de que, esse fim não seja apenas o terminar de um ciclo negro. Ele deve consubstanciar acções de responsabilização civil e criminal contra essas pessoas que estão a desconstruir e destruir o Estado guineense em todas as suas vertentes, contribuindo assim, para a desacreditação do nome da Guiné-Bissau no concerto das Nações. Penso que essas pessoas responsáveis pela situação actual da nossa diplomacia, devem, na hora da mudança, ser traduzidos à justiça e responder pelos seus actos mercantilistas e mafiosos que têm praticado no seio do MNE.
Nesse contexto, o MNE deve ser rigorosamente auditada, tomando como base as importantes revelações e factos reportados pela Ditadura do Consenso, tais como a venda de passaportes a cidadãos estrangeiros, mormente chineses, venda de lugares e postos de embaixadores, cônsules e representantes consulares. Nomeações ilegais de nacionais e estrangeiros a postos de soberania, tais como embaixadores extraordinários e plenipotenciários, poderes esses de nomeação que, nenhum órgão ou governo de transição possui qualquer que seja o cenário de mudança politico constitucional verificado. A emissão indiscriminada de Credenciais de Plenos Poderes a nacionais e a estrangeiras de duvidosa idoneidade, para em nome do Estado guineense, negociar, vender ou hipotecar potencialidades e riquezas naturais emergentes no pais.
Enfim um levantamento exaustivo dos Embaixadores, Cônsules e Representantes do Estado da Guiné-Bissau deve ser feito com o devido rigor e competência, para se ter uma cartografia real das representações diplomáticas do pais no exterior e, assim poder fazer-se tabua raza das situações de ilegalidades em curso, permitindo assim, expurgar desse ministério estratégico, todos os mafiosos e criminosos de colarinho branco que foram ai introduzidos pelo bando formado pelo PRT, PMT, MNE e SEC.
Bem haja Guiné-Bissau
Quadro Superior do MNE»
Carta para o António Indjai (e para o Ramos Horta)
Escreve o filho de um combatente da liberdade da Pátria
«Caro amigo Aly,
Tomo a liberdade de te escrever solicitando a publicação deste meu artigo no teu/nosso blog, única voz credível que nos resta de nos intercambiar na denúncia da brutalidade que se vai praticando na Guiné-Bissau.
Sou filho de um Combatente da Liberdade da Pátria imbuído dos princípios do sacrifico e do amor à Pátria que o meu falecido Pai me ensinou em vida, por isso (embora tenha estado presente na reunião que o General convocou), faço questão de te escrever, porque é a única via que entendo poder dar respaldo a minha posição e creio de muitos Antigos Combatentes presentes nessa reunião. Assim, solicito a tua compreensão dar a minha voz no teu famoso blog. Não pretendo defender ninguém, porquanto, não devo nada a ninguém, mas tão só, querendo responder rebatendo e desmascarando em termos civilizados e com factos o General Antônio sobre as suas falsas declarações sobre os Antigos Combatentes da Liberdade da Pátria. Penso que, dando-me essa oportunidade poderei esclarecer aos Camaradas do meu Pai, quem na verdade anda a engana-los com mentiras e falsidades.
Sem saber qual o destino darás ao meu pedido, antecipadamente te agradeço, aproveitando encorajar-te na firmeza da nossa luta comum pela dignidade do Povo Guineense.
ABT
PS : se não for abusar demais da tua paciência e compreensão, caso este meu artigo seja publicado... gostaria de poder responder, também educadamente a um "Senhor" que nessa reunião teve o descaramento de intervir. Estou a falar do "Sr." Manuel Maria Santos, vulgo "Manecas". Se o olhar matasse...
Sem mais caro irmão, se me permitir, o obséquio, segue o meu artigo.
AS MENTIRAS DO GENERAL
No dia 6 de julho 2012, presenciei atónito o discurso do General António Injai na Plenária da ANP aquando da reunião com os Antigos Combatentes da Liberdade da Pátria (ACLP), surpreendentemente convocada por ele, para segundo as suas palavras, prestar « esclarecimentos sobre os motivos do golpe de estado de 12 de abril 2012 » (deve ter sido a décima versão apresentada).
Confesso-vos que, a pessoa em si e a tal reunião em nada me interessavam, mas acabei por ir, quiçá «atirado» pelo instinto do meu subconsciente, recativando-me a memoria, de sempre querer contrariar (no bom sentido), o meu falecido Pai, também ele, Antigo Combatente da Liberdade da Pátria, que estou certo, estando vivo, não punha os pés nessa reunião, nem com a baioneta às costas.
Quis assim o destino e lá fui, nada motivado, mas também nada contrariado... fui porque...fui !.
Porém, gostaria de esclarecer de que, comento este assunto porque, primeiro, sou filho de Combatente da Liberdade da Patria e como tal senti-me atingido e humilhado com as patéticas afirmações do General Antonio Injai e, segundo, porque estou seguro que, caso o meu Pai estivesse vivo, não lhe faltaria essa reação a que me proponho apresentar se me fôr permitido pelo Aly, que é : dizer a verdade, sem querer defender ninguém... apenas a verdade para combater a mentira oportunista. E, vamos aos factos,
Salão a compor-se aos poucos, as pessoas presentes entreolhavam-se desconfiados uns para os outros, como se quisessem justifica : «porque razão estou eu aqui?». Mas, como disse, como por telepatia da nossa velha «contrariedade com o meu Pai», dei comigo no hemiciclo guineense (alias, espaço interessante e mal empregado, para albergar tantos deputados de QI = 0 ao quadrado), talvez, com a missão divina de, entre os nossos reencontros ocasionais na «passarela das almas», poder contar-lhe as peripécias surrealistas dessa reunião, pois contado eu não acreditava, mas estava lá à frente do bicho..., desculpem "homem" ouvindo a vociferar incongruências atrás de asneiras..., foi de partir a tampa. Assiste e, convenci-me de que pessoas falsas na terra, pior que Judas.
Certo é que, no fim, esse sacrifício não foi em vão, pois valeu à pena no fim das contas. Por um lado, revi os camaradas de peito do meu falecido Pai, os quais pude abraçar por conta "dele" e trocar as civilidades de sempre e, mais que isso (mas, com muita magoa por não mais poder fazer), poder desejar-lhes boa saúde e coragem, porquanto a maioria deles, pena-se com o peso da idade e saúde debilitada e, por outro lado, permitiu-me ver de perto, melhor, «conhecer», lendo o caráter do General Antonio Injai. Ele falou de tudo e mais alguma coisa, mas acabou por não dizer NADA aos Antigos Combatentes que não sejam besteiras para tentar justificar o injustificável. Uma falta de respeito sem adjetivos.
Repito que, essa partida que o destino errante pregou-me, deu-me a oportunidade de conhecer de perto, uma nulidade de pessoa enquanto ser humano, vi um coisa a minha frente..., uma coisa, no pedestal da ignorância a esvair-se de ideias vazias, com um discurso hipócrita, sem princípios baseado na banal retorica da mentira (desculpem a falta de educação).
O General Antonio Injai, faltou o respeito aos Antigos Combatentes da Liberdade da Patria (ACLP) e esta a gozar com a dignidade e honra dos mesmos, sejam os vivos ou os mortos.
O General Antonio Injai, mente descaradamente, quando diz que, os ACLP recebem uns míseros 14.000 Fcfa (um pouco mais de 21 Euros). O General mente, porque na verdade, foi graças a Carlos Gomes Junior (soldado colonial segundo as suas palavras), é que os ACLP passaram a receber 30.000 Fcfa, quase 48 Euros como salario mínimo de base, pois ha ACLP que recebem de longe muito mais, dependendo dos cargos e funções que tenham desempenhado no passado e, no seu caso, caso fosse neste contexto para a reforma não receberia menos de 450 Euros (muito dinheiro para um carniceiro). Mais ainda, esses míseros dobros de CFA's agora recebidos eram pagos regularmente todos os meses pelo Governo de Carlos Gomes Junior.
O General Antonio Injai mente, quando diz que, Carlos Gomes Junior (CGJ), não respeita os ACLP. Pode-se provar que, não houve, nenhum Chefe de Governo (e houve muitos ACLP Chefes de Governo), que mais respeitou, ou defendeu os interesses dos ACLP que CGJ. Não enunciarei nomes por uma questão de respeito pelos Camaradas do meu Pai, mas sei que, CGJ, tem tomado por sua conta própria e encargo centenas de ACLP que lhe tem solicitado apoio quase diariamente, seja em bens materiais, medicamentos, evacuação médica e sanitária, pagamentos de rendas, enfim, uma infinidade de carências de um pais necessitado em tudo.
Muitos órfãos e viúvas de ACLP, indiscriminadamente da sua raça ou estrato social têm beneficiado de gestos de CGJ, pagando ele, com meios próprios bolsas de estudo internos (nas Universidades e Institutos guineenses) e, ajudar mais de uma centena de entre eles a conseguir aceder a bolsas de estudos dados por países amigos, proporcionando-lhes ir estudar para o estrangeiro, casos de China, Cuba, Venezuela, Turquia, Marrocos etc..., possibilidades que, sem o seu « cunho » e empenho pessoal, nunca conseguiriam.
O General Antonio Injai, engana e goza com os ACLP, escondendo-lhes as verdades que o comprometem. Essa atitude vergonhosa do AI, demostra que ele pessoalmente, não tem moral para falar mal de CGJ, para mais, usando a mentira e a calunia para tentar ludibriar os seus Camaradas sobre as suas verdadeiras motivações tribais do seu desastroso golpe de estado.
O General Antonio Injai, esconde muitas verdades que o comprometem seriamente, senão vejamos :
- Os filhos de AI beneficiaram até às vésperas do 12 de abril de substanciais apoios de CGJ, indo desde bolsas de estudos a apoios materiais e monetários diversos;
- Pelo menos, um dos filhos de AI a seu pedido, foi proposto com colocação garantida por CGJ num posto importante, escolhido pelo General, mas para a qual, o General desistiu a ultima, segundo ele, para «não dar que falar»;
- Consoante os pedidos formulados pelo General, muito dos seus amigos e familiares, beneficiaram igualmente de apoios e, ou influências de CGJ para acederem a algo ou beneficiarem de alguns dividendos financeiros;
- O General AI recebe mensalmente um subsidio igual a dos Ministros da Republica, valor acima de 3 milhões de Francos Cfa's (aproximadamente 4.600 Euros) ???. Muitas vezes, alegando imperativos familiares, esses montantes eram-lhes pagos antecipadamente... e na hora pelo Ministro das Finanças, José Mario Vaz;
- O General AI, vezeiro, usava sempre a situação de "instabilidade" e "movimentações suspeitas" para criar situações virtuais de "prevenção" e, assim subtrair ao erário publico, quase trimestralmente (isto é, sempre que tinha necessidade de dinheiro), dezenas de milhões de Francos CFA's (valores, entre 25 a 30 milhões de FCFA's, ou seja entre pouco mais de 38 mil euros e quase 46 mil euros). Desse dinheiro, uma ínfima parte era utilizado para criar fachadas de "prevenção" com "rondas noturnas" esporádicas e, o resto do dinheiro ia para o seu bolso direto, recebendo as outras chefias militares, naturalmente alguma parte para lhes "calar a boca";
- O General AI, esconde aos ACLP, de que, de cada vez que visita semanalmente (no minimo 2/3 vezes) o Primeiro Ministro CGJ, tem sempre uma historia penosa para lhe contar, para assim sair com alguns milhoões escondidos no bolso do seu dolmem militar. Em cada encontro, conhecendo o caracter sensivel do PM, sempre lhe contava uma historia, seja de enterro, « toca choro », fanado, mau-olhado ou outro qualquer para lhe sacar uns milhões.
Este acedia aos pedidos, não por medo dele como muitos pensam, e ele mesmo assim o pensa, mas, mais para não suscitar animosidades na sua mente complexada. Alias, fontes proximas do PM, chegaram a confidenciar de que, este em varias ocasiões desabafou, de que, o General estava a "exagerar" no mamanço, porquanto na maior das vezes, tirando os aspectos operacionais da "segurança do Estado" em que era dinheiro do Estado, o prejuizo saia do seu bolso. So no periodo de dois meses que antecederam as eleições presidênciais, por varios motivos invocados, o General AI, recebeu do erario publico e também das mãos do PM, Carlos Gomes Junior, mais de 350 milhões de FCFA's, isto é acima de 500 mil euros;
- CGJr pagou do seu proprio bolso, varios tratamentos e evacuações médicas de familiares ou prôximos de AI, entre eles, destinos como, Portugal, Cuba e Dakar..., não por obrigação ou medo, mas por uma questão de principio e respeito;
- O General AI, apesar de mentir aos ACLP de que não tem dinheiro nos bancos, comprou recentemente uma belissima casa no Senegal (Zona da VDN) onde passaram a residir os seus filhos e alguns familiares (para além dos filhos em n° de 4, essencialmente, sobrinhos, cunhados e afins da mesma tabanca) que estão por Dakar a estudar, outros ainda em França. Sabe-se que qualquer estudante, para estar relativamente à vontade em Dakar, mesmo possuindo uma casa, como é o caso, entre pagamento de estudos e alimentação AI não deve gastar menos de 100 mil Fcfa por cabeça, mais àgua e luz. O numero de pessoas que estão albergados na sua residência ultrapassam as onze pessoas, entre os vais-e-vens diarios de comer e repousar;
- O General AI, alegando a situação dos filhos no Senegal, para além do recurso ao CEMFA Senegalês, recorrentemente, solicita apoio financeiro ao CGJ para fazer a face a alegados encargos e subsistência com os seus familiares. E, este tem sempre deferido aos seus repetidos pedidos ;
Por fim, para além dessas verdades escondidas, os ACLP deviam perguntar ao General Antonio Injai, o seguinte :
Para além do conforto de lhe garantirem a sua segurança (alegava que iriam mata-lo caso aceitasse a vinda da missão Angolana a Bissau), quanto recebeu de «Ankola nunca» como «cola» (prémio) de assinatura do pedido de vinda do contigente da MISSANG para a Reforma do Sector da Defesa e Segurança;
Quanto é, e quem fica com o dinheiro dos ACLP fantasmas que constam da lista de pagamentos das FA, montante que representa quase 23% da massa global da pensão dos ACLP? Esse gap misteriosamente indetectavel, permitiria melhor no minimo o salario desses seus Camaradas, em mais de 5 mil Francos CFA's, prefazendo mais de 50 euros;
Porquê, so agora lembrar deles??
Sugeria aos ACLP, convocar agora o Generalissimo AI e pedir-lhe satisfações das suas mentiras e trafulhices. Posto estes factos e quesitos, para os quais disponho de provas irrefutaveis, gostaria eu também que, o GAI viesse a publico voluntariamente, explicar aos seus Camaradas, como ele é um 'Ancien' Combatante, versão VIP (pois a sua ponta nada produz, a não ser um autêntico Paiol).
O General tem a palavra.
ABT»
Boka iam, só sim sinhor
«Caro Aly,
Sou emigrante e estes dias estive na Guiné-Bissau, meu pais natal. Depois de Dakar, entrei pela fronteira terrestre afim de visitar familiares. Nessa viagem, assisti a esta cena que muito me tocou e que te passo a relatar.
Na semana passada, mais precisamente no dia 19 do corrente na fronteira de Pirada, entre a Guiné-Bissau e o Senegal assisti a chegada nesse posto fronteiriço de uma coluna militar proveniente do Senegal composta de um enormíssimo camião, vulgo "tir ou remorco" com três plataformas. O referido camião, posso afirmar pela constatação discreta que fiz, estava seguramente carregado de material bélico e, ao que parece, pelo que me permitiu aperceber através da cobertura de resguarda, para além de armas e munições acondicionadas em contentores militares devidamente assinaladas e, pela silhueta do material coberto estavam la igualmente dois tanques blindados de lagartas (estes se viam por baixo, pois estavam mal dissimuladas pelos toldos da cobertura) e... com canhões de longo alcance. A coluna militar vinha escoltada por duas viaturas todo-o-terreno marca toyota pick-up do exercito senegalês guarnecido de quase uma vintena de militares bem armados.
A coluna chegou, parou, sem parar os motores mantendo os a/c ligados. Alguns militares desceram das suas viaturas (decerto para relaxar as pernas) e, descontraidamente, uns fumavam, outros bebiam agua mineral «Kirene» e, outros limitavam a olhar para o nada. Nesse exercício descontraído, os militares senegaleses, não se dignaram a dirigir qualquer palavra as nossas supostas «autoridades fronteiriças nacionais», não perguntaram por "ninguém", não prestaram qualquer atenção aos nossos, em suma deram cavaco algum à ninguém. Falavam entre si em "wollof" e mantinham o profil en garde.
Aos nossos pobres militares, guardas fronteiras e guarda nacional estacionadas nesse posto fronteiriço, não mais restava que os seus olhos, para olhar e ficar calado..., bem caladinho (colonização obligé).
Porém, o engraçado em tudo isto veio depois. Quiça num assomo de zelo, alguns desses militares se atreveram a esboçar algumas perguntas e tentar aproximar-se da misteriosa carga (um deles, ao que se me deu a atender, é um tal Tiburcio da GN), foi o que viu..., foram literalmente escorraçados com um gesto autoritario de mãos que os mandavam afastar-se da coluna, gestos esses, a fazer lembrar os celebres «retourné» das tropas invasoras senegalesas aquando da guerra de 7 de junho de ma memoria para o ego dos Djambars (nos chamávamos-lhes os «Djambas»- pequenas aves frágeis e migratórias que em tempos, após as chuvas invadiam os campos e savanas guineenses).
E, foi pena de ver, os pobres militares, rabo entre as pernas « retourner » para a pachorra da vida, sem deixar de resmungar para dentro com eles mesmos : «agora e assim com a ECOMIG, é como a "coisa" da Joana, chegam e passam sem nada dizer a ninguém. Não apresentam nada, nem conhecimento de carga, nada de nada... e ninguém sabe o que trazem la dentro. Com a MISSANG era o fim do mundo, revistava-se tudo minuciosamente, desconfiavam de tudo...punham-nos numa autentica paranoia de segurança.
De tudo isto, tiro uma conclusão, a ECOMIG não tem meras intenções de contenção na Guiné-Bissau.
Estão a preparar algo de concreto e, de muito importante.
Ao nosso apatetado General koba mal, deixo-lhe um conselho : que se cuide, pois a jiboia está-lhe a fazer o seu anel.
Baciro Baldé
Emigrante»
Reformas tu, recruto eu
«Enquanto a Sociedade Civil guineense, a Comunidade Internacional, os parceiros do desenvolvimento, advogam a reforma das Forças Armadas e a consequente redução do seu pletórico efetivo e aligeirar o orçamento do estado com essa estirpe de parasitas sociais, o fogoso General, esse, esta completamente virado para outros lados.
Sem dar cavaco a ninguém, sem pedir autorização a quem quer que seja, sem perguntar com que meios sustenta-los, o General dá-se ao luxo de andar a brincar às recrutas num contexto de penuria social e financeira sem precedentes no pais. Logo de uma assentada, o General decide o recrutamento para o "seu" exercito 2.500 mancebos que estão a receber "instrução militar" no Centro de Instrução Militar de Cuméré, sendo estes sustentados pelo erário publico apesar do Estado/Governo não ter sido, nem ouvido nem achado nessa inusitada tomada de decisão unilateral do todo poderoso e omnipresente General.
Ao levar a cabo, por iniciativa própria esse recrutamento num contexto de apelo a "desmilitarização" da sociedade guineense, o General mostra a CEDEAO, o principal patrocinador do golpe e toda a CI, de que ele tem uma agenda própria na crise guineense e, essa agenda passa pela manutenção do status quo vigente, isto é, instituições corruptas, frágeis e subservientes aos seus desmandos e do seu séquito de militares e políticos golpistas.
Constata-se que, uma boa parte desses recrutas tem mais de 40 anos de idade, entre eles, diga-se de passagem, a grande maioria, são jovens brasas, filhos, sobrinhos, cunhados, tios, diretamente mobilizados nas suas longínquas tabancas e baracas de fanado, para, apos a praxe de "santa praça", passarem a sua especialidade favorita que é, a educar à lei da porrada essa gentalha da praça, "burmedjus", "os anti golpe", "os cadoguistas" e os autointitulados "anti-balantas".
Porquê essa necessidade urgente do General em recrutar em tempo de tão grave crise, quiçá das mais profundas que o nosso pais atravessou até a data ?
O General lá saberá das suas razões, porém, é nossa convicção de que, o medo que assola o General e a tomada de consciência do acentuado isolamento e encurralamento o terá levado a recorrer a essa cosmética de recrutamento alargado, para escamotear uma nítida pretensão de reforçar a sua guarda pretoriana, rodeando-se assim de novos e fieis mancebos, preferencialmente da sua etnia, seus parentes próximos e, consequentemente indefectíveis garantes da defesa da amplamente propalada causa da "etnia eternamente marginalizada" .
E sabido de que, o General se sente cada vez mais isolado, mesmo entre os seus é perceptível esse seu desassossego, a confiança não reina no seu espirito. Ele desconfia de todo o mundo, pois tem consciência de que, o seu ciclo esta a chegar ao fim, pois, ou é apanhado pelos ianques tal como o seu comparsa Bubo (hipótese que não esta longe de se realizar), ou é "posto fora do comboio" pelos seus pares golpistas (Dahaba Na Walma e Sousa Cordeiro se perfilham como Judas). Alias, as ultimas saídas mediáticas, caracterizado por ataques virulentos ao governo, o recurso a um discurso de refugio, apelando à defesa da causa balanta como elemento aglutinador para garantir a sua sobrevivência, são sintomas claros de que o desnorte e o medo se apoderou do General.
Contudo, face ao cenário de degradação e indecência humana que o General mostra estarem a viver os seus "bravos" militares, qual fénix, os eternos e, sempre renascidos "combatentes da liberdade da pátria", queremos saber, como, e com que meios ira ele enquadrar, sustentar, alimentar, alojar essa massa humana, em cujas fileiras se encontra uma boa corjada de novos potenciais marginais devidamente formatos para a anarquia e a desordem em nome do General e da sua tribo.
Júlio Nhaté
Sociólogo/Desempregado
PS: Não podia deixar de lamentar, a morte de 3 "recrutas" que, segundo informações fidedignas, foram premeditadamente urdidas e visavam um núcleo especifico de paramilitares , por sinal, até já bem formados, os quais foram levados ao Centro de Instrução como mero argumento de ajuste de contas.
Por estas e outras razões as novas autoridades democrática a emergir na Guiné-Bissau pós golpe deve pensar no recurso ao Tribunal Penal Internacional para levar a essa instância muitos crimes de suposto premeditação genocidiária que esta sendo praticada nesse pais sob regime militar.
J.N.»
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
"Fábrica de bebés" descoberta na Nigéria
Polícia da Nigéria descobre "fábrica de bebés" e liberta grávidas. A mais nova das jovens descobertas tem apenas 14 anos. Os bebés são vendidos por milhares de euros, sendo os rapazes mais caros que as raparigas, e as mães recebem apenas cerca de 150 euros. As autoridades da Nigéria asseguram ter descoberto uma clínica ilegal em Port Harcourt, no sul do país, onde estavam seis adolescentes grávidas, e cujos bebés seriam vendidos.
"Salvámos seis raparigas na semana passada, em diferentes fases da gravidez, numa maternidade ilegal de Port Harcourt", declarou à agência France um porta-voz da polícia na região, adiantando que a mais nova das raparigas tem 14 anos. As autoridades detiveram a proprietária da maternidade, que "não mostrou qualquer documento autorizando-a a dirigir a clínica".
As raparigas disseram à polícia que estavam na clínica para aí terem os filhos que depois seriam vendidos, ignorando-se se permaneciam no local à força ou voluntariamente. As forças de segurança da Nigéria têm descoberto nos últimos anos várias "fábricas de bebés" do mesmo género. Os bebés são vendidos por milhares de euros, sendo os rapazes mais caros que as raparigas, e as mães recebem apenas cerca de 150 euros. Segundo as Nações Unidas, o tráfico de seres humanos é o terceiro crime mais comum na Nigéria, depois da fraude e do tráfico de droga.
O pior ano lectivo da história da Guiné-Bissau
O Banco Mundial vai apoiar o pagamento de salários em atraso aos professores do ensino público da Guiné-Bissau, mas só a partir de janeiro, disse à agência Lusa o coordenador da Comissão Estratégica do país, Huco Monteiro. A comissão, criada em julho, elaborou uma proposta de Plano de Urgência para vários setores da Guiné-Bissau, segundo a qual são necessários cerca de cinco milhões de euros para pagar as dívidas aos docentes.
Os ordenados em atraso estão a motivar uma greve de professores com a duração de três meses e que arrancou a 28 de setembro, data em que devia ter começado o ano letivo, mas as escolas públicas continuam paralisadas. Os autores do Plano de Urgência procuraram um apoio direto ao Orçamento do Estado para pagar os salários em dívida, mas o Banco Mundial "negou essa possibilidade", explicou Huco Monteiro.
Em vez disso, o organismo internacional "vai entregar as verbas através de organizações não-governamentais e outras, com ações no terreno no interior da Guiné-Bissau, e que atuam no âmbito da educação e ensino". Será desta forma que se vai fazer chegar o dinheiro aos professores do ensino público, explicou, sendo que a modalidade e fatias a entregar estão ainda a ser definidas.
Huco Monteiro receia que, se não houver outras formas de pagar os salários em atraso, o ano letivo "possa estar comprometido". Entretanto, várias escolas e jardins-de-infância privadas da Guiné-Bissau fecharam as portas na terça-feira e voltam a estar paralisados hoje, em solidariedade para com os alunos das escolas públicas. A ação foi promovida pela Confederação Nacional das Associações Estudantis (Conaeguib), cujo dirigente, Lamine Injai, receia que este seja "o pior ano lectivo" da história da Guiné-Bissau. LUSA
CARLOS LOPES - "Enquanto não se resolver o problema dos militares, podem fazer-se todas as eleições do mundo que não servem para nada."
O conflito na Guiné-Bissau não se resolverá com "um desenvolvimento", seja a realização de eleições, seja uma qualquer detenção, exigindo a "reinvenção do modelo econômico e social", defende o economista guineense Carlos Lopes. Em declarações à Lusa, em Lisboa, onde esteve para participar numa conferência, o secretário executivo da Comissão Econômica para África das Nações Unidas afirmou que, "quando se analisa um país com as complexidades da Guiné-Bissau, não se deve pensar que um episódio, por mais significativo que seja, vai resolver" os problemas. Carlos Lopes referia-se à detenção do antigo chefe da Marinha da Guiné-Bissau Bubo Na Tchuto, no início de Abril, pelos Estados Unidos, quando se encontrava em águas internacionais, perto de Cabo Verde. Bubo Na Tchuto era procurado por alegado envolvimento no tráfico internacional de droga, sobretudo cocaína oriunda da América do Sul, e foi detido no quadro de uma operação contra o narcotráfico no Golfo da Guiné.
No âmbito do mesmo processo, os Estados Unidos acusaram o actual chefe do Estado Maior das Forças Armadas, António Indjai, por envolvimento no tráfico de droga e de armas. Questionado por alguém na assistência (o jornalista e seu conterrâneo, António Aly Silva) na conferência que proferiu na segunda-feira à noite, na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Carlos Lopes destacou que a Guiné-Bissau vive numa "globalização às avessas". O país "já está na globalização, mas pelas razões erradas, pela droga", nomeou.
"Muitas vezes se pensa que, por causa de um desenvolvimento, se encontrou a solução. Por exemplo, vamos fazer eleições e pensa-se que as eleições resolvem o problema. Isto é muito mais complexo do que fazer eleições", distinguiu Carlos Lopes. "Expressão de vontades é uma coisa muito comum na Guiné-Bissau. É preciso é expressão de factos, a concretização de algumas destas ideias, que parecem ter consenso, mas que depois acabam por não acontecer", lamentou o especialista. "É preciso uma espécie de reinvenção do modelo econômico e social da Guiné-Bissau", propõe, concretizando: "Enquanto não se resolver o problema dos militares, podem fazer-se todas as eleições do mundo que não servem para nada."
'Criativos'
Realçando com alguma ironia que a Guiné-Bissau "tem até conseguido, com uma certa criatividade, que muitos dos seus agentes políticos manipulem a comunidade internacional, e confundam a comunidade internacional", Carlos Lopes constatou: "Em 30 anos, já não sei quem é quem, há muito ziguezague, mudam de opinião constantemente." Realçando que, "na diplomacia internacional, o que conta, mais do que tudo, é a construção da confiança", o especialista recorda que a postura dos políticos guineenses conduziu ao "ponto de haver formas de tensão entre vários organismos intervenientes em ediação de conflitos que normalmente não existem".
O economista referia-se, concretamente, às divergências - que entretanto parecem ter diminuído - entre Nações Unidas, União Africana, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e CPLP na condução do processo de transição guineense após o golpe de Estado militar de 12 de Abril de 2012. "A posição comum é recente e exige maturação", alertou, sublinhando que "não há memória de uma descoordenação tão grande" entre organismos internacionais face "a um conflito de dimensão relativamente pequena". Simultaneamente, importa que os políticos guineenses não se esqueçam que "a solução tem que vir de dentro", sustentou o economista. LUSA
"A luta é a tua primavera"
"Caro Aly
É com enorme prazer e entusiasmo que muitos de nós te acompanhamos através do teu blogue. Espero que estejas óptimo (rijo como sempre). Não te queria estar a maçar com esta mensagem. Mas como constato que há pessoas que mal conseguem discernir entre crítica ao desempenho de um cargo e uma ofensa pessoal, entre exigência duma explicação para um facto de interesse público, e uma acusação, entre outros que não quero classificar aqui, entendo que mesmo não precisando é justo que te diga que o papel que desempenhas é muito importante.
Pessoalmente e na opinião de muita boa gente és:
- Corajoso – Basta conhecer-te, ou ler os teus artigos, não apenas o blogue porque eu acompanho-te desde os tempos do semanário 'O Independente', da 'Visão' e do teu próprio jornal, o 'Lusófono':
- Inteligente – Conheço-te pessoalmente e assim penso, quem pensar o contrário é livre de fazer um cartaz publicitário… Com as próprias opiniões;
- Um Grande Profissional – Basta 'ler-te', é evidente que para um semi-analfabeto, ler o Saramago ou o Tio Patinhas é capaz de ser indiferente. Por outro lado, apesar de muitos não o saberem, 'fizeste escola' numa das melhores redacções da Europa, no jornal O Independente, que foi tão forte em tempos ao ponto de mudar o poder em Portugal. Mas o que se pode esperar de gente que não lê? Para uns não valerá a pena pois ficariam na mesma, outros porém apenas porque não terão dinheiro para tais 'luxos'… Só que, não nos podemos nivelar por baixo, quem não sabe o que diz, que fique simplesmente calado.
Na Europa, uma coisa é trabalhar na função pública (Estado) outra bem diferente é entrar e (con)vencer numa instituição privada de 'top' na sua área de negócio como foi O Independente, onde os critérios são muito selectivos, as exigências constantes e permanentes, os target’s elevadíssimos - não se pode baixar a guarda sob pena de se ser ultrapassado…. Se depois de tudo isto ainda se consegue encontrar humildade e motivação para voltar para a Guiné-Bissau, o mínimo que se pode esperar é respeito e consideração, porque tu fizeste coisas importantes nomeadamente:
- Um site de referência na altura (www.jornallusofono.com), um jornal (o Lusófono), um blogue (este mesmo), que pela relevância do conteúdo, basta digitar “ditad” no Google, que aparece imediatamente na lista de “autocomplete” com 157000 resultados possíveis…
Tens um curriculum que não foi conseguido à custa duma colocação em alguma organização internacional por via do preenchimento de cotas dos países, ou da rotatividade dos mesmos nos cargos das instituições de que são membros - foi a pulso e por mérito.
- Patriota! Se cada um nós pensar no que já fez de concreto, mesmo que seja um carro de lata que tenha sido conhecido, falado, lido, citado, estudado, mencionado, tomado como referência, ou ajudado de alguma forma alguém em alguma tarefa, esclarecido o que for que seja sobre o seu país, e se depois pensarmos em quanto custou (riscos, sacrifícios, do que se teve que abdicar, etc..), talvez se comece a ter uma ideia do que tu fazes;
Quem te escreve mail’s ameaçadores, ou pejorativos, são os mesmo que nos metralham na diáspora com porcarias desprovidas de qualquer sentido e/ou interesse, com origem em Bissau, quiçá no próprio Governo, que em vez de fazer o que deve, dispersa-se, e desperdiça os parcos recursos em coisas que não são da sua competência.
Apesar da minha falta de vocação e pachorra para ensinar – já para aprender é bem diferente, talvez seja um egoísta – penso ser elementar que um ministro informe toda a sua família e Staff de que não podem abrir 'frentes de batalha' sem o seu conhecimento e consentimento, muito menos a devida validação de todo o conteúdo(arsenal) a ser usado nessa 'linha da frente'. Mas para tal as pessoas teriam que estar à altura dos respectivos cargos, e esse não é o caso para a quase totalidade dos membros do actual (des) Governo, que me desculpem a omissão os poucos(quíssimos) que constituem a excepção.
Tu sabes que és jornalista, e mesmo em condições adversas manténs-te concentrado na tua função, já o mesmo não acontece com muita gente, porque somos aquilo que fazemos com o nosso tempo, ou seja, se alguém é membro (ou tronco) de um (des) Governo, mas passa o tempo a inventar desculpa para as trapalhadas, a planear 'limpezas' ou 'contra-golpes', a desinformar, a tentar aldrabar a comunidade internacional, a responder ao ilustríssimo António Aly Silva, no clandô, no engate (fora os pedófilos) - meu caro essa pessoa pode ser muita coisa, mas um governante é que não, com toda a certeza.
Meu caro, quando perdes tempo com certos indivíduos sinto-me prejudicado pela ausência conteúdo no teu blogue, acredita que és uma referência.
Já vi textos em que alguns se gabam de ser muita coisa e por isso se sentem no direito de te agredir, mas tens o consolo de nos ter a nós que te valorizamos, e não somos poucos, se me permites usar o teu estilo, diria que pela parte que me toca, valho por alguns 100 desses, que duma forma recorrente usam a respectiva formação académica para tentar legitimar a respectiva argumentação.
Mas aqui também estamos confortáveis, porque se o assunto for formação e CV, e o meu é algo que contempla licenciatura em Informática (Eng. de Software), especialização em Sistemas de Informação, 10 anos de experiência profissional ao mais alto nível como Consultor (sempre na Europa), um “sem número” de formações técnicas, comportamentais, e de liderança, certificações técnicas e de gestão (daqueles que são corrigidos nos Estados Unidos da América, 'pati nota caten'), participação e/ou coordenação de projectos em muitas entidades de renome na praça portuguesa e não só (CTT, TMN, DGV, GALP, Ministério da Justiça de Cabo-Verde, etc), e sou dirigente associativo.
Como não me têm feito nada por favor, sinto-me seguro para te dizer que sei avaliar uma pessoa, e o respectivo desempenho, e para o António Aly Silva apenas o seguinte:
É BOM (salvo seja), E RECOMENDA-SE!
Não por ser rico, ter força, ou um harém, mas sim porque é competente, bem formado (é de família), bem-educado (fora alguns momentos de intervalo para pôr os pontos nos iiii's), e é NOBRE de espírito.
Quando deixares de perder tempo por aí, dá-nos o prazer … por cá.
Um Abraço
MC"
terça-feira, 29 de outubro de 2013
SETE SÓIS SETE LUAS: Cabo Verde - “capital” das artes e das músicas do mundo
O lançamento da XXI edição do Festival Sete Sóis Sete Luas acontece já no dia 2 de Novembro, às 11 horas, nos jardins da Presidência da República, com a presença de Jorge Carlos Fonseca, o actual Presidente Honorário do festival, tendo sucedido a José Saramago – o já perecido Prémio Nobel da Literatura.
Eleições 'Gucci', nas palavras de Ramos Horta
A Guiné-Bissau vai ter umas "eleições Gucci", ironizou hoje o representante especial da ONU José Ramos-Horta, ao revelar que os parceiros internacionais aceitaram um orçamento inflacionado para desbloquear o processo. "É um orçamento de quase 20 milhões de dólares (14,5 milhões de euros), quando se podia fazê-lo por 10-12 milhões (7-9 milhões de euros)", admitiu hoje, durante uma mesa-redonda no Instituto Real de Relações Internacionais, conhecido por Chatham House, em Londres.
O valor, disse o antigo presidente de Timor-Leste e prémio Nobel da Paz, foi acordado para pôr fim a uma discussão sobre "orçamentos altamente inflacionados" que se prolongava desde Junho. Porém, no mês passado, Ramos-Horta sentou-se à mesa com representantes de vários parceiros, nomeadamente a França e a União Europeia e propôs: "Vamos render-nos, senão não saímos daqui". O representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau usou o nome de uma marca de roupa e acessórios de luxo para ironizar sobre a questão.
"Com 20 milhões de dólares têm de ser umas eleições Gucci. Terão de comprar t-shirts da Gucci, mas genuínas e não chinesas, e relógios Gucci para todos. É por isso que custará 20 milhões de dólares", gracejou. A maioria do dinheiro está mobilizada, sendo Nigéria e Timor-Leste os dois principais, cada um com seis milhões de dólares (4,3 milhões de euros), mas referiu que algumas das promessas de apoio ainda terão de ser materializadas. Se forem reunidos todos os fundos prometido pelos países, salientou, algum do dinheiro em excesso será aplicado em situações de emergência nas áreas da saúde e educação.
José Ramos-Horta apontou Fevereiro ou Março de 2014 "o mais tardar" para a realização de eleições, em vez de 24 de Novembro, como chegou a estar definido no acordo que instituiu um primeiro-ministro e o Presidente interinos após o golpe de Estado militar de Abril de 2012. Além do impasse sobre o orçamento, lamentou a demora na escolha do sistema de voto, que o Presidente Serifo Nhamadjo pretendia inicialmente que tivesse tecnologia biométrica.
"Aparentemente, ele esteve em consultas que demoraram até agosto e só então nos foi dito que não seria o biométrico, mas aquele que a ONU aconselhou, um sistema manual avançado que é suficientemente bom, seguro e transparente", sublinhou. Ramos-Horta deu conta dos esforços junto dos políticos para acordarem na formação de um Governo inclusivo, com representantes dos principais partidos. Porém, esta solução só poderá resultar se forem eleitos "dois indivíduos extraordinários - um Presidente que deve ser conciliatório e reconciliados e construtor de pontes e é preciso um primeiro-ministro que seja um gestor excepcional de Governo e de pessoas".
O representante da ONU está também já a pensar no período pós-eleições e na necessidade de a comunidade internacional, incluindo instituições como a União Africana e o Banco Mundial, pensarem num programa de três a cinco anos "para reconstruir o Estado". O antigo dirigente timorense defendeu que deve ser definida uma estratégia para modernizar, nomeadamente, o Ministério das Finanças, o banco central, o sector das pescas, as alfândegas, a agricultura, ou a extracção de minério. "Se a comunidade internacional não tiver visão e determinação, seis meses ou um ano depois das eleições o país pode estar na bancarrota", advertiu. Inforpress/Lusa
Recrutamento trágico: 'Angolanos' foram as vítimas da brutalidade militar
Três mortos e dezenas de feridos, alguns em estado considerado crítico, foi o trágico balanço da brutalidade dos militares do centro de Instrução Militar de Cumeré contra os agentes da polícia - sobretudo a de intervenção rápida - homens formados na Academia de Polícia em Angola, em 2011 e 2012.
Estas acções brutais e criminosas dos militares aconteceram entre os dias 22 a 26 de Outubro do corrente ano, quando estes agentes foram enviados para Cumeré para efeitos de juramento de bandeira, traduzindo-se em actos de ódio e vingança contra estes policias formados em Angola vulgarmente chamados de "Angolanos".
Agora, pergunto: por que razão é que agentes formados numa das melhores academias de policias de África são submetidos a outras instruções de qualidade técnica duvidosa, culminando com perdas de vidas humanas? Aguarda-se das autoridades golpistas um esclarecimento cabal destes casos. AAS
Morre-se em Cumeré
O processo de recrutamento militar e policial que decorreu nos últimos três meses na Guiné-Bissau, ficou marcado por graves violações dos direitos humanos no Centro de Instrução Militar de Cumeré. Registaram-se três mortes e várias pessoas regressaram às suas residências com sinais visíveis do espancamento de que foram alvo por grupos de militares, tidos como seus instrutores.
Trata-se de uma iniciativa com pouca explicação legal, conforme disse à PNN a esposa de uma das vítimas, que é também agente paramilitar. «Não posso ficar calada com esta situação, vou informar o ministro do Interior. O meu marido voltou para casa em estado de coma e sofre de problemas de tensão arterial, nunca vi um recrutamento deste tipo», lamentou a agente paramilitar.
FOTO: DR
Neste processo os alvos eram pessoas recentemente formadas em Angola, que desembarcaram na noite de terça-feira, 22 de Outubro, em Cumeré, onde se juntaram a outros elementos que lá se encontravam para o juramento de bandeira. Na sequência destas acções de agressão verbal e espancamento faleceu um dos elementos da Guarda Nacional, Lino Regna Nantchongo, que desempenhava funções de Tesoureiro da Direcção-geral de Migração e Fronteiras.
FOTO: DR
«Nunca vi uma coisa assim, a minha sobrinha disse que foi violentamente espancada até por pessoas que conhece», disse uma das vítimas. Outra fonte relatou que os recém-formados são colocados no chão, para serem pisados e pontapeados pelos seus instrutores. Num total de cerca de 2.400 pessoas, entre militares e polícias da Guarda Nacional, é a primeira vez que se procede ao recrutamento conjunto entre as duas forças da autoridade, cujas missões são completamente distintas. Provenientes de Cumere, uma parte dos novos recrutas apresentou-se na manha deste Domingo, 27 de Outubro, no Estado-maior General das Forças Armadas. FONTE: PNN Portuguese News Network
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Já agora...
...o verdadeiro nome de 'Mike' Wang é YUAN HUA WANG...
O nome guineense será Fode Yuan ku Man... AAS
Postcard from New York
«Mr. Aly, parabéns!!!
Grande trabalho de jornalismo de investigação sobre esse tal de 'Mike' Wan!! Ainda bem que escavaste o suficiente até sacares esses detalhes preciosos dessa máfia. Um pormenor: o Serifo 'Nhemeadjo' não foi reconhecido pelos EUA como um chefe de Estado, o que lhe valeu a entrada no aeroporto de Nova Iorque como um passageiro normal. Sendo assim, tiveram que passar pela entrada normal onde TODOS eles tiraram os respectivos sapatos e foram sujeitos à revista a que todos os passageiros são submetidos.
F.S.B.»
A verdade é que o mundo está cheio de anedotas...
- Um homem ia a passar junto à porta do Palácio Colinas do Boé (sede da Assembleia Nacional Popular), em Bissau, e ouve uma gritaria que vinha lá de dentro.
"Filho da Puta, Ladrão, Salafrário, Assassino, Traficante, Analfabeto, Mentiroso, Pedófilo, Vagabundo, Sem Vergonha, Trafulha, Preguiçoso de Merda, Vendido, Usurário, Foragido à Justiça, Oportunista, Engana Incautos, Assaltante do Povo..."
- Assustado, o homem pergunta ao segurança, parado na porta:
"O que está a acontecer aí dentro? Estão a brigar?"
"Não", responde o segurança. "Estão é a fazer a chamada para saber se falta alguém"!?
MATANÇA
A epidemia de Cólera já atingiu 379 pessoas e fez 24 mortos desde março, na Guiné-Bissau, afectando sobretudo a região de Tombali, no sul do país... AAS
Um voto é um voto é um voto
PERGUNTA: ELEIÇÕES GERAIS 2014 - Carlos Gomes Jr., deve candidatar-se ou não?
Votos apurados: 952
Sim, porque não? - 685 (71%)
Não - 181 - (19%)
Dependerá dele - 86 (9%)
Sondagem fechada
NOTA: Nhô Carlos Gomes, purpara mala pa riba terra di nhô...
Sob pressão
A Cimeira extraordinária da CEDEAO, realizada na passada sexta-feira, em Dacar, no Senegal, decidiu manter o dia 24 de Novembro como data para a realização das eleições na Guiné-Bissau e exortou as autoridades de transição a empenharam-se nos preparativos do processo eleitoral.
Segundo o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, apesar das dúvidas quanto à existência das condições para a realização das eleições, já que a menos de um mês do escrutínio e recenseamento ainda não arrancou, a CEDEAO continuou a pressionar a realização das eleições para o mais breve quanto possível.
“Há sempre dúvidas se estarão reunidas todas condições até porque ainda não se começou o processo de recenseamento eleitoral, mas mantém-se a data para continuar a pressionar as autoridades de transição e os partidos políticos para a realização o mais rapidamente quanto possível”, disse José Maria Neves.
domingo, 27 de outubro de 2013
EXCLUSIVO-INVESTIGAÇÃO DC: Terrorismo diplomático
Apresento-vos 'MIKE' WANG:
A nova face visível da máfia diplomática que está instalada nos circuitos diplomáticos do regime golpista de Bissau. Um esquema montado e comandado pelo 'presidente de transição', o seu fantoche e 'primeiro ministro de transição', pelo 'ministro dos 'negócios estrangeiros' mas, principalmente pelo 'secretario de estado das comunidades', Idelfrides Fernandes, vulgo "Didi".
Este cidadão oriental, simpático, talvez educadíssimo, tem de apelido Wang e 'Mike' é a sua graça. É chinês, porém tem mais duas nacionalidades: a canadiana (reside no Canadá) e, claro, a guineense. Como ditadura do consenso tinha anteriormente denunciado, foi o Mike o principal protagonista da presença inusitada do presidente golpista, Serifo Nhamadjo nas instâncias máximas das NU. Foi ele que pagou o sésamo da entrada do regime golpista na ultima assembleia geral das NU.
Conseguiu esse almejado protagonismo a que se propôs o regime golpista, à custa de milhões de dólares. Primeiro, corrompendo o fragilizado Representante da Guiné-Bissau nas NU e, resolvendo-lhe alguns problemas pessoais e financeiros, nomeadamente, pagando-lhes os seus atrasados salariais, algumas dívidas pessoais nos EUA, subsidiando as necessidades dos seus familiares em Bissau e, engajando-se na resolução de um problema que o filho do referido diplomata está neste momento envolvido. E como o DC tinha igualmente avançado, assumiu todas as despesas inerentes - das viagens à estadia da delegação golpista. Mais... também financiou a viagem do presidente golpista a Meca e mais uma vintena dos seus séquitos, além de ter pago um milhão de dólares em espécie diretamente ao presidente golpista.
Pergunta-se que ganhos terá (ou tem) o empenhado do Wang na causa golpista. Muita coisa, coisas até mirabolantes como poderão ler a seguir.
Mike Wang, à revelia do MNE, foi ilegalmente nomeado pelo presidente golpista, Serifo Nhamadjo, Embaixador Itinerante, Extraordinário e Plenipotenciário da Guiné-Bissau na Indonésia (quiçá o primeiro Não guineense a ser nomeado a um posto destes);
Ao Mike Wan, foi-lhe concedido o "direito de emissão" de passaportes da Guiné-Bissau, paradoxalmente, não para os cidadãos guineenses, mas sim para os cidadãos chineses que pretendem viajar para o Canadá através do sésamo guineense. Um "direito", que esconde um negócio que gera milhões de dólares, pois cada passaporte custa acima de 100 mil dólares, sem incluir o visto para o Canadá, pois nesse caso atinge mais do dobro;
Mike Wang, aluga aviões em nome e a favor do presidente de transição com o qual viaja em "avião presidencial" para vários pontos dos seus negócios. Muitas vezes esse aluguer é feito conforme o itinerário das suas conveniências pessoais e de negócios, levando sempre o aparvalhado presidente à boleia, e que sem dar conta serve de escudo para encobrir os seus sombrios negócios.
Um outro escândalo diplomático que está a abalar e abalará, para sempre, a credibilidade externa da Guiné-Bissau passa-se na embaixada do país em Dakar. Casos mirabolantes de autênticos feirantes golpistas que se dizem diplomatas estão a passar-se nessa nossa representação diplomática. Essa representação, para além de ter um embaixador mafioso e sem escrúpulos, possui igualmente um dito "Cônsul" desprovido de perfil e sem capacidades para exercício desse importante cargo. Comportamentos menos dignos desses representantes da Guiné-Bissau são muitos que seria impossível enumera-los, contudo, só para terem uma ideia mínima do que se passa nessa representação diplomática da Guiné-Bissau, vamos a alguns factos:
Há menos de quatro meses, o embaixador foi posto em contacto com um empresário espanhol interessado em investir na Guiné-Bissau. Desse contacto, nasceu o "negócio" de lhe ser facultado um passaporte diplomático pela módica quantia de 50 mil euros mais outros favores, pedidos e prebendas pelo meio. Tudo bem, até quando, não podendo o espanhol deslocar-se de novo a Dakar por imperativos de negócios e, tendo urgência por um lado, o espanhol do passaporte e, por outro lado, o embaixador do "taco", o engenhoso embaixador teve a má ideia de... pôr a sua própria impressão digital no passaporte e enviar para o amigo espanhol. Até aqui tudo bem, até à altura em que o empresário, ao viajar, foi controlado por via do passaporte diplomático e constou-se de que o passaporte estava viciado, ou seja, a impressão digital que nela constava não era do espanhol. Mas de quem era então??... Após aturadas investigações, apurou-se de que eram do...Embaixador da Guiné-Bissau no Senegal, Dr. Embaló.
Sabe-se que o assunto é do conhecimento do PRT, do MNE e do SEC, mas nada é feito porque o ilustríssimo embaixador é protegido do PRT. Quota étnica obligé, pois em vez de ser DEMITIDO e PRESO, o embaixador trapaceiro esta impávido e sereno no seu posto. Porém, o assunto é também do conhecimento do MNE do Senegal que, por entre sussurros "desconsideram" o nosso representante nas terras da Teranga.
Consta igualmente que os nossos passaportes de serviços estão a ser vendidos aos "marabouts" e a altos dignitários religiosos do Senegal entre 2 a 3 milhões de Francos cfa. Estes, na falta de passaportes diplomáticos que lhes eram distribuídos como pãezinhos quentes pelo regime deposto, recorrem aos nossos serviços consulares, com cumplicidade interna, para comprarem os nossos passaportes de serviço que lhes facilitam a obtenção de vistos no espaço Schengen. 'Compreende-se' em parte esta situação, pois a embaixada está com 12 meses de salários em atraso, os ex-diplomatas e os actuais estão a ser despejados diariamente das suas casas. Nesse espectro de carência, o Cônsul em funções tem-se manifestado pela negativa, pois mais parece um pedinte, batendo a porta de todos, não escolhendo meios para expressar os seu drama que é a "falência". Pobre diplomacia guineense...
Infelizmente, é nesta cacofonia diplomática que a Guiné-Bissau esta mergulhada: máfia, corrupção, indecência de postura e falta de dignidade.
A tudo isto, acresce o engarrafamento de representantes e cônsules em vários países, principalmente na sub-região ocidental e países do Médio Oriente, onde 2 a 3 representantes ou cônsules chegam a ter a mesma credencial, ora passada pela presidência, ora pelo PM, ora pelo MNE/SEC.
Esperemos que no fim deste regime hediondo de mafiosos uma auditoria severa e concludente seja feita ao regime, principalmente ao MNE, onde decerto muito lixo e pouca vergonha será desenterrada.
Salvem a Guiné-Bissau. AAS
Um país de loucos
Ricardo Gomes: «MEU IRMAO ALY SILVA, POSSO TE JURAR QUE EU VI UM CHINÉS AQUI NA SUIÇA QUE PASSOU NO MEU TRABALHO. ELE ESTAVA COM UM PASSAPORTE GUINEENSE. ELE NAO FALAVA PORTUGUÊS, FRANCÊS E MUITO MENOS CRIOLO, DÁ MUITA PENA E É VERGONHOSO.»
Leonildo Mando Marna: «E não tem passaporte para guineenses na Guiné-Bissau, só para estrangeiros...Que pais é esse?»
EXCLUSIVO: Finalmente, Mike - e outras histórias
Daqui a pouco, vamos conhecer o MIKE, o tal chinês providencial que esteve em Nova Iorque por alturas da 68ª assembleia geral da ONU e coisa e tal, e que pagou tudo que era despesa do grupo de mais de trinta pessoas, comandados pelo golpista Nhamadjo. Ah, e vamos TODOS conhecer a cara de mais um concidadão nosso, ainda que amarelo... AAS
Ditadura do Consenso: Mais cedo ou mais tarde, o seu blog. AAS
sábado, 26 de outubro de 2013
Carlos Gomes Jr., critica os EUA
O primeiro-ministro eleito da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, apelou hoje à comunidade internacional para que não deixe o seu país transformar-se num Estado falhado e controlado pelo narcotráfico, criticou os Estados Unidos por não lhes ajudar mais. "O que eu me pergunto é porque não nos ajudam mais, com toda a boa vontade que mostrámos", disse o governante deposto, durante uma entrevista à agência de notícias espanhola EFE, criticando directamente os Estados Unidos da América. "Faz mais de três anos que os EUA publicaram uma lista com as pessoas envolvidas nestas redes [de narcotráfico] em Bissau. Sabendo que somos um Estado frágil, por que não actuaram? Temos mais de oitenta ilhas que fazem parte do nosso território. É difícil, nas nossas condições, controlá-las", afirmou.
Para Gomes Júnior, o aumento do interesse dos narcotraficantes aconteceu no seguimento do aumento da vigilância dada a Cabo Verde, com a criação do Comando Militar Americano na África (Africom). "Em 2011 recebi do comandante da Africom [a garantia de que] íamos ter mais apoio da sua parte, estava tudo garantido. Mas no final, os EUA decidiram tirar a sua embaixada de Bissau e instalaram-se em Dacar. É por isso que eu me questiono por que não nos ajudam mais", lembrou, defendeu que, desde que chegou ao poder, em 2009, a Guiné-Bissau deu sinais de melhoria e a comunidade internacional "começou a ver o país com outros olhos".
Os rivais políticos de Gomes Júnior acusam-no de actuar a favor de Angola, uma relação muito delicada na Guiné-Bissau, mas o antigo governante mantém a intenção de apresentar-se às eleições presidenciais inicialmente marcadas para 24 de Novembro, mas que têm sofrido sucessivos adiamentos. "Se recebermos ajuda da comunidade internacional, vamos criar as condições para lutar contra o narcotráfico e os barões da droga, mas necessitamos de mais cooperação", disse.
Exilado em Lisboa após o golpe de Estado de 2012, que o afastou do cargo de primeiro-ministro, Gomes Júnior reconhece os múltiplos e graves problemas que o seu país enfrenta, e lamenta que a Guiné, um Estado "potencialmente rico", mas seja, na verdade, um dos mais pobres do mundo. O último golpe de Estado aconteceu a 12 de Abril de 2012, quando militares guineenses prenderam o primeiro-ministro eleito, Carlos Gomes Júnior, e o Presidente interino, Raimundo Pereira, na véspera de começar a segunda volta das eleições presidenciais, nas quais Carlos Gomes Júnior tivera quase 50 por cento dos votos na primeira volta. "Neste ano e meio, voltámos ao princípio e agora temos de recomeçar do zero".
EXCLUSIVO: Guiné-Bissau, passaporte para o inferno
A representação diplomática guineense na China põe anúncios nos jornais (neste caso foi numa revista) para 'vender' «o mais barato e eficiente passaporte» (presume-se que do mundo). A China, no entanto, continua sem nada dizer... Preocupada que está em delapidar as riquezas da Guiné-Bissau (pescas, madeira, areias pesadas), Pequim fecha os olhos a todos os tipos de ilegalidades cometidas dentro do seu próprio território. Quando é que se viu um país a inserir anúncios nas revistas a «vender» o seu passaporte?!!
PARA A COMUNIDADE INTERNACIONAL: MUITO CUIDADO NAS VOSSAS FRONTEIRAS!!!
As nossas representações diplomáticas, principalmente da China e de alguns países do Médio Oriente, transformaram-se em centros de negócios mafiosos, onde pontifica a venda de passaportes e de títulos de residência, E onde uma boa parte do dinheiro reverte para as contas de eminentes figuras da 'transição', nomeadamente o 'presidente de transição', O MNE, o CEMGFA, o porta-disparate da Presidência entre outros. Esses documentos são geralmente adquiridos a peso de ouro por redes mafiosas e grupos ligados ao crime organizado.
DENÚNCIAS várias do Ditadura do Consenso - ninguém mexeu uma palha...:
- ESCÂNDALO
- MACAUGATE
- HONG KONG SUSPENDE ISENÇÃO DE VISTOS
- SUSPENSÃO DE VISTOS - OS SEGREDOS
- O ESCÂNDALO CONTINUA
- FALSO COMO JUDAS
- ESQUEMAS MIL
Ainda assim, falamos de um ESTADO... AAS
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Procura-se: Bento Kangamba
A polícia federal brasileira emitiu um mandado de captura contra o General Bento dos Santos "Kangamba" por alegado envolvimento numa rede internacional de prostituição e tráfico de mulheres.O conceituado jornal brasileiro Estado de São Paulo diz que o ministério da justiça deu acordo ao mandado de captura e Kangamba será preso caso desembarque no Brasil. O nome de Kangamba foi também incluído numa lista da Interpol de pessoas a prender.
Um outro mandado de captura foi também emitido contra Wellington Eduardo Santos de Sousa ex- membro de uma banda musical brasileira, “Desejos”. Sousa é identificado como sendo de origem latino-americano. O desmantelamento da rede de tráfico de mulheres para prostituição em Angola surge na sequência da “Operação Garina” que se arrastou durante quase um ano. A rede estava também envolvida no envio de mulheres para Portugal, África do Sul e Áustria. Neste último caso a polícia conhece apenas o envio de uma mulher.
No total a polícia conhece o caso de 90 mulheres. Sabe-se que em alguns casos as mulheres não foram pagas aquilo que lhes havia sido prometido. O delegado da polícia Luiz Tempestino afirmou que pela lei brasileira as mulheres são tratadas como vítimas e não responderão criminalmente, ainda que algumas tenham sido levadas ao exterior pela mesma quadrilha quatro ou cinco vezes
A rede alegadamente aliciava mulheres numa zona ao sul de São Paulo mediante promessa de pagamento de 10 mil dólares para se prostituírem pelo período de uma semana para clientes de grande poder económico e político. As mulheres eram aliciadas em casas de diversão nocturna de São Paulo e da região sul do Brasil pelos membros da rede, que ofereciam a partir de 10 mil dólares para que elas se prostituíssem durante uma semana. “Modelos de capas de revistas masculinas e que participavam de programas de TV receberam até US$ 100 mil para se relacionar sexualmente com o general,” acrescentou o jornal.
A polícia brasileira disse ainda haver “fortes indícios” que algumas das mulheres foram privadas da sua liberdade e obrigadas a manter relações sexuais sem preservativos com os seus clientes. As vítimas recebiam, nesses casos, um falso tratamento de medicamentos anti-SIDA. Segundo o delegado, duas remessas de mulheres eram mandadas por mês ao exterior, cada uma delas com 4 ou 5 mulheres. As idades delas variavam entre 21 e 25 anos.
A polícia brasileira efetuou rusgas em quatro cidades, incluindo São Paulo e apreendeu 11 carros de luxo, 23 passaportes, nove cópias de passaportes, 14 pedidas de visto para Angola, moeda estrangeira e ainda drogas. Cinco pessoas envolvidas no processo foram presas, entre elas três aliciadores da rede.
“Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente da sua liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros", diz por outro lado um comunicado da Polícia brasileira, acrescentando que as vítimas recebiam, nesses casos, um falso tratamento de medicamentos anti-SIDA. Estima-se que a organização criminosa movimentou aproximadamente US$ 45 milhões com o tráfico internacional de mulheres desde 2007
UM LONGO HISTORIAL DE ESCÂNDALOS
Em Julho deste ano o general Kangamba escapou à detenção no principado de Mónaco, por ser portador de um passaporte diplomático.
A polícia pretendia deter o general depois de ter confiscado quase três milhões de Euros e prendido cinco indivíduos que transportavam o dinheiro de Portugal para França. O general encontrava-se hospedado num luxuoso hotel Metrópolitaine que fica a cerca de 50 metros do casino Monte Carlo. Os cinco indivíduos foram detidos por branqueamento de capitais, crime organizado e associação de malfeitores.
O general Kangamba negou posteriormente em Luanda qualquer envolvimento no caso e disse tratar-se de uma campanha de difamação que tem como alvo o presidente José Eduardo dos Santos. A 7 de Maio de 2012 , um tribunal de Sintra, Portugal, ordenou a penhora de bens detidos por Bento Kangamba, nesse país europeu, para a execução de uma dívida de mais de um milhão de euros ao cidadão português Manuel Lapas. Entre os bens penhorados constavam um apartamento de Bento Kangamba na freguesia de Oeiras, duas viaturas de luxo Mercedes-Benz e seis contas bancários no Millenium e Banco Espírito Santo, com um valor irrisório e total de €15.035.
No entanto, recentemente, o general adquiriu um apartamento de Luxo para o seu sogro, na zona da Expo, em Lisboa e adquiriu uma vivenda de luxo no principado de Mónaco, avaliada em vários milhões de euros. Era para o Mónaco precisamente onde ia o dinheiro confiscado pelas autoridades francês. Foram publicadas notícias de que o General Kangamba teria também recentemente adquirido uma luxuosa vivenda nos arredores de Madrid. Em Abril de 2012, o presidente José Eduardo dos Santos, na qualidade de comandante-em-chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), promoveu Bento Kangamba ao grau militar de general de três estrelas.
Isto apesar de que a 27 de Outubro de 2000, o Tribunal Supremo Militar havia condenado o então brigadeiro na reserva, a uma pena única de dois anos e oito meses de prisão maior, por cúmulo jurídico, como autor de crime de conduta indecorosa, burla por defraudação e dois crimes de falsificação de documentos. O empresário foi ainda condenado a pagar uma indemnização no valor de US $427,531 à empresa portuguesa Filapor – Comércio Internacional Lda, com sede em Portugal, que foi vítima de burla.
A 19 de Junho de 2002, Bengo Kangamba foi de novo condenado pela justiça angolana, quando o Tribunal Supremo condenou Bento Kangamba a uma pena de quatro anos de prisão maior, por crime de burla por defraudação, bem como ao pagamento de uma indemnização de US $75 mil às empresas Nutritiva e Lokali. Voz da América
ELEIÇÕES: Angola vai apoiar
O Secretário executivo da CPLP, Murade Murargy, disse que o Chefe de Estado angolano prometeu apoiar o processo de eleições na Guiné-Bissau, tão logo estejam criadas as condições, para a sua realização em 2014. Murade Murargy prestou tal informação em Luanda, à RNA, no final da audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
“Informei ao presidente o que está a acontecer e a necessidade de os países dentro da CPLP se unirem e trabalharem em conjunto, de forma a estabelecer a paz e estabilidade na Guiné-Bissau, e o Presidente me garantiu que vai dar o apoio necessário, Angola vai estar presente na conjugação de esforços, com vista a solução definitiva na Guiné-Bissau”, disse.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
EFEMÉRIDE: Aconteceu há 1 ano
COMUNICADO do Governo Legítimo da República da Guiné-Bissau
REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU
Gabinete do Primeiro-Ministro
Governo Legítimo da República da Guiné-Bissau
COMUNICADO
O Governo Legitimo da República da Guiné-Bissau, foi surpreendido com os acontecimentos ocorridos no passado dia 21 de Outubro que ceifaram vidas humanas e voltaram a colocar toda a população guineense num estado de sobressalto e profunda inquietação, pelo que, condena com toda a veemência e repúdio, este ato ignóbil e inqualificável.
Movido pela nobreza de espírito que subjaz e sempre orientou a forma de atuação do governo legitimo, não só como políticos com princípios e valores, mas também como pessoas, comunicar a todo o povo guineense e à comunidade internacional que nunca se identificou com a violência e a força como meios de resolução de qualquer diferendo, mas sim o diálogo e o bom senso.
Desde o golpe de estado de 12 de abril passado, o Governo Legitimo, imbuído de alto sentido de Estado e de responsabilidade perante o povo da Guiné-Bissau, elegeu a diplomacia ativa como instrumento das suas ações, alertando a comunidade internacional sobre a real situação interna do país, denunciando e informando nas instâncias internacionais competentes os verdadeiros propósitos dos militares golpistas e seus comparsas.
Todas as diligências, com o apoio das forças democráticas e amantes da paz, foram promovidas junto de instâncias internacionais autorizadas e competentes como as Nações Unidas, União Africana a União Europeia, a CPLP e a CEDEAO, o que proporcionou ganhos políticos e diplomáticos incomensuráveis, levando a que a comunidade internacional reforçasse o isolamento por via do não reconhecimento dos golpistas e das autoridades ilegitimamente impostas.
Foi com preocupação acrescida que se registou o sinal dado no dia 21 deste mês, através de um ato de clara demonstração do estado de desespero e desnorte em que se encontram os usurpadores do poder legitimo que, na vã tentativa de branquear, justificar ou tentar desviar as atenções sobre o caminho da bancarrota e de implosão interna a que estão conduzindo a nação, forjam “um mano military” atirando as culpas sobre terceiros (Portugal, CPLP e Carlos Gomes Jr.), cuja conduta não compadece com atuações desta natureza.
Por esta, se alerta da clara intenção de branqueamento pois, apesar da menção explícita e repetida nas declarações veiculadas pelo Governo ilegítimo, de que a «inventona» seria encabeçada pelo Capitão Pansau Intchama, omite-se de forma deliberada tratar-se de uma testemunha vital do assassinato do Presidente João Bernardo Vieira, aliás com afirmações contundentes de sua participação a mando do atual Chefe de Estado Maior das Forças Armadas.
Por tudo isto, se reitera de forma comprometida ao povo guineense e à comunidade internacional e a todas as forças amantes da paz e defensoras dos ideais da democracia e do Estado de direito democrático, a firme determinação na luta pelo restabelecimento da legalidade constitucional na Pátria de Amílcar Cabral e:
1. Condena veementemente os sequestros, perseguições e espancamentos de dirigentes e responsáveis políticos que se opõem firmemente ao golpe de estado, nomeadamente Inacuba Indjai e Silvestre Alves;
2. Condena e repudia os atos de invasão e vandalização da sede do PAIGC;
3. Solicitar às Nações Unidas a criação de uma Comissão Internacional de Inquérito sobre os acontecimentos do passado dia 21 de Outubro e a consequente responsabilização dos seus autores materiais e morais;
4. Reitera o pedido formulado ao Conselho de Segurança das Nações para urgente necessidade de constituição de um Tribunal Penal para a Guiné-Bissau;
5. Reafirma a imperiosa necessidade de uma força internacional para a Guiné-Bissau, com amplo mandato de, entre outras, estancar os desmandos e evitar mais atrocidades e mais derramamento de sangue.
Lisboa, 23 de Outubro de 2012
O Governo Legítimo da República da Guiné-Bissau
Publicada por António Aly Silva à(s) 11:49
ELEIÇÕES: CABO VERDE APOIA
O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, informou que Cabo Verde vai, no quadro da CEDEAO, apoiar tecnicamente a Guiné-Bissau na realização das eleições, cuja nova previsão é para o primeiro trimestre de 2014. «Cabo Verde vai apoiar as eleições tecnicamente. Vamos dar assistência técnica conforme as necessidades no quadro da CEDEAO. Temos a possibilidade de apoiar o processo de recenseamento e o processo eleitoral em si», garantiu.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Sociedade Civil
Carta Aberta Às Suas Majestades
Chefes dos Estados e de Governos da Comunidade Económica
dos Estados da África Ocidental á 17ª Cimeira.
DAKAR /SENEGAL
O Movimento Nacional da sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento é uma plataforma das organizações da sociedade civil de diferentes naturezas que surgiu em Novembro de 1998, logo após a guerra civil como forma de reunificar e permitir a comunhão de esforços das várias organizações em busca de soluções que permitam o País sair da difícil situação em que se encontrava mergulhado.
Atendendo as difíceis situações em que o país passou, a organização tem servido de elo de ligação entre as diferentes franjas da sociedade, nomeadamente, a classe castrense, os órgãos de soberania, os partidos políticos e a maioria da população.
O acontecimento de 12 de Abril de 2012, que culminou com um golpe de estado, mexeu profundamente com as relações que vinham sendo estabelecidas entre o país e os seus parceiros de desenvolvimento, e como consequência o país conheceu uma inédita situação de abandono.
Perante este facto, alguns parceiros entenderam que era necessário agir de forma a evitar que a situação se tornasse fora do controlo, nesta linha é que a CEDEAO, como instituição mais próxima, assumiu e interveio no processo para ajudar a normalização constitucional do Pais.
A intervenção da CEDEAO foi reconhecida por outras organizações internacionais, como as Nações Unidas, União Africana e a CPLP, o que fez acrescer a responsabilidade desta instituição em relação a Guiné-Bissau. É assim que esta organização dispõe de uma força militar e policial, designada ECOMIB capaz de ajudar a manutenção de segurança para a população, muito abalada com as instabilidades cíclicas vividas.
Apesar da grande importância da presença da CEDEAO no país, a sua intervenção no processo de transição foi apenas de apoio as autoridades nacionais, tendo deixado de lado a população, ou melhor a sociedade civil, tendo em conta a não existência de um mecanismo de acompanhamento fora dos circuitos formais.
Sendo a Guiné-Bissau isolada por vários países e organizações parceiras e que se traduziram nas seguintes situações:
Ausência das Instituições de estado a funcionar e garantir os serviços básicos a população nomeadamente a energia eléctrica, água potável, entre outras;
Falta de pagamento de salários atempados aos funcionários públicos o que se traduziu em ondas generalizadas de greves, sendo a mais lamentável a paralisação total do sector educativo, estando em vista igualmente as ameaças do sector da saúde;
Uma campanha agrícola muito deficiente, votando a insegurança alimentar, a má comercialização do produto estratégico a castanha de caju;
Graves violações dos direitos humanos, manifestas nos espancamentos e detenções de pessoas sem que os órgãos de estado consigam dar respostas;
Desmandos nas forças de defesa e segurança e na administração pública, com desobediência de várias naturezas; e a
Corrupção generalizada no aparelho de estado, sem perspectivas de responsabilização.
Todas essas preocupações são favoráveis aos que usam o actual poder político, razão pela qual não tem interesse na realização imediata das eleições e consequentemente no retorno a normalidade constitucional. Assim, o Movimento Nacional da Sociedade Civil alerta as Suas Majestades Chefes dos Estados e de Governos da CEDEAO sobre as eventuais situações de descalabro total indesejável que poderá ainda agudizar o processo de transição.
Como sair da situação?
O Movimento nacional da Sociedade Civil da Republica da Guiné-Bissau, entende que a saída para esta situação implica dotar o país de autoridades legítimas, de acordo com as normas e princípios internacionais o que passa necessariamente pela realização de eleições justas e transparentes, do qual vão sair autoridades com idoneidade de poderem negociar com dignidade com os parceiros do desenvolvimento.
Ainda, deve haver acções de restabelecimento da boa imagem do país, para isso, devem os parceiros envolver ainda mais na preparação e organização do processo de transição.
A Comunidade Internacional em geral e a CEDEAO em especial, devem participar mais na definição da agenda política da transição, envolvendo ainda mais no processo de recenseamento, de fixação da data de eleições, acompanhamento de gestão dos fundos disponibilizados e sobretudo, no seguimento de percepção da população em relação aos aspectos de segurança e dos direitos humanos no país.
O Movimento Nacional da Sociedade Civil Guineense conclui que difícil contexto em que o país se vive, só é possível com o retorno a normalidade constitucional, com o maior envolvimento da CEDEAO no monitoramento do processo de transição, através de definição de uma agenda realista, acompanhada em todos os seus processos.
Em fim, o Movimento entende que a não realização das eleições implica prorrogar o sofrimento da população do país e para isso, as eleições não devem ultrapassar o primeiro trimestre de 2014, sob pena de serem comprometidas as actividades económicas e relações com os principais parceiros da Guiné-Bissau.
Feito em Bissau, aos dias vinte e um de Outubro de dois mil e Treze.-
À Bem da Nação!
O Movimento Nacional da Sociedade Civil
_____________________
Jorge Gomes
/Presidente/
C/c: - União Africana;
- CPLP;
- UE;
- PNUD;
- UNIOGUIBIS
OPINIÃO: Moçambique - E todos perdem a razão
«Como é possível que cerca de 20 anos depois da assinatura do Acordo de Paz de Roma, entre a Frelimo e a Renamo, e depois de várias eleições gerais, ainda persista um artigo que autoriza o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, manter um grupo de homens armados para sua autodefesa?»
«Há muito que Moçambique vivia uma paz podre onde alguns reclamam e poucos aceitam perder um pouco da sua parte.
Não devo, não posso, nem quero, dizer quem tem razão. Talvez todos os que reclamam, ou nenhum.
Mas há um facto que é indesmentível. Como é possível que cerca de 20 anos depois da assinatura do Acordo de Paz de Roma, entre a Frelimo e a Renamo, e depois de várias eleições gerais, ainda persista um artigo que autoriza o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, manter um grupo de homens armados para sua autodefesa.
Num Estado Democrático e de Direito cabem às autoridades manter a defesa da integridade física (social, política e económica) de todos os povos desse Estado. É aceitável que – como existe em quase todos os Estados – que individualidades tenham uma pequena – mas mesmo muito pequena – equipa de guarda-costas, em regra não armados, e nunca um grupo de indivíduos bem armados e prontos a atacar terceiros.
Isso é o que acontece com Dhlakama, líder da Renamo. Mas a culpa não é dele; é de quem ainda aceita esta anómala situação. E o resultado está à vista.
Ontem e depois de várias situações anómalas ocorridas em zonas moçambicanas com ataques de indivíduos armados – a maioria inculpando os homens da Renamo – contra interesses económicos e contra populações moçambicanas, as FADM atacaram o reduto do líder da Renamo para onde se tinha “refugiado” há cerca de um ano em protesto contra o sistema eleitoral dominado pela Frelimo, levando à fuga daquele e de muitos dos seus apoiantes armados.
Como explicariam, depois, os porta-vozes da Renamo, em Maputo, a fuga de Dhlakama teve como resultado o descontrolo dos seus homens que ficaram sem um líder que os comande e os aconselhe. E como consequência um ataque de alguns remanescentes a um posto administrativo, hoje, sem consequências de maior.
Esta é uma situação que não interessa a ninguém e muito menos aos moçambicanos, quando estavam prestes a ir às urnas para as autárquicas e no próximo ano, para as presidenciais.
Quando a disputa política passa das palavras para as armas há um facto que se torna indesmentível: todos perdem a razão.
E é isto o que se passa agora em Moçambique. Dhlakama perdeu a razão que poderia ter – e parece que tinha face às análises políticas diversas - quando criticou a atitude governamental perante a Comissão eleitoral predominantemente frelimista – nada que seja novo no nosso continente, é habitual entre os estados onde há partidos fortemente dominantes – como o Governo de Guebuza perdeu a razão quando não soube dialogar em pé de igualdade e manteve o status quo vigente por muito tempo.
Ambos esqueceram-se que em negociações de boa-fé todos só ganham quando todos cedem uma parte da sua porção.
Com isto Moçambique vê todos perderem a razão! E com ela fica hipotecado todo o desenvolvimento social, político e económico da princesa do Índico.
Apetece dizer, tenham juízo!»
Eugénio Costa Almeida
pululu.blogspot.com
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
CPLP discute reformas da organização e eleições na Guiné-Bissau
A reforma da CPLP e as eleições na Guiné-Bissau estão a ser analisadas esta segunda-feira, 21 de Outubro de 2013, em Luanda, pelas autoridades angolanas e o secretário executivo da CPLP, Morade Murargy. O Moçambicano, Morade Muragy, disse à RNA, que durante a sua visita oficial vai, também, auscultar a sociedade civil para saber o que pensam da organização.
“As reformas que estamos a proceder na organização, também, serão abordadas. Nos encontros que vou ter com a sociedade civil, vou procurar saber o que a sociedade civil pensa, em relação a CPLP e o que se pode fazer, para melhorarmos e servir os anseios do cidadão”, informou.
Uma carta do INPS
Caro Aly, boa tarde,
Na semana passada o seu muito seguido Blog 'Ditadura do Consenso' veiculou informações como estão sendo feitas despesas avultadas no Instituto Nacional de Segurança Social. Preocupado com a necessidade de repor a verdade dos factos, se contactou o director interino sobre o assunto. O Director, à partida disse que não queria falar por duas razões. Primeira: está a fazer gestão interina aguardando a nomeação do novo DG, segundo, porque tem consciência tranquila de que, alguém que lhe fez chegar as informações tem outros propósitos, e não os da verdade.
Contudo, em resposta, o DG a.i. garantiu que, desde que chegou esta instituição, para além de salários e pensões, nunca autorizou uma despesa que atingisse 10 milhões de Fcfa. O que, segundo disse, os 30 milhões aludidos, não correspondem a verdade. O Director, por estar tranquilo, pediu ao Editor do Blog a apresentar (tal como apresentou noutras ocasiões sobre outros assuntos) algum documento da aludida despesa.
Outra questão que o DG a.i. qualificou de falsa, tem a ver com o nome da ONG. "ONG Especial". Para além de não conhecer, disse que queria apenas saber a área de actuação.
Porém, a bem da verdade, os responsáveis do INSS ficavam satisfeitos, se estes esclarecimentos forem tomados em conta.
INSS
Bissau
PS.: Ditadura do Consenso agradece o vosso email. É claro que eu não reconheço o regime golpista, ditatorial e que apenas serve para delapidar a coisa pública da Guiné-Bissau. Outra coisa: o email não vem com nenhuma assinatura, o que é de lamentar. Como é de lamentar o facto de o 'diretor' se ter fechado em copas. Mas como o Estado da Guiné-Bissau se encontra escancarado, deixo passar... Mesmo assim, quero esclarecer o seguinte: A pessoa que fez a denúncia está mesmo nas entranhas do INPS, mas não há documentação - ou, a haver, seria necessário fotocopiar muitos documentos, pois sabemos todos como funciona a 'máquina'... Quanto à referência «ONG Especial», não se refere propriamente ao nome da ONG, foi mais um trocadilho, uma expressão. Agradecia que quando terminasse a audição interna, o 'director' possa ao menos responder...abraços do,
António Aly Silva
PUSD - Mensagem da presidente
«Caros Compatriotas, Familiares e Amigos e Amigos da Guiné-Bissau,
É com satisfação, muita fé e esperança no futuro da Guiné-Bissau, que venho informar que fui eleita Presidente do Partido Unido Social Democrata, no II Congresso Ordinário Partido, realizado sábado passado em Bissau, no qual a minha Lista foi eleita com 264 votos, nos 274 delegados votantes.
Permitam que, com o mesmo agrado, partilhe convosco os principais desafios do PUSD a curto e médio prazo e constantes da “MOÇÃO ESTRATÉGICA DO PUSD (2014-2018)”, como sejam:
1. A restruturação/reorganização do partido: para que o PUSD retome o lugar de FORÇA POLÍTICA DE REFERÊNCIA NACIONAL (no mínimo de 3.ª força partidária, conforme já era em 2004/2008);
2. A OBTENÇÃO DE RESULTADOS POSITIVOS NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES. Defendendo o partido: 1) a realização das mesmas o mais breve possível, para a retoma da legalidade constitucional e a devolução do poder soberano ao povo; 2) A ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES PELA ONU, conforme argumentos explanados na "Moção Estratégica" do partido.
3. A contribuição do PUSD, com o seu Projeto de Sociedade, nas mudanças urgentes que se impõem ao País e à Nação Guineense, sobretudo a imperatividade de REFUNDAÇÃO DO ESTADO, que deverá passar por (1) um PACTO DE REGIME; (2) uma ASSEMBLEIA CONSTITUINTE (uma NOVA CONSTITUIÇÃO, um NOVO SISTEMA DE GOVERNO e a RECONFIGURAÇÃO DA ASSEMBLEIA NACIONAL); (3) o relançamento do ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO – a modernização do Estado, a materialização dum ESTADO SOCIAL (Educação, saúde e Segurança Social) e a reconversão da classe politica e dirigente (transição geracional); e (4) um PLANO DE EMETGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÓMICO.
As lutas são imensas, notadamente no campo político-partidário e no da mentalidade. Não obstante, estou certa de que, com o Vosso habitual apoio e encorajamento, conjuntamente com a equipa de patriotas que chefiarei, estaremos mais próximos dos desígnios nacionais: estabilidade e desenvolvimento.
Apresento a todos o meu profundo agradecimento pela confiança que sempre manifestaram na minha pessoa.
Os meus melhores cumprimentos e muita estima e consideração.
Carmelita Pires
Presidente do PUSD»
domingo, 20 de outubro de 2013
Andamos a comer telemóveis ou quê?!
O número de cartões para telemóveis ativos na Guiné Bissau mais do que triplicou em cinco anos, passando de 332 mil em 2007 para 1,1 milhões no final do ano passado, de acordo com a consultora Telegeography. Em junho deste ano, havia 1,3 milhões de cartões ativos, o que representa uma taxa de penetração de 73,6%, sendo o mercado liderado pela sul-africana MTN, com mais de metade da quota de mercado das três operadoras existentes no país.
"A Guiné-Bissau, consideravelmente mais pequena que as antigas colónias portuguesas Angola e Moçambique, também tem um ambiente económico menos favorável à captação de investidores", diz à Lusa o analista sénior da consultora britânica TeleGeography, especializada no negócio das telecomunicações à escala mundial, Tom Shepherd. Os problemas sociais, no entanto, "não afastam por completo os investidores, já que em praticamente todos os países do mundo há uma procura de comunicações móveis que alguém tem de oferecer", acrescenta Shepherd. O mercado da Guiné-Bissau é dominado pela sul-africana MTN, com mais 727 mil assinaturas, seguido da Orange Bissau, operada por senegaleses.
A Portugal Telecom, depois de muito tempo a negociar com o Governo, saiu do país, ficando o Executivo com o controlo da Companhia de Telecomunicações da Guiné-Bissau e com a sua subsidiária para o setor móvel, a Guinetel, sendo que o objetivo é vender as duas na esperança de que um investidor internacional possa fazer avançar este setor. "Ao contrário de Angola e Moçambique, não existe tecnologia 3G na Guiné-Bissau; a MTN oferece acesso à internet via GPRS, mas a grande inovação foi introduzida pela Orange Bissau, que apresentou serviços EDGE mais rápidos, bem como a possibilidade de fazer chamadas telefónicas através de wi-fi recorrendo ao VoIP (Voice over Internet Protocol)", explica o analista. Lusa