sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ramos Horta faz balanço do ano


Esta é a mensagem do chefe do chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS):

"Infelizmente, o povo da Guiné-Bissau não celebrara um Natal mais feliz do que os anteriores; o ano que finda foi um ano de mais sofrimento, de desilusões, de promessas não cumpridas, de medo, de impunidade.

Como Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas não posso, honestamente, dizer que houve progressos com vista ao regresso da paz, boa governação, justiça, bem-estar. Estou preocupado em relação a 2014, pois nada nos assegura que a situação vai melhorar. O adiamento da realização de eleições significa o adiamento da resolução dos graves problemas da Guiné-Bissau.

A comunidade internacional continua muito cética em relação à vontade dos líderes políticos Guineenses de assumirem as suas responsabilidades e, decisivamente, encontrarem soluções duradouras para os graves problemas do seu país.

A comunidade internacional não se substitui aos líderes nacionais. A comunidade internacional só pode apoiar aqueles que, demonstradamente, merecem ser apoiados, que querem ser apoiados. Apelo às elites político-partidárias da Guiné-Bissau para se unirem à volta dos ideiais do passado da sua luta, para se sentarem à mesa de diálogo e proporem uma agenda para a Paz, democracia e desenvolvimento.

O primeiro passo terá de ser o da realização das eleições gerais a meados de Março de 2014. A não realização das eleições, como prometido ao povo Bissau-guineense e à comunidade internacional, iria inevitavelmente agravar os problemas, já muito sérios, que o país enfrenta.

Por isso, apelo a todos para que trabalhemos no sentido da realização de eleicoes livres e democráticas, credíveis; para a formação de um governo de base ampla, inclusiva; e para, juntos, possamos mobilizar os recursos possíveis para resgatar a Guiné-Bissau da penúria, da extrema pobreza, da instabilidade.

A todos desejo felicidades nesta quadra de festas e no Novo Ano que se aproxima."

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Rui Barros já tem inquérito a voo da TAP


O primeiro-ministro do Governo de transição da Guiné-Bissau já tem em mãos as conclusões dos inquéritos sobre o embarque forçado de passageiros com passaportes falsos num avião da TAP, disse à Lusa fonte governamental. Segundo a fonte, os resultados apurados por uma comissão chefiada pelo ministro da Justiça, Saido Baldé, foram entregues a Rui de Barros "no final do dia" e o primeiro-ministro vai decidir na sexta-feira sobre os procedimentos a seguir sobre o assunto.

A fonte indicou ser provável que Rui de Barros convoque uma reunião extraordinária do conselho de ministros para debruçar sobre o resultado do inquérito. De seguida Rui de Barros deverá remeter ao presidente de transição, Serifo Nhamadjo, o documento resultante das averiguações sobre o que realmente se passou em 10 de dezembro quando 74 sírios com passaportes falsos foram embarcados à força em Bissau num avião da TAP para Lisboa.

O caso provocou o cancelamento dos voos diretos da transportadora aérea portuguesa para Bissau e ainda o pedido de demissão de dois ministros guineenses do Governo de transição. LUSA

FANTASMAS: Fernando Vaz diz que MNE português vê «terrorismo em tudo»


O porta-disparate do 'governo de transição' reagiu - com a baixeza de sempre e a linguagem que se (re)conhece - às declarações de Rui Machete, ministro português dos Negócios Estrangeiros, que classificou o embarque forçado de cidadãos sírios num voo de Bissau para Lisboa como «um acto de terrorismo». O vocabulário do Vaz: «A mentalidade deste homem, infelizmente, é de quem vê terrorismo em tudo, tem alguns problemas mal resolvidos», disse, acrescentando não querer «entrar em detalhes» sobre as declarações de Rui Machete, por considerar estar a colocar-se «ao mesmo nível» do governante português (Nando baixara o nível logo na sua primeira intervenção...)

O porta-voz informou que o seu Governo está a trabalhar no sentido de a Guiné-Bissau ter a sua própria companhia aérea, de forma a não depender de outras companhias, numa alusão à suspensão dos voos da TAP para Bissau. (a companhia aérea será apenas para os aeroportos internacionais de Rubane e Cufar?)

No que respeita ao pedido de demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, Fernando Delfim da Silva, e à colocação do lugar à disposição por parte do ministro do Interior, António Suca Ntchama, Fernando Vaz minimizou o impacto sublinhado que casos desta natureza são raros na Guiné-Bissau (Tão raro, presumo eu, quanto embarcar ilegalmente cidadãos sírios num avião de passageiros com bandeira estrangeira).

OPINIÃO: Fernando Seara


Da Vaidade

Jornal: Diário de Notícias
Autor: Fernando Seara

1- As relações de Portugal com a Guiné-Bissau estão significativamente perturbadas em razão dos acontecimentos ocorridos com a "invasão" do avião da TAP. O Governo, em particular o MNE, e a transportadora aérea reagiram bem. E prontamente. E o mínimo que se exigiria, mesmo a um poder político precário, era a imediata identificação dos prevaricadores e a delimitação da respetiva liderança. O que mais me perturba, nestes tempos, é alguns julgarem que os "outros são parvos". É o exemplo de um tipo de vaidade contemporânea. Como acontece, em outro sentido, perante a opinião pública global, com o cidadão sul-africano que "falsificou a linguagem gestual" numa das cerimónias públicas de homenagem a Nelson Mandela e a sua desculpa "bem esfarrapada"!

Com efeito, e no momento em que escrevo, apenas sabemos que decorre um processo de inquérito na Guiné-Bissau. Eu diria que o Governo precário da Guiné-Bissau, se queria mostrar autoridade - que não legitimidade -, deveria ter identificado, de imediato, todos aqueles que violaram, grosseiramente, regras internacionais inequívocas. Ao não o fazer mostrou cumplicidade. Ao adiar confirmou a fragilidade do seu poder. Ao não concretizar qualquer medida demonstrou a crise de autoridade que o condiciona. E perturba. E, em rigor, o humilha.

E a um poder precário sem autoridade e sem a mínima influência não se poder conceder uma segunda oportunidade para remediar uma "má impressão". Tem de se agir com toda a firmeza. E não escutar nenhuma "viúva carpideira".

Tem de evidenciar que há hierarquia e valores e que esta hierarquia não pode vacilar perante atos graves, factos grosseiros e situações perigosas. E perante precedentes que, face à fragilidade dos poderes - ou em rigor dos poderes fácticos - se podem repetir. "Os Estados falhados" devem ser ajudados. Mas precisam de mostrar, sempre, que querem e merecem ajuda. Não podem os seus temporários titulares julgar os "outros" como "serenamente parvos" ou, eles próprios, serem "desculpáveis permanentemente". Julgando que o "encolher de ombros" é regra mesmo que perante um conjunto de lágrimas caídas como aqueles que brotam nos rostos de uma personagem de uma falhada telenovela. O que fica é uma decisão rápida e responsável do Governo da República. Mostra autoridade. Bem necessária nos tempos que correm e naqueles que se aproximam.

2- Entre o ensino de Eça e o gosto pela leitura há uma relação de compromisso. É pela palavra que Eça nos conquista. Pela minúcia da narrativa, pela finura da graça e pelo inigualável poder de efabulação. O recorte semântico e ficcional da escrita interage com a nossa própria capacidade de sonhar e adensa o nosso fascínio pela linguagem.

É, nesta perspetiva, que a escrita e a leitura da obra de Eça de Queirós se tornam consequentes. É na excecional criatividade do uso da palavra e na perfeição formal da prosa queirosiana que se mantém sempre atual. Ensinar a ler ou ler e ensinar Eça de Queirós, alteia o nosso legítimo anseio de cultivar a literacia nacional e estimular a vivacidade da língua portuguesa. Para além de qualquer relatório ou disputa política meramente semântica como aquelas que nos dominam e condicionam nos dias de hoje.

A narrativa de Eça de Queirós estende-se a uma crónica dos costumes, da cultura, da política, da civilização, dos movimentos sociais do século xix verdadeiramente notável.

Fala-se na formação de um governo de iniciativa presidencial...resta saber de que presidente: Serifo, Kumba ou Indjai. AAS

Para o embaixador tataflu


O embaixador da Guiné-Bissau em Dakar (ilegalmente nomeado, diga-se), anda a espalhar por aí uma 'nota de esclarecimento' sobre esta NOTÍCIA . Mas como o embaixador desconhece o que é uma 'nota de esclarecimento', eu dou uma ajudinha: É... isso mesmo: o direito que uma pessoa tem de se defender de críticas públicas no mesmo meio em que foram publicadas.

O embaixador ilegalmente nomeado pelo poder golpista de Bissau, sabe mais, muito mais do que aquilo que diz. Por que razão o embaixador não enviou essa 'nota de esclarecimento' para o blog que deu a notícia, o ditadura do consenso? AQUI, NO DITADURA DO CONSENSO, TINHA MAIS AUDIÊNCIA...MUITO MAIS!!! Vá-se lá perceber esses embaixadores... Ah, o embaixador também não percebeu a frase «Refugiados» sírios 'passaram' por Dakar»? «Terá», «estará»...A língua portuguesa é fodida. Ah, eu não tenho tempo... AAS

Caso TAP/Sírios: O 'governo de transição' da Guiné-Bissau decidiu, em conselho de ministros, adiar por um dia a conclusão do relatório sobre o incidente com um voo da TAP. Nando Vaz - ele de novo - disse haver a necessidade de concluir todas as audições necessárias para "apurar o que de facto se passou"...AAS

PDD - Apresentação pública


É hoje a apresentação pública do Partido Democrático para o Desenvolvimento cujo sigla é PDD. O presidente do partido é Policiano Gomes, antigo presidente de Conselho Nacional de Juventude. Hoje, no espaço LENOX, às 16,30h.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

EXCLUSIVO/EXCLUSIVO: Guiné-Bissau já tem companhia aérea, e um avião...




Excitação: "Chega desta dependência [da TAP]. Vamos rapidamente criar uma companhia de aviação da Guiné-Bissau." - Nando Vaz. Parabéns ao Nando Vaz, pá! AAS

Excitação: "Chega desta dependência [da TAP]. Vamos rapidamente criar uma companhia de aviação da Guiné-Bissau." - Nando Vaz


Estou a ver...se aviam, via TAP, imigrantes ilegais, drogas, armas e outras coisas para a Europa, imagino o que não enviariam na 'vossa' companhia. Só uma Europa lelé da cuca vos daria autorização para sobrevoarem o seu espaço aéreo. Calem-me esse Nando Vaz, se fizerem o favor, pois parece que não tem noção da gravidade nem do disparate que fizeram. AAS

OPINIÃO: Manual do resistente


Este é um apelo desinteressado para os trabalhadores e para o Povo democrata da Guiné-Bissau:

Passaram 20 meses desde os tristes acontecimentos na Guiné-Bissau. Vinte meses de SILÊNCIO e de ambiguidade da comunidade internacional. Vinte meses de joguinhos entre o Senegal, a Costa do Marfim, o Burkina Faso, a Nigéria e, pasme-se, os EUA - um país que não ganha uma guerra desde 1945!!! Enfim, vinte meses de vergonha.

Aos trabalhadores:

Que não trabalhem, que façam greves sucessivos. Numa palavra: paralisem o País, pois só assim as leis serão respeitadas, a orgia de violência cessará de uma vez por todas e a Guiné-Bissau caminhará, orgulhosa, e viverá no concerto das Nações civilizadas.

Ao Povo:

NÃO podes manifestar-te! Os teus direitos previstos na CONSTITUIÇÃO estão fechados numa gaveta. Se o POVO guineense se mantiver FIRME e determinado, acreditem, nem precisará da intervenção da comunidade internacional.

A comunidade internacional aguarda um sinal da parte do POVO. Um sinal que pode traduzir-se numa resistência passiva, sem qualquer tipo de violência (a vitória de Ghandi, na Índia, contra a colonização britânica é um BELO exemplo).

Se o POVO se deixar assustar por 'leis' e 'decretos' (ilegais, diga-se) então a comunidade internacional democrática ABANDONA-LO-Á. Lembra-te: a comunidade internacional NÃO lutará por ti. Quando muito, tentará manter a tua cabeça fora de água...assim, não morres. Mas também não viverás...é tipo teres uma vida... pior do que a morte! Há que cerrar fileiras em cada esquina ou beco, o POVO deve continuar firme, sem medos nem receios. Este País pertence a cada um de nós. Se der para o torto, cada um tem então o direito de destruir a parte que lhe cabe... RESISTE com a desobediência civil, com grafittis, com panfletos, no anonimato ou dando a cara, mas RESISTE.

Resistindo, não estarás a fazê-lo para ajudar A, B, ou C ou o partido E, F, ou G... estarás a contribuir para tirar do obscurantismo, do medo, do analfabetismo o teu Povo, o teu País, uma Nação inteira da qual te orgulharás mais tarde. Quem diria que a Primavera Árabe teria o seu começo na Tunísia, alastrando-se depois a outros países governados por déspotas, todos eles apoiados pelos EUA? Só um louco de brilhantina no cabelo... RESISTE, e lembra-te sempre desta frase lapidar:

Ninguém tem o dever de obedecer a quem não tem o direito de mandar

- Quem votou em alguém para se arvorar em 'presidente de transição'?

- Quem votou em alguém a ponto de ser chamado de 'primeiro ministro de transição?

- Como é que quatro países (cheios de problemas e conflitos) se sobrepõem aos restantes doze países-membros da CEDEAO, impondo ao POVO da Guiné-Bissau um 'presidente' e um 'governo' ILEGÍTIMOS?

- A que se tem prestado a União Africana, a organização maior do continente? A que estados presta vassalagem? E a troco do quê mesmo? Sobretudo: a que povo deve uma explicação sobre o seu imobilismo e inoperância?

- Por que interfere a América? E a França, a China?

- Porquê tanta ambiguidade da potência do continente, a África do Sul (participou, na tribuna, na festa da independência - e garantiu, depois de confrontado pelo DC, que foi "um erro"...mas ontem, à chegada do 'presidente de transição'... Ninguém os viu de bandeirinha hasteada e nem nenhum representante europeu se prestou a tal coisa...)

- A CPLP, a União Africana, a ONU: Nenhuma destas organizações, a que se somam outras de particular relevo para a Guiné-Bissau como o Banco Mundial, o FMI - Nenhuma delas reconhecem as autoridades pós-12 de abril. Mas então o que se passa afinal? A CEDEAO estará acima da União Africana?

- O que vai fazer a ONU, depois de o Senegal, a Nigéria e outros países terem violado uma resolução do próprio Conselho de Segurança?

- Por que não impõe a ONU sanções contra os países que violaram essa - a sua!!! - resolução?

- O que vai ser feito para SALVAR o POVO da Guiné-Bissau? Quando e como e por quem?

O Povo da Guiné-Bissau aguarda.

António Aly Silva

Voo TAP-Sírios: Comissão de inquérito liderada pelo ministro da Justiça deverá explicar hoje o que se passou na noite em que a TAP terá sido obrigada a transportar 74 sírios, com passaportes falsos, de Bissau para Lisboa.

Preparada? Não, nem de longe...


SONDAGEM DC

PERGUNTA: A Guiné-Bissau está preparada para organizar o recenseamento?

RESPOSTAS:

Sim, está - 118 votos (15%)

Não, nem de longe - 540 votos (72%)

O melhor é adiar as eleições - 88 (11%)

Votos apurados: 746

Obrigado. AAS

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Adeus, Guiné


A TAP confirmou que não tem data prevista para retomar os voos para a Guiné-Bissau. A companhia suspendeu os voos depois de as autoridades guineenses terem forçado a tripulação a transportar 74 imigrantes ilegais, um acto que o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, descreveu como sendo "próximo do terrorismo". Um dos suspeitos de responsabilidade pelo sucedido é o ministro guineense do Interior, que entretanto colocou o seu lugar à disposição. Primeiro, foi o MNE Delfim da Silva a por o lugar à disposição de Serifo Nhamadjo.

12 de abril, 20 meses


"Irmãos Guineenses,

Chamo atenção de todos conterrâneos em geral por aquilo que considero de muito desespero e incompetência das actuais autoridades da Guiné-Bissau.

Estamos na data de (17-12-2013) precisamente vinte(20) meses depois do golpe de estado de 12 de Abril, é incompreensível, sem cabimento, e sem fundamento, as alegadas tentativas de culpabilizar o Cadogo por todas as situações e descalabro sucedidos ao longo deste período pôs golpe Tudo o que acontece, dizem Cadogo injectou dinheiro para provocar isto e provocar aquilo.hoje de novo surgiu a nova acusação de que Ele o Cadogo é que injectou de dinheiro nos Sindicatos para fazerem greve.

Uma acusação muito vergonhoso no meu entender uma vez que é do conhecimento público da deterioração de estado das coisas logo depois do golpe de estado.salários em atrasos em algumas instituições ultrapassa quatro (4) meses. Algum tempo atrás o próprio Mentor do golpe de estado General Injai acusou o Governo de transição de que Ele mesmo faz parte de incompetência e corrupção.

O Homem que se faz de defensor deste Governo, devia ter vergonha na cara e tentar arranjar um pouco de dignidade porque Ele auto intitulou-se na luta pela verdade e o que faz não passa de encenações lamentáveis e sem credibilidade nenhuma.uma coisa é certa mais tarde ou mais cedo a razão julgará.
A. L. F.
"