quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ADVERTÊNCIA PARA O GUINEENSE MAIS DESATENTO: Há quem queira, a todo o custo, instigar/'comprar' uma guerra étnica na Guiné-Bissau - vão tê-la não tarda nada! Não há nenhuma etnia mais 'matcho' que a outra, na Guiné-Bissau! AAS


P.S. - A responsabilidade do desastre que se avizinha será da ONU, da União Africana, da União Europeia, e da CPLP. A CEDEAO, não, que ela está comprometida com os bandidos que 'governam' o nosso país...deixem-se do beija-mão, do croquete e do champanhe e MEXAM-SE! Acudam o POVO da Guiné-Bissau que está assustado e em pranto!!! AAS

União Africa está "preocupada" (mas isso já nós sabemos há muitoooo)


"A União Africana está preocupada com a situação actual do país e tem pedido que haja contenção. Que os processos decorram com normalidade para que se saiba a verdade dos acontecimentos", afirmou Ovídeo Pequeno. Ovídeo Pequeno, represente da UA na Guiné-Bissau apelou à contenção dos principais "actores" do país. Em declarações aos jornalistas após uma audiência com o Presidente de transição, o representante da UA escusou-se a revelar o teor da conversa que manteve com Serifo Nhamadjo mas afirmou que a sua organização está preocupada com o momento atual da Guiné-Bissau.

"A União Africana está preocupada com a situação actual do país e tem pedido que haja contenção. Que os processos decorram com normalidade para que se saiba a verdade dos acontecimentos", afirmou Ovídeo Pequeno, o primeiro de uma série de personalidades recebidas por Serifo Nhamadjo, como Joseph Mutaboba, o representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, e o bispo de Bissau, José Camnaté Na Bissign. Quando questionado sobre se a União Africana estaria disponível para participar numa eventual força multinacional para a Guiné-Bissau, o diplomata são-tomense disse que essa questão não deve ser colocada à sua organização mas às autoridades guineenses.

Quem sabe, pode: Ditadura do Consenso, a caminho dos 5 milhões de visitantes. Muito obrigados. AAS

Forças Armadas Repressivas do Povo


É nisso que, infelizmente, se tornou alguma franja das forças armadas da Guiné-Bissau. Olhadas com desconfiança pela população, têm a fama e o proveito - e gabam-se disso. Matam, torturam, espancam os civis e a própria polícia; não toleram a imprensa e os jornalistas que 'não alinham'; comandam o tráfico de drogas, raptam e assassinam 'descontentes' ou gente com opinião diferente.

Esses elementos das Forças Armadas Repressivas do Povo estão a mais, não dignificam a farda que vestem, e muito menos a bandeira que, diariamente, fazem hastear e arriar. Há que limpar as FARP! A "melhor guerrilha do mundo" (a frase pertence aos deputados suecos, citado pelo jornal Frontbladet, quando visitaram as regiões libertadas durante a guerra colonial), tornou-se num pesadelo para o seu Povo e é um fardo pesado que carregamos.

As FARP tornaram-se num ninho de víboras! AAS

Promessas de Indjai


Pansau Ntchama caiu no engodo do CEMGFA António Indjai, e até a sua mulher foi usada como isco neste jogo do gato e do rato. António Indjai prometeu 'esquecer' todas as acusações, não maltratar a sua mulher e, cereja no topo do bolo, prometeu dar-lhe o comando do batalhão de Mansoa, seu bastião, ou dos pára-comandos - Pansau teria total liberdade para escolher o cargo que lhe assentaria melhor.

Pansau Ntchama, apurou o DC junto de uma fonte no EMGFA, estava já na Guiné-Bissau há mais de um mês, e ele e Indjai tiveram mesmo alguns encontros. Depois, o general enganou-o a vir até Bissau com o intuito de o limpar - Pansau, pensou Indjai, seria a última testemunha. Enganou-se. Afinal, ainda em Portugal, soube igualmente o DC de fonte segura, Pansau Ntchama salvaguardou-se: deixou gravações comprometedoras, acusando Indjai de vários crimes, entre eles, dos assassinatos políticos e militares de 2009 em que o próprio Pansau participou... As gravações, com a sua própria voz, a que Ditadura do Consenso terá acesso brevemente, prometem um terramoto em Bissau... AAS

Faleceu, em Bissau, Hilário de Sá, ex-director do Fundo Rodoviário. Condolências à família. Que descanse em paz. AAS.

CEMGFA avisa: Nada de perguntas sobre Indjai ou Nino...



António Indjai não tolera nenhuma pergunta sobre a implicação de Pansau Ntchama - e ele próprio - no assassinato de 'Nino' Vieira, pelo que se os jornalistas, que foram chamados para uma espécie de entrevista colectiva, depois adiada, não lhe obedecessem... Ia tudo para o c£¥#%!

Mas, e o porta-disparates...diz o quê mesmo? AAS

FALTAM QUANTOS NA LISTA PARA ENCHER O BAÚ?


Caríssimo Aly!

Aproveito para agradecer pela contribuição das valiosas informações oferecidas pelo teu blog.  Muita Saúde, Paz e Sucesso.

Mais uma vez, estou a enviar este pequeno texto, como a forma de contribuição.

Séculos atrás nossos/as avos lutaram afincadamente para nos libertar jogo colonial que espalhava por toda parte da África, os lideres de diferentes países do continente africano se preocupava como o futuro do povo, mas hoje quem usa esses métodos de dominação são os próprios africanos, em prol de uma panelinha.

Parece-me que durante o período da luta armada em Bissau, iniciado em 1963, o nosso líder, Amilcar Cabral, havia previsto o que iria acontecer com atual situação social, político e econômico. Durante seus discursos, deixava claro da finalidade de afastar da luta contra a exploração e dominação dos tugas. Por isso, recusou ser amarado quando seus algozes tentava amará-lo, mesmo sendo atingido a tiros, o líder se levou e diz, porque camaradas, se á divergência vamos sentar para conversar. Esse era o ensinamento de Cabral, espírito do dialogo, mas hoje ninguém pauta para sentar a mesa e conversar.

Por outro lado, líder revolucionário afirmava que o objetivo do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) que se mobilizou e lutou pela independência, não seria somente destruir o colonialismo português e substituir a dominação lusitana por uma espécie de burguesia nacional ao estilo de um mero colonialismo interno. Mas, sim, de construir uma nação em que houvesse oportunidade, igualdade e justiça para todos os seus filhos.  Com efeito, Cabral argumenta:

A nossa luta não deve ser apenas contra os estrangeiros, mas também contra os inimigos de dentro, aquela classe social que não quer o progresso da nossa terra, do nosso povo, mas apenas o seu próprio progresso e bem-estar da sua família (...). A luta para a libertação do nosso país e do nosso povo, condição necessária para o progresso da nossa sociedade como um todo, deve ser dirigida pelos melhores filhos do nosso povo (CABRAL, 1978, p. 147- 150).

Será que os recentes acontecimentos ocorridos em Bissau não passa de uma estratégia dos políticos e militares para fazer a sociedade esquecer os anteriores?

Como se sabem, desde a morte oficial do líder mais graduado do PAIGC, Amilcar Lopes Cabral, a Guiné-Bissau acumula uma extensa lista de assassinatos, torturas, além de asilos políticos, mas os algozes nunca foram punidos pelos seus atos, os protagonistas sempre estão a andar pelas ruas de Bissau.


Augusto Ferreira

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Justiça sem julgamentos


O Golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980 foi feito, como se sabe, em nome da justiça: denunciou fuzilamentos arbitrários, deixando transparecer o imperativo de fazer funcionar a justiça. Entretanto, uma vez no Poder, os seus autores não se deram à tarefa de abolir a Pena de Morte (principal justificação para o Golpe de Estado) e, inclusive, foram muito mais longe em matéria de violação dos Direitos Humanos, recheando as valas comuns de Portogole, Cumeré, Jugdul e Mansabá com novas vítimas – tudo em nome de uma JUSTIÇA SEM JULGAMENTOS.

O Golpe de Estado de 7 de Junho de 1998, que em princípio, devia culminar com um mega processo de tráfico de armas para os Independentistas de Casamansa, do qual Nino Vieira e Ansumane Mané se acusavam mutuamente, foi mais um fiasco histórico que, em matéria de justiça, resultou em ABSOLUTAMENTE NADA, deixando um rasto de desgraça na nossa Sociedade, com milhares de vítimas inocentes e avultados prejuízos materiais resultantes dos 11 meses de conflito e uma situação caótica e insustentável, com a predominância de uma etnia nas Forças Armadas que, por conseguinte, em vez de cumprir com o seu papel institucional de salvaguarda da Paz, da Estabilidade Social, da defesa da Integridade Territorial e da Soberania Nacional, se transformou numa força do mal, foco de conflitos, de instabilidade e da desgraça nacional. Hoje, falar das Forças Armadas da Guiné-Bissau é falar de uma etnia militarizada, de abusos, espancamentos, torturas, perseguições, assassinatos a sangue frio e demais formas de violência gratuita e de espezinhamento dos Direitos Humanos, numa expressão de ódio sem paralelo na História Moderna.

Tal é o protagonismo político e a exposição maledicente em virtude das barbaridades cometidas contra o nosso povo, por este grupo de homens instruídos, armados, fardados, alimentados e pagos por esse mesmo povo, durante os últimos 15 anos que, os seus sucessivos Chefes do Estado Maior tornaram-se mais conhecidos (pelo menos ao nível da África e da Europa), do que os seus homólogos de todo o Mundo – quem conhece o nome do Chefe do Estado Maior dos Estados Unidos, da Rússia, da China, do Reino Unido, da França ou mesmo do vizinho Senegal ou de Angola, da África do Sul ou mesmo da Nigéria e ainda da Costa do Marfim? Será que o nosso exército é mais poderoso do que os exércitos destes Países? Então qual é a razão?

O cruel assassinato do Brigadeiro Ansumane Mané foi justificado, pelos seus autores (muitos dos quais teimam em regressar à vida política, à revelia do nosso povo que os quer ver definitivamente no caixote de lixo da História), com o imperativo de assegurar a Paz, a Estabilidade e a Coesão Nacional à que, alegadamente, o homem contrapunha. Hoje, QUANTOS? Anos depois desse hediondo crime, o nosso País continua a deriva, mergulhado numa profunda crise de valores, sem Paz, sem Estabilidade, Profundamente Dividido e, sobretudo, sem a famigerada JUSTIÇA, geradora de calamidades.

Rui Manuel Djassy (Bá Djassy)

Carta de condolências


À Família Enlutada do  
Dr. Desejado Lima da Costa
 
Foi com profunda consternação que a Direcção da Célula do P.A.I.G.C. em Portugal recebeu a triste e surpreendente notícia do desaparecimento físico do nosso estimado camarada, amigo e irmão, destacado Militante e Dirigente do nosso glorioso Partido e Presidente da Comissão Nacional de Eleições do nosso País, Dr. Desejado Lima da Costa.

Figura incontornável da vida política guineense e lusófona, lutador incansável pela sagrada causa da libertação, emancipação e bem-estar do seu povo, o Dr. Desejado Lima da Costa deixou-nos um rico legado histórico e político e ficará para sempre na nossa memória como um homem de paz e de diálogo, um patriota humilde, um defensor intransigente da igualdade e justiça social, um humanista que nunca deixou de lutar incansavelmente pela causa em que sempre acreditou e pela qual dedicou toda a sua energia, seu intelecto e sua vida inteira.

Revelando-se um conceituado e exímio servidor e defensor da causa pública, o Dr. Desejado Lima da Costa evidenciou qualidades ímpares que lhe permitiram conciliar os seus interesses pessoais e partidários com os supremos interesses do seu País e do seu Povo mártir que clamava por eleições justas e transparentes, enquanto condição “sine qua non” para a salvaguarda da Paz, da Estabilidade e da Coesão Nacional, indispensáveis ao fortalecimento dos alicerces da democracia.

Num País profundamente dilacerado e dividido pelo subjectivismo retrógrado, em que cada processo eleitoral constitui um prelúdio para a violência ou mesmo para uma guerra civil, com muito saber, coragem e frontalidade o Dr. Desejado Lima da Costa soube encontrar o ponto de intercepção dos interesses instalados e definir as prioridades de acordo com os valores democráticos em que acreditava, tendo em conta os inalienáveis interesses do seu povo e do seu País.

O desaparecimento físico do Dr. Desejado Lima da Costa constitui uma perda irreparável não só para o seu e nosso PAIGC, mas para toda a família política esquerdista, inserida na Internacional Socialista. E neste momento de muita dor e angústia que invadem e dilaceram os nossos corações, em nome de todos os nossos Militantes e Simpatizantes e do nosso povo em geral, a Direcção da Célula do P.A.I.G.C. em Portugal vem por este meio expressar as suas sentidas condolências a toda a família enlutada, e rezar para que a sua Alma descanse em Paz, porque a estafeta está entregue á nossa geração, a luta continua e garantimos que a Democracia será uma realidade na Guiné-Bissau.
 
Feito em Lisboa, aos 27 dias do mês de Outubro de 2012.
 
 
O Presidente da Direcção da Célula do P.A.I.G.C. em Portugal,
 
Iafai Sani
iafaisani@hotmail.com