terça-feira, 11 de novembro de 2014
OPINIÃO/Salário dos deputados: Deu nisto
"É o que dá, quando o saber e a competência são deixados de lado para pagar compromissos políticos. É preciso coragem, muita coragem, para mudar o rumo deste país.
A. T."
OPINIÃO/Salário dos Deputados: Vontade de insultar...
"Aly, agradecia que publicasse o texto que se segue.
Cipriano Cassama, presidente de ANP da Guiné-Bissau: eu, na qualidade de cidadão comum, e dado o respeito pelos órgãos da soberania, não vou lhe insultar, embora tenha essa vontade. Mas quero lhe implorar para não criar confusão no país, como tentou fazê-lo quando era ministro do Interior, de levar "aguentas" para guardar o então presidente Nino.
Eu pensava que aquela sua arrogância que demonstrou aos guineense no ato de passeção, quando saiu, tinha acabado. Seja mais humilde. o seu discurso e a sua postura pela TV demonstram uma arrogância exacerba. Não se esqueça que tem um Bilhete de Identidade como qualquer um; um passaporte, como qualquer um, embora seja diplomático. E não se esqueça também que os Homens que acham que eram super homens, já foram esquecidos. os humildes é que foram glorificados, não se lembra de Mandela.
um Cidadão comum descontente."
OPINIÃO: Aumento do salário dos deputados
"Aly,
Não posso me calar perante tamanha barbaridade proposta pelo Sr. Presidente da ANP e seus deputados. Gostaria de fazer minhas humildes considerações, se me permitires.
Salário é o valor pago a um determinado individuo pelo força de trabalho despendida.
O aumento de salário deve-se ao:
1. 1. Aumento proporcional dessa força, que pode ser chamado de mérito;
2. 2. Tempo de trabalho, que pode ser lido como gratificação pela lealdade; ou ainda
3. 3. Reajuste salarial, por conta da taxa de inflação no país ou do aumento de custo de vida devido a fatores externos.
Penso que em nada se enquadra os nossos caros deputados , que antes de servir ao povo já querem receber o dobro do que recebiam.
Existem critérios técnicos para elaborar o Plano de Carreiras e Salários que devem ser respeitados, e o básico é a criação de um comité com representante de cada orgão ligado a esse processo. No caso, alguns deputados (departamento ou partido), representante das finanças (quem paga) e representante do sindicato de base do funcionarios da ANP.
Foi assim?
Porquê do simples ao dobro?
Na Guiné-Bissau agora chove ouro?
Vergonha na cara é o que precisamos.
Para haver desenvolvimento há que haver mudança de comportamento, comportamentos que dignifiquem um povo.
A história da humanidade nos dá exemplos como do Japão pós IIª guerra mundial.
Um povo que abriu mão de riquezas pessoais, entregando ao cofre do estado o que possuiam, para reconstruir um país, criar oportunidades para que todos ganhem.
Um povo que arregaçou as mangas para fazer o Japão que hoje conhecemos, mas que um dia esteve devastada pela guerra, o que não é, não foi e nem nunca será o nosso caso, pois somos felizardos.
Deus ama a os guineenses e a Guiné-Bissau.
Olhemos para Correia do Sul, que comparado com as riquezas naturais da Correia do Norte nada possui, mas se concentrou no capital humano e é hoje o que sabemos todos que ela é, uma economia em franca ascenção com a sua SAMSUMG, KIA entre outros.
Kuma si bu ka sibi, bu ta punta, bu ta kopia kil ke sibi i pudi.
Kila ki sedu matchu.
Ninguin ka padidu i sibi tudu.
Nha mantenhas di rispitu pa kilis tan ke tenel.
Kilis ke misti dana terra, Deus ku no entrega elis.
Aly, Deus ten bu dia di riba na cthiga i Deus na kompensau pa bu lutas pa si pubis.
Economista,
M. S. G."
ÉBOLA: Uma observação pertinente
"As explicações dadas sobre o surto do ébola e os seus riscos eram elucidativas e convincentes. Várias vezes se referiu aos países onde a epidemia tivera maior expressão e, durante mais de uma hora, também focou os casos "surgidos na Guiné-Bissau".
Mas há ébola na Guiné-Bissau? Não, não há. O tal especialista "apenas" confundira a Guiné-Bissau com a República da Guiné. É um detalhe? Não é. Trata-se de um lapso que, nem pelo facto de ser involuntário, deixa de ter um impacto negativo na perceção subliminar que muitos milhares de pessoas passam a ter da situação na antiga colónia portuguesa, deitando assim por terra o considerável esforço de prevenção feito pelas novas autoridades daquele país, em estreita ligação com Portugal, no tocante ao surto de ébola naquela subregião." Embaixador Francisco Seixas da Costa, in "Económico "
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
SALÁRIOS DOS DEPUTADOS/AFRONTA: Presidente da ANP pede a demissão do ministro das Finanças
O presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, pediu hoje a demissão do ministro das Finanças, Geraldo Martins, por alegado desentendimento sobre questões orçamentais relacionadas com este órgão de soberania. Cipriano Cassamá não pôde conter a sua insatisfação em relação a Geraldo Martins e prometeu levar a assunto ao primeiro-ministro para mais explicações.
“Recebemos uma carta da Comissão Especializada, interpelamos o ministro das Finanças, o secretário de Estado do Tesouro e a secretária de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais. Mas, qual foi o deputado que pressionou o ministro das Finanças? Nós ainda fomos indulgentes. Perguntamos ao senhor ministro, o nosso orçamento tem ou não cabimento no OGE? Ele deu autorização e disse que sim… Resta-nos só uma possibilidade – ou interpelar o senhor primeiro-ministro para vir aqui dar explicações – ou o ministro das Finanças vem e pedimos a sua demissão”, sublinhou o Presidente do palácio Colinas de Boé. Em reação ao mal-estar gerado, os líderes das bancadas parlamentares do PAIGC e do PRS pediram ponderação na análise e resolução do assunto. RDN
OPINIÃO: 3.000 euros di mufunessa
"Grande Aly,
Só você, de novo, para assumir a linha da frente nesta batalha patriótica para livrar a Guiné-Bissau de mais uma tentativa de assalto, de estupro e de delapidação do erário público, por parte de seus piores filhos!
É inacreditável que nesta altura do campeonato, com o País gatinhando para sair do lamaçal em que o golpe de 2012 a jogou, alguém tenha a coragem, a insensibilidade, a cara de pau e a desonestidade de propor um salário de 3.000 Euros para os deputados. Bardadi, n'fia, i tem djintis, barida largus, ki ca tem dur di Guinè!...
Mas partindo de quem partiu, a surpresa não é tamanha! Buli ki costuma balança, nim si bentu ca tem!... Este senhor representa a face mais perversa da velha política que destruiu durante décadas a Guiné-Bissau, a política dos "meus 20%"! É gente que pensa primeiro na sua barriga, no seu luxo pessoal, nos 3 Cs (Cumadre, Curu e Cumbú), em detrimento do povo martirizado. São aqueles que vivem para se servirem da Guiné-Bissau e não para servi-la.
Junto a minha voz ao do Aly Silva e desafio todo o povo a sair às ruas para protestar junto à Assembleia Nacional Popular, contra esta demonstração de prepotência, oportunismo e deslealdade com o país e com o povo da Guiné-Bissau.
Apelo aos próprios Deputados da Nação a não caírem nesta aventura desestabilizadora, antipatriótica, oportunista e insana de uma mente egoísta e descompromissada com o povo.
Rejeitem, senhores Deputados, este aumento que o Povo vos fará justiça!... Onde estão os 40 partidos da oposição para se apresentarem ao lado do povo nesta altura!?...
N.A.C.
'Bissiadur'"
COISAS NOSSAS: Excesso de oficiais? Simples. Quem nomeou esses oficiais na mais completa ilegalidade/ignorância, deve simplesmente ser chamado para prestar contas à Justiça. Deixem de brincar com a Guiné-Bissau! Mas onde é que está o Estado? O que é que o ministério Público anda a fazer? Façam uma sindicância a esse 'governo de transição' de golpistas. Façam-no já! Responsabilizem quem tiver de ser resposabilizado! Que País é que tem umas forças armadas com mais oficiais que soldados? AAS
DISCO: Karyna Gomes lança disco em Lisboa
Guiné-Bissau tem uma nova voz: Karyna Gomes. Vem juntar-se a um lote de músicos que têm vindo a mostrar-se ao mundo, como Manecas Costa, Justino Delgado ou Eneida Marta. O seu disco de estreia, Mindjer, mistura com leveza e gosto a música urbana da Guiné com influências de outras sonoridades, do soul à música latina. O disco será apresentado ao vivo dia 27, no B. Leza, em Lisboa.
Karyna nasceu em Bissau, a 13 de Fevereiro de 1976, dois anos após a independência. "Sou daquela leva de bebés que nasceu dos filhos dos ex-combatentes". E foi em Bissau que fez os estudos, primários e secundários. Isto até 1994. "Depois trabalhei um ano, enquanto esperava uma oportunidade para prosseguir os estudos, porque não havia universidade em Bissau. Até que, em 1996, fui contemplada com uma bolsa do governo brasileiro, do Itamarati, para fazer um curso de jornalismo na Universidade Católica de São Paulo." E foi para o Brasil.
Nesse período, o seu país tremeu. "Houve a tal guerra de 98, que devastou a minha cidade e afectou a minha família, porque perdemos a nossa casa no conflito." Isso levou-a a ficar mais um ano no Brasil do que o previsto, para lá dos quatro anos que durara o curso. E isso abriu-lhe as portas à música. "Comecei a cantar num coro gospel, numa igreja evangélica de São Paulo, e fui convidada depois para ser solista. Foi aí que comecei a cantar. E não parei, até hoje."
Mas entretanto voltou para a Guiné, logo que pôde. "Lembro-me de ter recebido o diploma do curso e querer coltar logo. Eu sabia que havia muitas lacunas no sector da comunicação e queria ajudar. E acho que consegui dar algum contributo." Quando voltou, em 2001, foi para a delegação da RTP-África até o então presidente Kumba Ialá ter decidido fechá-la. Depois foi para a rádio e apanhou, é ela que o diz, "o bichinho da rádio". Antes, trabalhara como correspondente da Associated Press e colaborou com o jornal A Semana, de Cabo Verde. Na rádio atraiu-a a comunicação para o desenvolvimento. "Tinha uma abordagem específica que passava por ir ao terreno e criar uma forma de trabalhar em parceria com os comunicadores radiofónicos locais, porque há uma forma própria, específica, de fazer rádio em África."
Em termos de experiências paralelas à música, não iria parar por aí. Depois da rádio, onde esteve até 2008, ainda fez assessoria de imprensa na Unicef, mas sempre em Bissau. "Foi um trabalho interessante, aprendi muita coisa. Mas não fiquei mais porque senti que isso me iria tirar da música." Onde ela já estava, aliás, desde o seu regresso. "Houve um reencontro, meu, com a música urbana da Guiné. Dentro do contexto religioso, porque a igreja que eu passei a frequentar na Guiné já não tinha um coro gospel, no formato negro-americano, mas música sacra em crioulo e outras línguas da Guiné. E achei que isso tinha mais a ver comigo."
Primeiro começou a cantar num restaurante, em 2005, impulsionada por uma prima, depois foi convidada a integrar o grupo Super Mama Djombo. Mas não quis gravar logo. Achou que devia começar primeiro um processo de investigação na música. "Fui para a rádio nacional consultar as pessoas, o Super Mama Djombo foi decisivo porque é um grupo histórico da Guiné-Bissau. Aprendi muito com todos eles, sobretudo com a primeira geração do grupo."
Vozes do mundo
Mas é a sua ida para Lisboa, "cansada da rotina da comunicação" e desejosa de fazer um mestrado, que lhe abre o caminho para gravar o primeiro disco. Conheceu a Get!Records, hoje a sua editora, e apresentou-lhe uma "maquetezinha caseira". "Eles gostaram a acharam que tinham ali material para trabalhar." Por isso avançou com o disco e só depois completará a tese. "O tema que eu escolhi tem a ver com música, porque a música teve um papel fundamental na mobilização da juventude urbana para as grandes causas nacionais, a começar pela independência."
O disco de Karyna Gomes reflecte isso, em termos sonoros. "Quando medito no meu trabalho, vejo que este primeiro disco é essencialmente uma genealogia da música urbana guineense. Porque eu canto em crioulo e mesmo a música mais tradicional que eu fiz no disco, que é o Nha cunhada, é uma música da cidade, embora ainda não tenha nenhum instrumento ocidental. O único instrumento ocidental que entra na música urbana da Guiné é o acordeão, que está muito ressente no disco."
Por isso, ela insiste nesta ideia: "Aqui não vejo nada de étnico, mas sim da música urbana. Quando pego num tema que o Zé Manuel Fortes fez em 1978, ponho um pianoforte e faço uns improvidos de gospel, tenho um coro. E isso já tem a ver com os processos de identificação da minha parte. Porque eu nasci na Guiné-Bissau mas a minha mãe é cabo-verdiana, o meu pai é guineense, os meus tios-avós tinham uma estante cheia de discos cubanos e brasileiros, de bossa nova. Ora por causa dessas influências já lá de casa (o meu pai sempre ouviu muita música do mundo todo, cubana, brasileira, americana), em pequena ouvi muito Michael Jackson, Whitney Houston, Toni Braxton e esses nomes da música pop americana, mas também do soul, do jazz e do rhythm’n’blues e isso acabou por influenciar a minha musicalidade. Em Bissau, as pessoas da minha geração estão contentes, porque ainda não tinham encontrado ninguém que tivesse a ousadia de gravar um disco que trouxesse aquilo que nós ouvíamos: o funk, o soul, o groove americano, isso misturado com às outras coisas de base da nossa música." Público
SALÁRIOS DOS DEPUTADOS: E esta, hein?
"Sr. António Aly Silva,
É com prazer que o acompanho na sua luta diária, constante, de anos, que trava contra os desmandos no seu País. Eu sou um cidadão estrangeiro de um País que há anos se encontra empenhado em ajudar a Guiné-Bissa atravês de várias agências. Agora, olhamo-nos e questionamos: "Será que é de aumento de salário dos deputados que a Guiné-Bissau precisa neste momento?"
E os médicos, os enfermeiros, os professores, os engenheiros agrônomos - será que não merecem ver o seu salário aumentado? No meio de tudo isto, como se sentirão os próprios deputados? E o presidente da assembleia? Convenhamos que no seu País, que conheço de várias missões do FMI e do Banco Mundial, alguém, um servidor público ganhar quase 3 mil euros...é um escândalo!
Espero não ter excedido na linguagem.
Abraço fraterno,
C. S."
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