terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Morte do Presidente da Republica: Restos mortais de Malam Bacai Sanha chegam sábado e funeral será no domingo. AAS

Morte do Presidente da República, Malam Bacai Sanha: Eficiência

«Foi um Scoop, ou Grande Furo jornalístico, do AAS, que conseguiu dar a notícia com grande avanço sobre qualquer outro órgão de informação.»
J.H.

Morte do Presidente da República: e as bandeiras?

Quando É determinada a observância de luto nacional, a Bandeira Nacional deverá ser colocada a meia haste durante o número de dias que tiver sido fixado. Neste caso, 7 dias... AAS

Morte do Presidente da República, Malam Bacai Sanha: Brasil lamenta

O Governo Federal brasileiro, expressou o seu "profundo pesar" e as suas "sinceras condolências" pela morte do presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanha, num hospital de Paris por causas ainda não esclarecidas. "O governo brasileiro recebeu com profundo pesar a notícia da morte do presidente da República da Guiné-Bissau", afirma um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

Assim como a Guiné-Bissau, o Brasil faz parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). No texto, o Brasil manifestou também suas condolências tanto à família do presidente, como ao governo e ao povo da Guiné-Bissau e transmitiu a sua "solidariedade e disposição em dar continuidade aos esforços de cooperação em prol da consolidação da paz" no país africano, disse o comunicado. AAS

... Está a compor-se: Raimundo Pereira já é Presidente da República interino

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- Djaló Pires, Ministro dos Negócios Estrangeiros, está já em Paris para tratar dos formalismos para a trasladação dos restos mortais de Malam Bacai Sanha;

- Trasladação pode ocorrer na próxima 5ª feira;

- Angola AINDA teima: "O cônsul geral da Guiné-Bissau em Angola, Isaac Monteiro, explicou a RNA que a presidência interina do país vai ser assumida pelo Presidente da assembleia nacional, que deverá num prazo de noventa dias convocar eleições."... Será que não temos embaixador em Angola?. AAS

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Morte do Presidente da República, Malam Bacai Sanha: Guineenses prestam homenagem na residência do PR falecido

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FOTO: AAS

ÚLTIMA HORA-Morte do Presidente da República: 10 militares armados com AK 47, foram desembarcados há pouco na sede do PAIGC, num carro do PM. AAS

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FOTO/EXLCLUSIVO: AAS TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Morte do Presidente da República, Malam Bacai Sanha-Reacções: "Governo de Cabo Verde ficou espantado"

O ministro das Relações Exteriores cabo-verdiano lamentou hoje a morte de "um grande amigo de Cabo Verde", sublinhando que o Presidente Malam Bacai Sanhá "desempenhou bem as funções" e manteve o "equilíbrio" na Guiné-Bissau. "O Governo de Cabo Verde ficou espantado com a morte de Malam Bacai Sanhá e lamenta a morte de uma personalidade histórica", disse Jorge Borges aos jornalistas na capital cabo-verdiana, ainda surpreendido com a notícia divulgada hoje pela Presidência guineense. AAS

Morte do Presidente da Republica, Malam Bacai Sanha-Reaccoes: Cavaco Silva, Presidente portugues, diz-se "profundamente consternado", e sublinha "legado de coragem pessoal de Bacai Sanha na luta contra a doenca, e de determinacao politica na luta pelos valores da democracia". AAS

ULTIMA HORA: Morte do Presidente da Republica: Conselho de Ministros reuniu-se apenas para decretar Luto Oficial de 7 dias, com inicio a partir das 24 hrs de hoje. AAS

ULTIMA HORA-Morte de Malam Bacai Sanha, Presidente da Republica: Alberto Batista Lopes, chefe de Gabinete do Presidente da Republica, tinha viagem marcada para Paris, para a proxima 4a feira, com vista a promulgacao do Orcamento de Estado, votado na Assembleia Nacional Popular em Novembro de 2011. AAS

EXCLUSIVO/Morte do Presidente da Republica: Malam Bacai Sanha faleceu hoje, as 11:10h, menos uma hora na Guine-Bissau. AAS

ULTIMA HORA: Morte do Presidente: Presidencia da Republica aguarda pela chegada da certidao de obito, que confirmara a causa e a hora da morte, por parte da equipa medica do hospital Val de Grace, em Paris, Franca. AAS

EXCLUSIVO: Morreu o Presidente da Republica, Malam Bacai Sanha. Estamos de luto carregado. AAS

EXCLUSIVO: Material pesado - demais...

No dia 18 de novembro de 2011, EPIFÂNIA SOUSA RODRIGUES, directora administrativa e financeira do Ministério da Energia, Indústria e dos Recursos Naturais foi chamada ao gabinete do ministro Higino Cardoso. Nesse dia, o ministro perguntou à sua directora se conhecia alguém de nome EPIFÂNIA DOS SANTOS. A DAF respondeu, dizendo que não: «chamo-me Epifânia Sousa Rodrigues».

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A CARTA ESCRITA AO MINISTRO HIGINO CARDOSO

De seguida, o ministro entregou-lhe uns documentos, num envelope: tratavam-se de cópias de recibos. Na altura, Epifânia Sousa Rodrigues ficou sem perceber, pois, julgava tratar-se de documentos de empresas assinadas pela directora administrativa e financeira de nome Epifânia dos Santos. Contudo, e apreciando bem os documentos, a DAF notou que um recibo vinha em papel timbrado do gabinete do ministro, rubricado por uma directora administrativa e financeira, Dra. Epifânia dos Santos, que não existe.

Mas há mais: o documento tinha até o carimbo do gabinete do ministro, o que é estranho, pois a única DAF era ela, e ela nunca foi subscritora de nenhum documento com o papel timbrado do gabinete do ministro, usando o seu carimbo a óleo. Então, a DAF verdadeira concluiu que só podia estar à frente de uma falsificação, usando o seu nome e o da direcção administrativa e financeira, que dirigia: estavam em causa 10.500.000 (dez milhões e quinhentos Fcfa), das mãos de empresários chineses que estavam a trabalhar no jazigo de areias pesadas (Zircónio e Titânio), em Varela.

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UM DOS RECIBOS, NO PAPEL TIMBRADO DO GABINETE DO MINISTRO; AO LADO, CÓPIA DA LICENÇA DE EXTRACÇÃO EXPERIMENTAL EM NOME DA EMPRESA CHINESA WEST AFRICAN UNION BISSAU INVESTMENT GROUP: 500 TONELADAS DE ZIRCONIO E TITÂNIO

«Tive uma grande surpresa que jamais vi em toda a minha vida», escreveu a DAF ao ministro Higino Cardoso, em carta endereçada no passado dia 24.11.11 e que Ditadura do Consenso teve acesso. Na conversa com o ministro, Epifânia Sousa Rodrigues lembrou a Higino Cardoso que «ainda não era Doutora (tinha apenas concluido o bacharelato em Finanças e Contabilidade), que a rubrica não era minha, e, nos meus trabalhos não posso usar o papel timbrado do gabinete do ministro, menos ainda o carimbo». Higino Cardoso respondeu, num tom normal, como se nada tivesse passado, que «não se tratava da minha pessoa». Como o ministro estava ocupado com o director-geral da Geologia e Minas (que está na cadeia), a DAF deixou o gabinete.

A DAF escreveu então ao minsitro: «A minha reacção poderia ser esta, denunciar este assunto directamente ao Ministério Público, mas, julgo que devo aguardar o seu devido tratamento pelo respeito e consideração que sempre tive por V. Excia, pela minha Instituição, como pelo Chefe do Governo, que deve tomar conhecimento deste assunto antes de chegar à praça pública, por se tratar de má imagem do País perante investidores estrangeiros.»

Perturbada com toda essa situação, Epifânia Sousa Rodrigues regressou ao seu gabinete, tentando procurar melhores explicações sobre o assunto. Depois, o ministro disse-lhe que não queria abordar o assunto «por causa da minha reacção, que sou uma pessoa adulta, que devia compreender que são documentos falsos preparados por pessoas que querem tirar dinheiro das mãos dos chineses».

A carta continua. Assim: «É preocupante, como aparece o carimbo do seu gabinete nos documentos falsificados? É do conhecimento de todos que não é fácil ter acesso ao carimbo do seu gabinete. Muitas das vezes, quando preparamos ulguns documentos urgentes, mesmo já com a assinatura do ministro, ela não é remetida no mesmo dia ao seu destino, nas ausências do seu chefe de gabinete (igualmente na cadeia), o único responsável pelo seu carimbo. Sendo responsável do carimbo, porque não mencionou o seu nome e a sua assinatura no papel timbrado do gabinete que integra? A movimentação dos chineses, como de qualquer empresário estrangeiro, é no gabinete do Ministro e na direcção-geral de Geologia e Minas, o que não implica necessariamente a direcção que dirijo.».

Na carta ao ministro, a DAF volta a ser pertinente: «(...) Os pagamentos nunca são efectuados no ministério, mas sim através do Tesouro Público (BCEAO) e no BAO, na nossa conta do Fundo de Mineração. Se os recibos foram falsificados obviamente que as licenças ou os contratos também foram falsificados. (...) É do seu conhecimento que o ex-director geral da Geologia e Minas (igualmente na cadeia) recusou entregar os dados de receitas e a sua proveniência referente ao período 2010/11, solicitados pela direcção geral do Orçamento».

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CÓPIA DA CARTA DE UMA EMPRESA CHINESA

Lembra a DAF ao ministro que a instituição encontra-se numa «autêntica crise financeira, não existindo papel para consumo da secretaria, nem combustível para as viaturas de serviço, menos ainda serviço de internet. As dívidas com salários de pessoal, contratados fora do Orçamento Geral do Estado, ultrapassam um ano tendo estes ameaçado ir para as rádios. Afinal de contas, existem fundos que deram entrada ilegalmente no ministério, e cuja utilização se desconhece.» E avisou a tempo: «Se o funcionamento de serviços não fosse invertido, não estaríamos nestas situações».

Epifânia Sousa Rodrigues continua, lembrando ao ministro Higino Cardoso que «o ambiente instalado já é de desconfiança, podendo supor que este caso foi preparado por indivíduos que não integram esta Instituição, o que efectivamente merece ser esclarecido e não ficar no silêncio, pois, não só a minha imagem como desta instituição, do Governo e do País deve ser respeitada e usada com dignidade».

E termina a carta assim: «Considerando os factos expostos, pretendo com a presente exposição exortar a V. Excia, no uso das suas prerrogativas, que accione mecanismos junto de instituições competentes, que os supostos autores sejam conhecidos e responsabilizados pelos seus actos, em conformidade com as normas vigentes, com vista a pôr cobro a estes acontecimentos que estão a ser verificados nos últimos tempos, para a salvaguarda dos supremos interesses da nossa Instituição e do País».

António Aly Silva