sexta-feira, 19 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
CRIMES ANTÓNIO INDJAI-DEA: Estes são os crimes de que António Indjai é acusado pela DEA (Drug Enforcement Agency): Conspiração para planificar introdução de drogas nos EUA; Conspiração para venda de armas a organização terrorista (FARC); Conspiração para adquirir e tranferir mísseis terra-ar e conspirar para atentar contra cidadãos americanos; Conspiração narcoterrorista. AAS
DROGA/674kg: Aristides Gomes quer justiça "com base em provas"
O antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, reafirmou terça-feira que a droga que desapareceu dos cofres do Estado em 2007 foi destruída e pediu justiça “com base em provas” em vez de “especulações e rumores”, noticiou a Lusa. O político guineense, primeiro-ministro entre 2005 e 2007, falava aos jornalistas no âmbito de uma audição do Ministério Público sobre um caso de 674 quilos de droga que desapareceram dos cofres do Estado em 2007.
O Ministério Público da Guiné-Bissau decidiu reabrir o processo, que envolve, entre outros, o então primeiro-ministro e o ex-ministro das Finanças (hoje deputado), Vítor Mandinga. Desde 2007 que o Ministério Público tem tentado levar a julgamento os indiciados no processo mas sem sucesso. Em 2007 foram ouvidos outros quatro membros do governo, além de Aristides Gomes, que disse ter ordenado a destruição dos 674 quilos de droga (cocaína, apreendida pela Polícia Judiciária em 2006) e recebido a confirmação de que tal sucedeu.
Terça-feira, citado pela Agência de Notícias da Guiné-Bissau, Aristides Gomes disse que enquanto primeiro-ministro trabalhou na defesa dos interesses da Guiné-Bissau, que está confiante de ter actuado conforme a lei, e que se assim não for que lhe seja feita justiça, com apresentação de provas. “Seria bom que seja feita uma acção de justiça com base nas provas e não em especulações e rumores”, disse Aristides Gomes. Aristides Gomes sublinhou que arranjou instalações seguras para que a Polícia Judiciária pudesse trabalhar e acrescentou que não interferiu no trabalho do Ministério Público que levou à destruição da cocaína “de acordo com as normas legais e aceites universalmente”.
O caso foi muito politizado durante a campanha eleitoral de 2008 e já tinha sido arquivado, por falta de provas, disse o antigo primeiro-ministro. A cocaína tinha sido apreendida pela Polícia Judiciária no porto de Bissau mas alegadamente por falta de condições para o seu controlo e conservação foi transferida para os cofres do Tesouro Público. Algum tempo depois foi anunciado que a droga tinha desaparecido. O momento da sua alegada destruição não foi do conhecimento público nem presenciado pela imprensa.
Arrependido?
"Consta que, recentemente o ex-Presidente de Transição e ex-candidato derrotado e co-autor do golpe de estado de 12 de abril, Henrique Pereira Rosa (HPR) confidênciou a um prôximo da sua relação, a sua profunda preocupação pelo estado das coisas na Guiné-Bissau que, a seu ver tende a piorar sem solução politica à vista. Mais ainda, crê que ela tende a piorar e a tornar-se de uma perigosidade irreversivel. A essa preocupação, deixou transparecer concomitante um sentimento de arrendimento pelo seu engajamento activo ao lado de Kumba Yala e demais candidatos golpista.
Enfim, lamentos infelizmente que nada resolvem, nem ilibam consciências de culpa. Quiça o seu estado de saude assim o obrigou a retratar-se com a sua consciência de homem e reconhecer o mal que provocou ao Povo da Guiné-Bissau, porquanto, não fosse a sua presença e a de Manuel Serifo Nhamadjo ao lado de Kumba Yala, este e os seus apaniguados não ousariam interromper o processo eleitoral e consumar o golpe de estado que quase custou a vida ao seu « amigo » Carlos Gomes Junior.
Porém, na minha modesta opinião e pelo pouco que conheço desse homem, é o estado de isolamento e de desprovação silenciosa que os seus compatriotas lhe votaram é que, lhe causou esse rebate de consciência de mea culpa. E a contrição de um homem que, de simbolo de esperança e referência nacional que era considerado por larga franja da população, passou a um homem votado ao desprezo dos seus concidadãos. Por quem o conhece, HPR nunca poderia admitir a afrontar de ver o seu « amigo de peito » ser empossado Presidente da Republica da Guiné-Bissau, por isso vendeu a alma ao diabo e juntou-se às forças do mal e do obscurintismo. Em suma, quando a inveja é maior que o sentido patriotico, a atitude de HPR é o unico caminho a seguir. As consequências essas perdurarão, pois ha actos que não tem perdão.
Carlos Vaz
«Kaka di nha Felicia»
Esta alcunha dir-lhe-à decerto algo"
O pão seco guarda-se para o mês de maio...
Ao que parece, o mês de maio que vertiginosamente se aproxima, apresta-se a ser decisivo para o futuro politico da Guiné-Bissau. Tudo aponta que assim seja, pois as movimentações diplomaticas ao mais alto nivel que estão neste momento em curso, salvo algum revês ou mudança de percurso de ultima hora, assim deixam entender. Sabe-se que, movimentações diplomaticas de alta valência coordenadas pelo Brasil, estão a ser desenvolvidas com vista a concertação de estratégias e ao fortalecimento mutuo de esforços, que até então têm sido desenvolvidas separadamente ou de forma não coordenada, pela UA, CEDEAO e a CPLP no quadro da procura de uma solução para a crise guineense.
Pretende-se com isso alcançar, a concretização de uma « convergência de facto » que devera actuar nas três àreas decisivas da crise guineense, isto é, a questão institucional que implica o retorno da vigência democratica na sua plenitude, a questão da segurança que se prende com a estabilização do pais e a questão do desenvolvimento economico e social, sem o qual as duas outras agendas não poderão seguramente evoluir. E essa, pelo menos, a opinião sabia e recomendada de Antonio Patriota, Chefe da diplomacia Brasileira.
Mais se pretende, que essa concertação de estratégias seja levada a cabo sob a cobertura global da Organização das Nações Unidas (ONU). Isto é, o processo funcionara sob a tutela e caucionamento da ONU, saindo da « alçada » de organizações de caracter sub-regional, comunitario ou continental. Assim, tendo em conta que, em maio prôximo se debatera no Conselho de Segurança das Nações Unidas a crise politica na Guiné-Bissau, este mês não podera deixar os guineenses defensores da paz e da legalidade democratica indeferentes ao que se podera projectar e ser decidido nesse forum importante das NU.
Entre as medidas mais importantes que deverão ser tomadas nessa reunião, vislumbra-se a orientação para a assinatura de um Pacto de Regime, o estabelecimento de um calendario eleitoral exequivel até o fim deste ano, a criação de um governo inclusivo e tecnocrata e o favorecimento da realização prioritaria de eleições gerais impreterivelmente antes do fim de 2013. Nesse contexto de conclusão da transição, às autoridades de facto, seriam incumbidas certas tarefas, ao que se parece residuais de seguimento institucional, porquanto a hipotese das NU assumirem a liderança do processo eleitoral, é uma probabilidade fortemente equacionada e altamente recomendavel pelas instâncias internacionais tendo em vista evitar as desconfianças e contestações que « motivaram » as derrapagens violentas e anti-democraticas verificadas nas ultimas eleições.
A possibilidade da assumpção técnica plena pelas NU do processo eleitoral à semelhança de Timor-Leste, é um factor que esta a ser devidamente equacionada, porquanto segundo as fontes onusinas e também da União Africana, as querelas e divergências que têm inquinado a estructura nacional encarregada das eleições (CNE), não pressagiam que ela seja boa solução para o momento actual que atravessa a Guiné-Bissau. Neste contexto, ao Governo Legitimo deposto pelo golpe de estado de 12 de abril, embora no exilio, podera ter uma palavra a dizer, caso saiba posicionar-se no novo contexto de solução que se esta a desenhar, mais ainda sendo implicitamente reconhecido pelas instâncias supranacionais de que a a solução imposta por parte da CEDEAO a crise guineense foi um autentico fiasco.
Fernando T.
Politologo
Uma verdade, apenas a verdade
Recentemente li no "nosso" blog DC um extrato de entrevista de duas guineenses, duas mulheres de armas, ambas corajosas e igualmente ligadas à área da justiça. Duas mulheres coragem? mulheres de armas com M grande, honra lhes seja feita. Falaram dos seus atos, da sua coragem, das suas vidas, das suas atividades profissional e, tudo isso, subscrevo na integra enaltecendo a sua coragem não me coibindo de lhes penhorar a minha extrema admiração. Porém julgo, que esses feitos não devem ser utilizados para serem erigidos em exclusividade da coragem e do exemplo único do combate ao narcotráfico na Guiné-Bissau e tão pouco omitir algumas verdades para se fazerem reconhecer, pois não era preciso.
Nada que se possa fazer na Guiné-Bissau, por mais importante que seja, não deve e não pode ser erigido num ato único, numa ação individualizada ou de exclusividade. Tal conduta torna-se ainda mais relevante quando se trata da defesa do bem publico e do interesse comum que deve ser visto como um dever de missão e não uma parangona de ego e promoção pessoal. O dever publico é uma missão que não requer obrigatoriamente, medalhas, louros nem agradecimento publico senão aquela sensação de missão cumprida a favor do bem comum esvanece-se e perde o seu sentido de patriotismo puro e de abnegação voluntaria.
Neste cenário de luta, muitos guineenses, desde altos responsáveis do Estado, quadros técnicos, simples agentes da administração, anónimos, apesar do medo, trabalham ha muitos anos com coragem e risco de vida contra o trafico de droga e os desmandos dos militares na Guiné-Bissau. Todos eles trabalham com coragem inimaginavel..., porém na discrição e no anonimato aportando as suas contribuições nessa luta que nos é comum.
Quem escreve estas linhas, esteve também ligado à justiça ao mais alto nível, certo é, foi por pouco tempo e em período particularmente difícil e quando já se fazia sentir os ventos fortes do militarismo narcotraficante na Guiné-Bissau, ventos esses trazidos por aquele que viria regredir toda a dinâmica de democracia e desenvolvimento que o pais estava a granjear nesse tempo.
Esse alguém que escreve estas linhas, foi também alvo de ameaças e, até tentativa de assassinato, tudo por questões ligadas ao combate ao narcotráfico emergente, mas nunca o tornou publico por razões de reserva e pelo imperativo do segredo de Estado. Hoje di-lo-ei sem bazófias e, sem entrar em pormenores. Faz-se simplesmente saber-se, para que certas pessoas sintam e saibam que NOS TODOS estamos comprometidos com essa causa sem exclusividades, mas sem mediatismos desnecessários. Os meus próximos colaboradores de então (fazendo paralelismo com o caso em apreço), caso concreto, o ex-DG da PJ de então, é testemunho destes factos e ele também foi alvo das mesmas ameaças perseguições e intimidações por parte dos militares.
Igualmente, uma outra verdade que deve ser reposta, é sobre a declaração da DG da PJ alegando de que fora abandonada pelos altos dirigentes do Estado de então ( o PR e o PM), que segundo ela, nada fizeram para a proteger quando ela foi ameaçada no seu post. Tal não corresponde inteiramente a sua versão, pois como forma de a proteger e ao mesmo tempo como reconhecimento da sua competência e marco de solidariedade ela foi colocada pelo Governo como DGVT pretendendo com isso salvaguardar-lhe das ameaças e perseguições incessante dos militares enquanto DG da PJ. Mesmo apos a sua colocação neste posto, essa atitude do Governo foi considerada pelos militares como um desafio e um sinal de desconfiança as intenções da classe castrense e, tanto assim, mesmo nesse posto a ex-DG nunca deixou de ser ameaçada e perturbada no exercicio das suas funções. Essas ameaças e intimidações continuaram e o PR e PM sempre estiveram conscientes e preocupados com os riscos com a sua integridade física. Alias, ninguém estava à salvo da fúria e desmandos dos militares nessa época, ainda mais nessa época do que agora, pois hoje estão associados a um regime ele também, ligados e comprometidos com o narcotráfico no seu todo.
Tudo isso para resumir que, o Serviço Publico sendo um Dever de Missão não deve ser erigida em bandeiras de promoção individual e de carreirismo. Cada pedra que se junta ao combate da impunidade e ao trafico da droga na Guiné-Bissau é pertença de todos os guineenses e esse contributo deve ser erigido em esforço comum e de pertença social..., na humildade, na simplicidade e no mais profundo patriotismo. Bem haja, Guiné-Bissau
LP
Águas agitadas...
Desde maio deste ano de 2013 que o Senegal suspendeu oficialmente as concessões de licenças de pesca a armadores estrangeiros. Com essa medida, os senegaleses visam preservar os seus recursos haliêuticos, super explorado com as demandas de licenças de pesca estrangeiros...mas roubam todo o peixe à Guiné-Bissau como mais adiante se verá.
Como consequência, os barcos que ai operavam foram "convidadas" a aguardarem novas ordens ao largo da fronteira marítima com a Guiné-Bissau. O local escolhido, não foi fortuito, mas sim uma decisão estratégica bem pensada. Como se sabe, o Senegal sempre tentou tratar os assuntos e recursos da Guiné-Bissau como se fosse de uma das suas províncias (uma espécie de prolongação de Casamança). Esta percepção complexada e neocolonial que este país vizinho tem do nosso país tem-se acentuado e agravado com o golpe de estado de 12 abril de 2012, caucionado pelas autoridades de Dakar, burquinabês e nigeriana. Esses barcos, embora oficialmente sem licença senegalesa, em troca de contrapartidas iguais às licenças, são "autorizadas" implicitamente a pescar nas nossas desprotegidas águas territoriais.
Poder-se-á perguntar, mas como o Senegal pode assim agir e "autorizando" pescas nas nossas águas? A resposta é fácil e bem simples. Beneficiando da posição de força de ocupação, fazendo parte do contingente militar da CEDEAO, a inoperante e passiva ECOMIB, na Guiné-Bissau, o comando militar senegalês em Bissau, tem informações privilegiadas sobre todas as atividades das nossas Forças Armadas, particularmente de todos os seus movimentos rotineiros e, sobretudo sobre a cada vez menos escassas ações de fiscalização das nossas águas territoriais.
Assim, os barcos industriais mandados aguardar junto às aguas fronteiriças guineense/senegalês invadem a seu bel prazer e quando devidamente informados de terem caminho livre para o saquearem as nossas águas territoriais, delapidando de forma selvagem os nossos recursos haliêuticos. Essas embarcações são segundadas de centenas de pirogas de "nhomincas" senegaleses, que, com as suas redes assassinas, depravam ainda mais os nossos fundos marinhos.
Para assim agirem impunemente, os barcos e as pirogas são regularmente informados pelas fontes securitárias senegalesas agora instaladas em Bissau pela CEDEAO e como tal, podem controlar discreta e facilmente as poucas ações de fiscalização da nossa marinha de guerra (atualmente mais preocupados com negócios de transbordo de cocaína para as ilhas desabitadas dos bijagós), assim como do Ministério das Pescas através da Fiscamar, que neste momento de turbulência governativa esta praticamente inoperante e entregue a pessoas com interesses no sector.
É por esta razão que, recentemente, muitos dignatários senegaleses (políticos e religiosos), homens de negócios burquinabês, ivoirienses e nigerianos que operam na nossa zona económica, principalmente no Senegal, se apressam a constituir sociedades de pescas com parceiros estrangeiros e nacionais ligados ao novo regime pró-CEDEAO. Cientes da situação de vulnerabilidade e da situação "dominio" e subordinação das nossas forças de segurança às forças estrangeiras e da situação de ingovernabilidade em que se encontra o país, aproveitam-se disso, ora para operarem a partir de Dakar através do esquema acima descrito, ora a partir de Bissau a coberto de licenças de pesca guineenses emitidas na maior ilegalidade e corrupção de permeio pelo regime submisso de Bissau.
O mais grave em tudo isto é que, somos nós os Guineenses, os maiores responsáveis desta caótica situação em que o nosso pais se encontra: abandonado ao Deus dará, como se diz em bom crioulo, a Guiné-Bissau esta, apétélé..., abantalé. AAS
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