- Voo Lisboa/Bissau
Um cidadao guineense, que pagou bilhete na classe executiva da TAP no voo desta madrugada...foi simplesmente 'atirado' para as filas de tras da classe economica, porque "o sr. Primeiro-Ministro e comitiva" deviam estar na classe executiva.
A neocolonialista TAP la se envergonhou e...borrou ainda mais a pintura: tiraram o passageiro das filas de tras e puseram-no la a frente, ou seja...na primeira fila da classe economica. Vergonha. Havia de ser comigo...
- Voo Dakar/Bissau
Este cidadao guineense, eu mesmo, assistiu a esta cena no Boeing 757-200 no dia em que regressou de Dakar. O atraso, ainda que ligeiro, desse voo tinha o seu porque; o PR Malam Bacai Sanha regressava tambem a Bissau ainda que as nossas 'mistidas' estivessem nos antipodas. Um representava oficialmente o Estado, enquanto que o outro (eu), representava o Estado oficiosamente.
Passado um bocado, vislumbrei uma grande azafama vinda da zona onde se situa o salao VIP: Dezenas de pessoas, segurancas do Estado senegales, e, na frente, alto e de fato e gravata, Malam Bacai Sanha e esposa. O bonito vinha depois.
Ja dentro do aviao, a cantilena do costume: gestos quase automaticos indicam-nos por onde sair em caso de acidente, como vestir e activar o colete, donde cai a mascara de oxigenio. Futilidades no que a mim diz respeito: e que, detesto avioes.
Mas agora nao terei outro remedio senao passar a adorar avioes. Ama-los mesmo. O contrato que assinei em Dakar, 'obriga-me' a voar muito - quatro ou cinco paises por mes, todos os meses. Aviao, adoro-te! Mas nao me fo#*¥...
Bom, mas voltando a nosostros: todos sentados, o PR e esposa lado a lado na classe executiva. Eu, ze pobrinho como os demais, la atras. Lundju! Ainda assim, e gracas ao Consul da Guine-Bissau em Dakar pude cumprimentar o PR e esposa e trocar umas impressoes breves mas afaveis com o Chefe de Estado guineense.
E e entao que passa uma voluptuosa hospedeira dos TACV (confesso que desde que cruzamos o olhar nao mais parei de olhar para... ela). Estava a fazer a habitual revista do cinto e do encosto da cadeira.
Do lado oposto ao meu, a ajudante de campo da 1a Dama. So ela trazia tres malas ao colo. A hospedeira arregalou os olhos e disse "a sra nao pode levar essas malas todas na descolagem. E ainda traz uma no chao?." A sra decidiu responder - "sao da 1a Dama", disse.
Calmamente, a hospedeira tirou-lhe as malas todas, e deu-lhe o troco: "Primeiro, a seguranca; depois, a primeira-dama". E arrumou tudo num dos compartimentos. Nao foi um desrespeito para com a pessoa da primeira-dama, nao. Dura lex sed lex. AAS
segunda-feira, 30 de maio de 2011
sábado, 28 de maio de 2011
Voar baixinho
O guineense tem tudo para dar errado. Ponto. E, justiça lhe seja feita, as coisas ate que não lhe correm mal. Melhor, correm de feição. Hoje será história, mas passou-se mesmo. Ontem, no aeroporto Osvaldo Vieira.
Um alto oficial do Ministério do Interior de apelido Embaló, ocupou o seu lugar no voo da companhia de bandeira de Cabo Verde - a TACV, com destino a Dakar. Os procedimentos de segurança foram (são sempre) cumpridos com o avião já em movimento. O preguiçoso e trepidante pássaro lá se arrastou para sair da placa. Mas era agora que o espectáculo ia começar.
Sentado no seu lugar, o 'nosso' oficial permanecia oficial, mas, e não fosse ele um guineense pantomineiro, queria parecer ainda mais oficial que os demais passageiros. Impressionar no mau sentido. Criston matchu, son bagatela na terra di djinti!
E enquanto o aparelho abandonava a placa, o homem lembrou-se de... fazer um telefonema. E fê-lo. tic-tac-toc; e está em linha. Quando o viram ao telefone pediram que desligasse o aparelho imediatamente. Lá vai serpa... Blá blá blá... O senhor faça o favor de desligar o telefone porque esta a pôr em perigo a navegação. La vai Serpa, la vai Moura...
Incapazes de repôr a ordem no aparelho, o Comandante decide regressar ao ponto de partida. Autoridade chamada, o Embaló foi convidado a sair do avião. A policia e a tropa quiseram levá-lo, mas um sobrinho, que é funcionario no aeroporto e - olha que coincidência - também é sobrinho de um dos directores do aeroporto... convenceu-os a fazerem o contrário.
O Comandante do aparelho é que não foi de modas: neste voo o senhor não vai. Ou seja que os malcriados voam mas baixinho. E, com alguma sorte, e uma vez que a merece por inteiro... nunca mais voará na companhia TACV. Ter-se-á feito Justiça.
Acho até que esse oficial terá pensado deliberadamente no seu acto. Pensava que a sua atitude 'impressionaria' os outros passageiros, e alguns destes (aposto que muitos mesmo) por sua vez pensarão tratar-se de alguém importante, com poder. Mas não. Resumindo e concluindo, tratou-se pura e simplesmente de um acto de ignorância, que bem podia ter custado muito caro... As pessoas não sabem mas estão onde não deviam estar... AAS
Um alto oficial do Ministério do Interior de apelido Embaló, ocupou o seu lugar no voo da companhia de bandeira de Cabo Verde - a TACV, com destino a Dakar. Os procedimentos de segurança foram (são sempre) cumpridos com o avião já em movimento. O preguiçoso e trepidante pássaro lá se arrastou para sair da placa. Mas era agora que o espectáculo ia começar.
Sentado no seu lugar, o 'nosso' oficial permanecia oficial, mas, e não fosse ele um guineense pantomineiro, queria parecer ainda mais oficial que os demais passageiros. Impressionar no mau sentido. Criston matchu, son bagatela na terra di djinti!
E enquanto o aparelho abandonava a placa, o homem lembrou-se de... fazer um telefonema. E fê-lo. tic-tac-toc; e está em linha. Quando o viram ao telefone pediram que desligasse o aparelho imediatamente. Lá vai serpa... Blá blá blá... O senhor faça o favor de desligar o telefone porque esta a pôr em perigo a navegação. La vai Serpa, la vai Moura...
Incapazes de repôr a ordem no aparelho, o Comandante decide regressar ao ponto de partida. Autoridade chamada, o Embaló foi convidado a sair do avião. A policia e a tropa quiseram levá-lo, mas um sobrinho, que é funcionario no aeroporto e - olha que coincidência - também é sobrinho de um dos directores do aeroporto... convenceu-os a fazerem o contrário.
O Comandante do aparelho é que não foi de modas: neste voo o senhor não vai. Ou seja que os malcriados voam mas baixinho. E, com alguma sorte, e uma vez que a merece por inteiro... nunca mais voará na companhia TACV. Ter-se-á feito Justiça.
Acho até que esse oficial terá pensado deliberadamente no seu acto. Pensava que a sua atitude 'impressionaria' os outros passageiros, e alguns destes (aposto que muitos mesmo) por sua vez pensarão tratar-se de alguém importante, com poder. Mas não. Resumindo e concluindo, tratou-se pura e simplesmente de um acto de ignorância, que bem podia ter custado muito caro... As pessoas não sabem mas estão onde não deviam estar... AAS
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Quase
Anda tudo doido. Só pode. Desde que disse que tinha uma entrevista com o Coronel João Monteiro que não tenho parado de receber chamadas a perguntarem-me "então, quando sai?". Sairá - tem sido a resposta.
Muita gente deve estar a tremer por todos os lados. Também os entendo - só não os percebo. E a idea é mesmo essa: fazê-los tremer que nem varas verdes enquanto a 'bomba' não chega. Tremam! Ma abós I matchus, i ka sim?...
Mas eu entendo os dois lados... Só espero que me entendam também. Desgravar uma entrevista de - neste caso - quase duas horas tem o seu senão. A entrevista foi feita em crioulo e há que passá-la para o português. Mais. Ela obedece a datas. Como gravamos duas vezes, temas houve que voltaram a ser tratadas. Outras foram revistas.
Uma coisa é certa, o Coronel não fugiu a nenhuma questão. Senti verdade e sinceridade nas suas respostas. "Temos de pedir desculpas ao nosso País" - disse a dada altura, recordando um ancião guineense que falara para uma audiência de mais de cem pessoas na conferência de reconciliação que teve lugar em Dakar na semana que passou.
Continuarei a desgravar e a arrumar tudo cronologicamente. Leva o seu tempo mas - acreditem - valerá a pena. A reconciliação dos guineenses está, também, a passar por aqui. AAS
Muita gente deve estar a tremer por todos os lados. Também os entendo - só não os percebo. E a idea é mesmo essa: fazê-los tremer que nem varas verdes enquanto a 'bomba' não chega. Tremam! Ma abós I matchus, i ka sim?...
Mas eu entendo os dois lados... Só espero que me entendam também. Desgravar uma entrevista de - neste caso - quase duas horas tem o seu senão. A entrevista foi feita em crioulo e há que passá-la para o português. Mais. Ela obedece a datas. Como gravamos duas vezes, temas houve que voltaram a ser tratadas. Outras foram revistas.
Uma coisa é certa, o Coronel não fugiu a nenhuma questão. Senti verdade e sinceridade nas suas respostas. "Temos de pedir desculpas ao nosso País" - disse a dada altura, recordando um ancião guineense que falara para uma audiência de mais de cem pessoas na conferência de reconciliação que teve lugar em Dakar na semana que passou.
Continuarei a desgravar e a arrumar tudo cronologicamente. Leva o seu tempo mas - acreditem - valerá a pena. A reconciliação dos guineenses está, também, a passar por aqui. AAS
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Entrevista a João Monteiro: tópicos
Do que falaram José Mário Vaz, João Monteiro e 'Nino' Vieira no dia 2 de Março de 2009, ao telefone? N'na bim nam... AAS
Ah, palmeiras, palmeiras!...
... Ora, adivinhem lá: quem foi que caiu das escadas do avião no aeroporto de Dakar? N'na bin konta bôs dispus. Foto tem!... AAS
sábado, 21 de maio de 2011
Justiça e ausência
É de singular justiça referir que o PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, custeou as despesas de viagem e instalação dos delegados que vieram dos países africanos para assistir à conferência de Dakar. Aliás, tanto o PNUD como a UNIOGBIS enviaram representantes para a conferência. Os restantes 50% das despesas (sala para os 3 dias da conferência e coffee break) foram custeados pelo empresário guineense Verissimo Nancassa.
O que foi comentado - pela negativa - foi a ausência do Presidente da ANP, Raimundo Pereira, nos trabalhos de hoje, ainda que esteja em Dakar. O presidente da ANP, segundo uma fonte digna de crédito, ficará a descansar... deve ter mesmo muito trabalho, o homem... AAS
O que foi comentado - pela negativa - foi a ausência do Presidente da ANP, Raimundo Pereira, nos trabalhos de hoje, ainda que esteja em Dakar. O presidente da ANP, segundo uma fonte digna de crédito, ficará a descansar... deve ter mesmo muito trabalho, o homem... AAS
"Reconciliação pouco transparente"
Bom dia Aly,
Fiquei muito satisfeito por saber que está em Dakar para acompanhar a conferência mal intitulada "Conferencia para a Paz e Reconciliação" que exclui um país (Cabo Verde) com um numero significativo de emigrantes e bem organizados em todos os sentidos e muito atento ao que passa dia a dia no pais.
Sentimo-nos excluídos, ignorados e estamos muito indignados pela forma como a comissão organizadora conduziu o processo da selecção dos delegados à conferencia de forma pouco transparente dando entender que há gatos pretos no meio de tudo isso.
Lamentamos profundamente esta atitude que deixa muita dúvida sobre a seriedade desta reconciliação tão importante para o nosso país, pois se estamos a falar da reconciliação trabalhando desta forma, acreditem que estamos a desperdiçar o dinheiro do empresário Veríssimo Nancassa para regar conflitos e ódios condenando o futuro do pais ao abismo.
A nossa comunidade vai continuar a trabalhar para ajudar o país a sair da situação a que se encontra e vamos exigir como cidadãos que somos, a comissão organizadora uma explicação por este facto como forma de combater os maus hábitos que põem em causa os interesses da nação e procuraremos formas de apresentar as soluções que tínhamos apontados para a conferencia ao governo da Guiné-Bissau.
Desejamos que a conferencia tenha êxito e que sejam discutidos os problemas do fundo, cujos objectivos hoje não recai sobre os erros do passado, mas sim sobre as ideias e soluções que sustentem o futuro.
Agradecia muito se possível que esta mensagem seja apresentado aos delegados na sua intervenção, servindo como porta voz autorizado desta grande comunidade deixado ao esquecimento.
Muito obrigado e até próxima.
LIONEL LONA SAMBÉ
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS GUINEENSES RESIDENTES EM CABO VERDE
Fiquei muito satisfeito por saber que está em Dakar para acompanhar a conferência mal intitulada "Conferencia para a Paz e Reconciliação" que exclui um país (Cabo Verde) com um numero significativo de emigrantes e bem organizados em todos os sentidos e muito atento ao que passa dia a dia no pais.
Sentimo-nos excluídos, ignorados e estamos muito indignados pela forma como a comissão organizadora conduziu o processo da selecção dos delegados à conferencia de forma pouco transparente dando entender que há gatos pretos no meio de tudo isso.
Lamentamos profundamente esta atitude que deixa muita dúvida sobre a seriedade desta reconciliação tão importante para o nosso país, pois se estamos a falar da reconciliação trabalhando desta forma, acreditem que estamos a desperdiçar o dinheiro do empresário Veríssimo Nancassa para regar conflitos e ódios condenando o futuro do pais ao abismo.
A nossa comunidade vai continuar a trabalhar para ajudar o país a sair da situação a que se encontra e vamos exigir como cidadãos que somos, a comissão organizadora uma explicação por este facto como forma de combater os maus hábitos que põem em causa os interesses da nação e procuraremos formas de apresentar as soluções que tínhamos apontados para a conferencia ao governo da Guiné-Bissau.
Desejamos que a conferencia tenha êxito e que sejam discutidos os problemas do fundo, cujos objectivos hoje não recai sobre os erros do passado, mas sim sobre as ideias e soluções que sustentem o futuro.
Agradecia muito se possível que esta mensagem seja apresentado aos delegados na sua intervenção, servindo como porta voz autorizado desta grande comunidade deixado ao esquecimento.
Muito obrigado e até próxima.
LIONEL LONA SAMBÉ
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS GUINEENSES RESIDENTES EM CABO VERDE
EXCLUSIVO: Coronel João Monteiro em discurso directo, depois de ter levado 6(!) tiros...
Na próxima semana, Ditadura do Consenso publicará uma entrevista exclusiva com o Coronel João Monteiro. O que aconteceu na noite de 2 de Março de 2009? Quem trancou à chave a porta do quarto onde 'Nino' estava? Quem João Monteiro viu nessa noite fatídica? O papel de Carlos Gomes Jr nessa noite? E da Sra. de 'Nino', Isabel Romano Vieira? Como João Monteiro e 'Nino' Vieira se conheceram? Como e o porquê da guerra de 7 de junho de 1998? A influência de Portugal nessa guerra? E Zamora Induta, que retrato se lhe faz?
Uma entrevista de 80 minutos, a não perder. AAS
Uma entrevista de 80 minutos, a não perder. AAS
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Reconciliaçon na sabi
Teve início hoje, em Dakar, dirigido à diáspora da sub-região, a Conferência Nacional para a Consolidação da Paz e Desenvolvimento. Numa coisa parece que estamos de acordo: os guineenses são muito, mas muito mais organizados fora de portas.
Presentes, o Presidente e o vice-Presidente da ANP, Raimundo Pereira e Serifo Nhamadjo respectivamente; várias representações diplomáticas com destaque para o reino de Marrocos, da Santa Sé (Vaticano). O Senegal fez-se representar pelo Sr. Dudu Wade, líder da bancada parlamentar do PDS senegalês - o 'tanque de guerra" de Abdoulaye Wade
Depois da abertura solene, da parte da manhã, toda a tarde foi preenchida por intervenções dos presentes, destacando-se a do Coronel Afonso Té: "Deixem de nos mentir e contem a verdade". A sala abanou-se. Afonso Té, visivelmente emocionado, disse o que lhe ia na alma. Contudo, espera-se, amanhã, pela intervenção de outro Coronel - João Monteiro: o homem está com ganas...vou ouvi-lo e gravar tudo... Eu mesmo conto intervir amanhã. É que também tenho umas verdades para contar!...
Nos agradecimentos, um nome saltou cá para fora: Verissimo Nancassa. Patrocinou quase tudo, ou mesmo tudo: a sala para a conferência, o coffe break, alojamentos para vários delegados à conferência. Foi bonito ouvir do próprio Presidente da ANP, os agradecimentos a este cidadão guineense que ajuda tudo e todos sem esperar nada em troca.
Gostei da música da Conferência, cuja letra foi escrita...por um oficial do exército guineense e cantada pelo Zé Manel Forbes. Amanhã, conto-vos mais. Agora...discoteca King's!... AAS
Presentes, o Presidente e o vice-Presidente da ANP, Raimundo Pereira e Serifo Nhamadjo respectivamente; várias representações diplomáticas com destaque para o reino de Marrocos, da Santa Sé (Vaticano). O Senegal fez-se representar pelo Sr. Dudu Wade, líder da bancada parlamentar do PDS senegalês - o 'tanque de guerra" de Abdoulaye Wade
Depois da abertura solene, da parte da manhã, toda a tarde foi preenchida por intervenções dos presentes, destacando-se a do Coronel Afonso Té: "Deixem de nos mentir e contem a verdade". A sala abanou-se. Afonso Té, visivelmente emocionado, disse o que lhe ia na alma. Contudo, espera-se, amanhã, pela intervenção de outro Coronel - João Monteiro: o homem está com ganas...vou ouvi-lo e gravar tudo... Eu mesmo conto intervir amanhã. É que também tenho umas verdades para contar!...
Nos agradecimentos, um nome saltou cá para fora: Verissimo Nancassa. Patrocinou quase tudo, ou mesmo tudo: a sala para a conferência, o coffe break, alojamentos para vários delegados à conferência. Foi bonito ouvir do próprio Presidente da ANP, os agradecimentos a este cidadão guineense que ajuda tudo e todos sem esperar nada em troca.
Gostei da música da Conferência, cuja letra foi escrita...por um oficial do exército guineense e cantada pelo Zé Manel Forbes. Amanhã, conto-vos mais. Agora...discoteca King's!... AAS
quinta-feira, 19 de maio de 2011
N'tchomau lundju
Gosto de Dakar. Ponto. Da cidade, do reboliço da cidade. Gosto sobretudo das suas mulheres - altas e esguias que nem palmeiras. Dakar encanta-me. Elas também. Espero passar bem. E que me partam os ossos todos se puderem. Aliás, gostava de aterrar em Bissau todo engessado. Tipo uma múmia envolto em ligaduras. E gosto - ui, se gosto - quando elas me lançam o olhar. Olham, comem-nos com os olhos e não afastam o olhar por nada deste mundo. E quando sorrio, desarmo-as. Sorriso pepsodent ou lo que sea... E meto conversa apenas por meter. Respondem educadamente. Sentimo-nos bem depois disso.
Cheguei a Dakar por volta das 13:30h, depois de uma aterragem de merda num avião a hélices (um ATR 72 - avion de transport régional). Foram buscar-me ao aeroporto e instalaram-me na residência Marrakech, uma vila no centro das Almadies, com tudo, mas tudo e... uma senhora piscina no 1º andar e coisa e tal. Luxos...
Agora, a senhora TACV. Então um gajo paga duzentas e tal mocas por 2 horas de viagem (Ida e volta)...e só nos dão um copo de sumo? Onde é que está o respeitinho, pá?! Vou regressar a Bissau certamente pela TACV, mas assegurar-me-ei de, no futuro, voar apenas com a Air Senegal (ouvi dizer que dão matabicho...)
Pois bem. Estou em Dakar a convite de uma empresa - que vai lançar uma revista temática - para dar formação aos seus futuros colaboradores. Com certeza que vou adorar. E darei o meu melhor - outra coisa não seria de esperar. A lição está bem estudada: n'ka ta foga na kambletch! O País não me dá o devido valor? O País vizinho encarrega-se disso... E eu aceito, e agradeço. E vou retribuir, com a minha capacidade e experiência de muitos anos de profissão, sendo que três foram passados como director de um jornal.
Amanhã, em Dakar, espreitarei o primeiro encontro com a diáspora guineense radicada nesta metrópole desorganizadamente organizada, sobre a reconciliação nacional (a nossa, claro!). Encontro esse que terá lugar no mesmo hotel onde se cozinhou aquilo...aquilo que fez com que o 1º Ministro apresentasse uma queixa contra 'n'dji propi'... Pena, pena é o Cadogo Jr não estar. I na panha bento na Timor ku kil ministru tataflu.
Almocei (às 16h) no J'Go e jantei mesmo ao lado - um hamburguer que sabia a quinino e que por isso mesmo ficou no prato. Agora, estou de volta à minha vila privada. Estou sentado na enorme sala, com a televisão plasma desligada (comme il faut). Faz falta um scotch e um charuto. Podia ser um Hemingwai Short Stories, fumado à beira da piscina, acompanhando com a vista o grosso rolo de fumo. Está tudo calmo. A noite está um bocado fria. E não há tiros... Kila ka tem pali! Djinti finu ka ta guerria...
Agora, vou tomar um banho de água quente e enfiar-me na cama. Amanhã começa a formação. No que de mim depender, essa revista será um sucesso!
Quem sabe, sabe. E o Aly sabe-a toda... AAS
Cheguei a Dakar por volta das 13:30h, depois de uma aterragem de merda num avião a hélices (um ATR 72 - avion de transport régional). Foram buscar-me ao aeroporto e instalaram-me na residência Marrakech, uma vila no centro das Almadies, com tudo, mas tudo e... uma senhora piscina no 1º andar e coisa e tal. Luxos...
Agora, a senhora TACV. Então um gajo paga duzentas e tal mocas por 2 horas de viagem (Ida e volta)...e só nos dão um copo de sumo? Onde é que está o respeitinho, pá?! Vou regressar a Bissau certamente pela TACV, mas assegurar-me-ei de, no futuro, voar apenas com a Air Senegal (ouvi dizer que dão matabicho...)
Pois bem. Estou em Dakar a convite de uma empresa - que vai lançar uma revista temática - para dar formação aos seus futuros colaboradores. Com certeza que vou adorar. E darei o meu melhor - outra coisa não seria de esperar. A lição está bem estudada: n'ka ta foga na kambletch! O País não me dá o devido valor? O País vizinho encarrega-se disso... E eu aceito, e agradeço. E vou retribuir, com a minha capacidade e experiência de muitos anos de profissão, sendo que três foram passados como director de um jornal.
Amanhã, em Dakar, espreitarei o primeiro encontro com a diáspora guineense radicada nesta metrópole desorganizadamente organizada, sobre a reconciliação nacional (a nossa, claro!). Encontro esse que terá lugar no mesmo hotel onde se cozinhou aquilo...aquilo que fez com que o 1º Ministro apresentasse uma queixa contra 'n'dji propi'... Pena, pena é o Cadogo Jr não estar. I na panha bento na Timor ku kil ministru tataflu.
Almocei (às 16h) no J'Go e jantei mesmo ao lado - um hamburguer que sabia a quinino e que por isso mesmo ficou no prato. Agora, estou de volta à minha vila privada. Estou sentado na enorme sala, com a televisão plasma desligada (comme il faut). Faz falta um scotch e um charuto. Podia ser um Hemingwai Short Stories, fumado à beira da piscina, acompanhando com a vista o grosso rolo de fumo. Está tudo calmo. A noite está um bocado fria. E não há tiros... Kila ka tem pali! Djinti finu ka ta guerria...
Agora, vou tomar um banho de água quente e enfiar-me na cama. Amanhã começa a formação. No que de mim depender, essa revista será um sucesso!
Quem sabe, sabe. E o Aly sabe-a toda... AAS
terça-feira, 17 de maio de 2011
Nafisatu Dialo, a suposta vítima de abuso sexual, sabia que Strauss-Kahn era importante, diz o 'Le Figaro'
A empregada do hotel nova-iorquino que denunciou por tentativa de violação o director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, sabia que o economista e político francês era uma personalidade importante, segundo o jornal parisiense "Le Figaro", que destaca que a direcção do FMI havia colocado uma foto de Strauss-Kahn numa área de acesso restrito aos funcionários do hotel onde ele estava hospedado, para alertá-los de que se tratava de uma pessoa de renome.
O jornal cita declarações de uma empregada que diz não conhecer Strauss-Kahn nem sabia qual o seu cargo à frente do FMI, apenas que era um "VIP (sigla em inglês para pessoa muito importante)" de origem francesa. O "Le Figaro" indica também que a suposta vítima, uma imigrante africana de 32 anos, francófona, procedente da Guiné-Conacry, mãe solteira de uma adolescente e que vive no distrito do Bronx, era conhecida como Ofélia, mas seu verdadeiro nome é Nafisatu Dialo.
A mulher, de cerca de 1m80 de altura, segundo o jornal, mudou-se para Nova York no ano passado, e possui uma autorização permanente de residência nos Estados Unidos. A primeira pessoa para a qual ligou depois da suposta agressão, segundo a emissora "Europe 1", foi ao seu irmão, a quem aparentemente disse, sem parar de chorar, que havia acontecido "algo grave".
O homem, que desmente que Dialo soubesse que se tratava de Strauss-Kahn e que diz que "jamais a havia escutado" tão abalada emocionalmente, informou à rede de televisão que a sua irmã "é uma boa muçulmana", e que desde que o escândalo foi revelado, "está escondida" noutro local em Nova York. Strauss-Kahn, por sua vez, está em prisão preventiva no complexo penitenciário de Rikers Island, onde ficará pelo menos até sexta-feira, data da sua próxima audiência judicial.
Recorde-se que a juíza encarregada do caso, Melissa Jackson, negou na passada segunda-feira o pedido de fiança de 1 milhão de dólares solicitado pelos advogados do político e economista francês, por considerar que ele "poderia fugir do país". AAS
O jornal cita declarações de uma empregada que diz não conhecer Strauss-Kahn nem sabia qual o seu cargo à frente do FMI, apenas que era um "VIP (sigla em inglês para pessoa muito importante)" de origem francesa. O "Le Figaro" indica também que a suposta vítima, uma imigrante africana de 32 anos, francófona, procedente da Guiné-Conacry, mãe solteira de uma adolescente e que vive no distrito do Bronx, era conhecida como Ofélia, mas seu verdadeiro nome é Nafisatu Dialo.
A mulher, de cerca de 1m80 de altura, segundo o jornal, mudou-se para Nova York no ano passado, e possui uma autorização permanente de residência nos Estados Unidos. A primeira pessoa para a qual ligou depois da suposta agressão, segundo a emissora "Europe 1", foi ao seu irmão, a quem aparentemente disse, sem parar de chorar, que havia acontecido "algo grave".
O homem, que desmente que Dialo soubesse que se tratava de Strauss-Kahn e que diz que "jamais a havia escutado" tão abalada emocionalmente, informou à rede de televisão que a sua irmã "é uma boa muçulmana", e que desde que o escândalo foi revelado, "está escondida" noutro local em Nova York. Strauss-Kahn, por sua vez, está em prisão preventiva no complexo penitenciário de Rikers Island, onde ficará pelo menos até sexta-feira, data da sua próxima audiência judicial.
Recorde-se que a juíza encarregada do caso, Melissa Jackson, negou na passada segunda-feira o pedido de fiança de 1 milhão de dólares solicitado pelos advogados do político e economista francês, por considerar que ele "poderia fugir do país". AAS
sexta-feira, 13 de maio de 2011
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