terça-feira, 17 de abril de 2012

Guiné-Bissau: «Bureau político» do PAIGC condena golpe e acusa líder da oposição de envolvimento

O «bureau político» do PAIGC, maior partido da Guiné-Bissau, condenou hoje «veementemente» o golpe de Estado de dia 12 e acusou o presidente do PRS, segundo maior partido, e «militantes armados» de «envolvimento direto e assumido».

Num comunicado sobre uma reunião realizada na segunda-feira, mas só hoje divulgado, o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) exige também a divulgação pública de um acordo secreto que os militares alegam existir entre a Guiné-Bissau e Angola e que terá motivado o golpe.

O «bureau político» acusa também os candidatos às eleições presidenciais de março passado Serifo Nhamadjo, Henrique Rosa, Afonso Té e Serifo Baldé (que com Kumba Ialá, líder do PRS, contestaram os resultados eleitorais) de «incitação e execução» do golpe de Estado.

Diário Digital / Lusa

Embaixador em Lisboa «emocionado» com a manifestação de guineenses e amigos da Guiné-Bissau

O embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Fali Embaló, mostrou-se hoje «emocionado» com a manifestação organizada pela comunidade guineense que desfilou dos Jerónimos até à Embaixada, em Belém, Lisboa, num apelo à paz no seu país.
Mais de 300 guineenses manifestaram-se hoje em Lisboa contra o golpe de Estado no seu país e realizaram uma marcha pacífica com gritos de apelo à retoma da paz.

«Fiquei emocionado e vou transmitir a quem de direito a vossa manifestação», afirmou Fali Embaló, que recebeu, das mãos dos representantes do grupo de manifestantes, uma carta de apelo à paz na Guiné-Bissau.

Nessa carta, segundo disse o porta-voz Aladje Baldé, constam três pontos fundamentais exigidos pela comunidade guineense: libertação das personalidades presas no golpe de estado de 12 de Abril, devolução do poder a quem o povo confiou e pedido de apoio à comunidade internacional.

Perante o apelo, Fali Embaló prometeu transmitir a mensagem e disse partilhar da revolta dos seus compatriotas. «A Guiné-Bissau não conhece a verdadeira paz até hoje e isso é triste, muito triste», lamentou. «Como embaixador e cidadão estou também muito revoltado. Chega de sangue», concluiu.

A Guiné-Bissau está controlada desde quinta-feira por um Comando Militar, que desencadeou um golpe de Estado na véspera da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais, disputadas pelo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e Kumba Ialá, que no entanto se recusa a participar na votação.

Desde quinta-feira que é desconhecido o paradeiro de Carlos Gomes Júnior e do Presidente interino, Raimundo Pereira.

Um Conselho Nacional de Transição foi criado no domingo pelos partidos de oposição, numa reunião em que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder), não participou.

O golpe de Estado na Guiné-Bissau mereceu ampla condenação internacional, incluindo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que, após uma reunião de ministros no sábado em Lisboa, decidiu propor uma força de interposição com aval da ONU e sanções individualizadas contra os golpistas.

Lusa/SOL

Guineenses manifestaram-se em Lisboa. Pela paz.

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Comovente

Assim que cheguei ao HNSM para acompanhar a entrega dos donativos, uma médica do hospital veio a correr na minha direcção, de braços abertos: «Nunca este depósito esteve tão cheio de gasóleo». Doeu. Muito obrigados. AAS

S.O.S. HOSPITAL SIMÃO MENDES: Medicamentos e víveres serão repartidos pelos hospitais 'Simão Mendes', 'Raoul Follereau', novo Hospital Militar e hospital de 'Cumura'. GUINEENSE, AMIGO DA GUINÉ-BISSAU: CONTRIBUAM! AAS

S.O.S. DC/HOSPITAL SIMÃO MENDES: IMAGENS DE ENTREGA DE ALIMENTOS, MEDICAMENTOS E COMBUSTÍVEL

tchitchi nancassa

Mike Nancassa, em representação do irmão, Verissimo Nancassa (Tchitchi): 7 mil litros de gasóleo

ancar

HOTEL ANCAR e APARTHOTEL SOLMAR: 30 caixas de água mineral, entregues pelo director-geral, Jaime Carvalho e Alcione B. Ferro, aqui acompanhados por Johannes, administrador do HNSM

cogegui-  ali zaidan

COGEGUI, aqui representado pelo director-geral, Ali Zaidan: 30 sacos de arroz, açúcar e óleo alimentar

nene

Pedro 'Nené?, da Logosfarma: 1000 euuros em medicamentos vários

S.O.S DC/HNSM: A Logosfarma, do empresario Pedro Abreu (Nene) ofereceu medicamentos no valor de 1000 euros (cerca de 700.000 fcfa). Bem haja. AAS

S.O.S DC/HNSM: Empresa Hussein Farhat, Import Export descarregou agora no hospital Simao Mendes medicamentos e generos alimenticios no valor de 5 milhoes de fcfa, cerca de 10 mil euros. Muito obrigado ao empresario e aos seus filhos. AAS

ÚLTIMA HORA: União Africana suspendeu a Guiné-Bissau desta organização, em virtude do golpe de Estado de 12 de abril último. AAS

ULTIMA HORA: Comando Militar proibe todas as manifestacoes e avisa que havera consequencias para quem desrespeitar a ordem. AAS

ÚLTIMA HORA: Carlos Gomes Jr., volta a estar sob custódia militar

A delegação da CEDEAO, que integra dois ministros dos Negócios Estrangeiros de países da sub-região, insistiram na 'tolerância zero' no que toca aos golpes de Estado nesta zona de África. O Mali foi a prova de fogo. Na reunião-maratona com o 'Comando Militar' e o primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Jr., detido desde o passado dia 12, a delegação deixou claro que quer a 'libertação imediata e incondicional' de Carlos Gomes Jr., e do Presidente da República interino, Raimundo Pereira, e de todos os detidos, e exigiu a 'reposição da ordem constitucional', de acordo com uma fonte do Ditadura do Consenso.

A primeira ronda de encontros terminou há poucos minutos, tendo a delegação recebido o PAIGC, não no hotel Azalai - onde recebeu outros partidos e os candidatos às eleições presidenciais antecipadas de 18 de março passado -, mas na sua representação permanente em Bissau. 'A CEDEAO quis, com isto, deixar a sua posição bem vincada', referiu a mesma fonte presente na reunião.

Contudo, depois da reunião, Carlos Gomes Jr., voltou a ser conduzido pelos militares de volta para um aquartelamento da capital, Bissau. É que, segundo a nossa fonte, a delegação da CEDEAO 'tem um roteiro para cumprir', faltando alguns encontros nomeadamente com a sociedade civil e 'outras partes que a delegação entender conveniente, e necessária, ouvir'. AAS

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