terça-feira, 17 de junho de 2014

VOOS TAP: Governo português quer restabelecimento das ligações aéreas "o mais rapidamente possível." AAS

INSS a ferro e fogo


Não há entendimento entre DG Cirilo Mama Saliu Djalo e o Sindicato de Base dos trabalhadores do INSS, e a luta continua, por deliberação da assembleia geral dos trabalhadores do INSS ontem dia 16 do mes de Junho 2014. Foi agendada uma paralização para os dias: 19, 20, 23, 24 e 25 do corrente mes.

O problema maior é que os dias agendados para greve coincidem com pagamentos dos Pensionistas que descontaram toda a vida para receberem uma ninharia na altura que mais precisam. AAS

JOMAV em PORTUGAL: Presidente eleito vai reunir com a comunidade guineense, em Lisboa, no próximo dia 19, às 18 horas, na Universidade Lusófona. AAS

FOGUETES: "Portugal é forte aliado da Guiné-Bissau"

Portugal é um "forte aliado" da Guiné-Bissau, "empenhado" no regresso do país à ordem constitucional. A garantia é do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português - Luís Campos Ferreira, expressa à chegada à capital guineense.

O primeiro governante europeu a visitar o país após o golpe de Estado de 2012 chegou ao aeroporto internacional de Bissau às 3:15 (mais uma hora em Lisboa) para uma estada de dois dias em que vai assistir à tomada de posse do novo parlamento. "Portugal é um forte aliado da Guiné-Bissau e está muito empenhado neste novo regresso à ordem constitucional", destacou Luís Campos Ferreira à RDP África.

O governante português vai cumprir uma agenda de trabalho no sentido de desenvolver e aprofundar programas de cooperação, alguns dos quais continuaram no terreno para apoio à população, "mesmo com relações mais difíceis" entre os dois países. Na agenda, Campos Ferreira tem "um leque alargado de reuniões com individualidades" para aprofundar os programas que podem ser desenvolvidos e quais as áreas que precisam de mais apoios: "na saúde, educação, capacitação da administração pública ou noutras que as novas autoridades entendam ser necessário". "Queremos dar um sinal de proximidade, de apoio, de afeto, de que a Guiné-Bissau é um país amigo, um país irmão".

A posse dos 102 novos deputado da Assembleia Nacional Popular está marcada para as 10 da manhã desta segunda-feira, e para dia 23 está marcado o juramento do presidente José Mário Vaz, que nos dias seguintes dará posse ao novo líder de Governo e restantes membros que o compõem. O ministro dos Negócios Estrangeiros português - Rui Machete, vai estar presente na tomada de posse do novo chefe de Estado guineense. RDP AFRICA

segunda-feira, 16 de junho de 2014

CORTE DE ÁRVORES está a afectar "florestas 'sagradas'"

Lusa

O corte ilegal de árvores na Guiné-Bissau já está a afetar também as "florestas sagradas", disse à agência Lusa o membro de um grupo que lançou uma petição na Internet contra o abate. "Estão a ser dadas autorizações de corte e licenças para corte em florestas sagradas", zonas protegidas por usos e costumes das comunidades locais e geralmente abrigo de espécies de fauna e flores raras, explicou Miguel Barros, do Movimento Ação Cidadã, sediado em Bissau.

Apesar das denúncias feitas desde 2012, madeira de todo o país acaba em contentores e é exportada por via marítima e terrestre, sem regras, nem controlo, para benefício de alguns negociantes, alerta o grupo e um número crescente de organizações internacionais.

De acordo com o Movimento Ação Cidadã, as "florestas sagradas" já foram invadidas na região de Quinara, sul do país, no final de 2013, e nas imediações dos parques naturais de Cufada e Cantanhez, também no sul, no primeiro trimestre deste ano. Os "tronqueiros", nome dado pela população aos homens de motosserra que abatem a floresta, surgem com autorizações e guardados por militares ou outras forças de segurança do Estado e os habitantes pouco ou nada podem fazer para os impedir de entrar nos seus próprios terrenos.

"Resta a denúncia a larga escala", referiu Miguel Barros, para justificar a petição lançada na Internet - disponível na plataforma www.avaaz.org com o título "Parem imediatamente o tráfico ilegal de madeira na Guiné-Bissau". "Se as próprias autoridades de transição [Governo e outras instituições do Estado] vêm lamentar-se do que se passa, quer dizer que há uma total desresponsabilização", concluiu.

A petição tem como objetivo fazer com que o Presidente da República e Governo recém-eleitos na Guiné-Bissau suspendam todo o corte de árvores e façam uma avaliação da situação atual - com uma moratória que impeça a exploração de pau-de-sangue (madeira mais procurada) por 10 anos. Pede-se ainda "um inquérito ao tráfico ilegal de pau-de-sangue e outras árvores exóticas no país em particular nas áreas protegidas, florestas comunitárias e florestas sagradas".

Na mesma petição apela-se ainda ao Presidente da China que "assuma a sua responsabilidade na destruição das florestas dos países em desenvolvimento onde tem estabelecido parcerias de cooperação" - tema para o qual é pedida a atenção das Nações Unidas. Os níveis "sem precedentes" de destruição da floresta e de outros recursos naturais da Guiné-Bissau já foram motivo de alerta no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Em causa estão licenças de exploração emitidas pelo Estado em que "o país não ganha nada" e a população, maioritariamente dependente da agricultura, "fica com os ecossistemas destruídos", denunciou também à agência Lusa Nelson Dias, representante da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) em Bissau. Além da petição lançada pelo Movimento Ação Cidadã, outras têm sido criadas desde o início do ano, por iniciativa individual, na Internet, bem como diversos alertas nas redes sociais.

O Presidente eleito da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, prometeu a 26 de maio rever todos os contratos relacionados com a exploração de recursos naturais do país, "doa a quem doer". O Presidente da República assume funções na segunda-feira, dia 23, cerimónia após a qual poderá dar posse ao primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, e ao Governo.

RELAÇÕES (resta saber quem fica por cima...)

Portugal inicia hoje a normalização das relações com a Guiné-Bissau, dois anos e dois meses depois do último golpe de Estado militar, com a visita do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros a Bissau.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) anunciou em comunicado na sexta-feira que se trata de uma "deslocação plena de significado político, uma vez que representa o normalizar das relações entre os dois países".

"Luís Campos Ferreira será o primeiro governante europeu a assinalar o fim do isolamento internacional da Guiné-Bissau", referia-se ainda na mesma nota. Lusa

DIPLOMA DE MERDA: Ora bem, é por isto que eu ABOMINO o Ramos Horta, e a política da ONU no mundo



Estes diplomas servem para uma única coisa: LEGITIMAR golpes e absolver canalhas. AAS

CADOGO: Homi ku Guiné misti


Funeral de Adelino Mano Queta é hoje, às 11h da manhã no cemitério municipal de Bissau. AAS

CADOGO publica revista com memórias da campanha presidencial de 2012



O ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau Carlos Gomes Júnior, deposto no golpe de Estado de Abril de 2012, lançou uma publicação em formato de revista em que conta "algumas memórias" do percurso político na campanha eleitoral das goradas presidenciais desse ano.

Com 80 páginas e ilustrada com fotografias, a revista "Guiné-Bissau - Carlos Gomes Júnior: Memórias de um Percurso Político" e conta a "história" da campanha eleitoral do então chefe do executivo guineense para as presidenciais, cuja segunda volta não chegou a realizar-se devido ao golpe de Estado.

Na Cidade da Praia, onde reside há cerca de um ano, Carlos Gomes Júnior, conhecido popularmente por "Cadogo", escusou-se a comentar à agência Lusa o que o levou a publicar a revista, indicando apenas tratar-se de uma parte das suas memórias, cuja totalidade só sairá mais tarde.

No editorial, o jornalista português Fernando Gomes, que à data do golpe de Estado de 2012 era delegado da RTP na Guiné-Bissau - desempenhava idênticas funções quando ocorreu a guerra civil de 1998/99 -, escreve um breve resumo do que foi a caminhada de "Cadogo" até que, na véspera do início da campanha da segunda volta, que iria disputar com Kumba Ialá, o processo eleitoral foi definitivamente interrompido.

Na revista, Carlos Gomes Júnior aparece em dezenas de fotografias com alguns dos principais líderes mundiais, como o norte-americano Barack Obama, o cubano Fidel Castro, o sul-africano Jacob Zuma e o angolano José Eduardo dos Santos, bem como o português Aníbal Cavaco Silva e o venezuelano Hugo Chavez.

Vários textos acompanham toda a campanha presidencial de "Cadogo", desde o lançamento da candidatura, passando pelas acções de campanha em todas as nove regiões em que se divide administrativamente a Guiné-Bissau - sector autónomo de Bissau, Biombo, Cacheu, Oio, Tombali, Quínara, Bafatá, Gabu, e Bolama/Bijagós, e o comício de encerramento na capital guineense.

Na contracapa, Carlos Gomes Júnior dedica a publicação à sua mulher, Saloméa Gomes, bem como aos militantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, de que foi presidente entre 2002 e, oficialmente, 2014) e ao povo guineense.

Carlos Domingos Gomes Júnior, natural de Bolama, onde nasceu a 19 de Dezembro de 1949, foi eleito presidente do PAIGC em 2002 e dirigiu, oficialmente o partido (esteve fora da Guiné-Bissau desde o golpe de Estado de Abril de 2012) até ao congresso realizado em Fevereiro deste ano, em que foi eleito Domingos Simões Pereira.

"Cadogo" foi primeiro-ministro guineense entre Maio de 2004 e Novembro de 2005, demitido pelo então regressado presidente João Bernardo "Nino" Vieira, e ao vencer as legislativas de 2008, regressou ao cargo em Janeiro de 2009, onde se manteve até 2012. Antes da primeira volta das presidenciais de 17 de Março de 2012, Carlos Gomes Júnior deixou o cargo, interinamente, à então chefe da diplomacia guineense, Adiato Djaló Nandigna, para poder apresentar-se como candidato à votação. LUSA

sábado, 14 de junho de 2014

Adelino Mano Queta: Cerimónias fúnebres terão lugar na próxima semana

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau Adelino Mano Quetá morreu este sábado, em Bissau, vítima de doença. Fonte familiar disse à agência Lusa que o político se tinha sentindo mal nos últimos dias e que de madrugada foi assistido no hospital Simão Mendes, de Bissau, mas não resistiu e faleceu.

O funeral de Adelino Mano Queta, que contava 70 anos, deverá ter lugar na próxima semana, uma vez que se aguarda pela chegada a Bissau de parte de familiares que se encontram em Portugal. Aquando do golpe de Estado militar de abril de 2012, Mano Quetá desempenhava as funções de ministro da Justiça.

Licenciado em Ciências Políticas e Sociais, Adelino Mano Queta foi secretario-executivo adjunto da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e, mais tarde, representante do país na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Lisboa.

Entre 1992 e 2002, Mano Quetá foi nomeado sucessivamente embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Espanha, Itália, Marrocos e Taiwan. Candidatou-se como independente à presidência da Guiné-Bissau nas eleições de 2005, tendo ficado em nono lugar entre 13 candidatos. Natural de Mansoa, no centro/norte do país, Adelino Mano Quetá foi também diretor geral das Alfandegas e era docente na Faculdade de Direito de Bissau.

Faleceu esta madrugada, em Bissau, o Sr. Adelino Mano Queta. Foi ministro dos Negócios Estrangeiros, e também da Justiça, no governo de Carlos Gomes Jr. Condolências à família e que a terra lhe seja leve. AAS

sexta-feira, 13 de junho de 2014

PÉRIPLO PRESIDENCIAL: JOMAV regressou ao País


José Mário Vaz, presidente eleito da Guiné-Bissau, está de regresso a Bissau após um périplo por países da CEDEAO, onde aproveitou para convidar os chefes de Estado à sua tomada de posse que ocorre no dia 23 de Junho no estádio nacional, e também ouviu os conselhos desses dirigentes para governar da melhor maneira.

O presidente eleito regressou esta sexta-feira a Bissau, proveniente do Mali, depois de visitar a Costa do Marfim e o Níger. José Mário Vaz foi receber conselhos de governação dos seus homólogos. Trabalhar para a manutenção da paz a nível sub-regional e a estabilidade na Guiné-Bissau estão entre os conselhos que José Mário Vaz disse ter ouvido.

Antes do Mali, Costa do Marfim e Níger, o presidente eleito da Guiné-Bissau já se tinha deslocado ao Senegal, Gâmbia, Guiné-Conacri, Burkina-Faso e Togo. De referir que José Mário Vaz desloca-se este fim-de-semana a Marrocos antes de viajar para Portugal, onde vai convidar pessoalmente o presidente português, Aníbal Cavaco Silva, para assistir à sua tomada de posse. RFI

Guiné-Bissau: Senegal e Portugal disponíveis para ajudar

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e do Senegal manifestaram hoje disponibilidade para ajudar o novo Governo e o novo Presidente da Guiné-Bissau a consolidarem a democracia restabelecida no país, dois anos após o golpe de Estado.

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, recebeu o seu homólogo do Senegal, Mankeur Ndiaye, que pela primeira vez visita Portugal, para abordar questões bilaterais nas áreas da economia, da segurança interna, do ensino e da cultura, entre outras.

Numa conferência de imprensa conjunta, o ministro Rui Machete reconheceu que o Senegal tem desempenhado um papel de liderança na África Ocidental e é "um dos mais importantes países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)".

"Por isso mesmo, consideramos que o Senegal pode ajudar muito, designadamente a Guiné-Bissau nesta nova fase que se vai iniciar em breve, agora que se realizaram eleições", acrescentou Machete. O governante português destacou que também Portugal está disponível para consolidar reformas na Guiné-Bissau, no âmbito da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), mas também da União Europeia, considerando que "tudo deve passar-se de uma maneira que permita ao Governo [guineense] estabelecer um regime estável de paz".

"Pensamos, aliás, que a CEDEAO e a CPLP devem estreitar as suas relações, visto que podem dar uma contribuição decisiva, não apenas no aspeto da Guiné-Bissau, mas no estabelecimento de uma situação de maior estabilidade na região, que (...) é vizinha do Sahel, onde há problemas sérios, e está justamente na fronteira do Golfo da Guiné, onde há problemas sérios de combate à pirataria, de combate ao tráfico ilegal de droga e também de combate às ligações que esses dois tráficos têm com o terrorismo", acrescentou.

Mankeur Ndiaye lembrou que tanto Portugal como o Senegal têm contribuído "para a pacificação da situação na Guiné-Bissau e o retorno à ordem" e estão "comprometidos em acompanhar" os novos dirigentes no processo de estabilidade. "E, sobretudo, na realização de reformas importantes, reformas dos setores da defesa e da segurança e, igualmente, na mobilização da parte técnica e financeira para permitir ao novo regime trabalhar e assegurar o desenvolvimento económico e social deste país", acrescentou.

O novo presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, foi eleito em maio e deverá tomar posse a 23 de junho. A 13 de abril, os eleitores deram a maioria absoluta ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), liderado por Domingos Simões Pereira, depois de um golpe de Estado militar em abril de 2012.

OPINIÃO: A Sul, nada de novo


O Povo da Guiné-Bissau acabou de eleger nas urnas um Governo e um Presidente da República. Até aqui, nada de novo. Nada a Sul, portanto. Muita gente pensa que as coisas acabam aqui. Engano. É agora que as coisas vão começar. Como primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira tem uma tarefa tão árdua quanto foi a nossa luta de libertação nacional.

Para começar, vejamos a composição da bancada do PAIGC no parlamento: dos 57 deputados, num total de 102, dez pertencem à chamada ala do Braima Camará. Não esquecer Cacheu parece ser o lema. E a formação do Governo está a ser outra dor de cabeça. A substituição de António Indjai - e o que fazer a seguir com ele - será o cabo das tormentas.

Muito se tem falado em Sandji Fati, um antigo chefe do Estado-Maior do Exército durante a presidência de Nino Vieira, que depois da queda deste afastou-se voluntariamente das forças armadas para se dedicar à actividade comercial e exploração de minérios. Por essa razão, é quase impossível Sandji embarcar num barco que bem conhece e onde é perigoso navegar com ventos defavoráveis.

Além disso, há ainda que contar com as eventuais objecções que os revoltosos (maioritariamente balantas) poderão levantar (quem protegerá o Indjai, e como?) para além do facto de os militares ainda não esquecerem que Sandji Fati esteve do lado de Nino Vieira no conflito que o opôs à Junta Militar, em 1998. E na Guiné-Bissau, é tristemente sabido, o prestígio acaba sempre mal...

Já o Presidente da República, José Mário Vaz, terá menos trabalho mas não menos responsabilidade: ele é, afinal, o comandante Supremo das Forças Armadas, a mais irrequieta da costa ocidental africana. JOMAV tem, primeiro, que acabar com o batalhão da Presidência. São centenas de homens, talvez até uma companhia, alimentada a carne e frango e que nada acrescenta à segurança do palácio, bem pelo contrário...conhecemos a história de cor e salteado.

Depois, Bissau não precisa de ter cinco ou seis quartéis. Se repararem, os quartéis que cercam a cidade e os seus arredores têm apenas um condão: tornar os seus habitantes autênticos reféns da canalha. Não temos inimigos internos que não as nossas próprias forças armadas. Assim, ala com eles para protegerem as nossas fronteiras dos nossos verdadeiros inimigos - o Senegal, e a Gâmbia; e ter um olho na Guinée. Just in case... Disse. António Aly Silva