sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Golpes & Pescas, Lda.


Ontem, enquanto beberricava um café na companhia de um amigo, passou o telejornal num canal (creio que estatal) de televisão. De repente, o nome Guiné-Bissau aparece solenemente. Motivo? Acabava-se de assinar um acordo no sector das pescas com o Senegal. E eu comentei em francês com o meu amigo, reclamando que o acordo acabado de assinar beneficiava apenas o Senegal: "Eles é que ficam com o peixe, nós ficamos com as espinhas...isto para não falar no apoio a golpes de Estado".

Nisto, um senegalês que ouvia a conversa insurgiu-se: "Bom, mas vocês são pouco mais de um milhão de pessoas, não precisam de tanto peixe"...fingindo que não ouviu falar em golpes de Estado. Olhei-o de soslaio e devolvi, com juros: "Por mim, nem precisavam assinar acordo nenhum pois o Senegal sempre pescou, roubando peixe nas nossas águas, sem qualquer consequência, mais ainda agora que têm no 'governo' marionetas que eles mesmo manipulam". Então, o senegalês, com toda a calma, levantou-se, pediu a conta e... desapareceu de cena, chateado da vida e a resmungar algo que não percebi. E assim vai o mundo. AAS

Possível detenção de Karim: Me. Wade ameaça 'aquecer' Dakar


O ex-presidente senegalês, Abdoulaye Wade, ficou colérico ontem, quando soube através de um jornal senegalês de que um mandato de detenção foi emitido contra o seu filho, Karim Wade. Segundo fontes concordantes, o antigo presidente decidiu juntar-se às forças religiosas bem conhecidas das forças de policia, para aquecer as ruas de Dakar e tentar dissuadir o regime de Macky Sall de prender o seu filho.

Me Wade, que acredita piamente de que essa informação sobre o mandato de detenção lançado contra o seu filho não carece de todo de fundamento, decidiu assumir a vanguarda na campanha de destabilização do regime de Macky Sall, apoiando-se sobre os discipulos do lider religioso Bethio Thioune fazendo-lhes assumir a responsabilidade das manifestações. Ele, segundo a fonte, tera mesmo do seu próprio bolso financiado uma guerrilha urbana.

Do lado das forças da ordem, informações nesse sentido transmitidas às altas autoridades, segundo conseguimos apurar de fontes crediveis. As mais altas autoridades do Estado indicam de que eles não vão influenciar minimamente a justiça nem num sentido nem noutro e que os juizes devem interpelar Karim Wade, pois a lei tem pervalecer.

FONTE: http://www.africatime.com/Senegal/index.asp

QUAL SERÁ O PRÓXIMO EPISÓDIO?


Apesar de toda instabilidade política que o país enfrenta pós-conflito interno de 07 de junho de 1998 a 1999, impõe-se a pergunta: vale continuar com as Forças Armadas no país? Duas coisas merecem ser lembradas diante desta espécie de pergunta: a primeira diz respeito ao seguinte, se alguém me perguntar se tu gostas de Forças Armadas, responderia que não, a segunda se alguém me perguntar se tu gostas de viver num país sem presença de Forçar Armadas também responderia que não.  Quanto ao primeiro ponto, é claro que sou contra ação dos militares perante a sociedade civil, uma vem que o mesmo só pauta no uso das forças.  As Forças Armadas Revolucionarias do Povo é o que garante a soberania nacional do país. No mundo atual, não é admitido que a classe castrense fosse quem dita às regras.

A Guiné-Bissau precisa fortalecer acordos para selecionar, treinar e pagar melhores salários para os militares, tal vez isso ajudaria a inibir os conflitos políticos e militares. Só através disso, os militares deixariam de ser manipulados e/ou influenciado pelos políticos GABOLA, que só pensam em roubar o aparelho de Estado.
Um militar deve ser respeitado e não temido, mas nas ruas da cidade de Bissau, os militares são temidos pelo seu comportamento de bravura. Vamos sair ás ruas para repudiar tais condutas praticadas pelos militares.

Estamos perante uma ditadura militar, onde a voz do povo é silenciada pela força das armas. Vamos fazer circulação pacifica espalhar cartazes por todo lado retratando a violência dos militares e políticos. Precisamos de PAZ, para inibir a crise política que assolou o país desde o conflito interno de 07 de junho de1998. Pois a indisciplina nas Forças Armadas é uma ameaça a Guiné-Bissau.

A crise política de 07 de junho em Bissau, que durou 11 meses, ceifou vida de milhares de pessoas, impusera aos guineenses uma enorme tradição de instabilidade política, cuja pesada herança poder ser vista debaixo da camada mais recente de cultura de violência.
Recentemente teve um novo episódio de 21 de outubro de 2012, supostamente, Pansau Ntchama dirigiu um ataque contra o quartel de para-comandos que matou seis pessoas, o fato é um reflexo da atual situação de instabilidade política que o país atravessa, o acontecimento de 21 de outubro, nada mais é que uma etapa de eventos que está em andamentos.

Augusto A.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

"Aprender, aprender; Aprender sempre" - Amilcar Cabral


Aprendam:

- http://pt.globalvoicesonline.org/2012/04/15/guine-bissau-blogger-preso-aly/

- http://pt.globalvoicesonline.org/?s=António+Aly+Silva

Afinal...vai, fica - em que ficamos?


... O delegado da RTP na Guiné-Bissau já não será expulso. Fernando Teixeira Gomes ficará, afinal, no país. "Decidimos manter o Fernando Gomes porque foram-nos garantidas condições de segurança", disse Nuno Santos, Director de informação da televisão pública portuguesa. Hum... Decidam-se, caraças! AAS

ÚLTIMA HORA: O Governo Federal do Brasil autorizou a renovação dos vistos dos estudantes guineenses que estavam em condições ilegais em Fortaleza, no estado do Ceará. AAS


Valeu, caras! Abraço.

Comité para a Protecção dos Jornalistas condena expulsão e ameaças contra Jornalistas na Guiné-Bissau


ENGLISH VERSION

http://www.cpj.org/2012/11/guinea-bissau-expels-journalist-another-flees-into.php#more

VERSÃO PORTUGUESA

http://cpj.org/pt/2012/11/guine-bissau-expulsa-jornalista-portugues-outro-fo.php

NOTA: Dos jornaleiros...não reza a história! AAS

A mentira tem pernas curtas... MFDC nega envolvimento nos problemas da Guiné-Bissau


O MFDC, Movimento das Forças Democráticas de Casamança, desmentiu categoricamente o 'governo usurpador', negando qualquer envolvimento nos problemas da Guiné-Bissau e nomeadamente no caso de 21 de Outubro. Em comunicado, este movimento que luta pela independência da Casamança face ao governo do Senegal, referiu que nenhum dos seus combatentes tinha participado na tentativa de assalto contra o quartel de para-comandos de Bissau a 21 de Outubro. O MFDC respondeu deste modo às acusações proferidas pelo governo Guineense de transição que afirmou que entre os 6 mortos resultantes do confronto se encontravam combatentes oriundos da região de Casamança.

Sr., porta-disparate: por favor, não volte a abrir a matraca!!! AAS

O 'governo' de usurpadores do poder na Guiné-Bissau está de tal forma bloqueado, que até enviam cartas oficiais...por correio. Essa é que é essa!!! Bissimilai! AAS

Nem sim, nem 'nim'


Esta quinta-feira, dois encontros marcaram a actualidade Guineense, a convocação do Conselho de Estado pelo 'pesidente de transição', que em seguida se reuniu com as chefias militares, o PRS, Partido de Renovação Social (os golpistas de serviço) e com o PAIGC, partido no poder até ao golpe de estado de 12 de Abril, no intuito de analisar em conjunto a situação do país e tentar chegar a um consenso para que as instituições da República funcionem melhor.

Ao fim de quatro horas de reunião, os balanços dos dois maiores partidos políticos Guineenses foram contrastados. Augusto Poquena, Secretário-Geral do PRS, considerou que o PAIGC não reconhece o golpe de Estado de 12 de Abril e que este partido não tem vontade de fazer sair o país do impasse. Por outro lado, o líder da delegação do PAIGC, Luís Oliveira Sanca, contrapôs esta argumentação afirmando que a reunião "foi positiva" e que o golpe de Estado de 12 de Abril é uma evidência. RFI