quinta-feira, 1 de março de 2012

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL ANTECIPADA 2012: Sorteio/boletim de voto

1 - Baciro Dja, ministro da Defesa, independente
2 - Serifo Nhamadjo, independente
3 - Vicente Fernandes, Apoiado pela AD
4 - Serifo Baldé, Partido Jovem
5 - Carlos Gomes Jr., partido PAIGC
6 - Ibraima Alfa Djaló, partido Congresso Nacional Africano
7 - Henrique Pereira Rosa, independente
8 - Luis Nancassa, independente
9 - Koumba Yalá, partido PRS
10 - Afonso Té, independente, apoiado por uma ala do PRID

O embaixador da Libia acreditado na Guiné-Bissau, Sr. Moustapha, foi notificado para comparecer na policia, em virtude da queixa da empregada doméstica. Informações não confirmadas dizem que o diplomata terá atirado água quente contra a empregada. Notificou-se antes o protocolo do Estado. AAS

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL ANTECIPADA 2012: Carlos Gomes Jr arranca a campanha em Gabú, e Serifo Nhamadjo em Canchungo. Koumba Yala encontra-se em Pitche e desconhece-se o local de arranque da campanha, e Henrique Rosa está neste momento numa reunião na sua sede de campanha. AAS

MANIFESTAÇÃO-Pormenor: Não se viu, na cabeça da marcha, nenhum líder de qualquer dos quinze partidos e organizadores da marcha. O que é estranho... AAS

MANIFESTACAO: Pouco mais de cem pessoas na marcha da oposicao de 15 partidos. AAS

MANIFESTACAO: A marcha da oposicao esta a arrancar da Chapa de Bissau, e abaixo das expectativas no que toca a manifestantes. AAS

MANIFESTAÇÃO: No Supremo Tribunal de Justiça, a porta continua fechada. Ninguém foi trabalhar... A marcha da oposição, que deveria ter começado às 08h, ainda não teve início. AAS

MANIFESTACAO: Marcha da oposicao foi adiada...para as 11 horas. Contei apenas 15 policias, desarmados. AAS

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Gabinete da ONU em Bissau "preocupada" com marcha da oposição, marcada para amanhã, quinta-feira

O representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau afirmou-se hoje preocupado com a manifestação de partidos da oposição marcada para quinta-feira, para protestar junto do Supremo Tribunal de Justiça por alegadas irregularidades eleitorais.
Joseph Mutaboba, que falava aos jornalistas à saída de uma audiência com o Presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, mostrou-se preocupado com as consequências da marcha da oposição, sublinhando estar contra a iniciativa.

"Toda a gente tem o direito de se manifestar, mas é preciso que seja uma manifestação que tenha uma motivação plausível. Que seja por um motivo que possa ser útil para o povo da Guiné-Bissau", defendeu o representante do secretário-geral da ONU em Bissau.

Joseph Mutaboba disse ter abordado com Raimundo Pereira as consequências desta manifestação numa altura em que o país se prepara para realizar eleições presidenciais antecipadas, no dia 18 de março.

Para o representante de Ban Kin-monn em Bissau a manifestação da oposição não faz sentido uma vez que são os mesmos partidos que haviam exigido que as eleições presidenciais tivessem lugar dentro do prazo previsto na Constituição, posição que agora contestam.

"Há uma certa contradição nas posições das pessoas. No mês de janeiro toda gente dizia que estava de acordo com a data para a realização de eleições, no dia 18 de março, são estas mesmas pessoas que hoje não estão de acordo com a mesma data", disse Mutaboba.

"Não se pode mudar esta data. São razões que às vezes não se podem entender. Porque se tomamos uma decisão em conjunto não podemos pretender que se mude essa decisão por motivações que não se conhecem, porque isso pode trazer problemas, como é óbvio", acrescentou ainda o diplomata da ONU.

Um grupo de 15 partidos reunidos no chamado Fórum da Oposição Democrática diz que vai manifestar na quinta-feira o seu desagrado diante do Supremo Tribunal de Justiça para protestar, por um lado, pela validação da candidatura do atual primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e ainda pelas alegadas fraudes em preparação por parte do Governo para supostamente favorecer Gomes Júnior.

Acusam ainda o Governo de estar a favorecer o seu candidato através de utilização de meios do Estado na campanha de Carlos Gomes Júnior.

Os partidos avisam que não se responsabilizarão pelas situações que poderão advir da manifestação anunciada como sendo pacífica.

O representante da ONU em Bissau diz que não compreende o porquê da manifestação desses partidos, sobretudo pelos apoios que a comunidade internacional tem dado para estabilizar a Guiné-Bissau.

"As pessoas já estão cansadas do caos. Foi feito muito investimento, até parece que agora a comunidade internacional vá ter uma resposta de ingratidão total por tudo quanto fez para ajudar este país", assinalou Joseph Mutaboba.

"A comunidade internacional tem ajudado a Guiné-Bissau e quer continuar a ajudar-vos, mas é preciso que haja um sinal claro dos guineenses em como há um progresso notável no país, agora pretender fazer com que as coisas piorem isso não é um bom sinal para a comunidade internacional", notou Mutaboba.

Os partidos da oposição que pretendem manifestar-se pediram na terça-feira uma reunião com a comunidade internacional em Bissau, tendo comparecido o embaixador da África do Sul, um representante dos Estados Unidos e ainda representantes da União Africana, CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e Nações Unidas.

A esmagadora maioria dos embaixadores acreditados em Bissau, incluindo de países como Portugal, Angola, Brasil, Cuba ou China, não compareceu na reunião nem se fez representar. LUSA

António Russo Dias, ex-embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, chefiará a missão de observação eleitoral da CPLP nas eleições presidenciais antecipadas de 18 de março de 2012. No total, quinze elementos farão parte desta missão, com excepção da Guiné-Bissau. AAS

VERGONHA: Vandalismo após o jogo Guiné-Bissau 0 - Camarões 1, resultou em danos avultados

LOBATO VANDALISMO

Grupos de vândalos, a pretexto de que os árbitros do jogo estavam instalados no Aparthotel 'Lobato', partiram os vidros a quatro viaturas, e provocaram danos na fachada de vidro do aparthotel. A 1ª ministra em exercício, Adiato Nandigna, esteve no local em solidariedade para com o seu proprietário e igualmente presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau. Mais grave: a polícia foi chamada, tendo aprecidoo numa carrinha 'canter'... mas não tinham armas. A tropa desarmou a polícia!!! AAS

FOTO DR: AAS/2012

CAN 2013: Guine-Bissau perdeu por 1 a 0, em casa, frente aos Leoes dos Camaroes. O golo foi marcado ao cair do pano. haja esperancas para o jogo de Yaounde. AAS

ELEICAO PRESIDENCIAL ANTECIPADA 2012: CNE deu hoje inicio a campanha de educacao civica. Estiveram presentes o Governo, parceiros e a comunidade internacional. AAS

DESPORTO: Artur Silva, Ministro da Educacao e Desportos, procede hoje ao lancamento da primeira pedra para a reabilitacao do 'Estadio 24 de Setembro' pelo Governo da China Popular. A cerimonia tem lugar as 11 horas, no Alto-Bandim. AAS

estádio 24 setembro
Ficara assim. FOTO: DR/DC

A carta que as autoridades angolanas não quiseram deixar Ban Ki Moon ouvirr

Caros amigos e colegas,

Envio abaixo o breve texto que a AJPD tinha preparado para apresentar na reunião da sociedade civil com o Secretário Geral das Nações Unidas, mas que não foi possível ler porque os serviços de segurança angolano no local proibiram os participantes de entrarem para a sala com papel, esferográficas, livros, Pen Drive, CD’s, máquinas fotográficas, gravadoras, telemóveis, pastas de documentos, etc. Ninguém podia entrar para a sala de reuniões com nenhum objecto incluindo dinheiro. No entanto, na nossa intervenção baseamo-nos nos pontos essenciais do texto.

Cordialmente

BREVE EXPLANAÇÃO DA AJPD

AQUANDO DA REUNIÃO ENTRE A SOCIEDADE CIVIL ANGOLANA COM SR SECRETÁRIO GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS, BAN KIM-MOON,

DURANTE A SUA VISITA A ANGOLA

DIA 27 DE FEVEREIRO DE 2012.

 

Excelencia,


A Paz constituiu uma marca indelével na mudança de vida das populações em Angola. E tem mudado a maneira de viver dos angolanos. No entanto, o processo de Reconstrução Nacional e o merecido crescmento enconómico ainda não se traduziram em desenvolvimento das pessoas e, muitas vezes, é acompanhado de violações dos Direitos Humanos, concretamente os direitos à terra e ao meio ambiente saudável, sem que as vítimas sejam devidamente indeminizadas e assistidas, conforme impõem as leis nacionais e internacionais aprovadas pelas Nações Unidas.

Como é do conhecimento geral, Angola como país membro das Nações Unidas, ratificou vários tratados de protecção dos Direitos Humanos. Esta realidade também está vertida na Constituição da República de Angola, e nas demais leis, bem como nos Tratados e Convenções Regionais ratificadas por Angola. No entanto, a obeservância e o respeito pelos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos são, muitas vezes, violados pelos Agentes do Estado. Por exemplo:

v Liberdades Fundamentais: Os direitos de reunião, manifestação, associação são constantemente restringidos pelas forças policiais e militarizadas e pela Administração do Estado;

v O direito à informação e liberdade de Imprensa: a Imprensa Pública tem vindo a ser, cada vez mais, parcial, controlada pelo Executivo – há constantes censuras de informações de carácter público e manipulação da informação, é usada frequentemente para intimidação de pessoas singulares, organizações e instituições privadas que não sufragam as posições e as ideias de quem está no exercício do poder político; a imprensa pública é um meio de propaganda das acções do Executivo, não promove o pluralismo de conteúdos de ideias ou de opiniões e o exercício contraditório, por fim, é recorrentemente, utilizada como meio de desinformação dos cidadãos, em detrimento do interesse público e para ultrajar membros da oposição política.

v Boa Governação, Transparência Justiça Económica: Constata-se em Angola um processo de acumulação de riqueza por parte das elites políticas por meio de actos de corrupção e tráfico de influência, consubstanciado na prática da elite política usar os meios do Estado (fundos do petróleo, diamante, etc) para enriquecer os seus familiares mais chegados – filhos, primos, tios e também amigos, em manifesto nepotismo, contrariamente ao que dispõe as Convenções das Nações Unidas e da União Africana sobre a corrupção de que Angola é parte. O acesso à informação sobre a gestão das contas públicas, sobre as contratações públicas não é fácil.

v Eleições, democracia e Estado de Direito: O processo de preparação das próximas eleições tem sido feito de acordos com as condições existentes no país, mas com muitos atropelos às leis que regulam o processo eleitoral em Angola e contra as Normas e Princípios da SADC sobre as eleições, sem que os órgãos de gestão eleitoral competentes tomem medida; o sistema judicial funciona com deficiência e manifesta frequentemente dependência funcional do Executivo. A democracia participativa é incipiente e quase não é aceite.

A Sociedade Civil tem estado a colaborar através de actos de educação cívica, desenvolvimento de programas e projectos de Educação para o respeito pelos Direitos Humanos, monitoria das Políticas Públicas no domínio da educação, saúde – com maior pertinência no combate ao VIH/Sida e Malária; programas de promoção do género e participação da mulher na vida pública.

Assim, recomendamos ao senhor Secretário Geral das Nações Unidas:

v Que as Agências das Nações Unidas representadas em Angola e não só, continuem a dar o seu apoio ao processo de reconstrução e reconciliação nacionais; ao combate ao VIH/Sida e grandes Endemias; ao processo eleitoral, ao processo de fortalecimento da sociedade civil através da formação dos seus membros, de apoio financeiro aos seus projectos de impacto social.

Muito obrigado!

Pela Associação Justiça, Paz e Democracia

António Ventura

(Presidente)

 

Luanda, 27 de de Fevereiro de 2012