sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O Povo confia no Projecto 'Terra Ranka'


SOLIDARIEDADE: Venderam papel para erguer escola na Guiné-Bissau


Fonte: Jornal de Notícias

Sensibilizar a população para os direitos humanos, e angariar dinheiro para a construção de uma escola na Guiné-Bissau, é o objetivo do grupo de intervenção e ação humanitária (GRITAH) da Lixa, Felgueiras.

Desta forma, três jovens do grupo, acompanhados do padre André Ferreira, vigário em Felgueiras, partem depois de amanhã, de jipe, rumo à Guiné-Bissau, numa "aventura humanitária". O grupo pretende "consciencializar a população para a importância da educação.



"Queremos que a comunidade se envolva neste projeto e que esta viagem sirva como um grito, uma forma de sensibilizar para os direitos humanos". Esta é também uma forma de "impulsionar a associação para conseguir um maior número de apoios", refere David Cerqueira, elemento da associação. O jipe vai ser entregue ao bispo de Bissau e ficará ao serviço de uma comunidade carenciada. Os três jovens (David, Daniel e Tiago) vão ficar até meados de dezembro a trabalhar em Nhoma (onde já existe um terreno destinado à construção da escola), com uma ordem de irmãs missionárias .

"A criação desta associação e do nosso atual projeto solidário partiu da experiência de voluntariado de uma colega, que lidou de perto com a falta de infra-estruturas para o ensino", refere David.

Angariação de fundos

Os cerca de 15 jovens da associação recolheram 200 mil quilos de papel para a reciclagem, durante um ano e meio. A venda foi o primeiro passo para a angariação de fundos para a construção da escola.

Antes de partir, a associação promove, hoje, uma conferência: "A Europa Social e os Direitos Humanos". O evento realiza-se na Secundária de Felgueiras, às 18 horas, e conta com presença do Prof. Adriano Moreira, do padre Almiro Mendes e do dr. José Pavão, cônsul honorário da Guiné-Bissau. À noite, no mesmo local, será feito um jantar solidário. O valor do bilhete reverte a favor do "Projeto Bissau".

Comunicado do Conselho de Ministros


DENÚNCIA

"Antes de mais queria lhe encorajar pela sua coragem e determinaçao na luta pela afrimaçao da democracia na Guiné Bissau e é nesse ambito que eu lhe escrevo essa carta de consternacao de um trabalhador Guineense que acredito que muitos como eu estao na mesma situaçao mas nao tem coragem de se expressar.

Falo da empresa Meetings, prestadora de serviço da empresa de telecomunicaçoes Orange Bissau que até à data presente 05/11/2015, nao pagou aos seus funcionarios mas no entanto os funcionarios da Orange receberam desde o dia 22/10/2015 ou seja há duas semanas e na verdade já se tornou um hábito essas violaçoes dos direitos dos trabalhadores por parte dessa empresa.

O pior de tudo é que a maioria devido a situaçao do país tem medo de reclamar pois podem ser despedidos sem justa causa como ja o foram muitos dos nossos pois nessa empresa só se encontram Guineenses e é uma empresa de Senegaleses onde o salario pago é uma autentica miséria pois o salario de um funcionario da Meetings é duas vezes inferior a de um funcionário da Orange Bissau fazendo os dois o mesmo trabalho a isso chama-se injustiça 0, e dá pena sentir-se estrangeiro nos seu proprio país. Ninguém merece."

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

OPINIÃO AS: Eis o que penso


Nota-se que há cada vez mais gente a suspirar de saudade do tempo em que havia autoridade na Guiné-Bissau. Eram tempos duros, diga-se, e sinistros. Mas havia autoridade, via-se.

Eu, hoje, continuo a preferir o lixo avulso que qualquer democracia representa ao silêncio imposto pelas ditaduras. E as minhas qualidades - ter o hábito de dizer o que penso e de fazer o que digo, talvez não sejam as mais requeridas.

Lembro-me perfeitamente de, em certas ocasiões de crise política (perdi-lhes a conta) em que eu teimava em dar a cara e em bater-me pelos meus ideais e pelas minhas convicções, algumas pessoas diziam-me num tom quase paternal «vai, faz-te de vítima, queixa-te, pode ser que consigas 'vender' qualquer coisa».

Lá está. Não entendiam as minhas razões. As minhas razões, minhas caras, meus caros, sempre estiveram na linha da frente das minhas lutas.

O tempo da verdade chega sempre, pelo que a honra tem que ser paciente. Nunca serei uma vítima. E é isso que, afinal de contas, o País não me perdoa. AAS


FRANÇA: Semana da Solidariedade Internacional


Jornalismo e Direitos Humanos - 2ª Edição



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

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BCEAO dispõe de 200 biliões de reservas cambiais liquidas


"A instituição bancária que dirijo está disponível, em continuar a trabalhar com o Governo", afirmou o Diretor Nacional da BCEAO, João Aladje Mamadu Fadia, durante a visita de cortesia, que efetuou hoje, dia 4 de novembro, ao Chefe do Governo, Carlos Correia. No encontro, a abordagem foi fundamentalmente sobre a situação económica, do crédito e dos Bancos na Guiné-Bissau.

Segundo o Diretor Nacional da BCEAO, “senti-me na obrigação de vir apresentar alguns elementos, que constitui o nosso relacionamento com o governo, nomeadamente os textos do Banco Central e as algumas informações úteis das mais recentes da situação económica.

Também, referiu que “o Banco Central ocupa-se da questão da Balança de Pagamentos e além disso do sector externo e nós mostramos ao Primeiro-ministro que este ano a evolução foi positiva do sector externo, em que o Banco Central hoje dispõe de reservas cambiais acima de duzentos bilhões francos CFA, que é superior a trezentos milhões de euros de reservas cambiais liquidas.” O Primeiro-ministro agradeceu a disponibilidade manifestação e reiterou o interesse do governo em continuar a trabalhar com o BCEAO.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

OPINIÃO AAS: Íntimo


Ditadura do Consenso - o blogue, sempre foi a cara do António Aly Silva. Independentemente dos sentimentos, que assumiram várias formas. A meu ver, foram argumentos mais fortes do que o argumento, sempre discutível, de ter ou não ter um efeito que nortearam a criação deste blogue, que conta com quase 30 milhões de visitas.

Lamento algumas coisas. Sei que feri susceptibilidades, e que em alguns posts - poucos - causei dor e sofrimento em algumas pessoas. Mas também passei por momentos muito difíceis e tenho conseguido superá-los. De resto, tenho subido um escalão aly e descido outro acolá, mas, pasmem-se, tenho subido quase cinco no respeito e consideração de muito boa gente.

Mas de que serve, hoje, o lamento? De que me posso lamentar, alguma coisa de que me arrependa? Cometi erros, mas nenhum estratégico, simplesmente tácticos. As pessoas lamentam-se de muitas coisas... Como pessoa, no pouco que de mim conheço, nos meus simples costumes, nas minhas práticas diárias, nas minhas poucas coisas, sou uma pessoa bastante humana, vivendo de maneira espartana.

De algumas coisas que escrevi, sim - e lamentá-las-ei até à efectiva consumação dos séculos. Bastante mesmo. Como lamento não ter podido descobrir antes todas as coisas que agora conheço, com as quais, com metade do tempo, teria podido fazer mais, muito mais do que o que fiz em apenas 49 anos de vida.

Durante séculos os homens cometeram erros. Tristemente, continuam a incorrer nos mesmos erros. Acredito ainda assim, que o Homem é também capaz de conceber e criar coisas belas, de ter os mais nobre ideais, de albergar os mais generosos sentimentos e remorsos e, superando até mesmo os instintos que a natureza lhe impôs; de dar a vida pelo que sente e, sobretudo, pelo que pensa.

Eu estou disposto a dar a vida pela Guiné-Bissau. Ponto.

Escrevi já muito no blogue. O livro está a chegar e, quem sabe mesmo, um ponto final? Sempre soube que havia inconvenientes naquilo que divulgo, mas que fique claro: quando critico os poderes faço-o de forma responsável (nunca critico pessoas, critico autoridades) - apesar das possíveis e, inadiáveis, consequências, tudo é melhor do que a ausência de críticas. Prefiro as prisões, os espancamentos, os exílios forçados a estar simplesmente calado, passivo e a contemplar o caos reinante. Isso nunca acontecerá, garanto-vos.

Nestes 49 anos (a completar já no próximo dia 15) que já levo por cá, tive o privilégio de ver realidades com as quais nem supunha quanto mais atrever a sonhá-los. Hoje, não penso em mais nada a não ser que tenho mais vida para além de mim, oportunidades que convém agarrar.

Hoje, 11 anos depois de criar o blogue, continuo a pensar que o essencial, o principal, o fundamental, o vital, a questão de vida ou morte é de facto a luta comigo mesmo. António Aly Silva

CIDADANIA: Mindjeris lanta


Um grupo de mulheres da Guiné-Bissau, residentes no país e na diáspora, criou um movimento para a paz, estabilidade e legalidade, com o qual pretendem "dizer basta" à instabilidade política e pobreza.

O grupo, que se autointitula "Minjderis di Guiné No Lanta" (Mulheres da Guiné-Bissau levantemo-nos), ou Miguilan, foi fundado por 29 guineenses de várias profissões e conta com cerca de 80 membros. Entre elas estão a cantora Karyna Gomes, a gestora de projetos Nelvina Barreto ou a jurista Vera Cabral.

Em conjunto, a decisão de criar o movimento surgiu no dia 24 de agosto, na sequência da decisão do Presidente guineense, José Mário Vaz, de demitir o Governo eleito, situação com a qual não concordaram.

"Somos um movimento constituído exclusivamente por mulheres que espontaneamente se mobilizaram para dizer 'basta' aos recentes eventos políticos que levaram ao derrube, pelo Presidente da República, do Governo saído das urnas após as eleições legislativas de 2014", lê-se num manifesto a que a Lusa teve hoje acesso. O Governo derrubado "já estava a dar passos importantes e a granjear a confiança interna e externa", acrescentam.

Para o Miguilan, a decisão do Chefe de Estado "mergulhou a Guiné-Bissau em nebulosas de insegurança, instabilidade, ilegalidade", factores que, dizem, conduzem à persistência da corrupção, injustiça e pobreza da população.

Cansadas de ver e viver com instabilidade política no país e confrontadas com os níveis da pobreza da maioria da população guineense, as mulheres do Miguilan pretendem passar aos atos, com a introdução de "um discurso diferente" na Guiné-Bissau e a colocação da voz e ação feminina "nas mais altas instâncias nacionais e internacionais" de discussão.

"O Miguilan é uma organização da sociedade civil guineense que é, por definição, partidária, e que se quer política, tendo a ambição de fazer ouvir a sua voz em tudo o que diz respeito às orientações e decisões relativas à paz, estabilidade e legalidade" na Guiné-Bissau, refere o manifesto.

Ter uma presença ativa das mulheres nos órgãos de poder, de gestão e resolução de conflitos é um dos objetivos do movimento.
O Miguilan promete trazer para o debate nacional questões como a boa governação, democracia, direitos humanos e género, bem como denunciar decisões e práticas vigentes na Guiné-Bissau que sejam contrárias às prerrogativas da democracia e de um Estado de Direito.

OBITUÁRIO



Os mais profundos sentimentos à família enlutada. AAS

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TERRA RANKA/BANCA: Bissau terá mais um banco comercial, o 5º a operar no País


A Atlantic Business International obteve, segundo informações recolhidas, o aval das autoridades da Guiné-Bissau para se instalar naquele que era, até agora, o único Estado da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) na qual essa holding financeira não tinha ainda presença marcada.

Após ter arrematado o Banco Internacional para a Africa (BIA, Niger) por 22 milhões de euros – validado em outubro pelas autoridades monetárias da UEMOA -, a holding financeira e bancária Atlantic Business International (ABI, sigla em inglês), filial comum da costa-marfinense Atlantic Financial Group (AFG) e do marroquino Banque Centrale Popularize (BCP), obteve a autorização das autoridades guineenses para a implantação do Banque Atlantique na capitals Bissau, segundo a Jeune Afique.

Segundo essas informações, a ABI não conta no entanto abrir uma nova filial, mas sim uma sucursal que dependerá do Banque Atlantique Côte d’Ivoire (BACI), o líder desse grupo financeiro. Essa implantação foi dirigida de inicio ao fim pelo costa-marfinense Souleymane Diarrassouba, o Director-Geral da ABI, contando igualmente com Rachid Agoumi, o ex-director para a área internacional do BCP.

Com esta operação, a ABI fecha o ciclo da sua implantação nos oito Estados membros da UEMOA, porquanto a Guiné-Bissau era o único pais da União que não beneficiava da cobertura do Banque Atlantique.

A abertura do BACI-Guiné-Bissau esta prevista para o primeiro semestre de 2016. O banco posicionar-se-á na vertente das pequenas/médias operações e poupanças. Será o quinto estabelecimento bancário do País, depois do Banco da Africa Ocidental (BAO), o BDU, o Ecobank e o Orabank (sucursal da Orabank Costa do Marfim). AAS

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

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