sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Duas mortes num dia assim (feedback)
"Quando, há uns tempos atrás entrei na ala da maternidade do hospital Simão Mendes para confortar uma amiga que havia perdido o bebé, e vi o acesso aos Wc's tapado com blocos para evitar o acesso mas não o cheiro nauseabundo, quando vi salas apinhadas com esponjas no chão onde vegetam mães e recém-nascidos, onde as ventoinhas não funcionam porque o gerador não trabalha, onde os mosquiteiros deixam passar jagudis, onde pessoal hospitalar pede dinheiro a familiares e amigos como se fossem polícias de transito, nessa altura pensei que o novo ministro da Saúde, pelo facto de ser médico, e penso que ex-director do hospital, iria mudar as coisas. Afinal constato que a unica coisa que mudou, se é que mudou, foram as moscas...
M.M."
M.M."
Malam Bacai, rói-te de inveja!!!
Presidente moçambicano, Armando Guebuza e a mulher, apanhados num momento de dança - Kuduro? Milindru? Ao fundo, Graça Machel abre a boca de espanto
Afinal, qual deles foi morto?
Muammar Khadafi era uma figura enigmática, que a Vanity Fair descreveu como "vilão da moda", com influências de Lacroix, Liberace, Phil Spector (no cabelo), Snoopy e Idi Amin. Mas se parece fácil catalogar os diferentes estilos das suas vestes, o seu nome permanece um indecifrável mistério.
A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, por exemplo, regista 32 grafias diferentes:
(1) Muammar Qaddafi, (2) Mo'ammar Gadhafi, (3) Muammar Kaddafi, (4) Muammar Qadhafi, (5) Moammar El Kadhafi, (6) Muammar Gadafi, (7) Mu'ammar al-Qadafi, (8) Moamer El Kazzafi, (9) Moamar al-Gaddafi, (10) Mu'ammar Al Qathafi, (11) Muammar Al Qathafi, (12) Mo'ammar el-Gadhafi, (13) Moamar El Kadhafi, (14) Muammar al-Qadhafi, (15) Mu'ammar al-Qadhdhafi, (16) Mu'ammar Qadafi, (17) Moamar Gaddafi, (18) Mu'ammar Qadhdhafi, (19) Muammar Khaddafi, (20) Muammar al-Khaddafi, (21) Mu'amar al-Kadafi, (22) Muammar Ghaddafy, (23) Muammar Ghadafi, (24) Muammar Ghaddafi, (25) Muamar Kaddafi, (26) Muammar Quathafi, (27) Muammar Gheddafi, (28) Muamar Al-Kaddafi, (29) Moammar Khadafy, (30) Moammar Qudhafi, (31) Mu'ammar al-Qaddafi, (32) Mulazim Awwal Mu'ammar Muhammad Abu Minyar al-Qadhafi.
Em 1986, o coronel respondeu a uma carta enviada por uma escola do Minnesota (EUA), clarificando que a maneira correcta de escrever o seu nome é Moammar El-Gadhafi. A dúvida ficaria resolvida se o seu “site” oficial não o identificasse como Muammar Al Gathafi... AAS
A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, por exemplo, regista 32 grafias diferentes:
(1) Muammar Qaddafi, (2) Mo'ammar Gadhafi, (3) Muammar Kaddafi, (4) Muammar Qadhafi, (5) Moammar El Kadhafi, (6) Muammar Gadafi, (7) Mu'ammar al-Qadafi, (8) Moamer El Kazzafi, (9) Moamar al-Gaddafi, (10) Mu'ammar Al Qathafi, (11) Muammar Al Qathafi, (12) Mo'ammar el-Gadhafi, (13) Moamar El Kadhafi, (14) Muammar al-Qadhafi, (15) Mu'ammar al-Qadhdhafi, (16) Mu'ammar Qadafi, (17) Moamar Gaddafi, (18) Mu'ammar Qadhdhafi, (19) Muammar Khaddafi, (20) Muammar al-Khaddafi, (21) Mu'amar al-Kadafi, (22) Muammar Ghaddafy, (23) Muammar Ghadafi, (24) Muammar Ghaddafi, (25) Muamar Kaddafi, (26) Muammar Quathafi, (27) Muammar Gheddafi, (28) Muamar Al-Kaddafi, (29) Moammar Khadafy, (30) Moammar Qudhafi, (31) Mu'ammar al-Qaddafi, (32) Mulazim Awwal Mu'ammar Muhammad Abu Minyar al-Qadhafi.
Em 1986, o coronel respondeu a uma carta enviada por uma escola do Minnesota (EUA), clarificando que a maneira correcta de escrever o seu nome é Moammar El-Gadhafi. A dúvida ficaria resolvida se o seu “site” oficial não o identificasse como Muammar Al Gathafi... AAS
Duas mortes num dia assim (feedback)
"Aly,
Adorei o texto...mas o conteúdo demonstra que a Guiné- Bissau em nada evoluiu...como é possível...talvez para a maioria o mais importante seja mesmo colocar semáforos e construir palacetes, quando o básico, o essencial, está por fazer...enfim!
A. Correia"
M/N: Se não formos capazes de lutar pela liberdade dos nossos concidadãos, pela vida de cada um, de maneira aberta e agressiva, de que mais nos poderemos orgulhar? Beijinho e obrigado, AAS
Adorei o texto...mas o conteúdo demonstra que a Guiné- Bissau em nada evoluiu...como é possível...talvez para a maioria o mais importante seja mesmo colocar semáforos e construir palacetes, quando o básico, o essencial, está por fazer...enfim!
A. Correia"
M/N: Se não formos capazes de lutar pela liberdade dos nossos concidadãos, pela vida de cada um, de maneira aberta e agressiva, de que mais nos poderemos orgulhar? Beijinho e obrigado, AAS
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Duas mortes num dia assim
O Profeta convida a viver e ele próprio vive a solidariedade no sofrimento (Génesis 8, 18-23)
Um amigo, a quem dei hoje um abraço comovido, logo pela manhã, deu-me uma notícia terrível. Uma notícia que noutras partes do mundo há muito não sao dadas. Disse-me: «Tens que escrever alguma coisa sobre isto, sobre uma mulher que morreu no passado sábado no hospital Simão Mendes por não ter 50.000 fcfa (pouco menos de 100 euros) para o parto»; e acrescentou, metendo a voz para dentro - «é terrível.»
Lembro-me apenas de ter desviado o olhar e fixado o chão de pedra duro e frio que pares de pés atravessavam àquela hora. Senti-me esmagado pela dor e imaginei então a tragédia em tons nunca antes visto. Imaginei dois corpos, um deles aberto abaixo do umbigo, e um outro, recém-nascido, que jaz ao lado da sua Mãe. Imaginei que o tivessem colocado entre os braços dela, seria bom. Imaginei os corpos envoltos num lençol branco. Uma espécie de conforto na morte, como nunca sequer tiveram em vida.
Senti-me esvaído ainda que a hemorragia não fosse minha. Senti depois as pernas a tremer, depois deixei de senti-las; tinha a língua empastada, as mãos a suar, o estômago apertado. Horas depois, imaginei aqueles dois corpos sem vida, o cheiro do sangue já coagulado e impregnado no reboco dessa sala, a luz baça e a sala meio escura e cheia de humidade. Imaginei aquela Mãe, durante essa gravidez. Talvez consumira meses a fio em trabalho duro. Talvez... A verdade é que nunca saberemos.
Imaginei duas mulheres, talvez a mãe, talvez a irmã, não sei, a caminho do hospital, abraçadas, caminham a cambalear, apoiando-se uma na outra. Talvez ainda acreditassem que a notícia não fosse aquela que elas mesmas já quase compreenderam - e conhecem muito bem. Ainda assim esperam que a notícia dessa morte tenha sido um erro, uma mentira no passa-palavra, um equívoco dos serviços hospitalares.
Acreditavam em tudo, menos na morte desse seu familiar cujo único crime residia em querer trazer ao mundo mais um ser humano; acreditavam, como se o simples facto de acreditar pudesse evitar a luta entre a vida e a morte que se travara horas antes naquela sala assaz escura, mas de certeza húmida. Venceu a morte. Duas vezes - sobre a vida.
E enquanto se aproximavam do hospital, a pressão arterial da esperança atinge o seu auge. Abraçam-se ainda mais, apertam-se quase sufocando uma à outra. Mas não há nada que possam fazer: estas mortes engrossarão uma vergonhosa estatística, os nomes da Mãe e do filho que nem chegou a sê-lo serão - se forem - impressas numa folha branca. Como se os guineenses fossem números. É terrível. AAS
Um amigo, a quem dei hoje um abraço comovido, logo pela manhã, deu-me uma notícia terrível. Uma notícia que noutras partes do mundo há muito não sao dadas. Disse-me: «Tens que escrever alguma coisa sobre isto, sobre uma mulher que morreu no passado sábado no hospital Simão Mendes por não ter 50.000 fcfa (pouco menos de 100 euros) para o parto»; e acrescentou, metendo a voz para dentro - «é terrível.»
Lembro-me apenas de ter desviado o olhar e fixado o chão de pedra duro e frio que pares de pés atravessavam àquela hora. Senti-me esmagado pela dor e imaginei então a tragédia em tons nunca antes visto. Imaginei dois corpos, um deles aberto abaixo do umbigo, e um outro, recém-nascido, que jaz ao lado da sua Mãe. Imaginei que o tivessem colocado entre os braços dela, seria bom. Imaginei os corpos envoltos num lençol branco. Uma espécie de conforto na morte, como nunca sequer tiveram em vida.
Senti-me esvaído ainda que a hemorragia não fosse minha. Senti depois as pernas a tremer, depois deixei de senti-las; tinha a língua empastada, as mãos a suar, o estômago apertado. Horas depois, imaginei aqueles dois corpos sem vida, o cheiro do sangue já coagulado e impregnado no reboco dessa sala, a luz baça e a sala meio escura e cheia de humidade. Imaginei aquela Mãe, durante essa gravidez. Talvez consumira meses a fio em trabalho duro. Talvez... A verdade é que nunca saberemos.
Imaginei duas mulheres, talvez a mãe, talvez a irmã, não sei, a caminho do hospital, abraçadas, caminham a cambalear, apoiando-se uma na outra. Talvez ainda acreditassem que a notícia não fosse aquela que elas mesmas já quase compreenderam - e conhecem muito bem. Ainda assim esperam que a notícia dessa morte tenha sido um erro, uma mentira no passa-palavra, um equívoco dos serviços hospitalares.
Acreditavam em tudo, menos na morte desse seu familiar cujo único crime residia em querer trazer ao mundo mais um ser humano; acreditavam, como se o simples facto de acreditar pudesse evitar a luta entre a vida e a morte que se travara horas antes naquela sala assaz escura, mas de certeza húmida. Venceu a morte. Duas vezes - sobre a vida.
E enquanto se aproximavam do hospital, a pressão arterial da esperança atinge o seu auge. Abraçam-se ainda mais, apertam-se quase sufocando uma à outra. Mas não há nada que possam fazer: estas mortes engrossarão uma vergonhosa estatística, os nomes da Mãe e do filho que nem chegou a sê-lo serão - se forem - impressas numa folha branca. Como se os guineenses fossem números. É terrível. AAS
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
George Wright: Assistência médica em casa
George Wright, o condenado pela morte, durante um assalto, de um comerciante e que esteve 40 anos em fuga e foi capturado recentemente em Portugal, sentiu-se mal e foi assistido, ontem, por um médico em Colares, Sintra, onde está detido na sua casa com uma pulseira electrónica, aguardando o processo de extradição pedido pelos Estados Unidos da América. AAS
Problemas, problemas...
Ditadura do Consenso apurou, junto de fonte fidedigna, que, afinal, a Geta-Bissau, ponta-de-lança e líder na oposição à direcção da Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços, não pagou 150 milhões de fcfa na exportação que fez este ano da castanha do caju. E agora?... AAS
O documento que deu confusão
Foi este documento - onde assinam o Ministro do Comércio Botché Candé, e o presidente da CCIAS, Braima Camará - que trouxe toda a confusão entre alguns exportadores e a CCIAS.
Ditadura do Consenso conseguiu a prova em como o dinheiro saiu de facto do BDU, mas não foi para a conta do presidente da CCIAS, nem foi para pagar «dívidas» como se chegou a alegar: foi para o banco BAO, que ofereceu melhores juros (este montante rende milhões de Fcfa por mês). E cá está ele:
Ditadura do Consenso conseguiu a prova em como o dinheiro saiu de facto do BDU, mas não foi para a conta do presidente da CCIAS, nem foi para pagar «dívidas» como se chegou a alegar: foi para o banco BAO, que ofereceu melhores juros (este montante rende milhões de Fcfa por mês). E cá está ele:
Braima Camará ganhou: a batalha e a guerra
As acusações (infundadas) de que houve desvios de dinheiro do fundo de contribuição da castanha do caju, foi um chão que deu uvas como se pode constatar pelos depósitos a prazo colocados em todos os bancos comerciais a operar na Guiné-Bissau.
O ambiente tenso, pesado, que se viveu no Azalai Hotel, no último sábado, entre Braima Camará, presidente da Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços (CCAIS), e alguns elementos da direcção (entre eles Jorge Mandinga) deixou sequelas que muito dificilmente se resolverão com palmadinhas nas costas: quem falhou deve assumir as suas responsabilidades. Para já, uma certeza: a de que vão rolar cabeças dentro da CCIAS.
Nessa noite, quando Jorge Mandinga foi para cumprimentar Braima Camará, este simplesmente esquivou-se furtando-se ao cumprimento. E tem o seu porquê. Há coisas que se toleram, porém, há outras em que é preciso agir-se. E depressa.
Ao ditadura do consenso - e a toda a imprensa - o presidente da CCIAS sempre foi dizendo que «não houve desvios de fundos» e que poria «todos os cargos à disposição». Mesmo assim, quase que se obrigou o ministro do Comércio, Botché Candé a justificar-se por três(!) vezes. O que acabou por acontecer.
Braima Camara diz-se «tranquilo» e a trabalhar «para a CCIAS e para todo o empresariado guineense». Contudo, adianta, «há medidas que urge tomar para acabar com o intriguismo dentro da CCIAS». E adverte os contestatário: «Os problemas da CCIAS são para serem falados dentro de casa». AAS
O ambiente tenso, pesado, que se viveu no Azalai Hotel, no último sábado, entre Braima Camará, presidente da Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços (CCAIS), e alguns elementos da direcção (entre eles Jorge Mandinga) deixou sequelas que muito dificilmente se resolverão com palmadinhas nas costas: quem falhou deve assumir as suas responsabilidades. Para já, uma certeza: a de que vão rolar cabeças dentro da CCIAS.
Nessa noite, quando Jorge Mandinga foi para cumprimentar Braima Camará, este simplesmente esquivou-se furtando-se ao cumprimento. E tem o seu porquê. Há coisas que se toleram, porém, há outras em que é preciso agir-se. E depressa.
Ao ditadura do consenso - e a toda a imprensa - o presidente da CCIAS sempre foi dizendo que «não houve desvios de fundos» e que poria «todos os cargos à disposição». Mesmo assim, quase que se obrigou o ministro do Comércio, Botché Candé a justificar-se por três(!) vezes. O que acabou por acontecer.
Braima Camara diz-se «tranquilo» e a trabalhar «para a CCIAS e para todo o empresariado guineense». Contudo, adianta, «há medidas que urge tomar para acabar com o intriguismo dentro da CCIAS». E adverte os contestatário: «Os problemas da CCIAS são para serem falados dentro de casa». AAS
terça-feira, 18 de outubro de 2011
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