sábado, 5 de julho de 2014
Aos pontapés: Paulo Torres convoca 13 'estrangeiros' para defrontar o Botsuana
A dois jogos de colocar a Guiné-Bissau na fase de grupos de apuramento para a CAN'2015, o português Paulo Torres chamou 13 jogadores que atuam nos campeonatos portugueses, entre Primeira Liga, Segunda Liga e Campeonato Nacional de Seniores, para os dois encontros com o Botswana, da 2.ª pré-eliminatória, a disputar a 19 de julho e 1 de agosto.
Além dos jogadores dos campeonatos portugueses, Paulo Torres chamou ainda outros 9 jogadores a jogar fora de Portugal, entre os quais se destacam Amido Baldé, Toni Brito e Vasco Fernandes. De fora ficam o maritimista Sami (por acumulação de amarelos) e ainda Emiliano (expulso), assim como o lesionado Banjai.
Lista de convocados:
Guarda-redes: Jonas Mendes (Atlético/PORTUGAL) e Alberto Coli (Tigres São Domingos);
Defesas: Rudinilson (Benfica B/PORTUGAL), Eridson (Doxa/Chirpe), Lamine Bá (Chaves/PORTUGAL), Ângelo Gomes (Benfica Bissau) e Vasco Fernandes (Platanias/Grécia);
Médios: Toni Brito (CSKA Sofia/Bulgária), Bacar Baldé (Beira-Mar/PORTUGAL), Bocundji Cá (Stade Reims/França), Zezinho (Sporting B/PORTUGAL) e Arnaud Mendy (Lincoln City/País de Gales);
Avançados: Igor Sani (Frauenfeld/Suíça), João Mário (Atlético/PORTUGAL), Adul (Mirandela/PORTUGAL), Cícero (Paços Ferreira/PORTUGAL), Bata (Sp. Covilhã/PORTUGAL), Amido Baldé (Celtic/Escócia), Ivanildo (Académica/PORTUGAL) e Ansumane (Freamunde/PORTUGAL)
Nr. 1: As verdades sobre as mentiras
- Afinal, 96% dos nomes divulgados pelo Ditadura do Consenso...estão confirmados como membros do Governo;
- Afinal, sempre houve 'azia' por causa de alguns nomes, como noticiou, em primeira mão, o Ditadura do Consenso. Confirmou-se;
- Afinal, e como noticiou o Ditadura do Consenso, "o Governo terá perto de 30 membros."...tem 31;
Leiam o que um Embaixador de um País terceiro me enviou há uns meses e que nunca divulguei:
17-03-2014 15:49
"Sempre recorri ao seu blog nas minhas intervenções na ONU. Obrigado por ser o que é.
António M. L."
Ditadura do Consenso. Mais cedo ou mais tarde, o seu blogue. AAS
DSP tem um lema: "Ordem, disciplina e trabalho" - obedece quem deve
O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, defendeu hoje, durante a posse dos membros do seu Governo, que o país precisa de "ordem, disciplina e trabalho". Dirigindo-se aos novos ministros, titulares de órgãos de soberania e ao corpo diplomático, Domingos Simões Pereira disse que conta com o "apoio de todos" para "incentivar e promover" o empenho e as melhores praticas na Guiné-Bissau.
O novo chefe do executivo guineense afirmou, por isso, que vai proteger aqueles que querem trabalhar, "sejam privados ou públicos", acompanhar "os mais audazes e empreendedores". Para essa ação, Domingos Simões Pereira pediu que se deixe trabalhar o Governo por ser o órgão incumbido pela constituição de gerir o país, dentro dos princípios da legalidade a favor do interesse coletivo.
O primeiro-ministro definiu como tarefas imediatas do seu Governo a regularização dos atrasados salariais na função pública, restabelecimento do funcionamento das escolas públicas e dos hospitais e garantia de fornecimento de água e eletricidade. Domingos Simões Pereira prometeu lançar um "vasto programa de investimento" público capaz de projetar a economia, bem como ações tendentes a melhorar a imagem externa da Guiné-Bissau.
Aproveitou também para agradecer às organizações internacionais, nomeadamente as Nações Unidas, União Africana, União Europeia, Comunidade dos Estados da África Ocidental, Comunidade de Países de Língua Portuguesa e a Organização Internacional da Francofonia.
Também se dirigiu às instituições financeiras internacionais, com as quais afirma contar para o relançamento da Guiné-Bissau e disse contar com a "força empreendedora e patriótica" dos guineenses na diáspora.
Domingos Simões Pereira reconheceu ter feito "esforços tremendos" na busca de entendimentos com as várias sensibilidades do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera bem assim com os partidos da oposição parlamentar.
O primeiro-ministro guineense prometeu conduzir toda ação da sua governação na base do diálogo com as forças do país. O presidente guineense, José Mário Vaz, disponibilizou-se para cooperar com o novo Governo, cuja composição sublinhou ser da "inteira responsabilidade" do primeiro-ministro.novo Governo guineense é composto por 16 ministros e 15 secretários de Estado.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Governo da Guiné-Bissau não se limita ao PAIGC
O novo Governo da Guiné-Bissau liderado pelo PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), que tem maioria absoluta, inclui representantes da segunda força política do país, o PRS (Partido da Renovação Social), de pequenas forças partidárias e independentes. A sua entrada em funções completa formalmente o processo de regresso à democracia, após o golpe de Estado de Abril de 2012.
Entre os 16 ministros e 15 secretários de Estado do Governo liderado por Domingos Simões Pereira – cuja composição foi na tarde desta sexta-feira anunciada por decreto presidencial – está o secretário-geral do PRS, Florentino Pereira, como ministro da Energia e Indústria.
A segunda figura do excecutivo é Baciro Djá, ministro da Defesa do primeiro-ministro Gomes Júnior, derrubado há dois anos pelos militares, que ocupará a pasta da Presidência e Assuntos Parlamentares.O ministro da Economia e Finanças é Geraldo Martins, ministro da Educação entre 2001 e 2003 e quadro do Banco Mundial. Os Negócios Estrangeiros foram confiados a Mário Lopes da Rosa, membro do PAIGC e ministro das Pescas do governo de transição, que agora cessa funções.
A delicada pasta da Defesa foi entregue a uma mulher, Cadi Mané, médica militar. Carmelita Pires, do pequeno Partido Unido Social-Democrático, que se distinguiu no combate ao narcotráfico, regressa ao cargo de ministro da Justiça, que ocupou entre 2007 e 2009.
Na campanha eleitoral, o primeiro-ministro Simões Pereira, 50 anos, antigo secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, tinha confidenciado a intenção de incluir no Executivo políticos não pertencentes ao PAIGC, que nas eleições do passado mês de Abril elegeu 57 dos 102 deputados da Assembleia Nacional Popular.
“Com a minha tomada de posse começa a tocar no sentido regressivo o relógio do período que pedimos para, em quatro anos mudarmos a sorte e o destino desta nação. Que Deus nos ajude e abençoe a Guiné-Bissau”, disse, citado pela agência guineense ANG, na quinta-feira, quando foi empossado.
O Presidente da República, José Mário Vaz, pediu-lhe “acção urgente” para retirar da “insustentável letargia” em que se encontra um país que, nos últimos anos, foi notícia quase só por más razões – pela violência político-militar, por assassinatos e golpes de Estado e por se ter tornado plataforma do tráfico internacional de droga. Para o regresso à democracia contribuíram a pressão internacional, o isolamento das autoridades pós-golpe e as dificuldades financeiras.
Um das incertezas do processo político guineense continua a ser o relacionamento entre o poder político e os militares que há dois anos derrubaram o Governo constitucional do então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, Cadogo, à época líder do PAIGC, num golpe liderado por António Indjai, que permanece na chefia das Forças Armadas. Na campanha eleitoral Simões Pereira procurar tranquilizar a cúpula militar anunciado que não haveria “caça às bruxas”.
Gomes Júnior, que tinha vencido a primeira volta das presidenciais, está exilado e viu a sua candidatura presidencial inviabilizada pelo partido a que pertence, para não hostilizar a hierarquia militar. Do seu governo fazia parte, como ministro das Finanças, o novo Presidente da República, José Mário Vaz, que tomou posse na semana passada. Público
Entre os 16 ministros e 15 secretários de Estado do Governo liderado por Domingos Simões Pereira – cuja composição foi na tarde desta sexta-feira anunciada por decreto presidencial – está o secretário-geral do PRS, Florentino Pereira, como ministro da Energia e Indústria.
A segunda figura do excecutivo é Baciro Djá, ministro da Defesa do primeiro-ministro Gomes Júnior, derrubado há dois anos pelos militares, que ocupará a pasta da Presidência e Assuntos Parlamentares.O ministro da Economia e Finanças é Geraldo Martins, ministro da Educação entre 2001 e 2003 e quadro do Banco Mundial. Os Negócios Estrangeiros foram confiados a Mário Lopes da Rosa, membro do PAIGC e ministro das Pescas do governo de transição, que agora cessa funções.
A delicada pasta da Defesa foi entregue a uma mulher, Cadi Mané, médica militar. Carmelita Pires, do pequeno Partido Unido Social-Democrático, que se distinguiu no combate ao narcotráfico, regressa ao cargo de ministro da Justiça, que ocupou entre 2007 e 2009.
Na campanha eleitoral, o primeiro-ministro Simões Pereira, 50 anos, antigo secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, tinha confidenciado a intenção de incluir no Executivo políticos não pertencentes ao PAIGC, que nas eleições do passado mês de Abril elegeu 57 dos 102 deputados da Assembleia Nacional Popular.
“Com a minha tomada de posse começa a tocar no sentido regressivo o relógio do período que pedimos para, em quatro anos mudarmos a sorte e o destino desta nação. Que Deus nos ajude e abençoe a Guiné-Bissau”, disse, citado pela agência guineense ANG, na quinta-feira, quando foi empossado.
O Presidente da República, José Mário Vaz, pediu-lhe “acção urgente” para retirar da “insustentável letargia” em que se encontra um país que, nos últimos anos, foi notícia quase só por más razões – pela violência político-militar, por assassinatos e golpes de Estado e por se ter tornado plataforma do tráfico internacional de droga. Para o regresso à democracia contribuíram a pressão internacional, o isolamento das autoridades pós-golpe e as dificuldades financeiras.
Um das incertezas do processo político guineense continua a ser o relacionamento entre o poder político e os militares que há dois anos derrubaram o Governo constitucional do então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, Cadogo, à época líder do PAIGC, num golpe liderado por António Indjai, que permanece na chefia das Forças Armadas. Na campanha eleitoral Simões Pereira procurar tranquilizar a cúpula militar anunciado que não haveria “caça às bruxas”.
Gomes Júnior, que tinha vencido a primeira volta das presidenciais, está exilado e viu a sua candidatura presidencial inviabilizada pelo partido a que pertence, para não hostilizar a hierarquia militar. Do seu governo fazia parte, como ministro das Finanças, o novo Presidente da República, José Mário Vaz, que tomou posse na semana passada. Público
EXCLUSIVO DC
Primeiro-Ministro:
Domingos Simões Pereira
Ministros:
Baciro Dja, Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares
Botche Candé, Ministro da Administração Interna
Mario Lopes da Rosa, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades
Daniel Gomes, Ministro dos Recursos Naturais
Geraldo Martins, Ministro da Economia e Finanças
Cadi Mané, Ministra da Defesa Nacional
José António Almeida, Ministro das Obras Publicas, Construções e Urbanismo
Valentina Mendes, Ministra da Saúde Publica
Odete Semedo, Ministra da Educação Nacional
João Aníbal Pereira, Ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural
Bilony Nhassé, Ministra da Mulher, Família e Coesão Social
Florentino Mendes Pereira, Ministro da Energia e Industria
Carmelita Pires, Ministra da Justiça
Agenlo Regala, Ministro da Comunicação Social
Ademiro Nelson Belo, Ministro da Função Publica e Reforma Administrativa
António Serifo Embalo, Ministro do Comerico e Artesanato
Secretários de Estado:
Tomas Barbosa, Secretario de Estado da Juventude, Cultura e Desporto
Barros Bacar Banjai, Secretario de Estado do Ambiente
Vicente Fernandes, Secretario de Estado do Turismo
João Bernardo Vieira, Secretario de Estado dos Transportes e Comunicações
Ildefonso de Barros, Secretario de Estado das Pescas e Economia Marítima
Idelfrides Gomes Fernandes, Secretario de Estado da Cooperação Internacional e das Comunidades
José Dju, Secretario de Estado do Tesouro
Tomasia Manjuba, Secretaria de Estado do Orçamento e Assuntos e Fiscais
Degol Mendes, Secretario de Estado do Plano e Integração Regional
Domenico Sanca, Secretario de Estado da Ordem Publica
Abu Camará, Secretario de Estado do Ordenamento e administração do Território
Carlos Nhaté, Secretario de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria
Fernando Dias, Secretario de Estado do Ensino e investigação Cientifica
Domingos Malú, Secretario de Estado da Gestão Hospitalar
Filipe Quessangue, Secretario de Estado da Segurança Alimentar
Alguém falou em recorde? Lavem essas bocas antes...
Se eu, António Aly Silva, disser que sou o melhor Jornalista guineense (NÃO confundir com jornaleiros ou curiosos) estou a ferir alguém? Já agora, quem? Voltem mas é aos bancos da escola, onde, pelos vistos, apenas aprenderam a bocejar...Seus energúmenos! AAS
RETRATO: Quem é o futuro ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau?
Domingos Simões Pereira escolheu Geraldo Martins para Ministro da Economia e Finanças. Uma escolha já aplaudida por vários quadrantes da sociedade Guineense.
Ministro da Educação entre 2001 e 2003, Geraldo Martins é um alto quadro do Banco Mundial, responsável pelo sector do desenvolvimento humano. Com larga experiência internacional, sobretudo em África, Geraldo Martins coordenou a preparação de vários estudos, programas e projectos do Banco Mundial nas áreas do desenvolvimento humano (educação e formação; população, saúde e nutrição; e protecção social) em países como o Senegal, Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Mauritania, Mali, etc.
A sua contribuição no Banco Mundial para a Guiné-Bissau inclui a preparação, em 2011, de um projecto de 12 milhões de dólares para o sector da educação, que está neste momento a ser implementado com o apoio da UNICEF Bissau. Recentemente, foi um dos principais obreiros da preparação do projecto do Banco Mundial que consagrou 15 milhões de dólares para o pagamento de salários aos professores e ao pessoal da saúde na Guiné-Bissau entre Janeiro de Junho de 2014.
Enquanto Ministro da Educação, Geraldo Martins dirigiu a implementação do programa de reabilitação das infraestruturas escolares que se seguiu ao conflito politico-militar de 1998-99, bem como a implementação da reforma do ensino básico que culminou com a unificação deste ciclo do ensino e a introdução da sua gratuitidade. Além disso, relançou o programa de bolsas de estudo que permitiu atribuir várias centenas de bolsas a jovens estudantes Guineenses, e manteve uma relação de confiança com a classe docente e os sindicatos do sector da educação, os quais realçam a sua capacidade de diálogo.
Geraldo Martins é visto como um quadro muito competente, que alia grande capacidade técnica com experiência política e de governação e que goza de respeito junto dos parceiros de desenvolvimento. Vai agora deixar o Banco Mundial para integrar o governo, esperando-se que possa assegurar a boa gestão das finanças públicas, a mobilização de financiamentos externos e a implementação de programas e projectos cruciais para o desenvolvimento do país.
Geraldo Martins é licenciado em química e mestre em ciências químico-físicas pela Universidade Estatal da Moldávia; é licenciado em direito pela Faculdade de Direito de Bissau, tendo igualmente frequentado a Faculdade de Direito de Lisboa; é mestre em gestão e políticas públicas pela Centro de Estudos Financeiros e de Gestão da Universidade de Londres; e frequentou o curso de pós-graduação em economia da Escola de Estudos Africanos e Orientais da Universidade de Londres.
AFRONTA: Venderam o campo da Marinha Nacional!!!
Só mesmo na Guiné-Bissau. O campo de futebol do quartel da Marinha Nacional, foi vendido à empresa Santy Comercial (proprietária dos vinhos D. Simmon), apurou o Ditadura do Consenso. No local, será construido um supermercado. Um oficial da Marinha confirmou que "uma parte foi de facto vendido" mas diz desconhecer quem fez o negócio.
O dono da empresa Santy tem ligações ao presidente da Guiné-Equatorial, e já comprou a antiga Volvo, a Interlagos e outras empresas que actuam no ramo da castanha de caju. É isto que acontece a um País e as suas infraestruturas quando certas pessoas confundem caneta com catana...
NOTA: Este Governo de Transição foi uma desgraça para o nosso País. É necessária uma sindicância às contas públicas, o congelamento de todos os contratos criminosos assinados durante esse período de caos. AAS
Mutilação Genital Feminina: Registados nove casos em Portugal
A Plataforma de Dados da Saúde registou nove casos de mutilação genital feminina (MGF) em Portugal desde março, adiantou hoje a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade. Em declarações à Lusa, Teresa Morais considerou de "uma importância muito grande" o registo de "casos concretos" na plataforma, que, depois de ter experimentado alguns problemas técnicos, está em funcionamento desde março.
Estima-se que 140 milhões de mulheres tenham sido submetidas à MGF em todo o mundo e que três milhões de meninas estejam em risco anualmente. A prática, que causa lesões físicas e psíquicas graves e permanentes, é mantida em cerca de 30 países africanos, entre os quais a lusófona Guiné-Bissau. A MGF migrou para a Europa, onde se estima que vivam 500 mil mulheres afetadas por uma mutilação genital e 180 mil meninas estejam em risco, anualmente.
A referenciação dos casos representa "um passo decisivo em matéria de conhecimento sobre a realidade da mutilação genital feminina em Portugal, de que, durante muitos anos, se falou apenas em termos teóricos, (...) de sensibilização, sem que o país soubesse, verdadeiramente alguma coisa de concreto sobre o que se passava", afirmou Teresa Morais.
"É o início de uma nova fase na abordagem da mutilação genital feminina em Portugal", frisou, sublinhando que permite "passar das meras suspeitas" a "casos concretos". Juntando o registo ao estudo de prevalência em curso, Portugal poderá passar de "estimativas feitas em cima do joelho para um conhecimento mais detalhado", que permita "intervir junto das comunidades de risco", destacou.
Realçando que apenas foi informada do número de casos e da tipologia da mutilação genital em causa, Teresa Morais reconheceu que será relevante conhecer outros detalhes, como a idade das vítimas e o local e a data da prática da MGF. Essa informação, disse, deverá constar do relatório que a Direção Geral da Saúde divulgará no final do ano.
Teresa Morais adiantou ainda que foi aprovada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco "uma circular, sob a forma de manual de procedimentos, com orientações técnicas sobre como os técnicos e as técnicas das CCPJ devem atuar para prevenir e sinalizar os casos de MGF".
A secretária de Estado informou também que a pós-graduação sobre MGF na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa "vai ser repetida em outubro". Com propina gratuita, a primeira edição foi frequentado por mais de 30 profissionais de saúde, que depois deram formação aos colegas.
Entretanto, acrescentou a governante, a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) está a trabalhar num protocolo com Instituto Politécnico de Setúbal, para realizar uma pós-graduação em moldes similares no Barreiro, no último trimestre de 2014.
Ainda sobre a MGF, estão abertas até 4 de agosto as candidaturas ao prémio "Mudar agora o futuro", podendo concorrer a financiamento as "organizações sem fins lucrativos que tenham projetos de intervenção na comunidade que possam contribuir para prevenir e erradicar esta prática", recordou a secretária de Estado.
Estima-se que 140 milhões de mulheres tenham sido submetidas à MGF em todo o mundo e que três milhões de meninas estejam em risco anualmente. A prática, que causa lesões físicas e psíquicas graves e permanentes, é mantida em cerca de 30 países africanos, entre os quais a lusófona Guiné-Bissau. A MGF migrou para a Europa, onde se estima que vivam 500 mil mulheres afetadas por uma mutilação genital e 180 mil meninas estejam em risco, anualmente.
A referenciação dos casos representa "um passo decisivo em matéria de conhecimento sobre a realidade da mutilação genital feminina em Portugal, de que, durante muitos anos, se falou apenas em termos teóricos, (...) de sensibilização, sem que o país soubesse, verdadeiramente alguma coisa de concreto sobre o que se passava", afirmou Teresa Morais.
"É o início de uma nova fase na abordagem da mutilação genital feminina em Portugal", frisou, sublinhando que permite "passar das meras suspeitas" a "casos concretos". Juntando o registo ao estudo de prevalência em curso, Portugal poderá passar de "estimativas feitas em cima do joelho para um conhecimento mais detalhado", que permita "intervir junto das comunidades de risco", destacou.
Realçando que apenas foi informada do número de casos e da tipologia da mutilação genital em causa, Teresa Morais reconheceu que será relevante conhecer outros detalhes, como a idade das vítimas e o local e a data da prática da MGF. Essa informação, disse, deverá constar do relatório que a Direção Geral da Saúde divulgará no final do ano.
Teresa Morais adiantou ainda que foi aprovada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco "uma circular, sob a forma de manual de procedimentos, com orientações técnicas sobre como os técnicos e as técnicas das CCPJ devem atuar para prevenir e sinalizar os casos de MGF".
A secretária de Estado informou também que a pós-graduação sobre MGF na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa "vai ser repetida em outubro". Com propina gratuita, a primeira edição foi frequentado por mais de 30 profissionais de saúde, que depois deram formação aos colegas.
Entretanto, acrescentou a governante, a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) está a trabalhar num protocolo com Instituto Politécnico de Setúbal, para realizar uma pós-graduação em moldes similares no Barreiro, no último trimestre de 2014.
Ainda sobre a MGF, estão abertas até 4 de agosto as candidaturas ao prémio "Mudar agora o futuro", podendo concorrer a financiamento as "organizações sem fins lucrativos que tenham projetos de intervenção na comunidade que possam contribuir para prevenir e erradicar esta prática", recordou a secretária de Estado.
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