quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Batatas
O guineense foi talhado para furar as leis. Descaradamente. Por estes dias, Bissau tem assistido uma autêntica caça aos automóveis 'fatasma'. Estima-se em 5.000 o número de veículos a circular nas nossas estradas na mais completa ilegalidada. A maior parte, pasme-se, foi desalfandegada como sendo um "contentor de batatas", "de cebolas"...
Carros de alta cilindrada, no valor de dezenas de milhares de euros, são, em alguns casos, os mais flagrantes em termos de desacaramento: pagam 200 mil francos CFA (pouco mais de 300 euros!!,). Para já, cetenas de automóveis e todo-o-terreno foram confiscados. A operação conta com a colaboração da Guarda Nacional e tem lugar em dezenas de ruas e avenidas de Bissau.
O Estado terá sido burlado em "centenas de milhões de francos CFA" no entender de uma fonte bem colocada nas alfândegas. Ditadura do Consenso apurou ainda que o Ministério Público poderá intervir. Este é um processo transversal às próprias alfândegas, envolvendo, ainda segundo a fonte do DC "alguns despachantes oficiais". AAS
Pontos nos ii
"Caro Aly, agradeceia, mas uma vez o favor de publicar esta minha mensagem.
Perguntas para responder.
Os recentes acontecimentos na Guiné-Bissau impõe que cada um de nós dê a
sua contribuição para o bem do País, seja você intelectual, operário, lavrador,
militar, polícia, etc.
É necessário, pôr os pontos nos "iii"; olhar-nos olhos nos olhos, sem medo nem vergonha
de quem quer que seja. Só assim sairemos deste buraco que alguns malditos filhos deste
País nos colocou.
Não é possível que no pleno século XXI o desenvolvimento do País continue a ser condicionado por certas pessoas que por uma simples questão de ambição pessoal, de tribalismo, de ódio, fazem tudo para afundar este lindo País e as ambições deste martirizado povo.
Quem não sabe que o motivo do golpe de estado de 12 de Abril é apenas afastar Carlos Gomes Júnior do Poder e inviabilizar as eleições presidências que foram consideradas justas e transparentes a luz da comunidade internacional?
Quem não sabia que desde o dia de apresentação de candidatura, o candidato Carlos Gomes Júnior tinha 90 porcento de probabilidade de vencer?
Quem não sabia ou não sabe que o candidato Koumba Ialá, mesmo concorrendo com um chinês naturalizado guineense perderá qualquer eleição? - Só consegue vencer aquelas que se realizam no seio do PRS.
Quem não sabe que António Injai tem fortes ligações com Koumba Ialá(não se sabe por razões étnicos ou familiares) e que está na linha de frente daqueles que a todo o custo querem fazer o barrete vermelho voltar ao poder?
Quem não recorda das recentes e constantes declarações de António Injai em relação a pessoa de Carlos Gomes Júnior? Ameaças de morte - "Si Cadogo Ka tira manifestantes na estrada n'na matal"; acusações caluniosas - "El i matadur, i mata manga de djintis".
Que militantes/activistas estava a referir Koumba Ialá quando ameaçava meter na rua seus militantes para vigiar quem teria a coragem de iniciar a campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidencias?
Não terá havido ligação entre as declarações de Koumba Ialá e o levantamento de 12 de Abril? Somos daqueles que respeita o principio que considera qualquer pessoa inocente enquanto a setença não transitar em julgado, mas isto não nos tolhe a liberdade de interrogar certos actos que achamos estranho, sem querer considera-los como factos provados.
Afinal quem manda neste País? Serifo Nhamadjo? António Injai? ou Koumba Ialá?
Se o que se quer é a descoberta da verdade em relação ao vários casos que aconteceram no país, faria sentido nomear como Procurador Geral da República uma pessoa que sempre acusou ou defendeu a parte acusadora quando se trata de processos(se é que existe processo)relacionados com Carlos Gomes júnior.
L."
O PAIGC não se encontra no Estado da agonia (Teses dos cegos)
O nosso objetivo é despertar os simples militantes do PAIGC e o povo, em geral, para as riquezas que possuímos e a necessidade de transformá-las em ferramentas para os grandes e melhores resultados, de acordo com os valores individuais.
Como sempre dissemos, cada indivíduo é um projeto e temos que conjugar os vários projetos individuais no chamado projeto comum no qual cada um e cada uma se revê, na base de uma reflexão e análises profunda da situação política vigente no país, assim como nos funcionamentos dos órgãos do Partido.
Sim! É verdade que ninguém, e ninguém mesmo, é proprietário do Partido, a não ser o povo da Guiné-Bissau.
Quem não quer ser líder de um grande Partido PAIGC? Pergunto!
Nas palavras de Jacob Zuma, para “Ser líder do PAIGC é preciso tê-lo no sangue”
Muitas vezes não fazemos análise profunda de quem somos nós, e quais as capacidades que possuímos, na base da esfera da nossa atuação e se somos/seremos capazes de responder àquilo que o contexto exigir de nós.
“Numa casa sem guardas, cada um faz o que quer e os gatunos fazem a festa “
Para os guineenses, já é hábito agir na base de: “Ami n pudi! Ke ku kila la mas mi?”
”Deus não lhe da mais do que você pode carregar“
“A nossa luta nos dias de hoje, não é contra o colonialismo português, e não podemos confundir o povo português com o colonialista português”, A nossa luta é contra a pobreza, a fome, a permitividade e, acima de tudo, é uma luta para o desenvolvimento. Uma das mais complexas lutas, porque exige de todos o armazenamento do saber, com base suficiente em tudo o que servirá de catalisador para o bem-estar dos guineenses.
Lamentamos a inversão de valores que se assiste hoje na Guiné, em que o conhecimento é relegado para o último plano, reinando a lei da selva – a lei do mais forte!
Como disse o escritor “Ter autoridade ou domínio de algo, não significa propriamente que você tem o poder em suas mãos”
Fazendo a análise do presente, gostaríamos de comungar as nossas ideias com os que entendem que este ano a Guiné-Bissau fez entrar na história da ONU um facto: uma nação civilizada, membro da organização, foi proibida de manifestar os seus sentimentos.
Se recordamos a Guiné-Bissau triunfou na ONU com o nosso saudoso líder Amílcar Cabral, quando a Guiné foi reconhecida pela ONU, enquanto país em luta, a título do observador.
Analisando a situação não podia deixar ficar de fora o Martin Luther King” Aprendemos a voar como os Pássaros, a nadar como os Peixes, mas não aprendemos a simples arte de vivermos juntos como irmãos”
Hoje, não se fazem perguntas, o que será do PAIGC? Será que vai resistir a tudo o que lhe é imposto?
Afinal existem falsos Profetas que se intitulam donos do P.A.I.
“Eu acredito em uma coisa, o Poder da vontade” Joseph Estaline
Como Amílcar dizia “Nenhuma força vindo do exterior, pode opor ou seja destruir a máquina do PAIGC, se não for os próprios militantes do Partido”
Já é hábito no meu e vosso vocabulário apresentar as seguintes tezes, de que o Rei prepara o filho, enquanto Príncipe para que no futuro o possa substitui-lo, mas no PAIGC, quem prepara os herdeiros?
Hoje assiste-se às vozes levantando-se alto e em bom som, como sendo Charle Ohms, para a salvação do Partido, anunciando a profecia dos ideais dos combatentes, na corrida da estafeta juntando a velha geração com as dos Mancebos.
Para quando a entrega do pauzinho?
Somos nascidos na base da Lei que a natureza nos impõe, e com o tempo a doença da velhice faz engolir não só a nossa visualidade, assim como pode transformar a pele, a cor do seu cabelo, e de seguida mudando a nossa forma de pensar, porque muda-se o tempo, muda-se os homens.
Aqui ninguém faz parte do passado! Você acredita no era-era? Ou seja a Lenda do passado?
Chamem a mim o nome que vos convém, só sei que o Amílcar dizia, que a aprendizagem é um acto continuo A.C. ”Aprendemos através da vida, através da experiência dos outros, através do livro, através do nosso povo e nunca parar de aprender”
Em cada momento constatamos a verdadeira tese do A.C. ”Nem toda a gente é do Partido”
Para a liderança do PAIGC, nos precisamos saber, aquilo que você fez para o sucesso do Partido, projectos, realizações etc…
Todos nos temos grandes sonhos, mas não basta ter sonhos, porque o PAIGC, precisa de quem o fará ter os ingredientes após as longas e varias etapas de travessia (Luta de libertação, Mono partidarismo, Pluralismo Democrático), onde pelo contrário os ingredientes vão fortalecer o Partido, para os novos desafios, apoiando nas capacidades da regeneração da sua massa militante.
A nossa missão consiste em despertar os fiéis militantes do Partido, a Juventude, as Mulheres e aos Veteranos. Como diz os ensinamentos de Deus (Mateus 7:12) ”Tratar os outros como gostaríamos de ser tratados”
O momento é dramático para o PAIGC e em particular para o povo da Guiné – Bissau, porque temos aquilo que existe e que não merecemos, e somos aquilo que somos, por nos forem obrigados a silenciar o sentir do eco de um povo “Cala Iem”, absoluto da escuridão enraizada na sombra do nosso – vosso destino. Sonhamos com a perpétua idade do viver e do querer ser livre, livre de se manifestar como a trovoada que evoca as suas lanças de relâmpagos das conquistas dos combatentes de liberdade da pátria.
Para nós, ser líder do PAIGC, tem de se basear nos indivíduos com o profundo conhecimento dos ideais do Amílcar Cabral, isto é dos libertadores. Ter noção clara do funcionamento das estruturas do partido, a partir das suas bases, e saber fazer a leitura dos erros cometidos na execução do programa maior e a apresentar soluções, assim como tornar o PAIGC, enquanto mosaico étnico no símbolo da Unidade Nacional.
“Políticos quando não tem argumentos políticos vão–se refugiando nas suas pertenças étnicas e religiosas” A.C
Não basta querer ser Presidente do Partido, o Amílcar dizia: “Temos que promover os melhores, com capacidade de criatividade e de compreensão do momento, assim como apontar as pistas para resolução dos problemas”.
Para findar as nossas inverdades, gostaríamos de apresentar as seguintes questões:
a) Quais são as pessoas que te seguem?
b) Para o crescimento do Partido, o que você fez?
c) Qual é o seu passado?
d) A sua visão ideológica?
e) Quem é você? (Bissau pikininu di mas,pan ka sibi!)
É verdade que temos problemas, dificuldades, mas não tanto para sermos reféns e pedintes de “Lombar dine” aos pobres, porque somos ricos nos ideais do fundador do PAIGC, e o Partido não se encontra no estado de agonia.
Sonhar é bom, mas os ditados falem a sua maneira:
1) Kussin kasaku suma d’manga flanu: si bo ombra ka djusta i ka ta pudi sedu. (I ta perta ou i ta iogoli).
2) Si bu firma na kau sukuru, si utru ka odjau, ma abó bu ta odja bu kabessa.
3) Bonitasku di iagu salgadu i bonitu, ma i kansadu bibi.
Que a bênção de DEUS vos acompanhe, obrigado.
T.B.
Fundaćão Mo Ibrahim: Ilhas Maurícias lidera no continente africano
Segundo um comunicado da Fundação Mo Ibrahim difundido segunda-feira, 15 de outubro 2012, as Ilhas Mauricias obtem um score de 83 pontos para a qualidade da gouvernação em 2010-2011 e esta classificando-se em primeiro lugar entre os 52 paises africanos avaliados pela fundação este ano. Esse resultado das Ilhas Mauricias é largamente superieur à média, quer ao nivel regional da Africa Austral (58p) quer do proprio continente em si (50p). Ao nivel das sub-categorias, as Ilhas Mauricias obtem a sua classificação mais elevada ao nivel da Segurança individual, Segurança national, Desenvolvimento das empresas e Protecção social (1°) e a mais baixa regista-se ao nivel da Paridade (7°).
Os paises que sistematicamente se classificaram nos cinco primeiros lugares quanto as perfomances globais da boa governação (Ilhas Mauricias, Cabo-Verde, Botswana, Seychelles e Africa do Sul) realizaram até a presente data excelentes perfomances em cada uma das quatro categorias (Desenvolvimento economico, Desenvolvimento humano, Segurança e Independência e soberania do Poder Judicial, Participação e Direitos Humanos), sublinha o comunicado.
A Fundação fez notar de que a Africa Austral ocupa o primeiro lugar rang regional do Indice 2012 tal como em 2011. Com solidos resultados em cada uma das quatro categorias, a sub-região ocupa o primeiro lugar para as categorias Segurança e Independência e soberania do Poder Judicial e Participação e Direitos Humanos, e o segundo lugar nas duas outras categorias, Desenvolvimento economico duravel, Desenvolvimento humano.
A Africa austral obtem um score superieur à média continental em cada uma das quatro categorias. O relatorio faz notar de que Madagascar, pais que em que ocorrido de uns tempos a esta parte pertubações civis e politicas, é o unico pais a registar um recuo indicativo nos cinco primeiros anos. Esta situação explica-se suficientemente pelos maus resultados nas categorias Segurança e Independência e soberania do Poder Judicial e Participação e Direitos Humanos. Madagascar encontra-se na 35° lugar com um indice de 46 pontos, ligeiramente à frente dos Camarões (45p). O Tchad, a Republica Democratica do Congo e a Somalia ocupam os três ultimos lugares da classificação. O Zimbabwe deixa pela primeira vez o terceto e sobe ao 47° lugar.
No que toca aos paises da CPLP, é precisamente a deterioração em termos de direitos humanos e participação cívica que impede uma melhor classificação de Angola no índice Mo Ibrahim. Angola subiu uma posição na classificação passando a estar em quadragésimo lugar num total de 52 países avaliados. Quanto aos outros países lusófonos a Guiné-Bissau tem a pior classificação neste índice ocupando o 45º lugar. Moçambique situa-se na 21ª posição, São Tomé é o 11º classificado, e Cabo Verde mantém o exemplar segundo lugar nesta tabela.
Atravês o Indice Ibrahim, a Fundação Mo Ibrahim, lançado em 2006 pelo multimilionario anglo-sudanês e magnata das telecomunicações Mohamed "Mo" Ibrahim, estabelece uma classificação das performances realizadas pelos paises africanos. A Fundação reune o mundo universitario, do sector privado e da ajuda ao desenvolvimento para debater sobre as questões de boa governação. Ele junta também regularmente os representantes da sociedade civil para partilharem as suas analises sobre os desafios e progressos da boa governação nos respectivos paises.
George Chicoti: "Não haverá negociações com o general António Indjai"
O Ministro das Relações Exteriores, George Chicoti, afirmou que não haverá negociações com o general António Indjai, devido a crise na Guiné Bissau, noticiou a RNA. Para George Chicoti, António Indjai é o mentor do golpe de Estado na Guiné Bissau, mas há todo interesse de Angola e da comunidade internacional em ver aquele país voltar a normalidade constitucional.
“Não podemos negociar com o general António Djai, porque o general António Djai realizou o golpe de Estado na Guiné Bissau e os golpes de Estado não são aceites nem pela União Africana nem pela CEDEAO nem pela CPLP,portanto estamos a prosseguir uma dimensão que é colectiva, em que todos os países, as Nações Unidas, CEDEAO, possam se rencontrar, que deveria avisar o alargamento do governo da Guiné Bissau e prosseguir com o programa de reforma do sector de defesa e segurança, há um interesse para se tirar a Guiné onde está, essa é a vontade de Angola, CPLP, CEDEAO e da União Africana”, afirmou.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
GUINÉ-BISSAU: Mais um avião...
Ontem, aterrou mais um avião na base aérea de Bissalanca, em Bissau, com carga desconhecida. A identificação do aparelho, um Piper, é PA-32/6V-AIC, e segundo investigação do ditadura do consenso, pertence a um clube do Senegal - o les tours aériens du Sénégal. AAS
Presidência moçambicana da CPLP promete "engajamento" na crise guineense
A presidência moçambicana da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), assegurou total apoio à Guiné-Bissau, para ultrapassar a crise sociopolítica que o país enfrenta, mas considera o diálogo "um potente mecanismo" para a resolução do conflito, noticiou à Lusa. "Nós estamos com o povo da Guiné e continuaremos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que as dificuldades que actualmente enfrentam sejam ultrapassadas e para o que o povo volte a viver em paz e a dar a sua contribuição que todos necessitamos na área politica, económica, social e cultural", disse o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, que é igualmente presidente em exercício da CPLP.
Falando hoje num encontro com os embaixadores da CPLP acreditados na Bélgica, à margem das VII Jornadas Europeias de Desenvolvimento, Armando Guebuza defendeu que os actores guineenses devem assumir o papel central na resolução dos problemas que o país enfrenta, uma acção que deve ser feita à base de diálogo, com apoio das organizações regionais e internacionais.
O restabelecimento urgente da ordem constitucional guineense é uma das principais apostas da presidência moçambicana da CPLP, para a Guiné-Bissau, actualmente administrada por um Governo de transição, após uma junta militar ter levado a cabo o golpe de Estado a 12 de Abril. Na última Assembleia-Geral, em Setembro, as Nações Unidas decidiram enviar à Guine-Bissau, uma missão composta pela CPLP, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, União Africana e a própria ONU para avaliar a situação e recomendar medidas que sejam necessárias para estabilizar aquele país.
Armando Guebuza, que é igualmente presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), participa durante três dias nas VII Jornadas europeias orientadas sob lema "Crescimento inclusivo e sustentável para o desenvolvimento humano". As Jornadas são um fórum de alto nível que junta representantes governamentais e da sociedade civil, para reflectir sobre questões prementes de cooperação internacional para o desenvolvimento. Portalangop
Murade Murargy: "Não vamos suspender a Guiné-Bissau da CPLP"
A instabilidade política na Guiné-Bissau é só um dos desafios que a CPLP tem pela frente, garante o novo secretário-executivo da organização. À beira de completar o primeiro mês no cargo, o diplomata moçambicano Murade Murargy acredita que a principal missão que terá pela frente passa por promover plataformas de promoção de investimento entre os estados-membros e atingir o objectivo de sempre: a consciencialização de uma cidadania lusófona.
- Quais são os desígnios do mandato?
Murade Murargy – Tornar a CPLP visível e fazer dela um instrumento que sirva todos os interesses dos estados-membros. Estes são os grandes princípios e objectivos que tentamos prosseguir. Na última Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, em Maputo, também foi apresentado um tema que é do interesse de todos nós e que vai constituir o assunto principal deste mandato. É a questão da segurança alimentar e nutricional. Nos oito países da CPLP, e no mundo em geral, há um grande défice de alimentos. A nossa comunidade pensa que pode contribuir, não só para suprir as carências dentro da CPLP, como também para aumentar a reserva mundial de alimentação. Estes são os grandes objectivos e temas, além da questão da Guiné-Bissau, que sofre de um instabilidade política e constitucional, e que é o outro ponto que nos preocupa bastante.
- Em algum momento já foi ponderada a suspensão da Guiné-Bissau da CPLP?
M.M. – Não vamos suspender a Guiné-Bissau. Estamos a trabalhar para que a situação no país se estabilize. Quando há um problema, nós temos de contribuir para solucionar esse problema. Não só a CPLP. Também a União Africana, as Nações Unidas, a CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental], a União Europeia estão interessadas em recuperar a lei e ordem democrática na Guiné-Bissau, para que possam ser organizadas eleições livres nos próximos tempos. Não se fala em suspensão, fala-se em apoiar a Guiné-Bissau e os guineenses para que estes encontrem a sua estabilidade.
- Já foi feito algum contacto entre a CPLP e o Governo de transição?
M.M. – Não, porque continuamos a não reconhecer esse Governo. É verdade que é uma situação que temos de ter em conta, mas nós estamos a tentar trabalhar com a CEDEAO [que reconhece o Governo de transição], uma organização regional que está no terreno. Queremos em conjunto restabelecer a ordem democrática e constitucional, por forma que os responsáveis políticos que estão fora do país possam regressar. Não para os postos onde estavam, mas para contribuírem como cidadãos no processo de estabilização.
- O impasse arrasta-se desde Abril. Antevê um desfecho célere?
M.M. – A situação está muito complicada. Neste momento, estamos a trabalhar para ter uma missão de verificação no terreno e há um encontro previsto para os próximos tempos, em Adis Abeba, entre o Governo deposto e o Governo de transição, para continuarem o diálogo iniciado em Nova Iorque [nas Nações Unidas, à margem do debate anual da Assembleia Geral, que teve lugar no final de Setembro]. Neste momento, o desfecho desta reunião é imprevisível.
- A CPLP poderia ter um papel mais activo na resolução da crise guineense?
M.M. – Moçambique está a desenvolver grandes esforços. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Oldemiro Baloi, esteve em Nova Iorque e participou em grandes encontros com vista a limar um pouco das arestas que existem nesta questão. Portanto, a CPLP está muito activa. É verdade que não é uma organização regional que pode estar no terreno, mas está muito activa. Sendo a Guiné-Bissau um estado-membro, a CPLP não pode ficar estática. É por isso que estamos a organizar com a CEDEAO uma missão conjunta que vai fazer a verificação no terreno.
- Já há alguma data para essa verificação no terreno?
M.M. – Ainda não sei. O secretariado está a trabalhar nos termos de referência com os estados-membros, através do Comité de Concertação Permanente. Só depois de algum acordo entre a CPLP e a CEDEAO se vai constituir a missão de verificação.
- A discussão sobre a vertente económica da CPLP tem estado em foco. A organização terá capacidade de criar plataformas de promoção de investimento entre os estados-membros?
M.M. – Não é a CPLP que vai fazer comércio. Vamos verificar através dos respectivos governos quais são os problemas e obstáculos que se colocam hoje à criação de uma plataforma desta natureza. Se são obstáculos fiscais, aduaneiros, de financiamento. O secretariado vai propor medidas aos governos para que, em conjunto, possam chegar a um compromisso que permita facilitar o comércio e investimento. O nosso papel será esse.
- A economia poderá passar a ser a questão central da CPLP?
M.M. – A economia é o grande tema. Aliás, a Guiné-Bissau é uma questão pontual. O tema da última Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP – segurança alimentar – está ligado à agricultura e não são os estados que vão fazer essa actividade. São as empresas. A agricultura é um negócio. Se conseguirmos, a partir da agricultura, desenvolver uma relação comercial entre empresas que existem em Angola, Brasil, Moçambique, São Tomé e Príncipe… Vamos começar por aí. É uma boa base de partida.
- Curiosamente, a agricultura é um dos sectores em que a China está a investir, especialmente em África.
M.M. – Sou um grande defensor das chamadas cooperações triangulares ou quadrangulares. Vou citar um exemplo, que até nem junta a China, mas sim o Japão ao Brasil e a Moçambique. Existe um projecto [Programa de Desenvolvimento Agrícola das Savanas Tropicais de Moçambique] que vai permitir a transferência de experiência dos agricultores do cerrado brasileiro para a savana moçambicana [os japoneses prestam apoio técnico e financeiro]. Há todo um interesse e um potencial nestas parcerias. É preciso fazer isto.
- Não teme uma sobreposição entre a CPLP e o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa?
M.M. – São duas estruturas sem comparação. A CPLP tem mecanismos próprios e não olha só para as vertentes empresarial e económica. Olha para todas as áreas de desenvolvimento dos estados-membros e contempla uma concertação político-diplomática que o Fórum de Macau não faz.
- Uma das críticas que ouvimos ao espaço lusófono é a ausência de uma consciência de cidadania. Concorda?
M.M. – A comunidade existe há apenas 16 anos. Cada um dos nossos estados tem as suas particularidades e está inserido em outras comunidades regionais. Estamos espalhados por todo o mundo, na Europa, América do Sul, Ásia e África. Os estados-membros da CPLP estão inserido em organizações próprias, têm regras próprias e tem de harmonizar as suas políticas migratórias e de cidadania, dentro da sua região. Por exemplo, no caso de Portugal, a circulação e mobilidade de pessoas está sujeita a regras de Bruxelas. A questão da cidadania lusófona é um passo que queremos atingir, mas vai levar o seu tempo. Se conseguirmos iniciar o processo de circulação de pessoas e bens, que ainda não está consolidado e é urgente, daremos um grande salto para a cidadania lusófona. Vai levar o seu tempo e não existem prazos para atingir tal objectivo.
- Em 16 anos de história, a questão da cidadania lusófona não poderia ser já uma realidade?
M.M. – Acho que podia, mas ainda não está. Se os estados-membros da CPLP tivessem uma contiguidade geográfica seria mais fácil. Só que estamos espalhados pelo mundo e não temos fronteiras comuns. Por isso, temos de encontrar formas paulatinas de chegar lá.
- Considera que a língua portuguesa continua a ser o activo mais importante da CPLP?
M.M. – A língua é um instrumento muito importante para a nossa unidade e comunicação, mas existem outros aspectos, que teremos desenvolver, sobretudo na área política e diplomática.
- A aceitação de novos pedidos de adesão continua a estar em cima da mesa?
M.M. – Sim. A nossa comunidade está aberta a quem queira entrar, se os países que manifestem esse interesse cumpram os princípios da nossa constituição. Estamos abertos à colaboração entre todos os estados, na promoção da paz do mundo e no desenvolvimento económico-social. Queremos que haja estabilidade e que todos possamos beneficiar dela.
CPLP continua de “portas abertas” para Macau
O mês de Outubro é sinónimo de lusofonia em Macau. Foi por isso que o PONTO FINAL questionou Murade Murargy sobre a possibilidade do território integrar a CPLP. “A adesão de um novo membro tem de ser sempre manifestada de livre vontade e, neste caso concreto, tem de haver uma iniciativa de quem exerce o poder no território. Mas a CPLP está a aguardar esta manifestação de interesse a qualquer momento. Do nosso lado, a porta está aberta”, garante o novo secretário-executivo da organização.
Perfil do secretário-executivo da CPLP
Murade Murargy assumiu funções na CPLP a 18 de Setembro de 2012. Antigo embaixador de Moçambique no Brasil, o diplomata foi eleito secretário-executivo da CPLP pela IX Conferência de Chefes de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que se realizou em Maputo, no dia 20 de Julho, sucedendo no cargo ao guineense Domingos Simões Pereira.
Pai de cinco filhos, Murargy é bacharel licenciado em Direito pela Faculdade Clássica de Lisboa, tendo ingressado em 1976 no ministério moçambicano dos Negócios Estrangeiros, onde foi conselheiro jurídico no Gabinete de Estudos, Planificação e Informações até 1980. Entre esse ano e 1985 assumiu os cargos de director para assuntos jurídicos, director nacional de protocolo e director das Organizações Internacionais e Conferências.
Desde então, foi embaixador extraordinário e plenipotenciário em França e não-residente na Alemanha, Suíça, Tunísia, Gabão, Mali, Costa do Marfim, Senegal, Irão e Palestina. Foi também delegado permanente junto a UNESCO, em Paris. Entre outras condecorações, o novo secretário-executivo da CPLP foi distinguido com a Grã Cruz da Ordem do Mérito de Portugal em 1996. Ponto Final
Polícias guineenses em Angola: Regresso aparentemente bloqueado
As autoridades angolanas opõem-se ao regresso dos de 372 agentes da policia Guineenses que concluiram o ciclo de formação em Angola desde Agosto ultimo, indicaram sabado fontes proximas do Commissariado Central da Policia de Bissau. Segundo Quemo Cissé, um dos agentes da policia bloqueados em Angola, as Autoridades Angolanas decidiram de não os repatriar, justificando esta decisão pelo facto de que não existe na Guiné-Bissau um governo reconhecido pela comunidade internacional na Guiné- Bissau". Em Bissau, as autoridades encarregues da segurança prometeram o regresso desses agentes de policia daqui ao fim do mês de outubro.
Em tempos, fontes não oficiais, tinham veiculado de que Luanda prometera mobilizar dois aviões para repatriar o grupo de policiais para Bissau num curto prazo de tempo. Até agora nada de concrecto, restando esperar confirmar a sua veracidade e a ser verdade, para quando. A recusa de Luanda de autorizar o regresso dos policias esta a ser interpretada por Bissau como uma represalia das Autoridades à decisão de Bissau de ordenar, em junho ultimo o repatriamento das tropas Angolanas instaladas em Bissau depois de março 2011.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Cólera assusta população, autoridades falam de 'diarreia'
Até quinta-feira tinham sido registados 541 casos e três mortos. A capital é a zona mais afectada. Internamente já se fala em surto de cólera, mas as autoridades não admitem a situação. As autoridades sanitárias da Guiné-Bissau alertaram, nesta segunda-feira, para a existência de um "surto forte de diarreia" no país, surto que já provocou a morte de três pessoas. Bissau tem sido a zona mais afectada pelo surto de diarreia, com 541 casos. A região de Biombo (nordeste) registou até quinta-feira passada, 20 casos, e Tombali, no sul, seis casos.
As informações foram avançadas por Lamine Indjai, responsável pela comunicação do ministério da saúde guineense, que pediu à população para ter cuidados especiais com o manuseamento de alimentos e bebidas, sobretudo, aquelas que são vendidas nas ruas, alertando também para os riscos de aglomeração de pessoas nas cerimónias fúnebres ou festas. Ainda segundo fontes médicas, em Bissau, o surto de cólera atinge já os países vizinhos da Guiné-Bissau, nomeadamente Senegal e Guiné-Conacri. Recorde-se que o último grande problema de saúde pública na Guiné-Bissau foi em 2008, quando um surto de cólera matou mais de 200 pessoas, entre cerca de 12 mil infectadas. RFI
How Cocaine Transformed a Tiny African Nation
Seven years ago, almost no one in Guinea-Bissau could imagine that just 1 g of a bland-looking white powder could be worth more than their average monthly salary. Tiny Guinea-Bissau has become a base for cocaine trafficking between Latin America and Europe, and officials seem helpless to stop it.
One morning in early 2005, the villagers of Biombo found hundreds of carefully sealed packets of white powder washed up on their mangrove flats on Guinea-Bissau’s Atlantic coast. The women discovered them as they checked their fishing lines; they had arrived, it turned out, from a simple-looking steel-hull cargo vessel that ran aground while trying to reach the shore. Some of the villagers thought the powder was Ajinomoto, a popular Japanese brand of MSG, and used it in their cooking sauces. One man mixed some with water and tried to use it to whitewash his house. Most people initially agreed it was fertilizer, but doubts grew when it seemed to be killing rather than invigorating the eggplant crop.
It took a Bissau-Guinean man who had been recently deported from Europe, known now by local legend simply as the Boy from Biombo, to realize exactly what the powder was: cocaine. Seeing calabashes filled with the stuff, he began buying it up for a few dollars a kilo and shipping it to the capital, Bissau. When one of the villagers, Joy, telephoned Guinea-Bissau’s City FM radio station, told them the story of the sacks of powder and asked them to contact the vegetable department at the Ministry of Agriculture on her behalf, a group of Nigerians arrived in Biombo and set about buying up whatever of the substance remained. By then, the Boy from Biombo was well on the way to establishing a small business empire. It was only after several months that the penny finally dropped for the police and the villagers. There were living in the middle of a new drug-trafficking highway running between Latin America and Europe.
Seven years ago, almost no one in Guinea-Bissau could imagine that just 1 g of a bland-looking white powder could be worth more than their average monthly salary. But in 2004 and ’05 the Latin American cartels, realizing they had all but saturated the North American market, began looking for growth in Europe, and today the U.S. estimates 30 tons of cocaine passes through this African country every year en route across the Atlantic. In Guinea-Bissau, one of the poorest countries in the world and one of the smallest, with a population of just 1.6 million, the drug now permeates the entire nation, from the military and political elites, who facilitate its passage, to the poorest and most vulnerable, who are developing a rising addiction.
Despite obvious signs of the trade — such as $100,000 cars in Bissau’s streets and smugglers’ abandoned Gulfstream jet at the airport — the drug business thrives on a willful silence. Malam is a 35-year-old Bissau-Guinean drug dealer and international trafficker. He tells me he has full impunity because he is related to a former President. “The police are worthless,” says Malam, who refuses to use his full name. “They’re in everyone’s pocket.” He dips into his own supply on occasion and counts himself lucky.
The younger and poorer in Guinea-Bissau use cocaine’s cheaper and more-addictive derivative, crack. As night falls in the capital, young people can be seen gathering in groups under mango trees or in sleepy side streets to smoke rocks of crack cocaine for less than a dollar a hit. “No police approach them,” says Peter Correia, a government health care worker, in his small office piled high with boxes of condoms. “They can’t because of the condition of these people — they are becoming dangerous.”
Guinea-Bissau’s only drug-addiction clinic lies on a back road in the quiet village about an hour outside Bissau. Nine months ago, fellow inmates watched as José Belenta arrived at Quinhámel mental-health center with his wrists and ankles bound.
Then addicted to crack, the former carpenter is now clean and has become a voluntary worker at the clinic. Run by an evangelical pastor with no formal medical training, it combines drug rehab with a safe environment for the mentally ill: Belenta has to break off from our conversation a number of times to administer sedatives to patients or to calm his charges. “It started in 2009,” he says. “Some of my friends had big money, and I’d travel up and down helping them to transport the drugs.” Belenta says he was paying around 70 ¢ for a hit. He estimates 20% to 30% of the young people in Bissau are now using crack. A World Health Organization representative in Bissau, who asks not to be identified, concurs with that rough assessment. “We have no proof,” he says, “but if you see the number of people with mental illness now, it figures that there is an increase in drug use.” A European health worker, who also requests anonymity, adds: “I like the Bible — I’m a Christian — but for recovery, people need a wider path. We need specialized psychiatric doctors and nurses.”
There is little hope of that. All aid to the state was cut after Army Chief of Staff Antonio Indjai — in a putsch most observers agree was at least partly motivated by a fight over the drug trade — staged a coup in April. The government cannot bring itself to accept that the 60 patients admitted to the Simão Mendes National Hospital with severe diarrhea in September were suffering from cholera. Cocaine, a trade in which the state is complicit, is even more taboo, says Correia, the government health worker. “No one will talk about it, so how can we address it?” he says. “There is no state control at all.” At least, he says, he himself knows about cocaine. Speaking of his 7-year-old daughter, he says, “I am aware of the problem.
I will be able to protect my child and give her the ability to understand.” In a country where the average age is 19, many thousands of others are likely to be less fortunate. “Our population is so young that if the youth enter into this phenomenon, we’ll never get out,” says Allen Yero Embalo, a former radio presenter who follows the rising influence of cocaine in Guinea-Bissau. In the end, he says, the white powder did turn out to be a kind of fertilizer. The political corruption and social instability it brought, he says, “is a fertilizer for criminals.”
'Ponta de Pedra' - Hotel Ancar
2ª feira > Filetes de Peixe com Laranja
3ª Feira > Strogonoff de Frango
4ª Feira > Linguado de Marinada
5ª Feira > Cabrito Estufado com Legumes
6ª Feira > Camarão à Glória com Fusili
Bom proveito.
GÂMBIA: YAHYA JAMMEH traduzido à justiça pela execução de nove pessoas
A Associação da Sociedade civil Gambiana (CSAG) depositou, sabado 13 outubro 2012 uma queixa junto ao Tribunal da CEDEAO com sede em Abuja, na Nigéria, contra o regime do presidente Yahya Jammeh. Esta acção judiciaria tem por finalidade defender e tentar proteger os direitos de 38 condenados à morte detidos neste momento na prisão Mile2 de Banjul cujas vidas estão dependentes da vontade do Presidente Yahya Jammeh. A mesma acção visa igualmente obter da CEDEAO que Yahya Jammeh responda por ter feito executer 9 prisioneiros em agosto ultimo.
No dossier depositado pelo advogado françês François Serres, seu colega maliano Mamadou Ismaila Konate e o advogado ghanês Anthony Akoto Ampaw junto dos serviços de diligência do tribunal comunitario, os autores da queixa que pretendem salvar a vida desses 38 prisioneiros, solicitam ao Tribunal da CEDEAO de pronunciar no sentido de que, "a Republica da Gambia violou a Carta Africana dos direitos do Homem e do Povos, os tratados internacionais relativos aos direitos civis e politicos, o direito costumeiro internacional, as normas basicas do direito internacional, o direito à vida, a interdição de tratamentos crueis, in-humanos ou degradantes, o principio da legalisdade dos delitos e das penas e o direito a um processo équitavel".
Conscientes de que Yahya Jammeh pode a qualquer momento cometer uma outro loucura, trata-se sobretudo para a CSAG de tantar obter do Tribunal da CEDEAO uma notificação/injunção formal segundo a qual, "a manutenção desses 38 prisioneiros nos corredores da morte de Banjul é uma violação volontaria e deliberada dos principios os mais elementares da vida humana" e de exigir a Yahya Jammeh "de pôr fim definitivamente a essas execuções programadas". Na mesma senda os queixosos constituiram-se partes civil para 9 outros presioneiros, executados em agosto ultimo na prisão Mile2 de Banjul sob as ordens de Yahya Jammeh.
Solicitam no respectivo requerimento que a Gambia seja condenada a pagar 1 milhão de dolares de indemnização às familles dos 9 executados, a CSAG faz sobretudo saber que "]essas pessoas não foram sequer autorizados a dizer adeus, muito menos ainda conhecer a data das execuções e os locais onde foram sepultados aos seus entes mais prôximos". A CSAG solicitou assim ao Tribunal da CEDEAO "de ordenar que a Republica da Gambia entregue aos familiares dos 9 detidos recentemente executados os respectivos corpos afim que elas possam lhes dispensar uma sepultura digna e lhes dedicar as ceremônias religiosas necessarias tal como se passa em circuntâncias da morte de uùm prôximo".
Subscrever:
Mensagens (Atom)