sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
OPINIÃO: Ligações perigosas
"Bem recentemente, num dos seus inflamados discursos, o General António Injai (AI) disse no alto da sua arrogância de senhor absoluto de Bissau, de que, caso decidisse candidatar-se ao cargo de Presidente da Republica, ganharia seguramente as eleições. Disse que o não faria, porque não queria ser Presidente da Republica.
AI tem as suas razões. Por um lado, para arrogar essa possibilidade de ganhar as eleições presidenciais caso candidatasse, basta organizar-lhe à sua medida como esta a ser agora para o seu candidato e, por outro lado, tenho eu a certeza de que, não interessa a AI ser Presidente da Republica no papel, se de facto, ele ja é, de uns tempos a esta parte o PR de facto da Guiné-Bissau.
Também, o AI disse que, caso decidisse escolher alguém para ser candidato, decerto essa pessoa, ganharia as eleições presidenciais com o seu apoio. Et Voila !!!
Recentemente, vimos que a escolha de AI, pela voz de Kumba Yala (KY) foi ja feita e confirmada na pessoa do "desconhecido" e enigmático Nuno Na Biam (NNB). KY apos um primeiro balão de ensaio para a sua candidatura, foi posto na linha pelo General, obrigando-o a recuar nos seus propositos presidenciais e a servir de fachada e dar unção obrigatória à escolha do candidato do AI. O PRS, surpreso ou não, perde-se em panaceias de parecer indicar outros candidatos para tentar enganar a opinião publica guineense de que estão "fora" da escolha feita pelo General.
De uma forma ou outra, as coisas colam-se, e bem, para os dois homens fortes de Bissau que são, AI & KY, os quais "concertadamente" escolheram o seu suposto Don Sebastião na pessoa de NNB. Este felizardo, filho da "tribo eleita" tem contudo o seu quê, para merecer essa presidencial escolha por parte desses dois caciques da comunidade balanta. Na realidade, NNB é sobrinho na linha direta de AI, pois é filho de sua irmã consanguinea (no bom crioulo filhos do mesmo pai e mesma mãe) e, também, foi genro do assassinado Presidente Nino Vieira, pois foi casado em tempos com uma das suas filhas, com a qual tem dois rebentos.
Sobre NNB, mais tarde, voltarei com revelações mais concretas e interessantes sobre o seu percurso pardo e sinuoso, entre elas, as saus relações com, Bubo Na Tchuto, Papa Camara e agora António Injai que o apadrinhou para o cargo de presidente da republica... os nomes dessa parelha de amigos já dá para adivinhar em presença de que tipo de pessoa estamos, e ao que parece, tem fortes possibilidades de vir a ser o próximo Presidente da Republica da Guiné-Bissau se essa mascarada eleitoral que esta a ser levada continuar tal como esta.
Na minha modesta perspetiva, não se deve tomar de animo leve a candidatura de NNB, que, de aparentemente inofensiva pode vir a tornar-se perigosa e enleante para as pretensões do General-Presidente. AI, já demostrou aos guineenses e a Comunidade Internacional (CI), de que, é um verdadeiro fazedor de Reis na Guiné-Bissau.
A finalizar, um facto que tive oportunidade ocasionalmente de testemunhar pois estava ao lado do sucedido. O facto ocorreu, pouco tempo depois do regresso de NNB dos EUA e muito antes deste seu mediático lançamento na politica. Numa roda de amigos e entre copos e chalaças de permeio, o agora candidato do General, com ar triste e compenetrado deixou sair um desabafo, que me pareceu sentido e sincero "se um dia for Presidente da Guiné-Bissau, vou vingar a morte de Nino Vieira até o ultimo homem. Matarei, todos aqueles que participaram no seu assassinato".
Por isso, não sei se AI negociou essa vingança propondo-lhe o cargo que fora do seu assassinado sogro atenuando ou comprando assim a sua sede de vingança..., ou o NNB é dos que, imbuídos de complexos primários de odio fingem, não saber quem mandou matar e esquartejar selvaticamente o seu querido e chorado sogro. Se não entender, é porque lhe satisfaz.
Bem haja DC
B. Na Tchuda"
OPINIÃO: Complexos de colonizador?
"Depois de se ter estoicamente assumido contra o golpe de estado ocorrido na Guiné-Bissau em abril de 2012, Portugal foi perdendo gradualmente protagonismo na procura de soluções para a resolução dessa crise que abalou fortemente as estruturas da jovem e frágil democracia guineense e cujas consequências se fazem hoje sentir de forma nefasta nessa sua antiga colonia.
O recuo do intervencionismo português na crise guineense, começou desde o momento em que, erradamente Portugal pensou que o seu papel pudesse ser aparentemente substituído, consubstanciado na sua participação colegial no quadro da CPLP. Pensar isso, foi um erro estratégico grave, isto, quando na verdade, o que se pretendia era esquivar-se de que o seu envolvimento direto fosse conotado com uma "intervenção neocolonialista" e, quiçá também, queria evitar um confronto diplomático com a França (outra parte interessadíssima no processo guineense) ao nível da comunidade que partilham. De uma forma ou outra, a estratégia escolhida não foi a mais adequada e tão pouco a mais eficiente para o peso da sua historia nesse pedaço de terra prenhe de conflitos e matanças.
Para os que conhecem as relações entre Portugal e a Guiné-Bissau, é difícil compreender esse "afastamento" estratégico e tão pouco, pode-se compreender a razão pela qual, Portugal não assumiu uma posição unilateral nesse conflito, utilizando todas as suas influências na abordagem e resolução da crise guineense, tal como a França sem complexos de antigo colonizador, o fez em relação ao Mali e mais recentemente, esta em vias de fazer, em relação à Republica Centro Africana.
Esquivando-se ao desafio, Portugal abdicou de por ao serviço do Povo da Guiné-Bissau o seu insubstituível peso e a sua incomparável influência que poderiam, logo à nascença fazer lograr os intentos golpistas de 12 de abril. Portugal abdicou desse seu papel fundamental esquissando na CPLP (bloco sem vocação nem experiência para estes cenarios), foi a CEDEAO, em particular um grupo restrito dessa organização, que aproveitaram, fazendo da Guiné-Bissau o Estado calamitoso que hoje se conhece.
No caso da Guiné-Bissau, é inegável que, Portugal como antiga potência colonial e conhecedor profundo dos complexos males que gangrenam esse pais, fugiu às suas responsabilidades de ajudar o Povo da Guiné-Bissau num momento crucial da sua vida. Teve oportunidade de o fazer, pois a ocasião assim proporcionou, quando unanimemente, o golpe de estado de 12 de abril foi amplamente condenado por toda a Comunidade Internacional (CI), incluindo a própria CEDEAO, que apos brandir a sua famosa tolerância zero deu uma volta de 180° passando a apoiar e a sustentar o regime golpista de Bissau, cuja elite governante, quer politica quer militar são comummente associados ao narcotráfico internacional e negócios obscuros.
Portugal, bem podia e melhor faria, em posicionar-se de forma unilateral, sem paternalismos e sem complexos, como um pais com responsabilidades históricas única para com a Guiné-Bissau e, estou certo de que as coisas não teriam o desfecho dramático que esta a ter infelizmente hoje. Esse posicionamento de quem tem "autoridade de bem-estar" podia ser concomitantemente agilizado no quadro da CPLP (onde Angola teve e tem até hoje um papel reconhecidamente penhorado pelo Povo guineense), assim como da UE e das NU.
Ao "ausentar" da crise de Bissau, fugindo a sua intransmissível responsabilidade, Portugal mostrou-se um pais frágil aos olhos do Povo da Guiné-Bissau, mostrou-se débil perante o mundo e mostrou-se complexado perante a CEDEAO, que agradeceu o complexo, ocupando e mal o seu lugar natural.
Enfim, é pela falta de firmeza e de convicção que demostrou na crise guineense, que Portugal hoje se expõe a afrontas de um vulgo marginal, como o Fernando Vaz, dito Ministro de Estado do governo golpista de Bissau que, apos comer do bom bacalhau regado do seu bom vinho, lhe arrota na sua cândida figura, desaforros e trocadilhos dignos de um meliante de terceira categoria.
Revejam a vossa politica em relação a Guiné-Bissau, que o Povo agradece de certeza.
P.B."
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
CADOGO: Nova goleada
PERGUNTA:
Em que candidato vai votar nas eleições gerais marcadas para Março de 2014?
RESPOSTAS:
Carlos Gomes Jr. - 888 votos (73%)
Heldér Vaz 85 votos (7%)
Koumba Yalá 33 votos (2%)
Paulo Gomes 208 votos (17%)
Votos apurados: 1214
ELEIÇÕES(?) 2014: A fraude
«Caro Aly,
É grave haver pessoas a recensearem mais que uma vez, mas tendo em conta que o sistema a ser utilizado carece de software de interligação ente brigadas, há sempre essa hipótese de uma pessoa se inscrever em várias brigadas. Posteriormente, na elaboração do caderno eleitoral, o sistema certamente vai, com certa facilidade detectar essa fraude.
Mas levanta outra questão: será que as pessoas envolvidas nesse acto o fizeram por falta de informação ou por má fé? Depois, qual vai ser a sanção para as pessoas de má fé? Tudo isso é para dizer que era necessário informar as pessoas. Abraço
P.A.C.»
ELEIÇÕES(?) 2014: Falcatruas&CUmpanhia
«Caro Aly,
Li teu post sobre o recenseamento Guiné Bissau, e vi o vídeo. Entendi que nem mesmo o responsável da CNE conhece os materiais que utiliza. Toner não é utilizado para imprimir cartões. Significando que ou não têm tinta para a máquina de imprimir cartões ou o gajo é um pau mandado.
Um abraço,
R.F.»
BARRAGEM SALTINHO: Rui Barros disse ontem que «assinaram» um acordo com a China para a construção da barragem do Saltinho. Pois bem - mentira! Quem assinou o acordo (estudo feito pela empresa portuguesa COBA e o contrato assinado com a China Hydro) foi Carlos Gomes Jr., na sua última visita à China. A bem da verdade, fica aqui o esclarecimento. Nô para panta n'utru...AAS
Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr cumprimenta o presidente da China (nesta visita, foi assinado o acordo para a construção da barragem do Saltinho)
Carlos Gomes Jr., ladeado pela Esposa e toda a comitiva guineense
Alô, Cidade da Praia: todos a correr no dia 13 de janeiro
Câmara Municipal Da Praia
Percurso Corrida da Liberdade 2014
As Inscrições para a Corrida 14 Km devem ser feitas na Federação cabo-verdiana de Atletismo (Gimnodesportivo);
As Inscrições para a Caminhada 4 km, nos Balcões de atendimento da CMP.
Participe e homenageie o Pantera Negra.
CABO VERDE: 'SEMANA DA REPÚBLICA'
Dia 14 Janeiro 2014
10:30 Horas
Município de São Domingos
Palestra
O dia é reservado à comemoração da Liberdade e da Democracia através de uma palestra ministrada pela S.E. o Presidente da República de Cabo verde na Escola Secundária Fulgêncio Tavares, numa menção especial ao 13 de Janeiro de 1991, data da realização das primeiras eleições livres em Cabo Verde. Tal conversa tem por objectivo essencial a transmissão de um conjunto de valores que a constituição contempla e que devem ser estimulados entre os cidadãos cabo-verdianos.
Dia 15 Janeiro 2014
12:00 Horas
Palácio da Presidência
Exposição Audiovisual “#republika”
Trata-se de uma instalação multimédia composta por vídeos, áudio, fotografias, colagens e textos. Os vídeos serão discursos simbólicos à volta do tema da Constituição da República e que passarão em loop permanente, projectados por projetores multimédia ou passados em televisores. O áudio consistirá numa composição de canções, que evocam o espírito nacional em diversas épocas da autodeterminação do nosso país, com extratos de discursos, notícias e efeitos sonoros.
Dia 17 de Janeiro 2014
10:30 Horas
Palácio da Presidência
estória estória
O momento é dedicado às crianças dos jardins infantis. Durante algum tempo ouvirão a estória “um País de pernas para o ar”, de um livro infantil editado pela Presidência da República e que visa despertar nos mais pequenos o sentimento da importância do cumprimento dos direitos e deveres.
Dia 20 de Janeiro 2014
17:30 Horas
Palácio da Presidência
Mesa Redonda
Subordinada ao tema “O legado das lideranças políticas africanas pós-colonial e os desafios que África enfrenta hoje”
Assinala-se o dia dos Heróis Nacionais com uma conversa na qual se pretende lançar um olhar crítico sobre o legado político das lideranças emergentes no pós-independência e os principais desafios que se colocam à África hoje, entre os quais a ingente tarefa de construção e uma democracia sólida e inclusiva, propiciadora do bem-estar social para suas populações. O debate visa também situar Cabo verde no contexto africano, pondo em cheque as vantagens e desvantagens de uma assunção descomplexada do seu espaço geopolítico natural, isto é, uma sua plena integração.
BARRAGEM SALTINHO: Rui Barros disse ontem que «assinaram» um acordo com a China para a construção da barragem do Saltinho. Pois bem - mentira! Quem assinou o acordo (estudo feita pela empresa portuguesa COBA e o contrato assinado com a China Hydro) foi Carlos Gomes Jr., na sua última visita à China. A bem da verdade, fica aqui o esclarecimento. Nô para panta n'utru...AAS
OPINIÃO: O fim da macacada
«Hi Aly,
Não consigo parar de rir com “Mais um Candidato” Macaco. A primeira vista até parece o António Indjai. Hi hi...
Cada um tem a sua opinião, mas para mim o problema na Guiné-Bissau foi e é por causa dos MACACOS. Para mim nem a CEDEAO, muito menos a UA ou a ONU tem culpa da situaҫão do país, todos são vítimas dos MACACOS da Guiné-Bissau.
Exemplo? A CEDEAO implementou TRANSIҪÃO no Mali e na Guiné-Bissau. No Mali lidou com pessoas e viram-se os resultados. Na Guiné-Bissau teve a má sorte de levar com os MACACOS que se dizem militares e políticos, e andamos nessa MACACADA que nunca mais acaba!!!
Não gosto do PAIGC, mas gosto do CADOGO porque é um autêntico “CAҪA MACACOS”. CADOGO foi o primeiro governante na Guiné a batalhar a MACACADA de uma forma séria e é por isso que os MACACOS não querem que regresse à Guiné-Bissau.
Bela foto!!!»
OPINIÃO: Sobre o STJ
«Enquanto cidadão atento e a bem da verdade é, para mim um dever sagrado trazer à luz um caso inédito que vem ensombrando a justiça na Guiné-Bissau nestes últimos dias: a existência dum mandado de detenção emitido por um delegado do Ministério Público contra uma Magistrada Judicial por esta ter assinado, em substituição duma colega e enquanto Juiz de Turno, um mandado de soltura do cidadão de origem nigeriana de nome Amadou Oury Diallo.
Antes porém, acho que neste caso concreto há um grande exagero da parte do Blog Ditadura do Consenso em apelidar um órgão de soberania, como o Supremo Tribunal de Justiça de narco tribunal.
Ora, neste processo em referência existe um habeas corpus do Supremo Tribunal de Justiça e um recurso, circunstâncias que esvaziam a possibilidade de continuar a manter um cidadão privado da liberdade e que nem estava em regime de cumprimento de pena.
Essa decisão habeas corpus do Supremo Tribunal de Justiça foi remetida ao Ministério Público e ao Tribunal para efeitos de cumprimento a que a Juíza titular do processo se dignou cumprir.
Decorrente desta decisão, a Magistrada exarou o competente despacho, ordenando a libertação do aludido suspeito.
Para quem estudou Direito e para quem almeja zelar pela verdade não podia ter outra interpretação, senão fazer valer a decisão de um órgão judicial superior.
Ora, tal situação até dava direito ao Ministério Público a quê?
1-Aceitar a decisão de habeas corpus
A libertação desse cidadão estrangeiro era um imperativo inadiável e decorria da decisão do Supremo Tribunal de Justiça em “habeas corpus”, contrariamente ao que pretende dar a conhecer o Ministério Público.
O acto da Magistrada não titular do processo afigura-se como mero expediente administrativo, na estrita medida em que a decisão de soltura é do domínio do órgão que deu procedência ao “habeas corpus” e decorre do despacho da própria Juíza titular do processo, conforme ilustra o Mandado publicado no Blog Ditadura do Consenso.
De referir que no decurso das férias judiciais o Tribunal continua em funções, sobretudo, para atender a casos análogos como o processo deste cidadão nigeriano.
Infelizmente, o que se passou é uma vergonha, porquanto se tratou de sucessivos erros graves da parte do Ministério Público:
1-Desde que foi decretada a prisão preventiva, o Ministério Público não se dignou em proferir uma acusação provisória no prazo legalmente previsto e nem solicitou a prorrogação do prazo de prisão preventiva ao Juiz de Instrução Criminal;
2-Por outro lado, o Juiz de Instrução Criminal deferiu o requerimento do Mandatário Judicial, ordenando a restituição à liberdade ao suspeito e aplicando a este uma outra medida de coação e que o MP nunca cumpriu.
3-Passo subsequente, o Ministério Público remeteu o processo para julgamento apesar de este órgão (MP) exceder largamente todos os prazos estabelecidos por Lei.
Esta minha reflexão tem um único propósito de despertar a consciência colectiva nacional e internacional quanto é frágil o estado do Direito na Guiné-Bissau.
Uma instituição como o Ministério Público, fiscal da legalidade não pode, de modo algum, passar por cima das decisões judiciais e dar-se ao luxo de ordenar a detenção de um Magistrado Judicial sem nenhum processo.
M.M.»
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
ELEIÇÕES(?) 2014: Paulo Gomes em Paris
No âmbito da sua candidatura às eleições presidenciais da Guiné-Bissau de 16 de Março de 2014, Paulo Gomes estará num encontro no próximo dia 11 de Janeiro às 14h00, em Paris, onde apresentará o seu programa, a sua estratégia de desenvolvimento e a sua visão duma Guiné-Bissau. Estará paralelamente aberto um debate sobre as vossas primordiais preocupações.
Reserva obrigatória por e-mail: reservations.paulogomes@gmail.com
Por telefone: (0033) 06 05 75 43 (português)/ (0033) 06 29 84 59 56 (francês)
Acesso automóvel: saída Porte de Bercy, direção Paris centro, primeira saída Bercy Cour St. Emilion
Localização GPS: 48.834793, 2.386594
Acesso Metro: Cour St. Emilion (linha 14)
Acesso autocarro: Dijon Lachambaudie (linha 24 e 64)
Estacionamento: Saint Emilion- Bercy Lumière- Estação (Gare) de Bercy
CPLP em BISSAU: A ideia passa por um "desarmamento de espíritos"
O representante especial da CPLP para a Guiné-Bissau afirmou hoje que o primeiro passo desta missão é o "desarmamento dos espíritos" para compreender a necessidade de concertação política no país. Carlos Alves Moura falava no final da reunião extraordinária do Comité de Concertação Permanente (CCP) dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Esta é "uma missão de diálogo, em função de uma participação política da Guiné-Bissau, Estado-membro da CPLP, que procura encontrar os caminhos da democracia e do progresso", sublinhou o responsável brasileiro. "É com este espírito que acabo de assumir este cargo, de diálogo e concertação com a sociedade guineense, seguindo as orientações dos Estados-membros da CPLP", afirmou Carlos Moura, que parte para Bissau no sábado.
"O CCP deu um claro apoio" a esta missão temporária, mas sem um prazo definido, sendo que este trabalho deverá ser desenvolvido "em concertação com todas as organizações internacionais [ONU, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e União Africana (UA)] e com as representações diplomáticas acreditadas na Guiné-Bissau", acrescentou.
Carlos Alves Moura declarou ainda acreditar "na realização das eleições gerais na data prevista" de 16 de março, apesar de as autoridades guineenses terem alargado o prazo para o recenseamento eleitoral. O escrutínio esteve inicialmente previsto para 24 de novembro passado, mas foi adiado devido a atrasos no financiamento e também no recenseamento.
O XVIII Conselho de Ministros da organização lusófona, realizado em julho de 2013, em Maputo, decidiu designar um representante especial da CPLP para a Guiné-Bissau para acompanhar, no terreno, a evolução da situação até à conclusão do processo eleitoral. A resolução determinava que o representante especial devia "acompanhar no terreno a evolução da situação na Guiné-Bissau até a conclusão do processo eleitoral" e submeter, para avaliação dos Estados-membros, um relatório sobre a possibilidade de criar uma representação permanente na Guiné-Bissau.
Carlos Moura chefiou a Representação Temporária da CPLP em Bissau, entre 2004 e 2006, tendo sido o seu trabalho reconhecido pela Declaração de Apreço adotada pelo XI Conselho de Ministros da CPLP, realizado em 2006, em Bissau. Em representação da CPLP, Carlos Alves Moura chefiou também a missão de observação eleitoral às legislativas de 2012 em Timor-Leste. A Guiné-Bissau vive desde abril de 2012 um período de transição após o golpe de Estado e está prevista a realização de eleições gerais a 16 de março deste ano.
A CPLP integra oito Estados-membros Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A República da Guiné Equatorial e as Ilhas Maurícias têm Estatuto de Observador Associado desde julho de 2006. O Senegal foi admitido com o mesmo Estatuto em julho de 2008. LUSA
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