segunda-feira, 24 de novembro de 2014
OPINIÃO DO EDITOR: Só uma coisinha...
Quando o Carlos Vaz me trata por "caro colega", nos email's que envia a vários órgãos de comunicação - e blogues, refere-se a:
1. Termos andado juntos na escola (não corresponde à verdade);
2. Termos feito a recruta juntos (isso certamente não aconteceu);
Das duas, nada.
Carlos Vaz, 'sente-se' agora um jornalista de mão cheia e até me trata por tu. Parece, pois, e com o pomposo título de Conselheiro/Coordenador do Gabinete de Comunicação e Informação, junto ao Primeiro-Ministro, não me admira nada. Carlos Vaz não manda apenas informação. Manda um jornal de parede. Letras garrafais, frases que acabam com reticências, enfim tudo coisas tipo manchetes do Daily Mirror, do Sun, etc. TÍtulos escritos a vermelho - onde já se viu uma coisa destas num gabinete de comunicação de um Primeiro-Ministro? Teatralidade à parte, estamos a falar de coisas sérias...:
Mas o Carlos Vaz não é jornalista, nem coordena 'jornalistas' num gabinete que mal existe.
O Carlos Vaz, todos sabemos isso, é um actor - um grande actor de teatro, diga-se de passagem - e até já se aventurou no cinema. Isto lembra-me um fulano pantomineiro de quem não tenho saudade: de comercial numa revista em Lisboa (vendia publicidade), passou rapidamente de besta a bestial: passou a ser 'jornalista' assim que chegou a Bissau. Até se arvorava em 'consultor'... Lá está, aos papéis, encafuado num partido político sem norte, enganando este e aquele - a propósito, até ficou com o dinheiro de uma casa que acolhe crianças desfavorecidas... AAS
GIC-GB: Discurso do Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira
Excelência, Senhor Embaixador Gary QUINLAN, Representante Permanenete da Australia, Presidente do Conselho de Segurança;
Excelência Senhor Secretário Geral das Nações Unidas;
Excelências Senhores Representantes de Estados Membros do Conselho de Segurança;
Excelência Senhor Presidente da Comissão da Consolidação da Paz;
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Excelencias
Agradeço a honra que me é concedida de, enquanto convidado, marcar presenca e tomar a palavra neste importante Órgão das Nações Unidas.
A Guiné-Bissau e um país que, na arena internacional, está a emergir de um ambiente de relacionamento com a Comunidade Internacional marcado por múltiplas condicionalidades e sanções. Esta presença e participação nos trabalhos deste órgão nuclear para a Preservação de Paz e da Segurança Internacionais, mais que o simbolismo, se reveste de importancia capital para o meu pais e para todo o povo guineense.
A Guine-Bissau volta a este palco de diálogo e concertação política se apresentando como um país em renovação, com novas autoridades políticas, novos compromissos e a esperança na construção de um Estado e uma sociedade cada vez mais mobilizados para a prossecução dos grandes desígnios nacionais.
Este regresso assinala ainda o cumprimento de mais uma etapa na restauração dos quadros de diálogo e cooperação com o exterior e de afirmação progressiva da Guiné-Bissau como parceiro estável e credível no sistema de segurança regional e global.
Finalmente, a minha presença neste fórum é tambem uma oportunidade singular para, em nome de S. Excia o Sr. Presidente da Republica Jose Mario Vaz, de todos os actores politicos nacionais e da sociedade em geral, agradecer ao Conselho de Segurança e a todo o sistema das Nacoes Unidas, o abnegado esforço que t^em consentido, há mais de uma década, no apoio ao processo de estabilização do nosso país.
Apesar da persistente instabilidade política, a ONU manteve sempre a Guiné-Bissau na sua agenda, procurando as melhores vias para a promoção do diálogo político e fortalecimento institucional do Estado de Direito.
Excelencias, minhas Senhoras e meus Senhores
Gostaria de trazer à vossa consideração os aspectos que, no entendimento do Governo, devem moldar o novo quadro de diálogo e cooperação com os parceiros internacionais, e de forma particular com as Nações Unidas:
A Guiné-Bissau está a viver um novo ciclo político, cheio de esperança e expectativa, que sustentam o sonho dos guineenses na reconstrução de um Estado à altura das exigências internas e externas da boa governação e do desenvolvimento.
O entendimento entre as principais formações políticas nacionais, sobretudo entre o PAIGC e o PRS, os dois partidos maioritários no Parlamento, constitui o pilar da governação inclusiva e o suporte das reformas e ajustamentos das instituições basilares do Estado e do ordenamento jurídico–constitucional, fundamentais para a consolidação da estabilidade e o reforço das premissas do desenvolvimento.
A legitimação da governação, a estabilidade social e a reconstrução económica são elementos incontornáveis para a estabilidade política e governativa no nosso país. Para chegar a esses resultados, a Guiné-Bissau necessita no imediato, de ajuda externa robusta por forma a alterar as condicionantes de um Estado frágil, com escassos recursos e uma instabilidade social persistente, com cicatrizes ainda vivas nos sectores sociais básicos como a Educação e a Saúde, dentre outros.
Apesar dos passos significativos, para alguns ate corajosos, que o país já deu no quadro das reformas, o Governo assume com realismo que ainda existem importantes riscos e fragilidades que devem merecer atenção e respostas adequadas.
Aplaudimos a importante missao de manutencao da seguranca das instituicoes e dos titulares dos cargos de soberania, que tem sido desempenhada de forma superior e exemplar pela ECOMIB. Manifestamos por isso a vontade inequivoca das autoridades guineenses em ver prosseguir o seu mandato, apresentando a este Conselho de Seguranca e a todos os parceiros internacionais, a solicitacao para o correspondente apoio financeiro.
A fase em que os processos de estabilização e reconstrução do Estado e da economia se encontram requer a continuidade da Guiné-Bissau na agenda das Nações Unidas e um firme e contínuo acompanhamento, apoio político e assistência das Nações Unidas.
Por esse facto, assumimos para o imediato, a continuidade da UNIOGBIS e o apoio das Nações Unidas, alicerçado na colaboração estratégica entre o Conselho de Segurança e a Comissão da Consolidação da Paz. Esta preocupacao foi alias manifestada a missao de avaliacao das nacoes Unidas na sua recente visita ao nosso pais.
Igualmente, a Guiné-Bissau precisa do apoio das Nações Unidas para a Organização da Conferência de Doadores, agendada para Fevereiro de 2015, em Bruxelas.
A realização com sucesso da Mesa Redonda de parceiros de desenvolvimento constituiria uma conquista estruturante para a acção e dinâmicas governativas de médio prazo.
Senhoras e Senhores
A nova Guiné-Bissau, em construção, pretende estabelecer com as Nações Unidas uma parceria estratégica renovada focada no sucesso como plataforma da sua sustentabilidade. Este novo quadro ira beneficiar do completo e inequivoco envolvimento dasautoridades políticas, dos compromissos políticos estabelecidos, bem como o empenho de toda a sociedade civil.
Sa’udo ainda de forma efusiva, a reactivação do Grupo Internacional de Contacto para a Guiné-Bissau, criado sobre a égide das Nações Unidas em 2006, e que ainda hoje registou a sua primeira reunião, após dois anos de interregno. Para n’os, esse espaco constitui um quadro interativo de primordial importancia para agilizar o diálogo com os parceiros internacionais e apoiar o Governo nos esforços de mobilização da assistência internacional.
Por isso, faco registar os nossos profundos agradecimentos pela presenca e participação de Representantes dos Estados Membros do Conselho de Segurança nesse fórum.
Termino, reiterando o nosso agradecimento às Nações Unidas, aos seus órgãos e às suas agências, pela atenção e assistência que têm fornecido à Guiné-Bissau.
Muito obrigado
Rebeldes de Casamança 'emboscam' comitiva governamental guineense
Uma comitiva governamental liderada pelo ministro guineense da Administração Interna, Botché Candé, de visita à zona norte do país durante este fim-de semana, 22 e 23 de Novembro, concretamente nas imediações de Farim, foi emboscada e interceptada por um dos grupos rebeldes de uma das facções do MFDC, que opera naquela zona.
O incidente confirma relatos de há muitos anos, em como o território da Guiné-Bissau, pela sua fragilidade em termos de segurança, tem sido usado pelas diferentes facções do Movimento da Frente Democrática de Casamance (MFDC) como base das suas operações militares contra a República do Senegal.
O grupo armado opera dentro do território da Guiné-Bissau, justamente na secção de Djumbébe, entre as tabancas de Sintchã Aladje e Sintchã Béle, duas povoações próximas da fronteira norte com a vizinha República do Senegal, mas situadas dentro do espaço territorial guineense.
A comitiva do ministro da Administração Interna, composta por oficiais paramilitares e da Guarda Nacional, seu corpo de segurança, foi surpreendida por homens armados que se identificaram como rebeldes de Casamance, mas com base em operações na Guiné-Bissau, enquanto o governante visitava a zona.
O local é considerado de difícil acesso e com patrulhamento por parte das tropas guineenses, considerando a sua complexa localização geográfica.
Dominada por comércio inter-fronteiriço, Farim, que actualmente detêm uma mina de fosfato em fase adiantada de exploração, tem constituído ao longo de várias décadas baluarte das forças do MFDC, tanto que em 2002 a área tinha sido alvo de muitas investidas militares das Forças Armadas da Guiné-Bissau contra tais bases rebeldes.
Sabe-se que, recentemente, depois de informações da inteligência guineense em como a zona estava a ser ocupada pelos rebeldes, uma equipa disfarçada da contra-inteligência militar, das Forças Armadas, tinha sido despachada para a zona. Mas, de regresso, como resultado da missão, comunicaram ao actual Chefe de Estado-Maior, Biaguê Natam, que nada foi encontrado. E agora, com estes novos dados registados logo após esta missão militar, resta esperar pelos novos desenvolvimentos.
Contudo, últimas informações indicam que o Chefe rebelde que opera a partir de Farim, cujas forças emboscaram este Domingo a comitiva governamental guineense, avistou-se esta manhã com o ministro da Administração Interna, na cidade de Farim, a quem apresentou desculpas pelo incidente. E a resposta de Botche Candé é para que abandonem a área imediatamente.
Uma imposição política, segundo fontes governamentais, poderá não acontecer tão rápido, já que irá implicar desdobramentos operacionais perigosos por parte das forças rebeldes de Casamance. PNN
O incidente confirma relatos de há muitos anos, em como o território da Guiné-Bissau, pela sua fragilidade em termos de segurança, tem sido usado pelas diferentes facções do Movimento da Frente Democrática de Casamance (MFDC) como base das suas operações militares contra a República do Senegal.
O grupo armado opera dentro do território da Guiné-Bissau, justamente na secção de Djumbébe, entre as tabancas de Sintchã Aladje e Sintchã Béle, duas povoações próximas da fronteira norte com a vizinha República do Senegal, mas situadas dentro do espaço territorial guineense.
A comitiva do ministro da Administração Interna, composta por oficiais paramilitares e da Guarda Nacional, seu corpo de segurança, foi surpreendida por homens armados que se identificaram como rebeldes de Casamance, mas com base em operações na Guiné-Bissau, enquanto o governante visitava a zona.
O local é considerado de difícil acesso e com patrulhamento por parte das tropas guineenses, considerando a sua complexa localização geográfica.
Dominada por comércio inter-fronteiriço, Farim, que actualmente detêm uma mina de fosfato em fase adiantada de exploração, tem constituído ao longo de várias décadas baluarte das forças do MFDC, tanto que em 2002 a área tinha sido alvo de muitas investidas militares das Forças Armadas da Guiné-Bissau contra tais bases rebeldes.
Sabe-se que, recentemente, depois de informações da inteligência guineense em como a zona estava a ser ocupada pelos rebeldes, uma equipa disfarçada da contra-inteligência militar, das Forças Armadas, tinha sido despachada para a zona. Mas, de regresso, como resultado da missão, comunicaram ao actual Chefe de Estado-Maior, Biaguê Natam, que nada foi encontrado. E agora, com estes novos dados registados logo após esta missão militar, resta esperar pelos novos desenvolvimentos.
Contudo, últimas informações indicam que o Chefe rebelde que opera a partir de Farim, cujas forças emboscaram este Domingo a comitiva governamental guineense, avistou-se esta manhã com o ministro da Administração Interna, na cidade de Farim, a quem apresentou desculpas pelo incidente. E a resposta de Botche Candé é para que abandonem a área imediatamente.
Uma imposição política, segundo fontes governamentais, poderá não acontecer tão rápido, já que irá implicar desdobramentos operacionais perigosos por parte das forças rebeldes de Casamance. PNN
domingo, 23 de novembro de 2014
ERUPÇÃO DO VULCÃO DA ILHA DO FOGO: 'Evolução tem sido muito rápida, mas apelamos à calma' - Marisa Morais, ministra da Administração Interna
A intensidade da erupção do vulcão da ilha cabo-verdiana do Fogo, cujos primeiros sinais foram sentidos às 20:00 de sábado, subiu do nível 1 para 3, numa escala de 5, disse a ministra da Administração Interna. Marisa Morais, em declarações à Rádio Nacional de Cabo Verde (RCV), confirmou que a evolução da intensidade "tem sido muito rápida", mas apelou à "calma", assegurando que já está em curso o plano de emergência com todas as instituições ligadas ao Serviço Nacional de Proteção Civil (SNPC).
A governante cabo-verdiana confirmou também as previsões avançadas à RCV pelo vulcanólogo cabo-verdiano Bruno Faria, admitindo que a erupção é superior à registada pela última vez, em 1995, e aproxima-se da de 1951, uma das maiores registadas na ilha. Em curso está também o processo de evacuação dos cerca de mil habitantes de Chã das Caldeiras, que se situa no sopé das principais crateras do vulcão, acrescentou Marisa Morais, admitindo que há pessoas daquela localidade que começaram por se recusar a abandonar as suas casas e pertences, mas que, aos poucos, estão a seguir as ordens da polícia para o fazer.
A governante cabo-verdiana admitiu também a "imprevisibilidade" da força do vulcão, garantindo, porém, que, cerca das 13:00 locais (14:00 em Lisboa), uma equipa de técnicos e especialistas seguirá de avião para o aeroporto de São Filipe, que foi entretanto encerrado e viu cancelado o voo matinal dos TACV.
Uma hora mais tarde, um barco, com mais equipas de reforço, seguirá também para São Filipe, a "capital" do Fogo situada na parte oeste da ilha e que, aparentemente, não está a ser afetada. A governante disse estar reunida de emergência com a direção do SNPC, encontro que à tarde será alargado a todas as instituições ligadas a calamidades naturais.
Para já, nenhuma das autoridades cabo-verdianas falou de vítimas ou danos materiais e, mesmo no terreno, a RCV, que ativou um conjunto de jornalistas em vários pontos da ilha, também não avançou com qualquer informação a esse respeito.
sábado, 22 de novembro de 2014
Guiné-Bissau quer CPLP, UA e UE na força de estabilização
As autoridades da Guiné-Bissau querem que a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Africana (UA) e a União Europeia (UE) integrem a força de estabilização estacionada no país, anunciou esta quinta-feira o governo.
O pedido foi feito por uma comitiva guineense liderada pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, que se reuniu com representantes das Nações Unidas e outros parceiros internacionais entre 16 e 20 de novembro, em Nova Iorque. Lusa
Guineenses entre detidos que tentavam entrar em Angola
A Polícia de Guarda Fronteiras deteve ontem, 15 pessoas provenientes de vários países africanos, nomeadamente da Guiné-Bissau, que tentavam entrar ilegalmente por via marítima, a sul de Luanda.
A informação foi divulgada pelo porta-voz do Comando Geral da Polícia Nacional de Angola, comissário, acrescentando que a intervenção resultou de uma denúncia anónima. Lusa
UE/GB: Laboratório de análise de drogas entregue
Um laboratório de análise de drogas e seis postos de polícia pré-fabricados fazem parte do conjunto de materiais e equipamentos que a União Europeia (UE) entregou ontem, sexta-feira, às autoridades da Guiné-Bissau, anunciou a delegação local em comunicado. Aqueles materiais foram entregues à Polícia Judiciária guineense, que recebeu ainda 44 coletes à prova de bala e uma viatura. Lusa
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
ACIDENTE FATAL mata criança
Foi uma tragédia, aquilo que hoje aconteceu, implicando uma viatura da ONU e que resultou na morte de uma criança por atropelamento. Segundo apurou o DC junto de uma fonte das Nações Unidas, a viatura, um Nissan Patrol, "seguia dentro do limite permitido por lei, ou seja 80km por hora." O acidente deu-se hoje de manhã em Bantandjan, antes de Bafatá e Banbadinca, no Leste da Guiné-Bissau.
"Os miúdos estavam a brincar à apanhada, quando se deu o embate que acabou por ceifar a vida a um deles", disse a fonte. O condutor do jeep, bem como todos os ocupantes da viatura, fazem parte do chamado 'staff nacional' da ONU. AAS
PETRÓLEO: Polarcus faz novo levantamento
O "interesse da indústria" ligada à prospeção de petróleo vai levar a empresa de serviços geofísicos marinhos Polarcus a fazer um "novo levantamento" do fundo do mar ao largo da Guiné-Bissau, anunciou a firma em comunicado.
"Em resposta ao crescente interesse da indústria, a Polarcus garantiu verbas para realizar um novo levantamento 3D (a três dimensões) ao largo da Guiné-Bissau, para diferentes clientes", declarou a empresa, que tem sede no Dubai. Lusa
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