quinta-feira, 17 de março de 2016
Os ficheiros secretos do Estado Islâmico
Veja AQUI

É mais um capítulo da saga dos jihadistas portugueses. Depois de as cadeias de rádio e televisão públicas alemãs NDR, WDR e o jornal Sueddeutsche Zeitung terem revelado, a 7 de Março, a existência de milhares de fichas com dados pessoais de voluntários estrangeiros do Estado Islâmico, em Portugal, todos, polícias, serviços secretos e jornalistas, quiseram saber se haveria portugueses nas listas. Uma parte estava acessível na internet, no site sírio Zaman Al Wasl, que a partir dessa data começou a colocar os documentos online – mas rasurados de informação relevante: nomes, contactos, datas, etc.
No Brasil, sim!
Caro Aly,
O início desta noite ficou feio nas ruas do Brasil. Ficamos assustados, mas vale a pena ver o povo Brasileiro mostrando o patriotismo. É isso que falta na Guiné, dizer basta a corrupção, ditadura e a impunidade...
É isso que falta para o JOMAV. O povo sair na rua em massa e dizer basta de ditadura.
Atenciosamente,
David Silva
DESAFIO AOS GUINEENSES: Vamos todos gravar 1 Minuto de Vídeo
Nomeia-se a menina Nancy Cardoso como o rosto da luta para destituição do Jomav da presidência da República da Guiné-Bissau. Vamos baptizar o nome desse movimento de Turbada Grandi.
Vamos todos gravar 1 minuto de mensagem de vídeo para pedir/exigir a destituição do presidente Jomav. Jovens, mulheres, homens, velhos cada um com a sua ferramenta, telemóvel, iPad, computador.
Enviar para o Ditadura do Consenso neste email: aaly.silva@gmail.com e divulgar no Facebook, Twitter, Instagram ou outros meios. Vamos mostrar ao mundo que também podemos derrubar um regime sem recorrer a armas de fogo, catanas ou pedras. Inspiremos todos no vídeo da Nancy Cardoso.
Leitor indentificado
Médicos do Mundo regressam
Esta é uma história que se repetiu em muitas famílias e instituições de solidariedade: chegou a crise e, apesar da vontade de ajudar, os rendimentos tiveram de ser canalizados para despesas urgentes. Resultado: organizações não-governamentais, como a Médicos do Mundo, sentiram uma redução nos donativos (cerca de 300 mil euros em doações e subsídios) e tiveram de se adaptar.
Esta instituição promoveu eventos como o concerto da próxima terça-feira, 22, no Tivoli, ou a corrida solidária. Mas optou também por se focar apenas nos projectos nacionais (são dez e apenas metade deles são financiados, os restantes necessitam de fundos próprios). Tem unidades móveis em Lisboa e Porto, projectos vocacionados para idosos, contra a exclusão social, de apoio medicamentoso e a migrantes — estão a trabalhar com o centro de acolhimento temporário de refugiados, onde estarão cerca de 20, neste momento.
A partir de 2012, a Médicos do Mundo começou a fechar as missões internacionais. Primeiro, a Guiné-Bissau, em 2012. No ano seguinte, São Tomé e Príncipe e, em 2014, em Timor-Leste.
Mas já têm acertada a data para regressarem a estes países. "Está nos nossos planos voltarmos [ao plano internacional], senão em 2016, em 2017", diz à SÁBADO a directora-geral da associação Médicos do Mundo, Carla Paiva. "A nossa prioridade seria a Guiné e depois São Tomé. Em último, Timor, por ser mais longe e porque deixámos um belíssimo trabalho de capacitação dos locais."
quarta-feira, 16 de março de 2016
À ATENÇÃO DA UNIÃO AFRICANA E DO PRESIDENTE JOMAV: O Banco Central dos Estados da África Ocidental, através do seu director nacional para a Guiné-Bissau, João Fadia, afirmou hoje que a economia do país evoluiu positivamente em 2015, registando um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 4,8 pontos percentuais. AAS
VÍDEO HERÓICO-MARÇO, MÊS DA MULHER: "Nô ka misti JOMAV na ki turpessa"
Veja o VÍDEO
Mobilizemo-nos, povo Guineense. Tudo está ao nosso alcance.
JOMAV POVO NA DESAFIAU, Su FIANÇA NO BAI URNA DE NOVO.
Chega!, ruaaaaa!!!
Autoria: Nancy Raisa Da Silva Alves Cardoso
Tensões na fronteira entre Guiné-Bissau e Senegal
O ministério dos negócios estrangeiros da Guiné-Bissau aconselhou esta quarta-feira os cidadãos guineenses a evitarem frequentar a zona de fronteira entre o Senegal e a Gambia, dois países, cujas relações se deterioraram nas últimas semanas, com o fecho da fronteira terrestre.
O reflexo desta tensão já é sentido na Guiné-Bissau com escassez de alguns produtos essenciais, sobretudo o açúcar, que saiu 500fcfa, o equivalente a 1USD, para 1000fcfa, ou seja, 2USD. Feitas as contas percentuais, diga-se que houve uma subida de 100%.
Os consumidores queixam-se da situação e lamentam o facto das autoridades não estarem em condições de superar, sempre que apareçam, momentos iguais.
Guineenses inconformados com a dependência do mercado nacional ao Senegal e a Gambia, dois países mais próximos, cujos produtos abastecem totalmente o mercado nacional. Situação longe de ser resolvida perante ausência de uma visão e política claras sobre este particular.
Midana Sambú, especialista em Comércio Internacional, disse a Voz de América, que a Guiné-Bissau oferece maior condições geográficas que a impediria de enfrentar a presente crise, sobretudo do escassez de açúcar.
Segundo este especialista guineense é preciso que o Governo encontre alternativas. Alternativas que, na sua opinião, passam pela criação de condições que permitam a melhoria do Porto principal da Guiné-Bissau. VOA
União Africana inicia missão na Guiné-Bissau
Depois do Conselho de Segurança da ONU, é a vez do Conselho de Paz e Segurança da UA estar presente na Guiné-Bissau. A missão da União Africana inicia esta noite uma visita de cinco dias a Bissau, onde tem em agenda vários encontros com as autoridades políticas e sociedade civil, para ajudar a resolver a crise que abala o país desde agosto de ano passado.
Até ao próximo dia 20 de Março, a visita do Conselho de Paz e Segurança da UA insere-se no âmbito das consultas com diversas entidades nacionais para compreender a situação política vigente e, em conjunto, encontrar mecanismos que possam facilitar a resolução da crise guineense, que se instalou no Parlamento, depois da nomeação de Carlos Correia como Chefe do Governo.
O representante da União Africana no país, Ovídio Pequeno, disse que a missão do conselho não tem uma estratégia pré-definida para o impasse político, contudo alerta para a necessidade de todos se mobilizarem em torno do desenvolvimento da Guiné-Bissau.
A delegação do Conselho de Paz e Segurança da União Africana inicia visitas em Bissau, uma semana depois da missão do Conselho de Segurança da ONU ter mantido contactos com os actores políticos, com vista a encontrar solução para actual crise política que começou com o derrube do Governo liderado por Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC, Partido vencedor nas últimas eleições. RFI
OBITUÁRIO: Faleceu esta madrugada, em Bissau, Juvêncio Gomes. Combatente da liberdade da pátria, ocupou vários cargos, como secretário Geral do Ministério da Administração Interna e presidente da Câmara Municipal de Bissau. A Guiné-Bissau perdeu um dos seus melhores filhos, o mais bem formado nos seus valores. À família enlutada, o editor do DC envia as mais sentidas condolências. Que a terra lhe seja leve. AAS

O malogrado ao lado de Iva Cabral, filha de Amílcar Cabral, fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana
ENTREVISTA: "Com a intervenção do Presidente, José Mário Vaz, o desenvolvimento tornou-se mais complicado"
Christoph Kohl, é alemão, professor e um profundo conhecedor da Guiné-Bissau. Pesquisador na "Fundação Alemã de Estudos da Paz e de Mediação de Conflitos", falou com a rádio Deutsche Welle sobre as principais razões da instabilidade naquele país africano de língua portuguesa.
DW África: Quais os principais fatores que contribuem para a instabilidade política na Guiné-Bissau?
Dr. Christoph Kohl (CK): Diria que o maior fator de instabilidade são as lutas entre diferentes redes, entre políticos e militares. Trata-se de redes baseadas em vários interesses. Hoje dependem de um determinado político, e amanhã podem ser compostas por outros políticos...
DW África: E o que pode dizer sobre o fator étnico?
CK: Sempre houve tentativas de mobilização étnica. Olhemos, por exemplo, para o caso Kumba Yalá, que durante toda a sua vida política tentou mobilizar os eleitores de uma maneira ‘étnica’, dirigindo-se aos balantas. Mais recentemente há que referir o caso de Braima Camará, do maior partido, o PAIGC, que tenta mobilizar guineenses oriundos da zona leste do país, nomeadamente mandingas e fulas. Mas eu diria que até agora a mobilização étnica não teve grande sucesso.
DW África: Mais de 40 anos depois da independência o colonialismo e também a luta contra o colonialismo ainda estão muito presentes na mente dos guineenses. Isso também é um fator de instabilidade?
CK: Sim, claro. O colonialismo ainda tem um papel muito importante na Guiné-Bissau. Quando os portugueses saíram da Guiné-Bissau praticamente não havia pessoas com formação superior e até agora esse facto tem repercussões muito importantes na Guiné-Bissau.
DW África: Falando com os jovens guineenses ouvimos muitas vezes frases como ‘Quem nos liberta dos nossos libertadores’. Muitos jovens querem uma maior emancipação perante os militares que fizeram a luta de libertação...
CK: Sim. Eu também ouvi essas frases, sobretudo da boca das camadas bem educadas. Os jovens de 20, 30 anos querem um país mais avançado, um país democrático. A juventude pensa que ela mesma poderia governar o país de uma maneira muito melhor.
DW África: Alguns observadores dizem que a Guiné-Bissau é um ‘failed state’, um Estado falhado. Que consequências terá isso para o funcionamento da sociedade da Guiné-Bissau?
CK: Eu não gosto muito do conceito de ‘failed state’, porque, ao contrário de outros países, a Guiné-Bissau também tem desenvolvimentos bastante positivos. É claro que o Estado é relativamente fraco, mas, por outro lado, a sociedade civil da Guiné-Bissau é bastante forte. Os guineenses têm uma ideia muito vincada de pertença a uma nação, à sua nação. Identificam-se com o seu país, e isso contribui para que essa nação não tenha caído completamente, como outros países.
DW África: Que solução vê para o atual impasse político na Guiné-Bissau?
CK: Durante o governo de Domingos Simões Pereira a Guiné-Bissau parecia estar a enveredar pelo bom caminho. Agora, com a intervenção do Presidente, José Mário Vaz, o desenvolvimento tornou-se mais complicado. No meu entender é necessário que a comunidade internacional tente influenciar, de uma maneira construtiva, os desenvolvimentos políticos na Guiné-Bissau. É necessário que a comunidade internacional mantenha uma postura positiva, para que o país possa regressar a um Governo mais estável. A União Europeia e sobretudo Portugal deveriam contribuir de forma mais ativa para a estabilidade na Guiné-Bissau, juntamente com as Nações Unidas.
DW África: Existe o perigo da Guiné-Bissau ser utilizada não só por redes internacionais de narcotráfico como também por redes de terroristas islamistas e jihadistas?
CK: Sim, sobretudo no interior do país existem jovens que estiveram na Arábia Saudita para fazer formações religiosas e esses jovens tentam espalhar as suas visões mais conservadoras do islão. Mas até agora a sociedade guineense ainda resistiu a essas tentativas de interpretar o islão de uma maneira mais conservadora, ou seja a versão “wahhabita” do islão. Mas é possível que isso possa mudar no futuro próximo. Mas neste momento não vejo que o islamismo esteja a ocupar um papel decisivo na vida política do país.
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