sábado, 6 de julho de 2013
Senegal trava cidadãos da UE
"Conforme informação recebida da Embaixada do Senegal em Bissau, a secção consular da Embaixada de Portugal em Bissau informa os seus cidadãos que desde dia 1 de julho, é necessário visto para entrar na República do Senegal.
O visto poderá ser obtido na Embaixada do Senegal em Bissau ou no aeroporto de Dakar, à chegada. Não é possível obter o visto nas fronteiras terrestres, nomeadamente na de S. Domingos/Ziguinchor.
Os serviços consulares da Embaixada de Portugal em Bissau"
NOTA: Esta medida é válida para todos os países Schengen. AAS
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Parceiros avaliam
Uma missão diplomática formada por países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, da União Africana, da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, da União Europeia e da Organização das Nações Unidas chega já no próximo domingo, dia 7, a Bissau para tratar das eleições gerais previstas para o próximo mês de novembro de 2013 - ainda que muitos achem que não terá lugar. As eleições, recorde-se, tem vindo a ser defendidas pela diplomacia brasileira desde o ano passado. O país sofre com a fragilidade das instituições republicanas e com sucessivas rupturas da ordem institucional.
Em quase 40 anos de independência nenhum presidente eleito chegou ao fim do mandato. Em abril do ano passado, militares atacaram a residência do então primeiro-ministro e principal candidato às eleições presidenciais da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior. Os militares têm a hegemonia política do país desde que este deixou de ser uma colônia portuguesa, em 1973. A missão conjunta “de avaliação” decorrerá até à próxima quinta-feira, dia 11. Os diplomatas serão recebidos pelo governo de transição e manterão reuniões com partidos políticos e organizações da sociedade civil. AAS
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Esquecer Paris
Depois de uma guerra fratricida para ocupar a Embaixada da Guiné-Bissau em Paris (três ou mais tentativas, todas eleas frustradas), por parte de Dino Seidi, nomeado embaixador na França pelo poder golpista e isolado de Bissau, mas terminantemente recusado por Paris, chegou a resposta: o secretário de Estado das Comunidades, Idelfrides Gomes Fernandes – vulgo Didi, em conivência com o Dino Seidi, mandou simplesmente bloquear o sistema informático de emissão dos passaportes ordinários na nossa representação diplomática, em Paris. Assim, do pé para a mão...
A nossa embaixada não pode, portanto, emitir os passaportes ordinários a que todos os guineenses têm direito, sobretudo nesta época de férias. Se porventura houver alguém acima do secretário de Estado Idelfrides (talvez um ministro...), então urge tomar as medidas que visem o rápido desbloqueamento do sistema informático (Logiciel) para a emissão dos referidos passaportes. AAS
TRAGÉDIA: Ontem, um agente da Polícia de Ordem Pública (POP), foi espancado até à morte na povoação de Bup, Sector de Nhacra, num assunto que tem que ver com o roubo de gado. Entretanto, há informações que dão conta que uma criança morreu, três pessoas ficaram feridas e 35 cidadãos foram detidos. A notícia foi avançada à PNN, hoje, por uma fonte do Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública. AAS
quarta-feira, 3 de julho de 2013
O Morsi de hoje era o Mubarak de ontem
O corajoso Povo do Egipto pagou com o seu próprio sangue (fala-se em 20 mortos) por mais uma mudança. Morsi, que sucedera o acossado Mubarak, não aqueceu sequer o lugar. Uma ano depois, cai. Com estrondo. E a praça Tahrir voltou a produzir mártires. Os militares começaram por avisar Morsi. Deram-lhe 48 horas. Morsi recusou e desafiou 'morrer pela causa'. Hoje, os militares foram-se posicionando durante o dia, depois ocuparam a televisão estatal e outros edíficios estratégicos. O prazo dado ao desafiador Mohammed Morsi para renunciar - 48 horas - passara. Mas a hora de Morsi chegaria.
Depois, em tom solene, os militares anunciaram na televisão que a Constituição do país estava suspensa, e Morsi, o presidente destituído. A irmandade muçulmana (ainda) não ripostou. Não consta que o fará. Estará assustada com a dimensão da manifestação - pelo que vi na televisão podemos estar a falar em mais de um milhão de pessoas). Assim mesmo. O Povo corajoso chorou os seus mortos, enterrou-os com cânticos de Allah é Grande. Depois, enxugou as lágrimas e, mais determinado do que nunca, voltou às ruas, protestou, exigiu. Hoje, canta vitória. E dançará. E houve (e continua a haver) festa e fogo de artíficio; cores mil, rostos felizes. Tudo acontece na praça Tahrir.
Ao meu Povo, ao Povo da Guiné-Bissau, que continua a viver na tirania e no medo; na desconfiança e nas perseguições; que vive com medo dos raptos e dos assassinatos, nada faz. E no entanto, o Povo da Guiné-Bissau continua cheio de medo. Da farda e dos homens que a envergam. Ainda assim, não se levanta. Não morre, não vai morrer nunca! Não está para isso. Deve cansar... AAS
TRAGÉDIA - Entre a espada e a parede
Facto. Guiné-Bissau está decapitada, política e economicamente. Todos os parceiros bilaterais e multilaterais voltaram a confirmar as sanções impostas aos golpistas da Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de abril de 2012. As sanções NÃO foram levantadas. A União Africana, organização continental, através do seu representante em Bissau, Ovídio Pequeno, reforça dizendo que as sanções que a organização impôs ao país continuam em vigor. Anunciou ainda a chegada, durante esta semana, de uma comissão conjunta composta por altos funcionários da CEDEAO, da CPLP, da União Europeia e das Nações Unidas, sob liderança da UA.
O motivo é o de discutir com as autoridades nacionais a questão dessas sanções, várias vezes violada com viagens de elementos das forças armadas ao exterior, bem como várias nomeações impostas pelos militares, como o do major Idrissa, enviado para a Gâmbia como embaixador, e, mais recentemente, da nomeação do diretor geral dos Serviços de Informações do Estado, Biom Na Tchongo - outro militar no activo, outra imposição de Antóni Indjai, curiosamente também ele alvo de acusações da DEA norte-americana por tráfico de droga e ligações ao terrorismo através da colombiana FARC. AAS
Sukuro tempo di tchuba
A partir de hoje e por tempo indeterminado, a Rádio Sol Mansi foi obrigada a encerrar as sua emissões, por decisão da Autoridade Reguladora Nacional. Assim, levantam-se várias questões no ar sobre esta medida da ARN, que alega que a estação emissora RSM "não tem filtro armónico.". Da RSM dizem ser "caricato", uma vez que a Radio Sol Mansi "tem uma emissora de sistema digital, portanto o filtro já vem incorporado no aparelho." E deixam uma pergunta no ar: "Será que não existem razões políticas para a tomada desta medida?". AAS
CRIME: Roubo de vaca acaba em morte de polícia
O polícia morto numa das tabancas do sector de Nhacra, perto da tabanca de Nhoma, foi, afinal, assassinado por um grupo de jovens daquela tabanca. A história começou, segundo apurou o Ditadura do Consenso, quando esses mesmos jovens foram roubar vacas numa outra tabanca. A população da tabanca vítima descobriu o roubo e tentaram recuperar o gado. Mas como não conseguiram, dirigiram-se para a esquadra da polícia a fim de pedir a intervenção desta.
A polícia interveio, na tentativa de obrigar os assaltantes a ir para a esquadra e foi esse instante, que os alegados ladrões de gado espancaram até à morte o pobre agente da polícia. Portanto, não se tratou de 'fogo cruzado'. É importante frisar que o roubo de gado é uma prática reiterada da população desta zona. E ai da viatura que avariar nesta zona... os populares locais roubam tudo e depois espancam os passageiros. AAS
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