domingo, 21 de dezembro de 2014

SIDA de camuflado


Uma prevalência de Sida superior à média nacional nas forças de segurança e defesa da Guiné-Bissau levou o Secretariado Nacional de Luta Contra a Sida (SNLS) a reforçar as ações de prevenção e tratamento, anunciou o organismo.

Novos protocolos com os ministérios da Defesa e da Administração Interna para "reforçar a distribuição de preservativos e informação" e "aumentar o número de pessoas em tratamento anti-retroviral (ARV)" vão vigorar em 2015, disse à Lusa, Anaximandro Zylene, secretário nacional do SNLS.

Está também prevista a prestação de apoio psicossocial. Segundo dados divulgados pelas autoridades de saúde, a prevalência de Sida ronda os 3,3% na Guiné-Bissau, chegando a 5,3% na faixa etária entre 15 e 49 anos, e supera nove por cento entre elementos das forças de segurança e defesa. Lusa

A primeira vez de Flora Gomes


O cineasta Flora Gomes, o mais conhecido da Guiné-Bissau, foi homenageado na última noite em Bissau numa gala organizada por jovens do movimento Ação Cidadã que o realizador diz ser "uma nova luz" para o futuro do país.
A homenagem ao realizador, único guineense com cinco longas-metragens no palmarés, juntou amigos, familiares, veteranos da luta armada pela independência do país, políticos, académicos e colegas da profissão.

Todos deixaram palavras de elogio a Flora Gomes, que, segundo Paulo Gomes, antigo candidato à presidência da Guiné-Bissau se trata "de um monstro sagrado da cultura e arte" guineense que merece "o carinho e admiração de todos. Lusa

Labur i Balur (tio Ntony ku fala, i ka ami dé)


RELVAS VINGA NA LUSOFONIA: De "engenheiro" a "doutor"


É fadjal di padja
É bistil di kansaré
É kalçal darnakó
Ala fidju di djintu na karmuça pa naçon

Fernando Vaz, ex-porta disparate dos golpistas, afinal tem dois cursos (bom, segundo o próprio). É que segundo a página da Secretaria de Estado dos Transportes e Comunicações, em 2000, quando foi secretário de Estado, Nando Vaz era um distinto ENGENHEIRO:



Depois do golpe de Estado de 2012, já era era doutor em todo o lado - bom, menos no Ditadura do Consenso. Fernando Vaz é uma espécie de Relvas...Vai estudar, Vaz! Da actual secretaria de Estado, espera-se que rectifique o tiro...AAS

NOTÍCIA DC/NOVO MAI: O próximo ministro da Administração Interna sairá da fornalha que aí vem com a remodelação governamental de janeiro de 2015. Até lá, Domenico Sanca assume interinamente o cargo. AAS

sábado, 20 de dezembro de 2014

Queixas em dia de festa


Emigrantes da Guiné-Bissau, que se encontram de férias no país, queixaram-se hoje ao ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mário da Rosa, de falta de apoio das autoridades quando chegam à terra natal.

O Governo realizou hoje o primeiro encontro de confraternização com emigrantes, juntando cerca de cem pessoas num clube da capital e ouvindo a realidade com que são confrontados nos países onde vivem e também as dificuldades que sentem quando chegam à Guiné-Bissau.

Falando em nome da Associação dos Emigrantes, Yotelma Jumpe disse que todos os emigrantes guineenses se deparam com "vários problemas".

Ouviram-se queixas relacionadas com os serviços de alfândegas, "que cobram taxas elevadas" pela retirada dos pertences dos emigrantes, com dificuldades para o acesso a terrenos para construção de habitações e com "uma fraca cobertura diplomática" nos países de acolhimento.

"O emigrante tem uma importância transcendente na economia do país através da sua remessa", defendeu a porta-voz dos emigrantes.

Segundo Yotelma Jumpe, há mais de 270 mil guineenses residentes no estrangeiro, para os quais "é preciso uma política coerente" que passa pela escolha "criteriosa de representantes do país" nas embaixadas que devem ser abertas em pontos de maior representatividade dos cidadãos.

A porta-voz dos emigrantes disse que a Guiné-Bissau "podia ganhar muito" se aproveitasse a "grande bagagem cultural" que os cidadãos residentes fora do país possuem. Em resposta, o ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mário da Rosa, disse compreender as queixas e prometeu "dias melhores" para aqueles que vivem e trabalham fora do país.

Mário da Rosa disse que o Governo coloca os emigrantes "num lugar-chave" na sua estratégia de relançamento da vida politica e económica da Guiné-Bissau. O governante prometeu, para "muito breve", mudanças no relacionamento e na resposta às demandas dos guineenses espalhados pelo mundo.

O diretor-geral das comunidades guineenses no estrangeiro, Luís Barros, afirmou que vai se reunir com a Direção-Geral das Alfândegas para identificar as dificuldades que os emigrantes têm tido para tirar daqueles serviços os seus pertences. lusa

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

AOS FALSOS: A Securiport é uma empresa norte-americana, especialista na segurança aeroportuária, controlo de documentação etc e que vai passar a operar no aeroporto de Bissau nessa área sensível. Com essa empresa, situações vergonhosas como aquela dos sírios jamais poderão acontecer. Qualquer passaporte falso será logo identificado, e se estiveres a ser procurado pela Interpol... então estás lixado. A Securiport opera em Dakar e em mais alguns aeroportos da África. AAS

OPERAÇÃO NATAL E FIM DE ANO: 4202 efectivos, entre elementos da Polícia de Ordem Pública, da Guarda Nacional e do Serviço Nacional de Protecção Civil, estão mobilizados para garantir a segurança durante o Natal e o fim de ano, em todo o país. AAS


ÉBOLA: Portugal financia laboratório


O Governo português anunciou hoje uma contribuição de 550 mil euros para a instalação de um laboratório móvel de despistagem do vírus Ébola na Guiné-Bissau, numa reposta a um pedido de ajuda das autoridades guineenses.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) irá contribuir com uma ajuda de 550 mil euros, destinada a financiar a instalação e o funcionamento de um laboratório móvel para o diagnóstico de infecções”, disse o chefe da diplomacia portuguesa, Rui Machete, numa conferência de imprensa no Palácio das Necessidades, em Lisboa, em conjunto com o ministro da Saúde, Paulo Macedo.

Segundo Machete, esta é uma “acção extraordinária de política externa executada em colaboração com o Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)”. O ministro Paulo Macedo referiu que o laboratório móvel deverá estar pronto a funcionar "no final de Janeiro". “Estamos nos procedimentos de concursos para a aquisição do laboratório”, referiu Macedo, indicando que o processo será rápido, pois já existe o financiamento.

Para Rui Machete, esta contribuição “tem por objetivo colmatar as dificuldades de diagnóstico da doença na Guiné-Bissau, dotando o país de um laboratório que irá permitir o acesso a informação de carácter epidemiológico, e dessa forma viabilizar uma resposta de grande importância às vertentes de prevenção e de combate a esta ameaça”.

Machete esclareceu que Portugal, através do instituto Camões, e com o apoio do INFARMED e de empresas farmacêuticas, enviou recentemente mais de 20 toneladas de medicamentos para a Guiné-Bissau e que, “de igual forma, o Camões tem mantido uma estreita colaboração com a câmara municipal de Bissau, numa campanha de higienização das ruas da capital guineense”.

“Ao capacitar a Guiné-Bissau com o laboratório móvel, diminui-se a possibilidade de má despistagem de casos, reforça-se os mecanismos de prevenção e controlo necessários para uma resposta coordenada e adequada a eventual actividade viral”, afirmou Paulo Macedo.

O ministro da Saúde agradeceu o apoio do MNE para a instalação do laboratório na Guiné-Bissau e confirmou a posição do governo português de trabalhar em conjunto com as autoridades internacionais nos esforços de combate à doença. Referiu ainda que esta contribuição soma-se a outros envios de materiais de limpeza, saúde, medicamentos e outros tipos de ajudas já fornecidas para a prevenção do Ébola na Guiné-Bissau. Jornal i

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

FORÇAS ARMADAS: Portugal disponível para formar militares guineenses


O embaixador de Portugal junto das Nações Unidas, Álvaro Mendonça e Moura admitiu que que Portugal pode dar um grande contributo à formação de novos militares porque este é um domínio em que tem uma "larga experiência."

"Há uma grande necessidade de restruturação das Forças Armadas na Guiné-Bissau que infelizmente no passado têm colocado em causa a ordem institucional estabelecida. É preciso restruturar essas forças armadas, e é preciso formar novos oficiais. E Portugal tem um larga experiência neste domínio. E estará disponível dentro das medidas de suas possibilidades para participar neste esforço de formação das futuras forças armadas da Guiné-Bissau", disse Mendonça e Moura à Rádio ONU.

Em Novembro, o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira autorizou o início de consultas com militares guineenses sobre possibilidades de reforma ou reforma antecipada de parte dos quadros actuais.

Além de Portugal, outros países como o Brasil também já demonstraram interesse na cooperação com o sector da segurança. A ministra da Defesa da Guiné-Bissau, Cadi Seidi, visita o Brasil ainda este mês para discutir o tema com as autoridades de Brasília. VOA

GOVERNAÇÃO: PDD faz apreciação dos 6 meses do executivo


EXCLUSIVO: AAS muda para papel higiênico cor de rosa




..."Entre 15 país"?? Mas quem é que escreve nesse pasquim? E porquê os aspas se o que o primeiro-ministro disse foi "A Guiné-Bissau encontra-se entre os 15 PAÍSES expostos ao desastre"? Kadera...AAS

Pasquim cor de rosa choque: PEAGET??? Jean...quê???



Jean deve estar a dar voltas no túmulo...



Kuma professor de jornalismo...foda-se, ninguém merece!!! AAS

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Um ponto


Olá Aly,

Gostei da frase e acho que serve muito bem para Guine-Bissau:

«Devemos aprender a arte de conviver de forma civilizada com as nossas diferenças». Raúl Castro, Presidente de Cuba.

Alves

Acontecimento do ano 2014: Cuba e EUA restabelecem relações diplomáticas. AAS

Encontro com emigrantes guineenses


Local: Paiã
Data: 20/12/2014

DSP desafia Cassama


Na RFI

ERUPÇÃO DO VULCÃO DO FOGO: Bispos da Guiné-Bissau solidários


Devido à erupção do vulcão, a partir de domingo 23 de novembro, na Ilha do Fogo em Cabo Verde, e à situação de emergência que se criou para milhares de pessoas que sofreram prejuízos incalculáveis em bens, casas e campos e a destruição de algumas localidades, os Bispos das Dioceses de Bissau e Bafatá na Guiné-Bissau enviaram na última quarta-feira às respectivas comunidades uma mensagem de solidariedade para com os habitantes da Ilha do Fogo.

“Centenas de famílias desalojadas”, lê-se na mensagem, “têm sido acolhidas em centros de acolhimento, organizados nas cidades vizinhas e vivem do apoio e da solidariedade dos amigos, das Igrejas e das instituições”. Em seguida, os Bispos manifestam a sua comunhão com as iniciativas e manifestações de solidariedade para com as pessoas afectadas pela catástrofe e, com os restantes Bispos da Conferência Episcopal do Senegal, Mauritânia, Cabo Verde e Guiné-Bissau, sublinham:

"Ao recebermos a noticia da erupção vulcânica na Ilha do Fogo, em Cabo Verde, manifestamos nossa proximidade na oração com as populações afectadas e em espírito de comunhão fraterna e de solidariedade pedimos a todos os nossos diocesanos, assim como a todas as pessoas de boa vontade, para que organizem colectas nas paróquias e nas comunidades eclesiais de base, de forma a ajudar os nossos irmãos e irmãs que perderam os seus bens na Ilha do Fogo”.

A mensagem propõe o quarto domingo do advento, dia 21 de dezembro, para a recolha das colectas, com possibilidade de se continuar a iniciativa por mais algum tempo, de modo que até 12 de janeiro de 2015 as colectas estejam na Caritas Guiné-Bissau e no Conselho Caritas Bafatá, e termina desejando sentimentos de solidariedade por parte de todos para com o querido povo irmão cabo-verdiano e melhores votos de um santo e feliz Natal para todos.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Guiné-Bissau corre risco acrescido de desastres naturais


O chefe do governo Domingos Simões Pereira apresentou um quadro sombrio daquilo que foi o balanço, este ano, das chuvas e do vento. A Guiné-Bissau, a par de Timor Leste, figura entre os 15 países com mais alto risco de desastres naturais, refere um estudo das Nações Unidas publicado este ano.

O facto tem deixado as autoridades guineenses em estado de alerta, apesar da evidente fraca capacidade de resposta em caso de uma grande calamidade natural, apesar de o país ter acabado de constituir um Serviço Nacional da Protecção Civil.

Cerca de uma centena de personalidades, em representação de instituições públicas, privadas e de organizações internacionais, reuniram-se hoje, 16, na Conferência Nacional sobre a Proteção Civil, um fórum que vai reflectir sobre o quadro geral, do legislativo à intervenção coordenada de todas entidades direcionadas no caso de uma catástrofe natural.

A Guiné-Bissau consta da lista dos países mais vulneráveis em termos de riscos de catástrofe e, por isso, o chefe do Governo Domingos Simões Pereira apresenoua um quadro sombrio daquilo que foi o balanço, este ano, das consequências das chuvas e do vento.

Numa altura em que o debate está acentuado, no meio dos ambientalistas, sobre a gestão da ocupação dos solos e da exploração dos recursos naturais, Simões Pereira, igualmente Presidente do Conselho Nacional da Proteção Civil, concorda com a revisão da política neste sector.

Programa de encontro com emigrantes guineenses


JORNAL LUSÓFONO: Orgulho e saudade


A partir da página 15 da revista MEDIA XXI







"Resta falar do Jornal Lusófono, um quinzenário que aborda a política, a economia, a sociedade e as actualidades dos PALOP.Praticamente não tem publicidade e vive muito da cor e das fotografias.

O seu aspecto gráfico é bastante aceitável, visto que não é um jornal com textos demasiado longos e estes são sempre acompanhados por excelentes fotografias (com boa nitidez, cor e um tamanho adequado ao texto).

«Tem pouco mais de um ano de existência e derivado ao facto de ter ainda uma equipa relativamente pequena, a cobertura dos acontecimentos é restrita, daí não abranger mais temas», justifica o seu director, António Aly Silva.

«A maioria dos artigos são feitos nos PALOP e o jornal raramente faz referência a assuntos ou acontecimentos fora deste universo geográfico». Com uma tiragem de quatro mil exemplares e preço de capa de 1 euro (uma assinatura de seis meses custa 30 euros e de doze 50 euros) entrou recentemente no segundo ano de edição.

A questão impõe-se. E quanto a outras comunidades de emigração, como a brasileira ou a asiática? Quem sabe não estará aqui uma nova oportunidade de negócio, quer para editoras, quer para anunciantes." Revista Media XXI

Guiné-Bissau em ascensão



O próximo ano arranca com sinais positivos na Guiné-Bissau, mas a História aconselha cautela: 2012 também se antevia com esperança e foi o ano do mais recente golpe de Estado, do qual o país só agora recupera. Para vencer a desconfiança da população e do resto do mundo, a Guiné-Bissau terá que consolidar a estabilidade política conquistada este ano, iniciar a reforma do setor da segurança e defesa e gerar receita interna de uma forma sustentada.

Estas são as prioridades já apontadas pelas autoridades eleitas este ano, lideradas pelo Presidente da República, José Mário Vaz, e pelo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, ambos aplaudidos pela comunidade internacional. Com maioria no parlamento, reforçada com a inclusão dos partidos da oposição no Governo, o executivo do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) depende de si próprio e da união do partido para avançar sem sobressaltos.

Neste cenário, o Governo elegeu como prioridade uma reforma que renove os militares e forças de segurança, acabando com fações tentadas a semear instabilidade e tomar o poder ciclicamente e dando garantias seguras a quem vai para a reforma.

Luis Vaz Martins: "Seria no mínimo utópico pensar que 2015 será o ano de todas as mudanças"


Luís Vaz Martins fala de 2015 a sorrir, depois de anos duros: após o golpe de Estado de 2012 na Guiné-Bissau, o presidente da Liga dos Direitos Humanos chegou a viver escondido, afastado da família e sob disfarce. "Tive experiências muito amargas, com colegas, por defendermos os direitos humanos e o Estado de direito. Custou-me ter que viver na condição de refugiado dentro do meu próprio país", contou à agência Lusa.

Fações militares e políticas, gozando de impunidade, não toleravam a denúncia de agressões físicas e outras violações dos direitos fundamentais a que nem membros do Governo de transição escaparam.

As eleições deste ano trouxeram estabilidade e esperança e 2015 "deve dar sinais muito fortes no sentido da mudança, para que realmente possamos experimentar formas de viver diferentes da anarquia e do caos que tem sido a realidade", referiu Luís Vaz Martins

Um otimismo moderado ao olhar para a História do país.

"Seria no mínimo utópico pensar que 2015 será o ano de todas as mudanças", disse, até porque a Guiné-Bissau continua a ser "imprevisível", mas perspetiva-se uma viragem decisiva, por exemplo, na organização militar.

"Estou em crer que será o ano do início das grandes reformas no setor da segurança, porque sem elas qualquer crispação no plano político terá repercussões. Porque haverá intervenção das Forças Armadas", sublinhou. Governo e parceiros internacionais têm falado de desmobilização de muitos militares, por um lado, e formação de novos efetivos, por outro, num setor que "mexe com 40% dos casos de violação dos direitos fundamentais" no território.

"Acredito que os atuais líderes irão colaborar, com o apoio da comunidade internacional, para que haja imediatamente uma reforma nesse setor, sob pena de voltarmos a adiar o país 'sine die'", realçou Luís Vaz Martins. Noutras áreas, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos disse acreditar na previsão de crescimento económico feita pelo Governo.

E no plano político, considerou expectável que "os consensos encontrados entre diferentes forças políticas se traduzam numa gestão do país mais pacífica", conduzindo a uma "reforma do Estado, no seu todo". Neste cenário, a melhoria da qualidade de vida deverá ser mensurável e sentida pela população.

"Estamos a falar de 40 anos de autodestruição de um Estado", em que o país "não conseguiu cumprir com os seus principais eixos e objetivos: criar condições de bem-estar para a população, condições de segurança e condições para que se faça justiça em nome do povo", acrescentou. Lusa

Embaixada em Lisboa oferece apoio jurídico gratuito


A Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa, devido ao elevado número de casos e solicitações que têm vindo a surgir, e ainda, dentro daquele que é o verdadeiro espírito de Natal, promove, entre os dias 15 a 20 de Dezembro, “Atendimento e Apoio Jurídico Gratuito” a todos os cidadãos guineenses e luso guineenses residentes em Portugal, concedido por advogados guineenses e portugueses, sobejamente conhecidos pela Comunidade.

No acto de lançamento da campanha realizada nas instalações da Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa, o Encarregado de Negócios, Mbala Alfredo Fernandes, na presença dos representantes das associações guineenses, advogados e outras entidades envolvidas no processo, realçou a importância da iniciativa, frisando que a instituição diplomática que dirige, “vai ao encontro das necessidades da Comunidade guineense, prestando especial atenção aos mais vulneráveis, considerando sobretudo, que a situação de crise vivida em Portugal, dificulta a acessibilidade de uma grande maioria dos seus concidadãos aos serviços públicos básicos indispensáveis para uma integração plena na sociedade de acolhimento”.

Ainda na sua alocução, o Diplomata guineense agradeceu e enalteceu o papel dos advogados “… por terem abraçado o projecto solidário e de serem novos portadores de uma cidadania pró – activa…” Esta iniciativa, acolhida com grande satisfação entre os cidadãos guineenses residentes em Portugal, contando logo no primeiro dia, com cerca de 300 requerentes, com diversas preocupações, nomeadamente, Documentação/Legalização; Processo Criminal; Divórcios; Adopção; Heranças; Despedimentos; e mais questões ligadas ao fórum judicial; deve a sua materialização ao apoio institucional do MNE - Secretaria de Estado das Comunidades da Guiné-Bissau em colaboração com Serviços Públicos de Portugal, designadamente, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, Autarquias locais, Juntas de Freguesias e as demais Associações Guineenses em Portugal.


JORNALISTAS: Menos mortos, mais sequestros


O número de jornalistas assassinados registou uma redução em 2014, mas aumentou o número de profissionais sequestrados face ao ano passado, revela um relatório publicado hoje pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Em 2014, foram assassinados 66 jornalistas, contra 71 no ano passado, mas o número de sequestrados aumentou de 87 para 119 casos. E, de acordo com o documento da RSF, há ainda 40 profissionais dos `media` que permanecem reféns em todo o mundo.

Segundo a organização, "os assassínios praticam-se com maior barbárie e os sequestros aumentam consideravelmente com o objetivo, por parte de quem os comete, de impedir que existe uma informação independente e de dissuadir os olhares indiscretos".

"Poucas vezes o assassínio de jornalistas com fins de propaganda foi perpetrado com tanta barbárie", sublinha a RSF no mesmo documento, elaborado anualmente desde 1995.

Dois terços dos assassínios foram registados em zonas de conflito: na Síria -- país que, à semelhança do ano passado, figura como o mais perigoso para os jornalistas, com 15 mortes -- nos territórios palestinianos, sobretudo em Gaza (sete mortes), no leste da Ucrânia (seis), no Iraque e na Líbia (ambos com quatro).

A RSF sinaliza menos assassínios de jornalistas em países "em paz" como a Índia e as Filipinas, mas constata, por outro lado, que as mortes de mulheres duplicaram para seis em 2014. Já o número de sequestros, ao contrário dos assassínios, disparou 37%, de acordo com a organização defensora da liberdade de imprensa, com sede em Paris.

"Os sequestros foram particularmente numerosos na zona do Médio Oriente e no norte de África. Este ano foram sequestrados 29 jornalistas na Líbia e 37 na Síria. No Iraque o número ascendeu a 20. Esta tendência explica-se sobretudo com a ofensiva do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na região", refere a RSF.

O número de jornalistas detidos em todo o mundo manteve-se em 178, com a China a encabeçar a lista (17% do total), em que também constam o Egito, Eritreia, Irão, Síria, Vietname e Arábia Saudita.

O relatório da RSF indica ainda que, em 2014, houve 139 jornalistas que tiveram que exilar-se, ou seja, o dobro face ao ano passado. Esse `ranking` é novamente liderado por países como a Líbia (43), Síria (37), Etiópia (31) e Azerbaijão (6). O número de detenções de jornalistas sofreu um aumento de 3%, atingindo 853 casos.

"Evidentemente, os interrogatórios e detenções são ataques à liberdade de expressão cuja gravidade não pode comparar-se à dos assassínios ou sequestros prolongados. Contudo, constituem obstáculos para o seu trabalho e, por vezes, intimidações violentas", anota a RSF.

A Repórteres Sem Fronteiras constata ainda uma redução em 15% das ameaças ou agressões a jornalistas para um total de 1.846 ataques, com países como a Venezuela, Turquia, Ucrânia e China a figurarem entre os menos seguros para os profissionais dos meios de comunicação social.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Mais castanha de caju


O governo da Guiné-Bissau quer que as exportações de caju declaradas subam de 150 mil para 200 mil toneladas por ano, anunciou o ministro do Comércio, que disse ainda pretender que as exportações se aproximem o mais possível da produção total do país.

“A Guiné-Bissau produz mais de 250 mil toneladas por ano, mas exporta apenas cerca de 150 mil. É preciso criar condições objectivas para que a exportação seja o mais transparente e clara possível”, defendeu Serifo Embaló, citado pela agência noticiosa Lusa.

Vários intervenientes no sector do caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau, estiveram reunidos quinta e sexta-feira, em Bissau, para uma análise sobre estratégias para rentabilizar o comércio do produto.

O encontro foi organizado pelo Ministério do Comércio e juntou agricultores, pequenos comerciantes que compram a castanha do caju ao produtor, exportadores, bancos, polícia e governo.

Segundo o ministro do Comércio guineense, Serifo Embaló, o governo quer ouvir todos os intervenientes no sector acerca das estratégias que devem ser encetadas para que, no próximo ano, o país possa exportar pelo menos 200 mil toneladas de caju.

Na última campanha de comercialização do produto (de Abril a Setembro) mais de 70 mil toneladas foram escoadas para o estrangeiro a partir de estados vizinhos, através de contrabando, disse Serifo Embaló. De acordo com dados do governo, o caju é a principal fonte de rendimento para mais de 80% da população rural guineense. (Macauhub/GW)

<<<<<< Nova sondagem DC <<<<<< VOTE agora, ou vá dedicar-se à pecuária...

DC perguntou:




Cabe agora aos dirigentes dos dois países, a concretização desta vontade da maioria. AAS

OPINIÃO: Íntimo


Ditadura do Consenso - o blog, sempre foi a cara do António Aly Silva. Independentemente dos sentimentos, que assumiram várias formas. A meu ver, foram argumentos mais fortes do que o argumento, sempre discutível, de ter ou não ter um efeito que nortearam a criação deste blog que conta com mais de 14 milhões de visitas.

Lamento algumas coisas. Sei que feri susceptibilidades, e que em alguns posts - poucos - causei dor e sofrimento em algumas pessoas. Mas também passei por momentos muito difíceis e tenho conseguido superá-los. De resto, tenho subido um escalão aly e descido outro acolá, mas, pasmem-se, tenho subido quase cinco no respeito e consideração de muito boa gente.

Mas de que serve, hoje, o lamento? De que me posso lamentar, alguma coisa de que me arrependa? Cometi erros, mas nenhum estratégico, simplesmente tácticos. As pessoas lamentam-se de muitas coisas... Como pessoa, no pouco que de mim conheço, nos meus simples costumes, nas minhas práticas diárias, nas minhas poucas coisas, sou uma pessoa bastante humana, vivendo da maneira mais espartana.

De algumas coisas que escrevi, sim - e lamentá-las-ei até à efectiva consumação dos séculos. Bastante mesmo. Como lamento não ter podido descobrir antes todas as coisas que agora conheço, com as quais, com metade do tempo, teria podido fazer mais, muito mais do que o que fiz em apenas 48 anos de vida.

Durante séculos os homens cometeram erros e, tristemente, continuam a incorrer nos mesmos erros. Acredito ainda assim, que o Homem é também capaz de conceber e criar coisas belas, de ter os mais nobre ideais, de albergar os mais generosos sentimentos e remorsos e, superando até mesmo os instintos que a natureza lhe impôs; de dar a vida pelo que sente e, sobretudo, pelo que pensa.

Escrevi já muito no blog. O livro está a chegar e, quem sabe?, um ponto final. Sempre soube que havia inconvenientes naquilo que divulgo, mas que fique claro: quando critico os poderes faço-o de forma responsável - apesar das possíveis e, inadiáveis, consequências, tudo é melhor do que a ausência de críticas. Prefiro as prisões, os espancamentos, a estar simplesmente calado, passivo. Isso nunca acontecerá, garanto-vos.

Nestes 48 anos que já levo por cá, tive o privilégio de ver realidades com as quais nem supunha quanto mais atrever a sonhá-los. Hoje, não penso em mais nada a não ser que tenho mais vida para além de mim (acabo de ultrapassar a esperança de vida na Guiné-Bissau...), oportunidades que convém agarrar.

Hoje, 10 anos depois de criar o blog, continuo a pensar que o essencial, o principal, o fundamental, o vital, a questão de vida ou morte é de facto a luta comigo mesmo.

Feliz Natal e próspero ano novo a todos. António Aly Silva

PAICV: Janira Hopffer Almada venceu a corrida e será a próxima presidente do PAICV. Felisberto Vieira e Cristina Fontes Lima também estiveram na corrida. Janira H. Almada subtituirá José Maria Neves, actual primeiro-ministro de Cabo Verde. É a segunda vez que uma mulher dirige um partido político em Cabo Verde. AAS