sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
Embaixada de Portugal oferece materiais escolares a crianças internadas no HNSM
A Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau ofereceu, na passada quinta-feira, diverso material escolar às crianças que se encontram internadas no Hospitalar Simão Mendes (HNS), em Bissau.
Citada pela Ang Notícias, Margarida Alfredo Gomes, Diretora do Hospital, agradeceu o gesto, embora tenha lamentado a fraca afluência à iniciativa devido à greve decretada pelos sindicatos do setor de saúde, que entretanto foi suspensa mas obrigou à retirada de muitos doentes daquele estabelecimento hospitalar.
Francisco Aleluia Lopes, Inspetor-geral das Atividades de Saúde (IGAS), mostrou-se igualmente satisfeito, referindo que espera mais apoios ao HNSM por parte da embaixada portuguesa. Já Fábio Sousa, representante da Embaixada de Portugal naquele país, sublinhou que as ofertas às crianças servem para «apaziguar os seus espíritos» enquanto estão internadas.
EUA querem intensificar cooperação cultural
O Embaixador dos Estados Unidos da América, James P. Zumwalt, residente em Dakar, foi hoje recebido em audiência pelo Primeiro-ministro, Carlos Correia.
Durante o encontro, o embaixador comunicou ao Chefe do Governo da vinda de uma Banda de Música Americana, que irá atuar no país conjuntamente com os artistas nacionais, como anteriormente havia sido anunciado, na governação de Domingos Simões Pereira. Segundo, este diplomata o governo americano irá continuar a apoiar o país, em diferentes áreas, mas, constitui sua intensão, também a partir de agora encetar a cooperação no domínio cultural.
O Primeiro-ministro, Carlos Correia, aproveitou a ocasião para solicitar ao embaixador uma maior intervenção do governo americano, no que diz respeito à formação dos quadros superiores, mestrados e doutoramentos, como vinha sendo habito entre os laços de cooperação dos dois países. O encontro foi testemunhado pelo conselheiro para a área da Defesa e Segurança, Luís Melo.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
REPORTAGEM: A colónia onde todas as Fatumata tinham de se chamar Maria
JOANA GORJÃO HENRIQUES (texto, em Bissau, Bafatá e Cacheu)
ADRIANO MIRANDA (fotos) e FREDERICO BATISTA (vídeo)
Havia um sino que mandava os negros sair do centro da cidade, e até bem tarde dominou o trabalho forçado. A Guiné-Bissau, onde os cabo-verdianos eram usados como capatazes, foi o primeiro país africano a libertar-se de Portugal.
Fonte: PÚBLICO
Cinco Séculos de Coleccionismo, e arqueologia do cinema da Guiné-Bissau
A Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, convida David Ekserdjian, professor de História de Arte e Cinema na Universidade de Leicester, para conduzir a conferência "Colecção Wentworth-Fitzwilliam: Cinco Séculos de Coleccionismo".
O encontro, marcado para hoje às 18h no Auditório 3, acontece no âmbito da exposição patente na sede da Fundação, um "best of" da colecção começada por Thomas Wentworth, 1.º conde de Strafford e ministro do rei Carlos I de Inglaterra, em 1630, e representada na sua maioria por retratos e paisagens. As obras podem ser vistas até 28 de Março de 2016, todos os dias (excepto terça), das 10h às 18h. O bilhete custa 5€; ao domingo, a entrada é gratuita.
Guimarães faz a arqueologia do cinema da Guiné-Bissau
Os anos da luta pela independência da Guiné-Bissau foram tempo de produção cinematográfica, da qual restou um arquivo, à guarda do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual (INCA), em Bissau, que são a memória de um país em construção.
São filmes acabados e inacabados, gravações de áudio e cópias de filmes doados por países que apoiaram a luta, cuja arqueologia será o mote para a quarta edição dos Encontros para Além da História, que começam hoje no Centro Internacional das Artes José de Guimarães.
O evento incluiu projecções e debates, num program que se estende até sábado e tem curadoria de Filipa César e Tobias Hering, que, desde 2012, têm acedido àquele arquivo, contando com a participação de vários criadores, curadores e investigadores. Público
TAP: Rota para a Guiné-Bissau continua suspensa mas novo acionista pode mudar planos
A TAP considera que a operação para a Guiné-Bissau continua a não ser rentável e por isso "não há alterações, a rota está suspensa", apesar de admitir que o novo acionista possa fazer alterações.
"A TAP não tem nada a ver com a operação atual de outra companhia aérea, não há alterações nem estão planeadas alterações, a rota está suspensa", disse uma fonte oficial da TAP à Lusa, ressalvando que a entrada do novo acionista pode mudar a estratégia da companhia aérea portuguesa.
"Há um processo de transformação com a entrada de novos acionistas e todos os cenários são precoces", acrescentou a fonte oficial da TAP, deixando claro que o facto de não ter sido estudada uma alteração não significa que ela não possa vir a acontecer a curto ou médio prazo.
Questionado sobre o facto de a Guiné-Bissau ser um país lusófono e de a TAP ser a 'companhia de bandeira' portuguesa, a TAP confirmou que "a lusofonia é a vocação da TAP, mas também há que pensar na viabilidade económicas dessas rotas [Guiné-Bissau e Guiné Equatorial, para onde a TAP não voa]" e disse ainda que "o serviço público tem de ter uma compensação, porque se a rota não for economicamente viável, não será feita". Lusa
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Guiné-Bissau assinala Dia dos Direitos Humanos e dá formação às Forças Armadas
O Governo da Guiné-Bissau assinala amanhã o Dia Internacional dos Direitos Humanos, num programa que na próxima semana inclui formação sobre o tema para as forças armadas, anunciou o executivo em comunicado.
A comemoração do Dia Internacional dos Direitos Humanos vai ocupar lugar de honra, com a cerimónia principal marcada para as 09:30 no Palácio do Governo, em Bissau, como parte de um conjunto de atividades na Guiné-Bissau dedicadas aos princípios a que todos os cidadãos devem ter acesso.
"As forças armadas não ficaram de fora desta quinzena e, do dia 14 ao dia 18, recebem uma formação para formadores em direitos humanos", anunciou o Governo. As sessões vão decorrer na Escola Nacional de Administração, na capital guineense.
As iniciativas do Governo da Guiné-Bissau são realizadas em colaboração com o Gabinete Integrado das Nações Unidas de Apoio à Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e organizações da Sociedade Civil. Na quinta-feira haverá ainda marchas e atividades culturais que se estendem ao interior do país.
A música será também parte das celebrações com concertos em Bissau, no dia 11, com canções sobre os direitos humanos, e no dia 12, com pequenos cantores de várias escolas guineenses. O Dia Internacional dos Direitos Humanos vai ser ainda assinalado em Bissau com tertúlias organizadas pela delegação da União Europeia.
Representantes das principais instituições nacionais, políticos e membros da sociedade civil, dos mais variados vetores de opinião, "vão discutir de maneira aberta, informal e dinâmica o futuro dos direitos humanos na Guiné-Bissau", anunciou a organização.
Haverá três temas principais: "O tráfico de crianças, porquê e até quando será tolerado", "A violência baseada no género, porque é que a lei não basta" e "O Estado fraco é a causa do não-respeito dos direitos dos cidadãos". Lusa
CEGUEIRA DOS RIOS: Na Guiné-Bissau, "mais de metade da população está em risco de contrair cegueira"
José Gil Forte, médico oftalmologista que durante vários anos esteve na Guiné-Bissau a trabalhar com doentes infectados e a ministrar Ivermectina diz que no país mais de metade da população está em risco de contrair "cegueira dos rios", que é transmitida pela picada de um pequena mosca e que se não for tratada provoca, entre outros males, a cegueira.
"Na Guiné-Bissau é a principal causa de cegueira e em África a segunda. No norte de Moçambique e em Angola também há zonas infetadas", disse o médico à Lusa, acrescentando que os conflitos nalguns países tornam difícil a distribuição do medicamento, que impedia muitas infeções com apenas duas tomas por ano.
"É um fármaco importantíssimo", disse o especialista, acrescentando que salva da cegueira cerca de 30 milhões de pessoas em cada ano e não tem efeitos secundários.
Sendo o medicamento de distribuição gratuita (está na lista dos medicamentos essenciais da Organização Mundial de Saúde) as duas doenças só não foram ainda erradicadas por dificuldades de o fazer chegar a populações afetadas, diz Peter Villax, acrescentando que ainda assim há países que estão em vias de erradicar as duas doenças, como a Colômbia, o Togo, o Equador e o Iémen. A cegueira do rio afeta cerca de 20 milhões de pessoas (em risco são 70 milhões) em África e a elefantíase mais 100 milhões.
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Embaixador do Brasil recebido pelo Primeiro Ministro
O Primeiro-ministro, Carlos Correia, encontrou-se hoje em audiência com o embaixador do Brasil, Fernando Aparício da Silva. Foi ocasião, para Fernando da Silva informar ao Chefe do Governo os dois grandes projetos que estão em curso no país, sob a alçada do governo brasileiro: o Centro de Formação Profissional e o Centro de Formação das Forças de Segurança de João Landim.
Igualmente, estando a decorrer neste momento uma formação em João Landim, endereçou um convite ao Chefe do Executivo para presidir o ato de encerramento, que culminará no dia 18 do corrente.
O Primeiro-ministro agradeceu, demonstrando a sua satisfação, sobretudo pelo apoio que o Brasil vem dando aos projetos de formação profissional, de que a Guiné-Bissau tanto carece, encorajando o embaixador a prosseguir nesse sentido. Tomou parte no encontro o conselheiro para a área da Defesa e Segurança, Sr. Luís Melo.
Missão do FMI em audiência com o Primeiro Ministro
Uma missão do FMI, chefiada pelo Sr. Félix Fischer, que integrava o Sr. Romão Varela da Diretiva Executiva da organização e o representante residente em Bissau, Sr. Oscar Molhado, teve hoje uma audiência com a Sua Excelência, o Primeiro-ministro, Sr. Carlos Correia.
Durante o encontro foi objeto de análise a situação a atual económica do país, no âmbito do programa que está a ser desenvolvido com o Fundo Monetário e a discussão do orçamento para 2016.
O Chefe do Governo foi informado que após a uma avaliação a missão considerou que o país cumpriu com as metas fixadas para o período até junho, estando previsto uma revisão para metas fixadas também até Dezembro.
O Sr. Primeiro-ministro reafirmando que o governo é um processo de continuidade, inclusive a nível do programa, tomou boa nota da situação. Deixando claro aos homens do FMI de que está aberto ao diálogo e à preservação do bom-senso entre as instituições. Também, solicitou um apoio ao Fundo, para recuperar o período de crise perdido.
Além do Ministro das Finanças e da Economia, Sr. Geraldo Martins, também testemunhou o encontro o Conselheiro para a área Económica, Sr. José Carlos Varela Casimiro.
RDN 1 - 0 PGR: Programa Cartas na Mesa continuará a ser emitido
O programa de debate semanal Cartas na Mesa da Rádio Difusão Nacional (RDN) da Guiné-Bissau vai continuar a ser emitido, anunciou hoje o diretor da estação, Muniro Conté.

A ver se o PGR mandará suspender o blogue...
"Ficámos todos esclarecidos, todos conversados, como se costuma dizer, e o programa vai continuar normalmente", referiu à saída de um encontro em Bissau com o Procurador-Geral da República (PGR), António Sedja Mam.
O PGR tinha ordenado na sexta-feira a suspensão do programa, numa carta dirigida ao diretor da rádio, em que se justificou com "a situação político-social que se vive no país", sem especificar qual e numa altura de normalidade constitucional.
A posição do líder do Ministério Público foi divulgada no programa, que se manteve no ar, no sábado de manhã, e foi condenada pelo Conselho Nacional da Comunicação Social, Sindicato de Jornalistas e Liga Guineense dos Direitos Humanos por não ter base legal e afrontar a liberdade de expressão.
Muniro Conté e outros membros da direção da RDN estiveram hoje reunidos com o PGR durante cerca de hora e meia. O diretor da RDN disse ter prestado esclarecimentos sobre a linha editorial da rádio e o conteúdo programático do programa de debate Cartas da Mesa.
De acordo com Muniro Conté, o PGR entendia que o debate em causa poderia fazer "perigar alguns valores éticos e morais", que não especificou. Sedja Mam terá referido também, de acordo com Muniro Conté, que a RDN "não prima pela imparcialidade nalgumas matérias".
"Com os esclarecimentos que nós demos durante essa conversa, ele ficou minimamente esclarecido sobre o que nos orienta para uma comunicação social ao serviço do público", disse o diretor da RDN. Muniro Conté disse ter evocado a Constituição da República e a lei da liberdade de imprensa para justificar a atuação da emissora estatal, tanto na sua componente informação, como de programação.
Conté predispôs-se a prestar, sempre que necessário, esclarecimentos à Procuradoria sobre o funcionamento da rádio estatal guineense. O responsável disse não ter sentido qualquer pressão e sublinhou que a conversa decorreu de forma tranquila com o PGR e os seus colaboradores. O PGR não prestou esclarecimentos adicionais no final do encontro. Lusa
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