terça-feira, 1 de março de 2016
ONU aposta na reconciliação
O novo mandato da Comissão de Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), que começa hoje e termina em 28 de Fevereiro de 2017, privilegia o diálogo político e a reconciliação nacional, refere um comunicado da ONU divulgado ontem.
A nota exorta a UNIOGBIS “a apoiar reformas na segurança nacional, desenvolvimento de estratégias legais e dos sistemas de justiça civil e militar compatíveis com as normas internacionais”.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas, que prorrogou na sexta-feira por um ano o mandato da UNIOGBIS “para ajudar a Guiné-Bissau a consolidar a paz e a estabilidade”, pediu às autoridades guineenses que continuem a dar “passos concretos no caminho da paz” .
O texto da resolução sublinha preocupação com as “tensões políticas e institucionais” entre o Chefe do Estado, o primeiro-ministro, o presidente do Parlamento e dirigentes dos partidos políticos e sugere-lhes que trabalhem em conjunto para a consolidação dos progressos registados.
No documento é igualmente expresso “apoio total” ao enviado especial da ONU à Guiné-Bissau, Miguel Trovoada e pede-se-lhe que continue a liderar os esforços internacionais para o reforço das instituições democráticas e estabelecimento de “um bom sistema de justiça criminal e penitenciário capaz de combater a impunidade e promover o respeito pelos direitos humanos”.
Entre as prioridades da UNIOGBIS estão o apoio “ao diálogo político inclusivo”, o “processo de reconciliação nacional”, bem como “a prestação de conselhos estratégicos e técnicos às autoridades nacionais, em coordenação com a Missão de Segurança na Guiné-Bissau da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental”.
O comunicado do Conselho de Segurança das Nações Unidas afirma que a UNIOGBIS deve apoiar apoio o Governo guineense “na mobilização e coordenação da assistência internacional para a implementação da reforma dos sectores da defesa e segurança”, além de “reforçar a cooperação com a CPLP, a União Africana e a União Europeia”.
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Partido no poder na Guiné-Bissau rejeita proposta do PR para resolver crise
O PAIGC, partido no Governo na Guiné-Bissau, endereçou hoje uma carta ao Presidente da República, José Mário Vaz, em que rejeita a proposta de acordo para resolver a crise política no país.
Segundo Manuel dos Santos, membro do bureau político do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), a proposta apresentada pelo chefe de Estado "é inaceitável".
"Aquele tipo de acordo parece-se muito com acordos celebrados depois de golpe de Estado, pactos de transição. Nós não estamos em transição nenhuma, há legalidade que está de pé, há um Presidente da República, há um Governo, existe uma Assembleia que funciona", frisou. Lusa
OPINIÃO/CAÇA ÀS BRUXAS: "JBV será ouvido amanhã com o único objectivo de lhe ser decretada a medida de coacção mais gravosa - a prisão preventiva. O objectivo primeiro é denegrir a sua imagem e do Governo; e o objectivo final é e destruir tudo o que está próximo do presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira." Carlos M.
ÚLTIMA HORA/NOTÍCIA DC/RETOMADA A CAÇA ÀS BRUXAS: A reacção dura e pronta do PAIGC à proposta do presidente da República, bastou para acordar os fantasmas na procuradoria-geral da República. Ditadura do Consenso sabe que, amanhã, às 9 horas o secretário de Estado dos Transportes, João Bernardo Vieira, será ouvido pelo ministério Público. AAS
Les enfants terribles
Com os desaparecimentos físicos do Helder Proença e do Baciro Dabo, duas figuras incontornáveis da nossa política, muitos políticos e analistas da política, na altura dessas mortes, apesar da tristeza esfregaram as mãos de contentamento dizendo que a Guiné-Bissau finalmente arrancaria.
Na sua análise, eram eles os especialistas das crises políticas e responsáveis por todos os golpes de estado na Guiné-Bissau. Uma vez desaparecidos nunca mais haveria golpes e crises políticas.
A propósito, disse um político experiente do PAIGC que na altura da funeral do Hélder Proença disse para os camaradas que esses desaparecimentos não significariam o fim das convulsões políticas porque ele deixou 'herdeiros'. Perguntaram-no então quem seriam os herdeiros. Respondeu: "Vamos estar atentos ao Aristides Ocante e ao Soares Sambú (final, eram os mais próximos do malogrado Hélder Proença). AAS
Paulo Sanha nas bocas do mundo
Nos bastidores das fofoquices políticas (corredores da ANP, gabinetes dos partidos políticos e organizações internacionais), todos são unânimes numa coisa: O grande vencedor (ainda) dessa luta política e jurídica, é o Paulo Sanhá, presidente do STJ.
Um observador adianta que Paulo Sanha "está firme e consistente". Apesar de tanta pressão política, charmes de sedução e com algumas ameaças, da presidência e o PRS: "O PRS já não assusta e nem o velho chavão étnico, que no passado rendeu muitos ganhos ao PRS e a alguns políticos oportunistas."
Paulo Sanhá recusa e recusou qualquer tentativa ou compromisso de aldrabice jurídico-político para desvirtualizar a verdade constitucional da Guiné Bissau. A sua resposta foi sempre "avancem para os tribunais e depois veremos". E disse no fim "é por isso que o JOMAV recusa cumprir o compromisso com o PRS e com os 15".
Acabou com uma frase lapidar: "Deus abençoe o Paulo Sanhá, porque, se fosse com outro a esta hora o JOMAV tinha já implantado na Guiné-Bissau a constituição da Gambia!" AAS
sábado, 27 de fevereiro de 2016
OBITUÁRIO: Morreu o nacionalista angolano Lúcio Lara
O nacionalista angolano Lúcio Lara morreu hoje em Luanda, aos 86 anos, vítima de doença, noticiou a Televisão Pública de Angola (TPA). Lúcio Rodrigo Barreto de Lara nasceu a 9 de Abril de 1929 no Huambo, foi membro influente do MPLA, partido majoritário em Angola.
Lúcio Lara (9 de Abril de 1929 - 27 de Fevereiro de 2016) foi um dos membros fundadores do MPLA. Filho de um fazendeiro português e da sua mulher angolana, nasceu no interior da província de Benguela. Estudou em Lisboa onde casou com Ruth, filha de uma família composta de um alemão e de uma judia alemã que haviam fugido do Nazismo, e com quem teve três filhos.
Envolveu-se desde cedo nas movimentações nacionalistas em curso desde os anos 1950, em Angola e entre os angolanos no exílio. Foi eleito Secretário da Organização e dos Quadros na primeira conferência nacional do MPLA, em Dezembro de 1962, passando mais tarde a Secretário Geral.
Nesta função, foi o "operacional" junto de Agostinho Neto, sobretudo a partir da sede do MPLA em Brazzaville onde adoptou uma criança natural do país, Jean-Michel Mabeko Tali. Até à sua retirada da vida política, recentemente, era membro da Assembleia Nacional em representação do MPLA. Club-K Angola/Fonte: Angop/TPA
O que será dos alunos?
Um sindicato de PROFESSORES na Guiné-Bissau, enviou um email sobre uma greve que será retomada. Não a publico (já lhes comuniquei isso, e dei a minha explicação). Censura mesmo:
Um sindicato de professores, a escrever géneros "almentissios”???? E ainda assim a fazer greve? Poupem-me, por favor. E se fossem plantar batatas, pá?! Um sindicato de professores!!! AAS
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
BOTCHÉ CANDÉ: O homem que gera paixões e ódios
Alguém disse que quando o Botche Candé declarou o seu apoio ao DSP na luta pela liderança do PAIGC, houve vários sentimentos à volta dos indefectiveis do engenheiro. O Botche Candé, é sabido, gera sentimentos de paixões e de ódios.
A forte carga de misticismo que carrega nas costas faz dele um homem respeitado e, até certo ponto, temido. Disse quem assistiu, que o DSP foi como sempre foi - educado mas frontal com o homem. Aceitou a opção do Botché e agradeceu o apoio. Mas deixou logo claro que aceitava o apoio mas sem qualquer compromisso.
Disse ainda a Botche Candé que não contasse e nem ambicionasse no futuro qualquer cargo num Governo. Conta quem assistiu, que o Botche Candé educadamente disse "vamos é trabalhar e depois o futuro dirá". E foi integrado e aos poucos ganhou o seu lugar no núcleo duro da confiança do DSP.
Da campanha do congresso de Cacheu à vitória nas eleições, muita coisa aconteceu nesse trajecto. DSP aceitou o apoio de Botche Candé um pouco tímido e com pressões de algumas pessoas que não aceitavam aquela aliança. Alguém perguntou, o que é que mudou para ter tanta confiança no homem a ponto de tudo indicar que pode ser ministeriável?
O DSP, foi lapidar na sua declaração dentro do núcleo duro e fora dele: que o Botche Candé foi a melhor coisa e prenda que Deus lhe deu. Homem trabalhador, honesto, fiel e em quem pode confiar. Por isso, prefere mil vezes o Botche Candé do que muitos doutores e engenheiros que vagueiam pelo partido...AAS
À maneira guineense/maldade
Alguém do Ministério das Finanças, fez chegar (por maldade ou por brincadeira), um dossier bem elaborado com as cópias de despachos do então ministro da Finanças, José Mário Vaz; como ele despachava, como assinava e atribuía como bem entendia: subsídios, avenças, ajudas de custos, viagens, saúde.
Um juiz confidenciou: O Sedja Man, quando viu e leu o dossier, ficou sem jeito e num bom crioulo disse: Ami propi, nundê kim bim miti nha kabessa. Mas, este colega juiz disse que o que mais assustou o Sedja Man, foi o recado do PAIGC: Vão registar todos os procedimentos do procurador para memória futura.
Para Sedja Man, isto é uma ameaça clara, velada. De lembrar, que o próprio PGR tem um processo para julgamento relacionado com o desvio de dinheiro quando estava na CNE...
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