sábado, 30 de janeiro de 2016
OPINIÃO AAS: JOMAV entre a espada e a parede
"Correm rumores cada vez mais fortes de que o presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, vai derrubar o Governo do PAIGC liderado por Carlos Correia.. Mas aposto que não vai fazê-lo, mesmo sabendo que o homem não bate bem da cabeça.
- Dias depois de a ANP, o Parlamento guineense - um órgão de soberania - ter recolocado a ordem, depois de desacatos de deputados e ex-deputados insatisfeitos;
- Depois de um Tribunal (outro órgão de soberania) ter confirmado a expulsão dos 15 deputados;
- Depois do Governo ter visto o seu programa aprovado.
Assim, posso muito bem dizer que uma demissão do Governo pelo PR seria uma flagrante violação da Constituição e um verdadeiro golpe Palaciano protagonizado por quem o deve defender.
Ademais, com a actual composição do Parlamento qualquer solução governativa passará necessariamente pelo PAIGC, que foi o partido que nas urnas recebeu o mandato do Povo para governar.
Um governo de iniciativa presidencial, como se especula, será um nado-morto (não foi JOMAV que ganhou as eleições legislativas, vai esbarrar no Acórdão 1/2015, e, mesmo que passasse seria chumbado no Parlamento pela maioria confortável do PAIGC).
A solução plausível para o PR é dissolver o Parlamento, um cenário que até mais se adequa ao momento político, uma vez que o epicentro da última crise foi no Parlamento. Mas este é precisamente o cenário que JOMAV mais teme:
O governo de Carlos Correia continuaria em gestão até novas eleições, os 15 não entrariam nas listas do PAIGC, o PRS não está preparado para eleições agora e, last but not least, a comunidade internacional está a dar indicações de que só financiará novas eleições se forem gerais, isto é legislativas e presidenciais.
Alias, para eles o JOMAV é que é o principal foco da instabilidade política na Guiné-Bissau, e nunca o esconderam! Imagine-se que o DSP volte a ganhar as legislativas (como se afigura) e o JOMAV diga outra vez que não o aceita como Primeiro Ministro?
Por tudo isto, JJOMAV está perante um grande dilema. Não gostaria de estar na sua pele por estes dias e noites, e estou muito curioso para saber como é que ele sai desta. De mais uma trapalhada das grandes. AAS"
CINEMA: História do passado colonial da Guiné-Bissau vai chegar ao grande ecrã
A jovem, o professor e o régulo (chefe tradicional), personagens do escritor guineense Abdulai Silá para retratar o passado colonial, vão saltar para as telas numa longa-metragem sobre os anos 50 e 60 da Guiné Portuguesa. A importância da escola, de ter alguém que saiba dirigir uma comunidade ou o papel da emancipação da mulher, são ideias que o filme "Coração Guiné: a última tragédia" quer destacar a partir da obra "A Última Tragédia".
O projeto foi um dos vencedores do concurso FIC TV promovido pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para promover a produção audiovisual nos países de língua portuguesa. "A história tem como palco a Guiné-Bissau, mas podia ter acontecido noutro país africano de expressão portuguesa, ou no Brasil", refere Mussá Baldé, jornalista e escritor guineense.
Trata-se de um conto de época, o que o transforma num desafio maior, tanto para o realizador e como para o produtor. "É preciso reavivar os cenários da época de 50 a 60, numa história que se passa em diferentes pontos da Guiné-Bissau: Biombo, Quinhamel, Bissau e Catió", acrescenta Mussá Baldé.
Retratar o passado "é o maior desafio. Por exemplo, já descobrimos onde encontrar carros da época", acrescenta o realizador, José Lopes -- formado em Cuba e com trabalho feito no apoio a filmes de outros realizadores guineenses. A partir do livro de Abdulai Silá, já foi feita uma adaptação que se constitui como a primeira versão do guião -- que mereceu a escolha da CPLP -- e que agora vai ser trabalhada.
Seguem-se sete sessões através da Internet com tutores artísticos a definir pela organização, para um trabalho de preparação que se deverá prolongar até final de 2016. "Se após este período o projeto conseguir estar de acordo com as expetativas, recebe 100% de financiamento" e avança para as filmagens, refere o produtor.
Baldé e Lopes já se aventuraram numa longa metragem quando em 2011 fizeram parte da equipa que criou "Clara di Sabura" (Clara da boa vida), a história de uma jovem que deixa a escola para procurar sucesso fácil a seduzir políticos e empresários. Agora a luta promete ser maior, num país que continua com as mesmas limitações: faltam infraestruturas base, mão-de-obra qualificada e recursos técnicos.
A dupla planeia recorrer a especialistas de outros países da CPLP para o projeto avançar, refere o produtor, que ainda assim reconhece virtudes à Guiné-Bissau, seu país Natal. "Há talento e inspiração. Aqui há sempre histórias para contar. Por exemplo, o que se tem passado com o Parlamento, como que sequestrado pelos seus próprios deputados, dava um filme", refere Mussá Baldé.
A dupla que dirige o projeto garante que ideias não faltam, o que não há "é dinheiro" para as concretizar. "Temos dois grandes realizadores, Flora Gomes e Sana N'Hada, mas nós também queremos fazer o nosso caminho", acrescenta Baldé, que tem um sonho por concretizar. "O meu sonho é fazer a primeira telenovela da Guiné-Bissau", em que sejam relatadas histórias do quotidiano. Até lá, a produção do filme em si promete ser uma aventura. Lusa
A propósito do Trovoada...
"Meu Caro Aly
O teu trabalho patriótico é insubstituível nestas horas e momentos de grande perigo para o nosso país e o nosso povo. Foi muito bem a chamada de atenção ao Senhor Miguel Trovoada, que em vez de falar da necessidade do respeito pelas leis, pela Constituição e pelas decisões do poder judicial, se encanta a falar da necessidade de dar pérolas a porcos para os satisfazer. Ele devia seguir o exemplo da representaçao da União Europeia que exige que qualquer solução passe pelo respeito da escolha popular nas eleições de 2014.
Cidadão Atento."
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
MENSAGEM PARA O SR. MIGUEL TROVOADA: Mas que raio de representante nos saiu na sorte?
Ao ouvir as suas declarações de hoje, após o encontro com o Presidente da República, fiquei em choque e lembrei-me do seu anterior encontro a quando da queda do governo em Agosto de 2015.
E queria lhe perguntar se realmente quer ajudar o povo da Guiné dizendo que as partes não querem dialogar... mas ao meu ver o Senhor mais que qualquer um sabe que a única razão de toda esta situação vem da Presidência da República.
Se o senhor acha que as Nações Unidas nada pode fazer para ajudar então convidamos o senhor a sair da Guiné Bissau e deixar o lugar para quem queira fazer algo.
Como foi o caso do nosso saudoso amigo Ramos Horta que fez um trabalho fantástico numa situação em que o perigo era mais grave na Guiné e não se compara com a situação actual em que a extravagância de uma pessoa está a pôr em risco o desenvolvimento e o bem estar de todo um país.
Eu tinha esperança que o senhor seria de grande apoio para a nossa terra pois várias vezes no passado você refugiar-se na Guiné quando ameaçado no seu país. Mas pelos vistos o Sr. também é um mal agradecido e um incompetente que em vez de pedir o respeito das regras e das leis pede o diálogo com pessoas que já deram provas de serem traficantes, ladrões e mentirosos.
Já percebemos que o Presidente pretende deitar abaixo um Governo democraticamente eleito e com o programa validado pela assembleia, mas sobre isso o senhor pelos vistos não tem nada a dizer pois para si é um problema dos políticos e não do povo. Mas que raio de representante nos saiu na sorte.
Uma pessoa que está mais ocupada a acompanhar o filho que é Primeiro Ministro em São Tomé, que em fazer o trabalho para o qual foi enviado. Então caro senhor pelas razões acima mencionadas convidamos o senhor a ir-se embora e a deixar o nosso povo resolver o seu problema.
CRISE POLÍTICA: Tudo na mesma
Hoje, os guineenses amantes da democracia podem dormir descansados, porque não vai haver nada; nenhuma comunicação do PR ao país. Uma fonte da presidência garantiu ao DC que a pressão do PRS tem sido enorme, mas que JOMAV vai ainda ouvir o conselho de Estado antes de fazer a comunicação ao País.
Mas também, que caso o PR venha a optar pelo derrube do Governo, ou mesmo a dissolver ANP, ainda segundo a mesma fonte, esperava contar com um grupo de desordeiros, alguns dos quais com farda, que apareceriam de forma 'expontânea', - mas também aqui parece que as coisas não estão aclaradas e terão sido descartadas.
Uma coisa é certa: se o PR tem uma enorme pressão do PRS, tem talvez igual ou maior pressão por parte de todas as forças vivas e democráticas da Nação, para além da própria comunidade internacional. O PAIGC, esse, não desarma e promete que desta vez não será humilhado a exemplo do golpe que derrubou Carlos Gomes Jr. AAS
AMANHÃ, DIA DA MULHER GUINEENSE, VEM GRITAR PELA DEMOCRACIA
MANIFESTAÇÃO: "EM DEMOCRACIA O POVO É QUEM ORDENA"
Sábado, 30 de Janeiro, no Bairro D'Ajuda, As 17H. Na companhia de:
- Bihan Quimor,
- Big Carlos,
- Os Mecânicos
- Star Caninha Cândida Lopez Cassama
Vamos todos juntos dizer a nossa Heroína Titina Silá, que a razão da sua luta e consequente morte estão a ser banalizadas por políticos gananciosos e ambiciosos que não se importam com o bem-estar comum.
O nosso futuro está nas nossas mãos, não nas mãos dos que têm filhos vivendo e estudando no estrangeiro e que não importam com a nossa pobreza, com o nosso cuntango. Junta-te a nós para falarmos em uma só voz “EM DEMOCRACIA O POVO É QUEM ORDENA”.
REPORTAGEM VOA nos EUA: Guineenses, entre a divisão e a saudade da terra
Um recenseamento feito há cerca de dois anos pela Associação da Comunidade da Guiné-Bissau nos Estados Unidos (ACGB-USA) registou cerca de 500 guineenses adultos, na sua grande maioria na Nova Inglaterra. Admite-se, no entanto, que o número seja muito superior, numa comunidade muito dividida, mas que continua a seguir o que se passa na Guiné-Bissau.
Espalhados por vários Estados, os guineenses estão presentes em muitos sectores, mas a grande maioria trabalha na construção. Daniel Miguel, presidente em exercício da ACGB, diz que metade ou mais “encontra-se em situação de ilegalidade, havendo, no entanto, muitos estão no processo de legalização”. Nos últimos tempos, têm chegado muitos guineenses de Cabo Verde por casamento com naturais das ilhas.
A Associação da Comunidade da Guiné-Bissau nos Estados Unidos, criada na década de 1980, enfrenta muitas dificuldades, entre elas a falta de meios e o afastamento dos imigrantes, como diz Daniel Miguel “Muitos se afastaram devido aos problemas que se registaram na associação no passado e, apesar dos nossos esforços, é muito difícil fazer qualquer trabalho”, explica Miguel, que justifica a falta de meios para “unir aqueles que não querem se unir”.
As novas tecnologias, na verdade, constituem hoje um aliado extraordinário dos imigrantes.
Tanto Silva como Miguel, “e muitos outros” não se cansam de procurar notícias “nos blogues, jornais digitais, redes sociais pessoais, apesar de não se ter acesso a muito informação do Governo”, lamenta o presidente da ACGB e técnico sénior de programação informática. Além da legalização, que afecta todas as comunidades, os guineenses enfrentam também o duro problema das deportações, principalmente de jovens que entram para o mundo do crime, “um estigma para a comunidade”, de acordo com Daniel Miguel.
Apesar de, como expressa a maioria dos guineenses, “estarmos muito tristes e preocupados com a situação do país", a vontade de regressar é uma realidade, mesmo para aqueles que se encontram bem integrados
Lígia Silva pensava regressar à Guiné-Bissau no verão passado, mas a nova crise que assola o país levou-a a adiar a decisão. "Vou ter de esperar um pouco mais", revela aquela professora uriversitária que reconhece ser "muito difícil uma pessoa devidamente instalada", regressar à Guiné-Bissau.
Além da ACGB liderada por Daniel Miguel, há uma outra associação de guineenses com o mesmo nome da ACGB, fruto de uma divisão no seio da comunidade. Não foi possível falar com os seus responsáveis.
Muitos dizem que essa divisão poder ser um reflexo do país, mas para outros a emigração tem caminhos vários que dificultam, às vezes, a aproximação das comunidades.
Ouça AQUI o capítulo dedicado à comunidade guineense da série Diáspora na América. Voz da América
PREPAREMO-NOS PARA O PIOR: Guineenses, a decisão que vai ser anunciada ao País pelo presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pode não ser aquela que a esmagadora maioria dos cidadãos democratas espera...é triste e lamentável que nenhum Governo complete uma legislatura! Esta é uma luta desigual que nos foi imposta e que temos combater. É de bradar aos céus!!! Viva a democracia, viva a República. AAS
MANIFESTAÇÃO: EM DEFESA DOS VALORES DEMOCRÁTICOS
Amanhã, dia 30 de janeiro (Dia da Celebração da Mulher Guineense), às 15 horas, à frente do Palácio do Governo, na Praça dos Heróis Nacionais.
Vem defender a democracia ameaçada, dizendo Não à Tirania. O Presidente da República no fim de um encontro com a Direção do PRS, prometeu destituir o Governo de Carlos Correia e avançar com uma de sua própria iniciativa.
É hora de todos unirmos em prol da PAZ e da ESTABILIDADE!!!
Vem trajado com o que tiver de mais simbólico em relação ao seu compromisso e à verdade.
REPASSE ESTA MENSAGEM PARA QUANTOS CIDADÃOS PUDER!
Bissau, 29 de janeiro de 2016
Um grupo de cidadãos democratas
CRISE POLÍTICA: Chefes religiosos da Guiné-Bissau apelam ao PR que promova diálogo na classe política
Líderes da comunidade muçulmana e católica da Guiné-Bissau apelaram hoje ao Presidente guineense, José Mário Vaz, que promova o diálogo na classe política para ultrapassar a atual crise institucional.
José Mário Vaz reuniu-se hoje com os representantes do poder tradicional e os líderes religiosos no âmbito de consultas que tem estado a levar a cabo com as forças vivas da nação guineense para a busca de uma saída para a crise política.
O imã, líder religioso muçulmano, Bubacõr Djaló, e o padre Domingos da Fonseca, em representação da igreja Católica, adiantaram aos jornalistas terem recomendado ao chefe de Estado que "faça tudo para promover o diálogo" entre os políticos, no que dizem ser "a única forma de sair da crise".
Os dois líderes religiosos coincidiram ao afirmar que o diálogo que se pretende será no sentido de atingir um consenso, independentemente daquilo que diz a lei.
"Independentemente de todas as leis que se possam consultar, era bom que houvesse o bom senso em sintonia com o povo da Guiné-Bissau", defendeu o padre Domingos da Fonseca, notando que há momentos em que "é preciso deixar de lado a lei".
Para o imã Bubacõr Djaló, "não se deve minimizar" a crise que assola a classe política, tendo em conta as crises no passado recente do país. "É preciso aplicar a lei, mas promover sempre um diálogo que possa trazer o consenso logo a seguir", afirmou Bubacõr Djaló, frisando que o país "já está cansado de polémicas" entre a classe política. Lusa
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