sexta-feira, 18 de março de 2016
CRISE POLÍTICA: União Africana encontrou-se com José Mário Vaz
A Missão do Conselho de Paz e Segurança da União Africana, que chegou esta semana a Bissau no intuito de auscultar os actores políticos do país com vista a ajudar a encontrar uma saída de crise, avistou-se hoje com o Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, depois de ter mantido igualmente um encontro com o primeiro-ministro guineense, Carlos Correia.
A União Africana em missão de auscultação na Guiné-Bissau tenta aproximar as partes desavindas na crise política que se instalou no país desde Agosto.
A crise que se agudizou com o desentendimento no parlamento envolve o PAIGC, partido no poder, os seus quinze deputados expulsos por alegada indisciplina partidária, e o PRS, a primeira força política na oposição. Perante o impasse interno, a esperança parece estar agora na mediação externa. A Missão do Conselho de Paz e Segurança da União Africana surge como elemento que pode ajudar a resolver a crise política.
O Governo espera que a Missão do Conselho de Paz e Segurança da União Africana irá transmitir a real situação do país que vive num impasse político, na sequência de perda de mandatos dos quinze deputados na ANP. Malal Sané, porta-voz do governo disse à saída do encontro entre o Chefe do Governo e a Missão da UA que é preciso paciência para que os tribunais possam decidir.
Malam Sané manifestou a satisfação do governo pela solidariedade neste período difícil, que segundo ele, terá uma solução dos próprios guineenses. A Missão do Conselho de Paz e Segurança da União Africana em contactos no país já se encontrou com o Presidente da República, José Mário Vaz, onde à saída não prestou declarações à imprensa.
Na sequência destas reuniões, a Missão também manteve encontros com os Partidos Políticos, Sociedade Civil e os Representantes residentes da Comunidade internacional. O resultado das auscultações será conhecido amanhã em conferência de imprensa da Missão, constituída por quinze elementos. RFI
DSP: "PAIGC está disposto a facilitar possíveis compromissos"
O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, disse à saída da reunião que o partido manteve com a missão do Conselho de Segurança e Paz da União Africana, que o partido que dirige está disposto a facilitar "possíveis compromissos, para a saída da crise. É vergonhoso quando se percebe que estas missões (estrangeiras) vêm pedir o cumprimento das leis existentes no nosso próprio país. Por isso, digo que a solução deste problema deve ser encontrada pelos próprios guineenses."
DSP disse ter saído da reunião com "a sensação de ter contribuído para uma saída da crise, porque o PAIGC é um partido responsável Esta responsabilidade traduz-se na existência de leis normativas, aos quais se deve cingir." AAS
MNE português reúne-se com Ban Ki-moon com Guiné-Bissau na agenda oficial
O chefe da diplomacia portuguesa parte domingo para Nova Iorque onde, entre outros eventos, terá uma reunião com o secretário-geral cessante da ONU, em que o tema da candidatura de António Guterres não consta da agenda oficial.
Numa nota, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português indica que Augusto Santos Silva estará em Nova Iorque de domingo a terça-feira e que, no encontro com Ban Ki-moon, às 15h30 de segunda-feira (hora local), serão discutidos "temas da agenda multilateral de particular relevância para Portugal". Entre eles, lê-se no documento, estão a situação na Guiné-Bissau, a política dos oceanos, a questão das migrações e a participação de Portugal na operação de manutenção de paz das Nações Unidas no Mali.
Ban Ki-moon, 71 anos, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, termina no final deste ano o seu mandato como secretário-geral das Nações Unidas, iniciado a 13 de Outubro de 2006. O antigo primeiro-ministro português António Guterres, ex-alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 66 anos, tem em curso uma campanha destinada a substituir Ban Ki-moon como secretário-geral da ONU, estando actualmente em Luanda, onde foi recebido quinta-feira pelo presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
Também quinta-feira, mas em Lisboa, no final dos trabalhos da 14.ª reunião extraordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti, defendeu o apoio dos nove Estados-membros da organização lusófona à candidatura de Guterres. Na ocasião, Chikoti disse também aos jornalistas ter convidado Santos Silva a intervir, segunda-feira, num debate aberto sobre prevenção e resolução de conflitos na região dos Grandes Lagos, cuja comissão é presida por Angola, numa sessão que decorrerá no Conselho de Segurança da ONU, órgão a que Luanda também preside este mês.
Segundo o comunicado do MNE português, à margem do debate, Santos Silva terá encontros bilaterais com o Comissário de Paz e Segurança da União Africana (UA), o diplomata argelino Smail Chergui, e com outros homólogos que intervirão no debate sobre a questão, que não especifica. Ainda nas Nações Unidas, Santos Silva será entrevistado pela Rádio ONU, numa emissão em língua portuguesa.
Antes disso, no domingo à noite, logo à chegada a Nova Iorque, o chefe da diplomacia portuguesa participa num jantar com representantes de vários sectores empresariais, culturais e da sociedade civil da comunidade lusa, promovido pelo Consultado Geral de Portugal naquela cidade norte-americana e que decorrerá na Society of Illustrators. Terça-feira, e horas antes de partir de regresso a Portugal, Santos Silva tem prevista uma visita ao Consulado Geral de Portugal em Nova Iorque. Lusa
Terra Ranka
Lançamento da primeira pedra para a reconstrução da placa de estacionamento do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, presidido pelo Primeiro-Ministro, Carlos Correia, na presença do SETC, João Bernardo vieira.
CPLP com liderança dividida
Após uma reunião em Lisboa dos chefes da diplomacia dos países lusófonos, a CPLP acordou ter um secretário-executivo partilhado entre dois países: nos primeiros dois anos o cargo será de São Tomé e Príncipe, nos dois anos seguintes essa liderança passa para Portugal.
A CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa acordou esta quinta-feira em Lisboa que a próxima liderança da entidade será repartida entre São Tomé e Príncipe e Portugal, ficando cada um dos países com dois anos de mandato do secretário-executivo.
O Brasil, que organiza a próxima cimeira da CPLP, em julho deste ano, terá a presidência do organismo durante dois anos, mas o secretário-executivo, que normalmente é eleito para períodos de quatro anos, será apontado primeiro por São Tomé e depois por Portugal.
A solução encontrada esta quinta-feira em Lisboa visa garantir que continue a haver uma presença relevante dos países africanos na liderança da CPLP, o que não aconteceria se Portugal tomasse o secretário-executivo pelos próximos quatro anos, enquanto nos próximos dois anos o presidente será brasileiro.
Este entendimento foi concertado principalmente entre Portugal e Angola, durante uma reunião da CPLP da qual saíram várias conclusões. No encontro em Lisboa foi aprovado o "Relatório sobre a nova visão da CPLP", e decidiu-se estender até 31 de julho o mandato do representante especial da CPLP em Bissau.
Além disso, a reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP encorajou as autoridades da Guiné-Bissau a "procurarem soluções políticas duradouras, que garantam a estabilidade política e permitam que a comunidade internacional possa manter o seu apoio, no quadro dos compromissos assumidos na conferência de parceiros para o desenvolvimento, que teve lugar em Bruxelas, em março de 2015".
Adicionalmente, em Lisboa foi reafirmada a "importância do trabalho desenvolvido pelo representante especial da CPLP para a Guiné-Bissau, tanto para o acompanhamento da evolução da situação política, como para a concertação e interação com o Governo e os parceiros regionais e internacionais, designadamente a Organização das Nações Unidas, a CEDEAO, a União Africana e a União Europeia".
OPINIÃO: Traidor da Pátria
A propósito de José Mario Vaz: É importante que não se esqueça o seguinte:
José Mario Vaz nunca desejou o sucesso da Mesa Redonda preparada pelo governo de Domingos Simões Pereira. Antes da sua realização, ele nunca se pronunciou públicamente pelo seu sucesso, aliàs bem pelo contrário, tentou sabotear o seu eventual sucesso a cada vez que se pronunciava públicamente, criticando a “má divida” (na sua linguagem de economista de meia tigela) que o governo de DSP se preparava a contrair.
Não sabe José Mario Vaz, que jà foi Ministro das Finanças, que em matéria de dividas contraídas seja de maneira bilateral ou multilateral, que uma parte importante e provavelmente a maioria destas dívidas assim contraídas por um país como a Guiné-Bissau, numa circunstancia tão histórica e exceptional como a desta Mesa Redonda, podem ser sujeitas a perdão parcial ou total se o desempenho do governo na execução dos projectos for exemplarmente positivo?
Mas obviamente que para o traidor da pátria e do povo que o elegeu estas considerações não contam para nada. Aliás ficou claro que José Mario Vaz se deslocou até Bruxellas para assister à Mesa Redonda, só porque o Presidente do Senegal, o senhor Macky Sall decidiu marcar pessoalmente a sua presença neste acontecimento importante para a Guiné-Bissau, movido pelo sincero desejo de advogar pelo nosso país.
O
traidor José Mario Vaz não tinha então outra saída que de fingir participar na Mesa Redonda, fingir interessar-se pelo bem do seu país, enquanto que na verdade isso nunca foi o seu propósito. Aliàs ele recusou uma oferta do Presidente do Senegal para regressarem juntos e sem dúvida aprofundarem a discussão sobre o sucesso e as perspectivas futuras da Mesa Redonda.
Para um Chefe de Estado digno deste título, quero dizer que seja um verdadeiro homem de estado, e que se preocupa realmente com o desenvolvimento e o bem estar do seu país, José Mario Vaz devia, em acto de reconhecimento e de gratidão, aceitar a oferta do Presidente Macky Sall de viajarem juntos de volta, sendo o Presidente Macky Sall o único Chefe de Estado estrangeiro que se dignou marcar a sua presença pessoal nesse importante evento para a Guiné-Bissau.
Aliás é a mesma ingratidão e o mesmo desprezo que ele manifesta hoje para com o P.A.I.G.C. , que o escolheu como seu candidato apesar de ter sido encarcerrado por roubo, libertado sob condição e estar à espera do julgamento.
Cidadão Atento
Denunciar a tirania, manter nossa liberdade!!!
Carmen Pereira, convocada por beneficiar de um encargo com a saúde? Uma combatente da liberdade da Pátria, uma ex-Presidente da ANP, uma ex-Presidente da República interina, uma ex-companheira de luta de Amílcar Cabral?
O que se espera mais para ver e confirmar que este grupo de delinquentes e malfeitores, liderados pelo JOMAV e agora capitaneados pelo Sedja querem a viva força arrastar o país para o abismo? Um finge jogar ao perdão e reconciliação, enquanto o outro executa a ordem da intriga, perseguição e terrorismo do Estado.
Basta!
Amanhã, temos de ir todos à Procuradoria acompanhar a Tia Carmem e dizer basta a este Procurador da treta. Amanhã tem de começar a destituição do JOMAV. Amanhã temos de mostrar ao mundo que sentimos porque filhos de boa gente. Amanhã, desde à primeira hora, concentração na Procuradoria para defender a nossa liberdade!!!
MOVIMENTO PARA A DEMOCRACIA (MPD) / GUINÉ-BISSAU
Bissau, 17 de Marco de 2016
Cabo Verde vai a votos no dia 20 de Marco, p.f., para eleger os seus 72 representantes a Assembleia Nacional. Os eleitores cabo-verdianos residentes na Guine-Bissau também votarão nesse dia.
Assim sendo, o Movimento para a Democracia na Guine-Bissau pretende encerrar a sua campanha eleitoral na SEXTA-FEIRA, 18 de Marco, com uma marcha pelas artérias de Bissau, devendo a concentração se efectuar na sua sede, sita em Cupelum de Baixo, a frente da DISCOTECA STOP, pelas 17:00 horas, seguida de um comício publico no largo dos Bombeiros.
Tendo em conta a importância deste evento, convidamos a todos os cabo-verdianos e descendentes, a estarem presentes nesse acto.
quinta-feira, 17 de março de 2016
CRISE POLÍTICA: CPLP alerta para possibilidade de fadiga dos doadores internacionais quanto à Guiné-Bissau
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) encorajou as autoridades da Guiné-Bissau a "procurarem soluções políticas duradouras que garantam a estabilidade política" e a continuidade do apoio internacional, alertando para a "possibilidade de fadiga" dos doadores.
A posição consta do comunicado final da XIV reunião extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP, que hoje decorreu na sede da organização, em Lisboa, e que decidiu também estender o mandato do representante especial da comunidade [o cabo-verdiano António Alves Lopes] em Bissau, até 31 de julho de 2016.
"[O Conselho de Ministros] encorajou, assim, as autoridades da Guiné-Bissau - Presidente da República, Assembleia Nacional Popular, Governo, e principais partidos políticos - a procurarem soluções políticas duradouras, que garantam a estabilidade política e permitam que a comunidade internacional possa manter o seu apoio, no quadro dos compromissos assumidos na conferência de parceiros para o desenvolvimento, que teve lugar em Bruxelas, em março de 2015", lê-se no comunicado. Lusa
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