terça-feira, 16 de dezembro de 2014

JORNAL LUSÓFONO: Orgulho e saudade


A partir da página 15 da revista MEDIA XXI







"Resta falar do Jornal Lusófono, um quinzenário que aborda a política, a economia, a sociedade e as actualidades dos PALOP.Praticamente não tem publicidade e vive muito da cor e das fotografias.

O seu aspecto gráfico é bastante aceitável, visto que não é um jornal com textos demasiado longos e estes são sempre acompanhados por excelentes fotografias (com boa nitidez, cor e um tamanho adequado ao texto).

«Tem pouco mais de um ano de existência e derivado ao facto de ter ainda uma equipa relativamente pequena, a cobertura dos acontecimentos é restrita, daí não abranger mais temas», justifica o seu director, António Aly Silva.

«A maioria dos artigos são feitos nos PALOP e o jornal raramente faz referência a assuntos ou acontecimentos fora deste universo geográfico». Com uma tiragem de quatro mil exemplares e preço de capa de 1 euro (uma assinatura de seis meses custa 30 euros e de doze 50 euros) entrou recentemente no segundo ano de edição.

A questão impõe-se. E quanto a outras comunidades de emigração, como a brasileira ou a asiática? Quem sabe não estará aqui uma nova oportunidade de negócio, quer para editoras, quer para anunciantes." Revista Media XXI

Guiné-Bissau em ascensão



O próximo ano arranca com sinais positivos na Guiné-Bissau, mas a História aconselha cautela: 2012 também se antevia com esperança e foi o ano do mais recente golpe de Estado, do qual o país só agora recupera. Para vencer a desconfiança da população e do resto do mundo, a Guiné-Bissau terá que consolidar a estabilidade política conquistada este ano, iniciar a reforma do setor da segurança e defesa e gerar receita interna de uma forma sustentada.

Estas são as prioridades já apontadas pelas autoridades eleitas este ano, lideradas pelo Presidente da República, José Mário Vaz, e pelo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, ambos aplaudidos pela comunidade internacional. Com maioria no parlamento, reforçada com a inclusão dos partidos da oposição no Governo, o executivo do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) depende de si próprio e da união do partido para avançar sem sobressaltos.

Neste cenário, o Governo elegeu como prioridade uma reforma que renove os militares e forças de segurança, acabando com fações tentadas a semear instabilidade e tomar o poder ciclicamente e dando garantias seguras a quem vai para a reforma.

Luis Vaz Martins: "Seria no mínimo utópico pensar que 2015 será o ano de todas as mudanças"


Luís Vaz Martins fala de 2015 a sorrir, depois de anos duros: após o golpe de Estado de 2012 na Guiné-Bissau, o presidente da Liga dos Direitos Humanos chegou a viver escondido, afastado da família e sob disfarce. "Tive experiências muito amargas, com colegas, por defendermos os direitos humanos e o Estado de direito. Custou-me ter que viver na condição de refugiado dentro do meu próprio país", contou à agência Lusa.

Fações militares e políticas, gozando de impunidade, não toleravam a denúncia de agressões físicas e outras violações dos direitos fundamentais a que nem membros do Governo de transição escaparam.

As eleições deste ano trouxeram estabilidade e esperança e 2015 "deve dar sinais muito fortes no sentido da mudança, para que realmente possamos experimentar formas de viver diferentes da anarquia e do caos que tem sido a realidade", referiu Luís Vaz Martins

Um otimismo moderado ao olhar para a História do país.

"Seria no mínimo utópico pensar que 2015 será o ano de todas as mudanças", disse, até porque a Guiné-Bissau continua a ser "imprevisível", mas perspetiva-se uma viragem decisiva, por exemplo, na organização militar.

"Estou em crer que será o ano do início das grandes reformas no setor da segurança, porque sem elas qualquer crispação no plano político terá repercussões. Porque haverá intervenção das Forças Armadas", sublinhou. Governo e parceiros internacionais têm falado de desmobilização de muitos militares, por um lado, e formação de novos efetivos, por outro, num setor que "mexe com 40% dos casos de violação dos direitos fundamentais" no território.

"Acredito que os atuais líderes irão colaborar, com o apoio da comunidade internacional, para que haja imediatamente uma reforma nesse setor, sob pena de voltarmos a adiar o país 'sine die'", realçou Luís Vaz Martins. Noutras áreas, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos disse acreditar na previsão de crescimento económico feita pelo Governo.

E no plano político, considerou expectável que "os consensos encontrados entre diferentes forças políticas se traduzam numa gestão do país mais pacífica", conduzindo a uma "reforma do Estado, no seu todo". Neste cenário, a melhoria da qualidade de vida deverá ser mensurável e sentida pela população.

"Estamos a falar de 40 anos de autodestruição de um Estado", em que o país "não conseguiu cumprir com os seus principais eixos e objetivos: criar condições de bem-estar para a população, condições de segurança e condições para que se faça justiça em nome do povo", acrescentou. Lusa

Embaixada em Lisboa oferece apoio jurídico gratuito


A Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa, devido ao elevado número de casos e solicitações que têm vindo a surgir, e ainda, dentro daquele que é o verdadeiro espírito de Natal, promove, entre os dias 15 a 20 de Dezembro, “Atendimento e Apoio Jurídico Gratuito” a todos os cidadãos guineenses e luso guineenses residentes em Portugal, concedido por advogados guineenses e portugueses, sobejamente conhecidos pela Comunidade.

No acto de lançamento da campanha realizada nas instalações da Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa, o Encarregado de Negócios, Mbala Alfredo Fernandes, na presença dos representantes das associações guineenses, advogados e outras entidades envolvidas no processo, realçou a importância da iniciativa, frisando que a instituição diplomática que dirige, “vai ao encontro das necessidades da Comunidade guineense, prestando especial atenção aos mais vulneráveis, considerando sobretudo, que a situação de crise vivida em Portugal, dificulta a acessibilidade de uma grande maioria dos seus concidadãos aos serviços públicos básicos indispensáveis para uma integração plena na sociedade de acolhimento”.

Ainda na sua alocução, o Diplomata guineense agradeceu e enalteceu o papel dos advogados “… por terem abraçado o projecto solidário e de serem novos portadores de uma cidadania pró – activa…” Esta iniciativa, acolhida com grande satisfação entre os cidadãos guineenses residentes em Portugal, contando logo no primeiro dia, com cerca de 300 requerentes, com diversas preocupações, nomeadamente, Documentação/Legalização; Processo Criminal; Divórcios; Adopção; Heranças; Despedimentos; e mais questões ligadas ao fórum judicial; deve a sua materialização ao apoio institucional do MNE - Secretaria de Estado das Comunidades da Guiné-Bissau em colaboração com Serviços Públicos de Portugal, designadamente, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, Autarquias locais, Juntas de Freguesias e as demais Associações Guineenses em Portugal.


JORNALISTAS: Menos mortos, mais sequestros


O número de jornalistas assassinados registou uma redução em 2014, mas aumentou o número de profissionais sequestrados face ao ano passado, revela um relatório publicado hoje pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Em 2014, foram assassinados 66 jornalistas, contra 71 no ano passado, mas o número de sequestrados aumentou de 87 para 119 casos. E, de acordo com o documento da RSF, há ainda 40 profissionais dos `media` que permanecem reféns em todo o mundo.

Segundo a organização, "os assassínios praticam-se com maior barbárie e os sequestros aumentam consideravelmente com o objetivo, por parte de quem os comete, de impedir que existe uma informação independente e de dissuadir os olhares indiscretos".

"Poucas vezes o assassínio de jornalistas com fins de propaganda foi perpetrado com tanta barbárie", sublinha a RSF no mesmo documento, elaborado anualmente desde 1995.

Dois terços dos assassínios foram registados em zonas de conflito: na Síria -- país que, à semelhança do ano passado, figura como o mais perigoso para os jornalistas, com 15 mortes -- nos territórios palestinianos, sobretudo em Gaza (sete mortes), no leste da Ucrânia (seis), no Iraque e na Líbia (ambos com quatro).

A RSF sinaliza menos assassínios de jornalistas em países "em paz" como a Índia e as Filipinas, mas constata, por outro lado, que as mortes de mulheres duplicaram para seis em 2014. Já o número de sequestros, ao contrário dos assassínios, disparou 37%, de acordo com a organização defensora da liberdade de imprensa, com sede em Paris.

"Os sequestros foram particularmente numerosos na zona do Médio Oriente e no norte de África. Este ano foram sequestrados 29 jornalistas na Líbia e 37 na Síria. No Iraque o número ascendeu a 20. Esta tendência explica-se sobretudo com a ofensiva do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na região", refere a RSF.

O número de jornalistas detidos em todo o mundo manteve-se em 178, com a China a encabeçar a lista (17% do total), em que também constam o Egito, Eritreia, Irão, Síria, Vietname e Arábia Saudita.

O relatório da RSF indica ainda que, em 2014, houve 139 jornalistas que tiveram que exilar-se, ou seja, o dobro face ao ano passado. Esse `ranking` é novamente liderado por países como a Líbia (43), Síria (37), Etiópia (31) e Azerbaijão (6). O número de detenções de jornalistas sofreu um aumento de 3%, atingindo 853 casos.

"Evidentemente, os interrogatórios e detenções são ataques à liberdade de expressão cuja gravidade não pode comparar-se à dos assassínios ou sequestros prolongados. Contudo, constituem obstáculos para o seu trabalho e, por vezes, intimidações violentas", anota a RSF.

A Repórteres Sem Fronteiras constata ainda uma redução em 15% das ameaças ou agressões a jornalistas para um total de 1.846 ataques, com países como a Venezuela, Turquia, Ucrânia e China a figurarem entre os menos seguros para os profissionais dos meios de comunicação social.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Mais castanha de caju


O governo da Guiné-Bissau quer que as exportações de caju declaradas subam de 150 mil para 200 mil toneladas por ano, anunciou o ministro do Comércio, que disse ainda pretender que as exportações se aproximem o mais possível da produção total do país.

“A Guiné-Bissau produz mais de 250 mil toneladas por ano, mas exporta apenas cerca de 150 mil. É preciso criar condições objectivas para que a exportação seja o mais transparente e clara possível”, defendeu Serifo Embaló, citado pela agência noticiosa Lusa.

Vários intervenientes no sector do caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau, estiveram reunidos quinta e sexta-feira, em Bissau, para uma análise sobre estratégias para rentabilizar o comércio do produto.

O encontro foi organizado pelo Ministério do Comércio e juntou agricultores, pequenos comerciantes que compram a castanha do caju ao produtor, exportadores, bancos, polícia e governo.

Segundo o ministro do Comércio guineense, Serifo Embaló, o governo quer ouvir todos os intervenientes no sector acerca das estratégias que devem ser encetadas para que, no próximo ano, o país possa exportar pelo menos 200 mil toneladas de caju.

Na última campanha de comercialização do produto (de Abril a Setembro) mais de 70 mil toneladas foram escoadas para o estrangeiro a partir de estados vizinhos, através de contrabando, disse Serifo Embaló. De acordo com dados do governo, o caju é a principal fonte de rendimento para mais de 80% da população rural guineense. (Macauhub/GW)

<<<<<< Nova sondagem DC <<<<<< VOTE agora, ou vá dedicar-se à pecuária...

DC perguntou:




Cabe agora aos dirigentes dos dois países, a concretização desta vontade da maioria. AAS

OPINIÃO: Íntimo


Ditadura do Consenso - o blog, sempre foi a cara do António Aly Silva. Independentemente dos sentimentos, que assumiram várias formas. A meu ver, foram argumentos mais fortes do que o argumento, sempre discutível, de ter ou não ter um efeito que nortearam a criação deste blog que conta com mais de 14 milhões de visitas.

Lamento algumas coisas. Sei que feri susceptibilidades, e que em alguns posts - poucos - causei dor e sofrimento em algumas pessoas. Mas também passei por momentos muito difíceis e tenho conseguido superá-los. De resto, tenho subido um escalão aly e descido outro acolá, mas, pasmem-se, tenho subido quase cinco no respeito e consideração de muito boa gente.

Mas de que serve, hoje, o lamento? De que me posso lamentar, alguma coisa de que me arrependa? Cometi erros, mas nenhum estratégico, simplesmente tácticos. As pessoas lamentam-se de muitas coisas... Como pessoa, no pouco que de mim conheço, nos meus simples costumes, nas minhas práticas diárias, nas minhas poucas coisas, sou uma pessoa bastante humana, vivendo da maneira mais espartana.

De algumas coisas que escrevi, sim - e lamentá-las-ei até à efectiva consumação dos séculos. Bastante mesmo. Como lamento não ter podido descobrir antes todas as coisas que agora conheço, com as quais, com metade do tempo, teria podido fazer mais, muito mais do que o que fiz em apenas 48 anos de vida.

Durante séculos os homens cometeram erros e, tristemente, continuam a incorrer nos mesmos erros. Acredito ainda assim, que o Homem é também capaz de conceber e criar coisas belas, de ter os mais nobre ideais, de albergar os mais generosos sentimentos e remorsos e, superando até mesmo os instintos que a natureza lhe impôs; de dar a vida pelo que sente e, sobretudo, pelo que pensa.

Escrevi já muito no blog. O livro está a chegar e, quem sabe?, um ponto final. Sempre soube que havia inconvenientes naquilo que divulgo, mas que fique claro: quando critico os poderes faço-o de forma responsável - apesar das possíveis e, inadiáveis, consequências, tudo é melhor do que a ausência de críticas. Prefiro as prisões, os espancamentos, a estar simplesmente calado, passivo. Isso nunca acontecerá, garanto-vos.

Nestes 48 anos que já levo por cá, tive o privilégio de ver realidades com as quais nem supunha quanto mais atrever a sonhá-los. Hoje, não penso em mais nada a não ser que tenho mais vida para além de mim (acabo de ultrapassar a esperança de vida na Guiné-Bissau...), oportunidades que convém agarrar.

Hoje, 10 anos depois de criar o blog, continuo a pensar que o essencial, o principal, o fundamental, o vital, a questão de vida ou morte é de facto a luta comigo mesmo.

Feliz Natal e próspero ano novo a todos. António Aly Silva

PAICV: Janira Hopffer Almada venceu a corrida e será a próxima presidente do PAICV. Felisberto Vieira e Cristina Fontes Lima também estiveram na corrida. Janira H. Almada subtituirá José Maria Neves, actual primeiro-ministro de Cabo Verde. É a segunda vez que uma mulher dirige um partido político em Cabo Verde. AAS

sábado, 13 de dezembro de 2014

CADERNO ELEITORAL: O Governo Guiné-Bissau prepara-se para atualizar cadernos eleitorais, disse à agência Lusa fonte governamental.

Cipriano Cassama 'enterra' secretário de Estado Domenico Sanca


O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, classificou ontem como uma "falha" o encontro de uma comitiva governamental com rebeldes de Casamança (Senegal) em território guineense e pediu a exoneração dos dirigentes civis e militares que a integravam, entre eles o actual ministro interino, Domenico Sanca.

O líder da comitiva, o ministro da Administração Interna, Botche Candé, foi demitido pelo Presidente da República, José Mário Vaz, depois do incidente e segundo o presidente do parlamento, os restantes dirigentes também devem sair. O parlamento guineense criou uma comissão de inquérito ao caso, cujos resultados foram apresentados na quinta-feira numa sessão à porta fechada.

"Botche não deve ser o único a pagar pela falha. Todos os que lhe o acompanharam, devem ser igualmente responsabilizados", defendeu Cipriano Cassamá, que advoga ainda uma "mudança radical" nos ministérios da Administração Interna e da Defesa.

O presidente do Parlamento guineense exige também que as autoridades guineenses trabalhem no sentido de reconfirmar os pilares (marcos das fronteiras) entre a Guiné-Bissau e o Senegal.

Cassamá diz que vai convocar o ex-ministro da Administração Interna, Botche Candé, para ser ouvido na comissão especializada permanente sobre Defesa. Ainda não foi nomeado um novo ministro da Administração Interna e Botche demitiu-se a 28 de novembro.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

TACV volta em breve: A companhia aérea cabo-verdiana (TACV) vai retomar, em breve, as ligações com a Guiné-Bissau, interrompidas desde o mês de abril do ano passado, por "questões comerciais", anunciou o ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mario Lopes Rosa. AAS

CONVOCATÓRIA


EUA tem novo embaixador para Guiné-Bissau e Senegal


O Senado dos Estados Unidos confirmou James Peter Zumwalt como o próximo Embaixador dos E.U.A. para o Senegal e a Guiné-Bissau por aclamação em 18 de Novembro de 2014 e Presidente Obama promulgou esta nomeação a 25 de Novembro.



Designado Embaixador Zumwalt serviu no Departamento de Estado como Secretário de Estado Assistente Adjunto desde 3 de Janeiro de 2012. Ao longo da sua carreira, serviu em várias posições em Washington e no exterior, na área de economia internacional, assuntos Asiáticos e Africanos, e inclusive como encarregado do dossier econômico na Embaixada dos E.U.A. em Kinshasa. O Embaixador designado fala Francês e Japonês.

Designado Embaixador Zumwalt disse que se "sente honrado por ser indigitado pelo Presidente Obama para servir como Embaixador dos Estados Unidos para a Guiné-Bissau. Aguarda com expectativa trabalhar com os Bissau-Guineenses neste momento importante na sua história, um momento que lhes permite escolher a senda do progresso e da esperança.

Em 1998, designado Embaixador Zumwalt fez mestrado em Estudos de Segurança Internacional pelo National War College. Em 1979, licenciou-se em Artes, na área da História Americana e língua Japonesa pela Universidade da Califórnia, Berkeley. Zumwalt cresceu em El Cajon, Califórnia, e é casado com Ann Kambara, aposentada recentemente após uma carreira de 30 anos no Departamento de Estado.