sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
fole=cojones (de consul?)
«FOLE: una fruta muy fea (como dice un amigo, parecen “cojones de mono”) pero su zumo, con ese toque ácido, es una delicia. Mezclado con zumo de naranja, está aun mejor.»
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Adivinhem quem veio beber 'una helada'?
«A los españoles nos gusta tomarnos la cerveza muy muy fría. Y en Bissau, casi siempre, resulta misión imposible encontrar un local donde te la sirvan algo más que "fresca". Hoy, tras una ajetreada mañana de compras, recalamos en el Dias & Dias para tomar una cerveza. Y... ¡sorpresa!: nos sirven una Super Bock XL helada en copas grandes previamente refrigeradas. La mejor desde que vivo en Bissau. ¡Magnífica!. Ya sólo faltan las aceitunas...»
Como funciona a sua cabeça, Sra Botella?
« Como funciona a sua cabeça, Sra Botella? Esgota o seu modo de ver as coisas, sem saber o que tem mesmo para dizer... 'Esgota' é a falta de todos os fundamentos. Mas acima de tudo, para mim, eu corro de pessoas iguais a ti. É verdade não te conheço bem mais sei que na posição da esposa de um diplomata não estas nas melhores condições para criticar um país que te acolhe, um país onde encontraste uma natureza espectacular que você mesma diz não existir noutro lugar(a fonte é o teu blog).
Ufa! E violentos por toda parte existe... talvez se fôssemos procurar violência além... encontrá-la-emos em Bilbau. O seu raciocínio é mesmo de um infantil. A sra está a reagir como uma criança que não entende as regras e certamente não as respeita, nem respeita ninguém. Não sabe que tem coisas que nos concerne "anós fidjus di tchon", e em resposta, é melhor mudar. Ficamos amuados se não conseguirmos o que queremos, dormimos muito porque gostamos de baixar canecas (como a maioria faz em Bissau) o tempo todo, choramos quando nos enviam de volta para a Espanha (pois é, ali não tem o que tem aqui).
Aí, estamos reprimidos, mentimos acerca do que vimos, para melhor nos consolarmos, tentamos manipular aqueles que ainda não foram para Bissau pois ficamos com ciumes do que eles la vão encontrar. Aí pedimos, pedimos ao chefe para mandar de volta (para aquele país onde havia de tudo) só que no final acabamos esgotando a nossa saliva.
E pimba bye bye...esgotou o bilhete de borla, tira do bolso, paga o hotel do seu bolso e todas as necessidades...só que não da pois vivias à custa de uma cooperação e podias fazer todo tipo de turismo, que o país te oferece e mesmo assim não foste grata a este mesmo país e a este povo que te acolheu...que engratidão a sua! Uff!!!
C. Cabral»
Ufa! E violentos por toda parte existe... talvez se fôssemos procurar violência além... encontrá-la-emos em Bilbau. O seu raciocínio é mesmo de um infantil. A sra está a reagir como uma criança que não entende as regras e certamente não as respeita, nem respeita ninguém. Não sabe que tem coisas que nos concerne "anós fidjus di tchon", e em resposta, é melhor mudar. Ficamos amuados se não conseguirmos o que queremos, dormimos muito porque gostamos de baixar canecas (como a maioria faz em Bissau) o tempo todo, choramos quando nos enviam de volta para a Espanha (pois é, ali não tem o que tem aqui).
Aí, estamos reprimidos, mentimos acerca do que vimos, para melhor nos consolarmos, tentamos manipular aqueles que ainda não foram para Bissau pois ficamos com ciumes do que eles la vão encontrar. Aí pedimos, pedimos ao chefe para mandar de volta (para aquele país onde havia de tudo) só que no final acabamos esgotando a nossa saliva.
E pimba bye bye...esgotou o bilhete de borla, tira do bolso, paga o hotel do seu bolso e todas as necessidades...só que não da pois vivias à custa de uma cooperação e podias fazer todo tipo de turismo, que o país te oferece e mesmo assim não foste grata a este mesmo país e a este povo que te acolheu...que engratidão a sua! Uff!!!
C. Cabral»
Tragédia: cidadão espanhol chegou ontem a Bissau, teve um enfarte na Presidência da República e... morreu no HN Simão Mendes
NICOLAS ALBARASSIN, era espanhol e membro da Câmara do Comércio das Canárias, e chegou ontem a Bissau num voo proveniente de Dakar. Instalou-se no hotel Malaika. À noite, na companhia do C.T., da Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau, deram um passeio a pé pelas artérias de Bissau.
Regressou ao hotel, para uma noite de sono. Esta manhã, depois de ter tomado o pequeno-almoço, uma viatura veio buscá-lo para o conduzir à Presidência da República onde tinha um encontro de trabalho. Foi recebido por A.R., no seu gabinete, e a quem fez uma úncia pergunta: «Como está o Presidente da República?». A.R., respondeu, dizendo que o PR estava bem, que a saúde estava quase plenamente restabelecida.
Nisto, só se lhe ouviu um «ahh». Depois, a cabeça inclinou-se para trás e A.R., viu o sr. Albarassin cair aparatosamente ao chão. Houve uma tentativa de reanimação que não surtiu efeito, tendo sido transportado rapidamente ao hospital, onde chegou já cadáver. A embaixada de Espanha foi logo contactada, e o corpo jaz agora na câmara frigorífica da morgue do HN Simão Mendes, a aguardar os procedimentoos para a sua trasladação. AAS
Regressou ao hotel, para uma noite de sono. Esta manhã, depois de ter tomado o pequeno-almoço, uma viatura veio buscá-lo para o conduzir à Presidência da República onde tinha um encontro de trabalho. Foi recebido por A.R., no seu gabinete, e a quem fez uma úncia pergunta: «Como está o Presidente da República?». A.R., respondeu, dizendo que o PR estava bem, que a saúde estava quase plenamente restabelecida.
Nisto, só se lhe ouviu um «ahh». Depois, a cabeça inclinou-se para trás e A.R., viu o sr. Albarassin cair aparatosamente ao chão. Houve uma tentativa de reanimação que não surtiu efeito, tendo sido transportado rapidamente ao hospital, onde chegou já cadáver. A embaixada de Espanha foi logo contactada, e o corpo jaz agora na câmara frigorífica da morgue do HN Simão Mendes, a aguardar os procedimentoos para a sua trasladação. AAS
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Incompetência a pontapé...
Foi, uma vez mais, adidado o congresso que hoje se reuniria para eleger o Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau. O candidato Manuel Nascimento Lopes voltou a interpor uma providência cautelar, e o Tribunal de Bissau deu o seu aval...isto depois de o 4º Juízo se declarar 'incompetente' para se imiscuir no processo aquando da 1ª providência.
Os juízes, é pertinente perguntar, estão a brincar com todo este processo, ou andam a brincar ao Estado? Afinal, se o juíz do 4º juízo declarou preto no branco ser o tribunal incompetente para resolver o problema (existem órgãos próprios na FFGB), porque vem agora outro juíz tentar armar-se em esperto?
A FIFA avisara, em documento, que o ESTADO não deve meter-se nos assuntos do futebol - e por isso mesmo financiam a FFGB. Não se admirem se, amanhã, a FIFA se decidir pela suspensão da selecção de futebol de todas as competições internacionais. AAS
Os juízes, é pertinente perguntar, estão a brincar com todo este processo, ou andam a brincar ao Estado? Afinal, se o juíz do 4º juízo declarou preto no branco ser o tribunal incompetente para resolver o problema (existem órgãos próprios na FFGB), porque vem agora outro juíz tentar armar-se em esperto?
A FIFA avisara, em documento, que o ESTADO não deve meter-se nos assuntos do futebol - e por isso mesmo financiam a FFGB. Não se admirem se, amanhã, a FIFA se decidir pela suspensão da selecção de futebol de todas as competições internacionais. AAS
Caso George Wright: Senador de Nova Jérsia escreve a Passos Coelho pedindo a sua extradição
Um senador norte-americano de Nova Jérsia enviou uma carta ao primeiro-ministro português a sensibilizar o Executivo luso para a importância da extradição de Goerge Wright, procurado há mais de 40 anos pelos EUA, noticiou hoje a Associated Press.
O senador Frank Lautenberg revelou segunda-feira que enviou uma carta ao primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, pedindo que George Wright seja extraditado para os Estados Unidos para cumprir o resto da sentença pelo homicídio, em 1962, de um dono de uma bomba de gasolina, durante um assalto à mão armada em Nova Jérsia.
George Wright é ainda procurado pela participação no desvio de um avião de uma companhia norte-americana, após a sua fuga da cadeia, onde cumpria pena por homicídio. LUSA
O senador Frank Lautenberg revelou segunda-feira que enviou uma carta ao primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, pedindo que George Wright seja extraditado para os Estados Unidos para cumprir o resto da sentença pelo homicídio, em 1962, de um dono de uma bomba de gasolina, durante um assalto à mão armada em Nova Jérsia.
George Wright é ainda procurado pela participação no desvio de um avião de uma companhia norte-americana, após a sua fuga da cadeia, onde cumpria pena por homicídio. LUSA
Warrior
«Prezado Aly;
Parabéns, tu és um guerreiro da imprensa livre mundial, leio o teu blog diariamente, logo quando acordo. A tua seriedade e imparcialidade é de dar inveja aos jornalistas mais famosos de todo o mundo. Continue, avante e sempre, pois é assim que construiremos um mundo melhor.
E que venha a globalização, com mais operários da noticia como você, ético, coeso, lúcido e, o que eu gosto mais: - SARCÁSTICO! O teu humor sólido é deveras de tirar o chapéu. “Se quem tem o poder nega sua liberdade, então o único caminho para a Liberdade é o poder - Nelson Mandela".
Abraços e força nessa sua jornada, irmão!
Eng. Edivaldo M.
Bahia-Brasil»
M/N: Obrigado, amigo, e desde já lhe desejo um feliz Natal junto dos teus. AAS
Parabéns, tu és um guerreiro da imprensa livre mundial, leio o teu blog diariamente, logo quando acordo. A tua seriedade e imparcialidade é de dar inveja aos jornalistas mais famosos de todo o mundo. Continue, avante e sempre, pois é assim que construiremos um mundo melhor.
E que venha a globalização, com mais operários da noticia como você, ético, coeso, lúcido e, o que eu gosto mais: - SARCÁSTICO! O teu humor sólido é deveras de tirar o chapéu. “Se quem tem o poder nega sua liberdade, então o único caminho para a Liberdade é o poder - Nelson Mandela".
Abraços e força nessa sua jornada, irmão!
Eng. Edivaldo M.
Bahia-Brasil»
M/N: Obrigado, amigo, e desde já lhe desejo um feliz Natal junto dos teus. AAS
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Habeas Corpus – Respondendo a C.S.
Devo dizer-te que não li o teu e-mail. Devorei-o! Fiquei feliz, foi como se um amigo de longa data, de fumos e copos, tivesse regressado. Para te dizer que a minha memória da Guiné-Bissau das últimas três décadas arquivou detalhes - quer das façanhas quer das decepções - com igual minúcia. E tem sido bastante díficil ignorar as feridas destes nossos trinta e oito anos enquanto Nação, um Estado portanto.
Chega a ser duro viver aqui. É duro de viver, e até, sobreviver, na Guiné-Bissau de hoje. Talvez por isso, as pessoas tornaram-se egoístas (alguns, poucos, preferiram ser sacaninhas); de certeza que por isso cada vez mais as pessoas procuram gente em que possam confiar. Aqui, voltam a esbarrar em algo. No ‘problema’: encontrar gente dessa gesta...
«A tua coragem já matou muitos iguais a ti, ainda que em latitudes diferentes». Pois já, olha! Por falar ‘dela’, não, ainda não pensei na hipótese da morte - penso viver muitos mais anos - mas posso desde já sossegar-te, dizendo que já senti o perigo bem de perto mesmo. Houve alturas em que cheguei a pensar que era agora que ia desta para melhor. Essas emoções, aquilo que apelidamos com frieza de ‘sentir a morte de perto’, são algo digamos que...atraente. Eu diria, sem qualquer ponta de vaidade, que, no meu caso, a proximidade do perigo é muito motivadora. Deixo-me consumir por ele, inalo tudo, até ao último sopro como se disso dependesse a salvação da minha infeliz alma de guineense.
Um alguém que se faz homem, tem que saber o que quer e, sobretudo, deve lutar por esse ideal. Essa é a minha meta. Não são as homenagens, não corro por qualquer medalha. Sou um homem livre porque levo a minha liberdade a sério e não deixo que ninguém brinque com ela. Tudo o que mais desejo é continuar a ser um jornalista. Quero continuar a meter o nariz em tudo que prejudica o meu País, investigar e divulgar, por todos os meios, tudo o que eu achar que é relevante para a opinião pública. De uma maneira ou de outra, vencer sempre fez parte da minha filosofia de viver.
A coragem, de que falas no teu e-mail, não é uma virtude da qual me orgulhe. Ao contrário da coragem, o medo é minha companhia mais constante. É uma dose grande e aguda de de emoção que limita o fascínio que o risco de ser jornalista desperta em mim. Contudo, é importante que continue a ter consciência da minha superioridade como ‘um intelectual’ – a classificação é tua e eu não posso discordar -, mas é bom saber como ela foi construída e de onde veio a ‘força’ - que fizeste questão de escrever em negrito. Tentarei usar tudo isso com igual sabedoria - é uma busca que considero incessante. E não, não é só a tal coragem ou ‘ambição’. Que tal coração? Sabes, tem muito de coração naquilo que faço.
Mantenhas, AAS
Chega a ser duro viver aqui. É duro de viver, e até, sobreviver, na Guiné-Bissau de hoje. Talvez por isso, as pessoas tornaram-se egoístas (alguns, poucos, preferiram ser sacaninhas); de certeza que por isso cada vez mais as pessoas procuram gente em que possam confiar. Aqui, voltam a esbarrar em algo. No ‘problema’: encontrar gente dessa gesta...
«A tua coragem já matou muitos iguais a ti, ainda que em latitudes diferentes». Pois já, olha! Por falar ‘dela’, não, ainda não pensei na hipótese da morte - penso viver muitos mais anos - mas posso desde já sossegar-te, dizendo que já senti o perigo bem de perto mesmo. Houve alturas em que cheguei a pensar que era agora que ia desta para melhor. Essas emoções, aquilo que apelidamos com frieza de ‘sentir a morte de perto’, são algo digamos que...atraente. Eu diria, sem qualquer ponta de vaidade, que, no meu caso, a proximidade do perigo é muito motivadora. Deixo-me consumir por ele, inalo tudo, até ao último sopro como se disso dependesse a salvação da minha infeliz alma de guineense.
Um alguém que se faz homem, tem que saber o que quer e, sobretudo, deve lutar por esse ideal. Essa é a minha meta. Não são as homenagens, não corro por qualquer medalha. Sou um homem livre porque levo a minha liberdade a sério e não deixo que ninguém brinque com ela. Tudo o que mais desejo é continuar a ser um jornalista. Quero continuar a meter o nariz em tudo que prejudica o meu País, investigar e divulgar, por todos os meios, tudo o que eu achar que é relevante para a opinião pública. De uma maneira ou de outra, vencer sempre fez parte da minha filosofia de viver.
A coragem, de que falas no teu e-mail, não é uma virtude da qual me orgulhe. Ao contrário da coragem, o medo é minha companhia mais constante. É uma dose grande e aguda de de emoção que limita o fascínio que o risco de ser jornalista desperta em mim. Contudo, é importante que continue a ter consciência da minha superioridade como ‘um intelectual’ – a classificação é tua e eu não posso discordar -, mas é bom saber como ela foi construída e de onde veio a ‘força’ - que fizeste questão de escrever em negrito. Tentarei usar tudo isso com igual sabedoria - é uma busca que considero incessante. E não, não é só a tal coragem ou ‘ambição’. Que tal coração? Sabes, tem muito de coração naquilo que faço.
Mantenhas, AAS
São números:
Visualizações de páginas de hoje
566
Visualizações de página de ontem
5 335
Visualizações de páginas no último mês
90 230
Histórico total de visualizações de páginas
1 103 170
--------------
Visualizações de páginas por país
Portugal 270 182
Guiné Bissau 192 788
Senegal 116 973
Estados Unidos 86 550
Brasil 70 110
Reino Unido 66 122
França 57 012
Espanha 20 645
Itália 7 022
Cabo Verde 5 762
AAS
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França 57 012
Espanha 20 645
Itália 7 022
Cabo Verde 5 762
AAS
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Habeas Corpus
Não há nada a fazer. O boato está a dar cabo do nosso País neste seu penoso processo para voltar a ser levado a sério. A tarefa é árdua, para mim é mesmo impossível - na esperança de que os optimistas me perdoem o realismo.
O pretexto, agora, foi (é) o estado de saúde do Presidente da República, Malam Bacai Sanha, hospitalizado desde a primeira semana do corrente mês em Paris, França. Ouvi autênticas barbaridades - por telefone, e ao vivo. Cheguei a beliscar-me para ver se estava vivo, se não estava a delirar ou com febre ou sequer se sentia como devem estar a sentir os familiares e os amigos do Presidente da República.
E se o boato matasse? Obviamente, não traduzirei em palavras aquilo que os meus ouvidos foram obrigados a ouvir por estes dias...seria inofensivo para nós, enquanto País. Eu recebia chamadas quase ao segundo com as coisas mais inimagináveis...nem sei!
Na noite a seguir à chegada do Presidente a Paris, não me deixaram dormir. Tinha, por assim dizer, que assinar um documento e impingir-lhe, além da assinatura, a minha impressão digital para que desligassem, talvez fingindo que acreditavam em mim... Outros insistiam e por algumas vez fui bruto e tive mesmo que desligar-lhes o telefone na cara.
Parece que endoideceram de vez; o Povo, os militares também. Os políticos ainda mais. Em Paris, quatro pessoas terão acesso ao quarto onde o Presidente recupera a olhos vistos: dois familiares, o seu director de gabinete e o seu médico guineense. E não acredito que um deles tenha passado as mensagens que me chegaram.
Acredito, isso sim, que pessoas mal intencionadas, desprovidas de carácter, sem qualquer pudor, por pura maldade, puseram essas 'notícias' a correr apenas com o intuito de 'baralhar para dar de novo'. Não será nas suas costas. O boato, esse, continuará a fazer das suas.
Uma coisa é certa: este Povo está obviamente mais doente do que o seu Presidente: o Povo está doente da cabeça. Da minha parte, desejo um rápido restabelecimento ao Presidente da República. António Aly Silva
O pretexto, agora, foi (é) o estado de saúde do Presidente da República, Malam Bacai Sanha, hospitalizado desde a primeira semana do corrente mês em Paris, França. Ouvi autênticas barbaridades - por telefone, e ao vivo. Cheguei a beliscar-me para ver se estava vivo, se não estava a delirar ou com febre ou sequer se sentia como devem estar a sentir os familiares e os amigos do Presidente da República.
E se o boato matasse? Obviamente, não traduzirei em palavras aquilo que os meus ouvidos foram obrigados a ouvir por estes dias...seria inofensivo para nós, enquanto País. Eu recebia chamadas quase ao segundo com as coisas mais inimagináveis...nem sei!
Na noite a seguir à chegada do Presidente a Paris, não me deixaram dormir. Tinha, por assim dizer, que assinar um documento e impingir-lhe, além da assinatura, a minha impressão digital para que desligassem, talvez fingindo que acreditavam em mim... Outros insistiam e por algumas vez fui bruto e tive mesmo que desligar-lhes o telefone na cara.
Parece que endoideceram de vez; o Povo, os militares também. Os políticos ainda mais. Em Paris, quatro pessoas terão acesso ao quarto onde o Presidente recupera a olhos vistos: dois familiares, o seu director de gabinete e o seu médico guineense. E não acredito que um deles tenha passado as mensagens que me chegaram.
Acredito, isso sim, que pessoas mal intencionadas, desprovidas de carácter, sem qualquer pudor, por pura maldade, puseram essas 'notícias' a correr apenas com o intuito de 'baralhar para dar de novo'. Não será nas suas costas. O boato, esse, continuará a fazer das suas.
Uma coisa é certa: este Povo está obviamente mais doente do que o seu Presidente: o Povo está doente da cabeça. Da minha parte, desejo um rápido restabelecimento ao Presidente da República. António Aly Silva
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