sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

PEDIDO DE NATAL


Kin ku sibi kal ki morada di porta disparate "Nando Vaz" na Lisboa, pá i tem pacença i publicano el pa nó bai facil um visita... Pa i sibi kuma homis ka kaba inda murri!

TRADUÇÃO: Quem souber a morada do Nando Vaz em Lisboa, faça o favor de nos comunicar (pode ser via ditadura: aaly.silva@gmail.com) para que possamos fazer-lhe uma visita. Para que saiba que nem todos os HOMENS já morreram!!! Tcholonadur

OPINIÃO: Os dislates dos actuais dirigentes da Guiné-Biss​au


«O caminho da Síria para Portugal não deveria passar por Bissau. É lamentável que diferentes órgãos da comunicação social publiquem declarações de pessoas tais como o ministro guineense da Presidência, Fernando Vaz, sem as contestarem ou complementarem. Não está certo o ministro vir dizer em Lisboa que é uma coisa normal dezenas e dezenas de sírios procurarem, desde há mais de sete meses, entrar em Portugal com recurso ao voo Bissau-Lisboa.

O caminho mais rápido da Síria para Portugal é pela Turquia, pela Grécia, pela Itália, pela Espanha ou por Marrocos. De forma alguma pela Guiné-Bissau. Se os sírios vêm por Bissau é porque só lá são aceites em aviões com destino a Lisboa. E não em Atenas ou em Casablanca. Como é que se compreende que sírios que estejam aqui ao pé da porta, em Marrocos, desçam até Bissau para depois serem enfiados em aviões da TAP, rumo a Lisboa?

Só se poderá compreender se se explicar que muitas pessoas com poder em Bissau são corruptas e vendem vistos e facilidades de entrada em aviões portugueses. É esta anomalia de se ir do Médio Oriente à África Ocidental para depois se alcançar a Península Ibérica que televisões e outros órgãos de informação nem sempre estão a explicar, limitando-se a actuar como meras caixas de ressonância de qualquer disparate dito por um ministro guineense de um Governo de Transição.

Aliás, como é que Portugal deixa entrar aqui ministros de um Governo que resultou de um golpe de estado, que afastou o legítimo Presidente interino e o Governo constitucional? Se a União Europeia não reconhece este Governo de que faz parte Fernando Vaz, como é que o dito cujo pode vir aqui passar uns dias em Portugal e insultar, inclusive, o Presidente da República Portuguesa?

Não se compreende que haja televisões a dar tempo de antena a pessoas que impediram um acto eleitoral de ir até ao fim e que estão agora a protelar o mais possível a concretização de nova ida às urnas. O que ressalta de tudo isto é que, apesar de tudo, os militares golpistas guineenses e os políticos a eles associados ainda têm amigos em Portugal, que lhes facilitam a vida, mesmo contra o que é o discurso oficial.

Gostaria de ver a Comunicação Social explicar devidamente as coisas, de forma mais detalhada, sem se ficar pela reprodução das declarações de A, B ou C.
» Jorge Heitor - Jornalista

EXCLUSIVO DC - DROGA: Detidos no aeroporto


Estes são os cidadãos guineenses detidos com mais de 20 kg de cocaína:



Foram detidos no aeroporto de Lisboa, no passado dia 25 do corrente mês, provenientes do Brasil, três cidadãos guineenses (correios de drogas) com mais de vinte quilos de cocaína na sua posse. Encontram-se de momento detidas duas delas MILANKA R. e VANESSA Pires (sobrinha de Lito 'Nánia', um famoso capo da droga conhecido por Pablo Escobar e que está detido em Espanha desde o inicio do ano também por tráfico de drogas) e um homem. Uma delas - a Vanessa - é reincidente, tendo já cumprido pena de prisão pelo mesmo crime. AAS

NOTÍCIA DC: O porta-disparate do 'governo golpista de transição' da Guiné-Bissau, o frustrado Nando Vaz, pode vir a ser alvo de uma queixa-crime por ter tratado o Presidente português, Cavaco Silva, de «infantil« e «imbecil». AAS

EXCLUSIVO DC - DROGA: Três guineenses detidos em Lisboa




Foram detidos no aeroporto de Lisboa, no passado dia 25 do corrente mês, provenientes do Brasil, três cidadãos guineenses (correios de drogas) com mais de vinte quilos de cocaína na sua posse. Encontram-se de momento detidas duas delas MILANKA R. e VANESSA Pires (sobrinha de Lito 'Nánia', um famoso capo da droga conhecido por Pablo Escobar e que está detido em Espanha desde o inicio do ano também por tráfico de drogas) e um homem. Uma delas - a Vanessa - é reincidente, tendo já cumprido pena de prisão pelo mesmo crime. AAS

TAP/SÍRIOS: CADEIA, JÁ!!!


A direção da Polícia Judiciária, ainda não desmentiu ESTA notícia dada ontem pelo ditadura do consenso em primeira mão sobre o não acatamento da ordem do ministério Público - outro disparatento-mor da nossa praça. Se são lestos a 'desmentir', porque não piam? Metam mas é o Suka Ntchama na cadeia - lá é que é o lugar para bandidos, e não na rua!!! Cumpram a ordem de detenção dada pelo ministério Público, e já - porra!!! AAS

Alguém para calar o porta-disparate, ou eu tenho de ir a Lisboa fazer isso? Pouca vergonha tem limites, ó Nando Vaz...se não querem pedir desculpas ao menos estejam calados e deixem de afundar a Guiné-Bissau. AAS

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

PREOCUPANTE: TAP suspende qualquer ligação para a Guiné-Bissau


A TAP suspendeu a sua operação normal para a Guiné-Bissau na sequência do embarque forçado no aeroporto de Bissau de 74 passageiros com documentação falsa no passado dia 10 de dezembro. Nem voos diretos nem voos através do Senegal. A TAP vai deixar de fazer, a partir de segunda-feira, qualquer ligação para a Guiné-Bissau. Tendo em conta o período do ano desta ocorrência, a companhia aérea decidiu promover temporariamente voos extraordinários entre Lisboa e Dacar, fretando um avião à Senegal Airlines para transportar os passageiros entre a capital do Senegal e Bissau.

Porém, o contrato com a companhia senegalesa termina com a realização do voo que parte de Lisboa na próxima 2ª feira, 30 de Dezembro, regressando na manhã de terça-feira. Os passageiros com reservas Lisboa/Bissau/Lisboa para além do dia 1 de janeiro serão contactados oportunamente pelos serviços da TAP.

A realização, no futuro, de voos da TAP entre Lisboa e Bissau será reavaliada quando existirem garantias que permitam a realização de voos em condições normais de segurança. Foi no dia 10 que o ministro guineense do interior exigiu o embarque de 74 passageiros sírios com documentação falsa.

Lavandaria a pressão


Depois da longa audição do ministro do Interior Antonio Suca Intchama, no âmbito das investigações do caso dos sírios, na passada segunda feira, os magistrados do Ministério Público emitiram um mandado de detenção contra o referido ministro, um dos homens de grande confiança do CEMGFA Antônio Indjai.

Segundo fontes fidedignas do DC, irritado com a duração da audição, Antônio Indjai convocou uma reunião no Estado-Maior General das Forças Armadas para advertir que, caso se continue com esta audição, que ele considera de humilhante para um oficial superior das FA, mandaria os seus homens para o retirar à força das instalações do ministério Público.

Segundo as mesmas fontes, o director da Policia Judiciária recusou executar a ordem de detenção de Suca Intchama alegando falta de condições de segurança para o efeito. Aliás, o suspeito ministro do Interior foi ao ministério Público acompanhado de dois elementos da PIR fortemente armados.

Esta atitude ilegal de obstrução à justiça de Antônio Indjai terá motivado o ministério Público a ordenar a libertação de outro suspeito, Calido Baldé, que esteve detido durante 14 dias nos calabouços da PJ. Tudo indica que este caso está encerrado definitivamente porque nem o governo muito menos o Serifo Nhamadjo estão interessados em entrar em rota de colisão com o Antônio Indjai - o super-homem da Guiné-Bissau. AAS

Lubu na kumé lubu? Son na Guiné

Governo guineense de transição responsabilizou o Executivo de Timor-Leste pelas dificuldades no processo de recenseamento eleitoral, em curso desde 1 de Dezembro. Em comunicado , assinado pelo Director-Geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), Cristiano Na Bitan, afirma-se que os materiais doados por Timor-Leste à sua equipa chegaram «tardiamente» ao país e são «insuficientes». Uma boa desculpa para já não arrancar com as eleições no primeiro trimestre de 2014... Jorge Heitor, jornalista

OPINIÃO: Um senado para a Guiné-Bissau


Autores: Paulo Mendes Pinto, Rui Lomelino de Freitas e Fernando Catarino(*)
FONTE: PÚBLICO

«Urge criar soluções que possam dar à Guiné-Bissau uma nova fase de paz social. Um país em construção apresenta um grupo de vantagens e, ao mesmo tempo, de desvantagens que reside na fragilidade das instituições do Estado. No caso da Guiné-Bissau, temos uma identidade coletiva construída em torno de grupos e de etnias, alguns deles transnacionais, cimentada essa identidade nos próprios processos de independência e na construção de uma vontade comum de daí construir um Estado.

No momento presente parece não carecer de grande demonstração a verificação da fragilidade das instituições do Estado guineense. Da mesma forma as sucessivas lutas, por vezes violentas, entre lideranças políticas demonstra também a inadaptação da aplicação de um modelo político ocidentalizado a uma realidade cultural muito específica. O desenvolvimento e instalação, nos últimos anos, de rotas de narcotráfico, é "apenas" um dos muitos corolários lógicos correspondentes a um duplo processo que se cruza no tempo:

1) Por um lado, as instituições tradicionais, ancestrais e agregadoras do coletivo não só se vão erodindo como não encontram direta cama nem reflexo no Estado ocidentalizado;

2) Por outro, as instituições e as lideranças de um modelo político constitucional não conseguiram um lugar na estrutura social que as legitime como óbvias, que as apresente como naturais, que as torne verdadeiramente emanadas e ao mesmo tempo dirigidas para a população.

Neste quadro, urge criar soluções que quebrem este ciclo vicioso podendo dar à Guiné-Bissau uma nova fase de paz social. Mais que reforço das polícias de administração interna, mais que o reforço das competências do Exército, mais que colaboração de tropas internacionais, torna-se imperativo recriar a ligação da população à sua ideia de nação e ao Estado, criando mecanismos de regulação do poder político e, acima de tudo, de representatividade das instâncias secularmente agregadoras dos indivíduos.

A criação de uma assembleia consultiva que surgisse de dentro das instituições que ao longo dos séculos construíram as diversas identidades da Guiné poderia afirmar-se como um patamar fundamental de recriação de elos entre a população e as suas elites, contornando toda a desconfiança e instabilidade que tem reinado em torno de qualquer processo político guineense.

Nesta assembleia consultiva, que se poderia designar por Senado, deveriam estar representados todos os grupos que possibilitam dar à Guiné a coesão que está para além dos pequenos ciclos políticos, ou até mesmo a continuidade em momentos de revolução.

As lideranças tribais e religiosas afirmam-se desde há milhares de anos como os polos de unidade social e aqui, na Guiné, deveriam ser a base desta instituição onde a representatividade não se obtém pelo voto, mas sim pela identidade coletiva. Poderiam ter assento neste Senado pelo menos três grupos de indivíduos que se movem num tempo mais longo que o imediato tempo do jogo político:

1) líderes tribais;

2) líderes religiosos;

3) líderes e antigos líderes de câmaras profissionais (comércio, indústria, ordens profissionais, etc.)

Obviamente, a criação de uma instituição como a aqui apontada implicaria o seu sólido estabelecimento no articulado da Constituição, e deveria ter como base do seu processo de estabelecimento um debate nacional que conduzisse a um amplo consenso.

Só num processo que recupere a ligação da população aos seus vectores de identidade se pode dar à Guiné uma porta para que entre o passado e o futuro se construam oportunidades para as novas gerações. A capacidade cada vez mais sólida das novas gerações deve ser consolidada politicamente através de uma “religação” ao que une as gentes e as torna habitantes de um lugar, ao que dá sentido a um colectivo que vê na comunidade um caminho comum.

(*) Professores da área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona
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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

«OS GOLPISTAS estão a desfilar e são de novo candidatos. Como é possível? Estes bandidos têm que ser julgados. NÃO À AMNISTIA.» Braima Candé

Koumba


No dia 2 de Julho de 2009, apresentei a minha demissão do cargo de porta-voz da candidatura do Kumba Yalá (uma nomeação que ele próprio assinou, ainda em Marrocos). Foi-me entregue um exemplar, e um outro foi afixado na vitrine da sede do PRS, em Bissau - presumo que o original esteja guardado nos arquivos do partido... Kumba Yalá, em conversa nas horas 'mortas' da campanha referia-se à minha pessoa como «o nosso Mandela». «És, és i nô Mandela». E Kumba sabia bem porque dizia isso. Nós sabemos!!!

Mas queria aqui contar-vos a cena que se seguiu à minha demissão. Os resultados da primeira volta das eleições presidenciais de 2009 foram apresentados no Palace Hotel (hoje, Embaixada da República de Angola na Guiné-Bissau). Boicotei a conferência de imprensa, e fiquei a aguardar o Kumba na casa dele. Eu já sabia ao que ia... Assim que Koumba chegou, gerou-se o aparato do costume. Abriram o portão, descarregaram-se as AK-47 para dentro de casa, e ele disse «Aly, entra» (um pormenor: Koumba vinha sempre receber-me à porta), e fomos entrando. Fui o último a entrar. Deixei que o BALTASAR ALVES CARDOSO, o GASPAR GOMES FERNANDES (já falecido), o PAULO CIRILO CASSAMA, o VITOR PEREIRA e o PEDRO DA COSTA entrassem.

Lá dentro já não havia uma cadeira disponível, de modo que fiquei de pé. E de repente Koumba entra na sala. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, tomei a palavra e disse com convicção: «Presidente, estes cinco bandidos vão estragar a sua campanha», e estendi-lhe a minha demissão. Ele apenas abriu os braços como que perguntando «mas o que se passa aqui?». Era irreversível a minha decisão, e com efeitos imediatos. Disse boa tarde, e saí aliviado da casa do Koumba Yalá.

Fui diretamente para o jornal 'Diário de Bissau'. Bati à porta e entrei. Estava lá o diretor do jornal, o meu bom amigo João de Barros, também militante do PRS e um seu antigo secretário de Estado para a Comunicação Social. Dei-lhe conta do sucedido. Não me admoestou, muito pelo contrário. O João sabia das arbitrariedades todas, e nunca se mostrou de acordo. Foi dos poucos, no PRS, a apontar-lhes as minhas capacidades. E o que acontece a seguir?

Bom, a seguir alguém tocou à porta do jornal. Para o nosso espanto, entram a Sra. ALIMA FERRAGE e uma outra pessoa, que vim a saber depois tratar-se de uma sobrinha do próprio Koumba Yalá. Então, a cena que se seguiu foi surreal. A Alima Ferrage, sem nada dizer, deixou-se cair de joelhos prostrada à minha frente, tirou o lenço da cabeça e, implorando, disse: «Por favor, Ticha, vem, vamos conversar com o Presidente, ele está à tua espera.»

O que lhe respondi - e o João de Barros continua como testemunha - foi: «Diz ao Koumba Yalá que vá para a puta que o pariu!» Não sei se a Alima deu o meu recado... António Aly Silva


P.S.: Sei que é dia 24 de dezembro, véspera de Natal, época em que os palavrões são mais censurados. Façam de conta que estão a ler o último parágrafo deste texto no dia 26. AAS