sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Aly vs Gâmbia: "É do interesse do Estado da Guiné-Bissau, resolver este assunto" - palavra de ministro.

Ontem, fui explicar-me ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Adelino Mano Queta. Hoje, foi a vez do Embaixador da Gâmbia se explicar ao ministro, que, por sua vez me convocou para me explicar o que ouviu do Embaixador da Gâmbia.

«É do interesse do Estado da Guiné-Bissau, resolver este assunto», disse-me o MNE. E disse-o igualmente ao Embaixador da Gâmbia, País que, segundo o ministro "tem pedido ajuda e colaboração do Estado guineense" relativamente aos seus cidadãos que residem na Guiné-Bissau. "Esta é a nossa vez.", referiu o ministro Mano Queta.

Ainda segundo o ministro, o Embaixador disse-lhe que as coisas tardaram por não ter sido chamado a polícia... mas foram as autoridades gambianas que recusaram fazê-lo - "carro do Estado", disseram. Agora, aguenta.

Ainda hoje, garantias de Adelino Mano Queta, o MNE traduz e envia para a Embaixada da Gâmbia a minha carta (presumo que não seja necessário tradução para a fotografia do acidente...). E o ministro garantiu-me que estará esta noite com o Embaixador da Gâmbia e que voltará ao assunto.

O único pedido que fiz ao ministro foi: não gostaria que isto levasse mais tempo (já vai a caminho dos 5 meses...). AAS

Convocatórias mil

Ontem, telefonei, pedi e tive uma afável audiência com o Ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Adelino Mano Queta para falar da - acertaram! - Gâmbia.

Menos de 24 horas depois, foi a vez do Embaixador da Gâmbia dizer de sua justiça. Chamado ao MNE, durante perto de uma hora, o gambiano explicou-se ao Ministro.

Hoje, fui novamente chamado ao MNE. E aqui estou, sentado, à espera que o Ministro Mano Queta me receba... Pa kontan i kuma. Ou muito me engano, ou...a Gâmbia caiu em si... Fiquem ligados para mais desenvolvimentos. AAS

A sul, tudo de África

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A Embaixada da África do Sul estaciona os seus carros em cima do passeio... E está mal. AAS

«Governo guineense deve exigir à Gâmbia a reparação do carro»

Exmos. Senhores governantes da Guiné-Bissau!

C.c. do Dr. António Aly Silva,

Com todo o respeito e consideração pelo bom trabalho que têm estado a fazer em prol do desenvolvimento da nossa querida Pátria martirizada há 36 anos, desde a independência do colonialismo, não me impede de INCULPAR-VOS PELO DESLEIXO E FALTA DE INTERESSE para resoluçao do triste episódio que o nosso conterrâneo travara ou está a travar com os amigos Gambianos.

Posto isso, venho através do blogue ditadura do consenso solicitar e agradecer a V. Excias., o máximo empenho e dedicação na resolução urgente do problema da viatura do JORNALISTA e cidadão guineense ANTÓNIO ALY SILVA, para que o Governo da Gâmbia repare rapidamente a viatura ou lhe forneça outra, de gama aceitável, já que sabemos que a Gâmbia tem posses para tal se assim quiser. No meu entender, julgo que seria louvável que por questão de respeito e mobilidade do lesado, fizessem diligências junto dos Gambianos ou por nossos meios, uma viatura temporal de substituição enquanto a viatura acidentada estiver em reparaçao.

Desde os tempos pré-coloniais, temos tido boas relações com a Gâmbia. Julgo que é de interesse geral que se conserve e prevaleça tal ambiente de boa vizinhança que caracteriza os nossos países.

Abraços e boa sorte Aly.

Ass. Eng. MBB


M/N: Caro Engº., um abraço e muito obrigado. AAS

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Governo guineense pede 127 milhões de dólares a Angola

"O Governo da Guiné Bissau solicitou ao Executivo angolano ajuda financeira na ordem de 127.600.000,00 de dólares para assegurar a estabilidade social, de acordo com o ministro das Finanças, Carlos Lopes.

O governante avançou este dado quando apresentava, para discussão e votação, na Assembleia Nacional o Memorando de Cooperação Financeira com a Guiné Bissau.

Na ocasião, Carlos Lopes referiu que deste montante 12 milhões de dólares se destinam a apoiar ao financiamento do OGE para viabilizar a implementação do Programa Económico e a Execução dos investimentos públicos.

Outros 25 milhões de dólares, detalhou, seriam para o apoio à actividade empresarial e o restante para projectos específicos como a intervenção no Porto da Guiné Bissau (19 milhões) reabilitação das vias urbanas (65 milhões) e ao financiamento do projecto da comunicação social (6.6 milhões).

Ainda neste quadro, o Governo guineense solicitou também o tratamento da dívida externa do país para com Angola, calculada em 38.807.561,20 de dólares.

Ao esclarecer as questões levantadas pelos deputados, a ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, explicou que se trata apenas de uma solitação do governo guineense que está a merecer um estudo da parte de Angola.

Detalhou que o Executivo angolano apenas se comprometeu em apoiar o finaciamento do Orçamento Geral do Estado em 12 milhões dólares, bem como em abrir uma linha de crédito de 25 milhões para viabilizar a actividade dos empresários dos dois países.

Quanto à questão da dívida, Ana Dias disse que trata-se apenas de proposta da Guiné Bissau e oportunamente o Executivo angolano vai apresentar uma contraproposta para negociação.

Entretanto, referiu que esta negociação terá como base um trabalho que a Guiné Bissau está a realizar no âmbito do programa do Fundo Monetário Internacional (FMI), de onde saíra a estrutura e o perfil da sua dívida de um modo geral.

O referido documento e outros que já foram discutidos serão submetidos à votação do plenário no final dos trabalhos." ANGOLA PRESS

ONU preocupada: com narcotráfico

O Conselho de Segurança da ONU analisa amanhã, em Nova Iorque, o último relatório do Secretário-Geral Ban Ki-Moon sobre a Guiné-Bissau, onde destaca a necessidade de ser respeitada a ordem constitucional e o Estado de Direito e volta a insistir no apelo do combate ao narcotráfico.

Segundo a ONU, em Bissau, Ban Kin-moon evoca o impacto que a mobilização dos parceiros internacionais poderá ter sobre a Reforma do Sector de Defesa e da Segurança (RSDS), bem como a necessidade de se respeitar a ordem constitucional e o Estado de Direito, combater o narcotráfico e implementar um verdadeiro diálogo para a estabilidade da Guiné-Bissau.

Sobre a reforma, o Secretário-Geral da ONU considera que os esforços da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental poderão desembocar na adopção de um Plano de Acção comum de assistência conforme solicitado pelo Presidente Malam Bacai Sanhá.

E o Pesidente? Foi descansar para a santa terrinha. Dizem. AAS

UA preocupada: com divisões

A União Africana revelou sérias preocupações com divisões na Guiné-Bissau. O Conselho de Paz e Segurança da UA, emitiu um comunicado em que patenteia preocupações com as actuais divisões da classe política na Guiné-Bissau. «O impacto no funcionamento do Estado motiva apreensão», lê-se na nota.

«O Conselho exprime a sua preocupação face às divisões ocorridas no seio da classe política e face ao seu impacto no funcionamento do Estado».

Até os cães estão melhor do que eu...N´bé, figa kanhota!

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Gâmbia! A mensagem é clara: Pay!!!

Hoje, telefonei ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Adelino Mano Queta: Queria que me recebesse no seu gabinete. "Aly, passa cá às 11.30h". E passei.

"Pontualidade alemã" - atirou o ministro, assim que abriu a porta e me viu sentado na sala de espera. Assim que vi o ministro, levantei-me e apertámos as mãos.

Expliquei-me sem engasgar. Adelino Mano Queta ouviu-me e disse-me então que assim que chegou o Secretário de Estado, Lassana Turé, pô-lo ao corrente do sucedido: que o Embaixador da Gâmbia esteve no MNE no dia do tirinho e coisa e tal. Queixinhas, é o que é. Mas não escapam.

E acrescentei que teríamos sérios problemas - eu e a Gâmbia, bem entendido.

"Aly, escreva ainda hoje uma carta, às 15.30 estarei no ministério e podes passar". E escrevi. E à hora combinada, estava o ministro a chegar ao seu ministério.

Falámos no passeio. Entreguei a carta e também a que escrevi ao embaixador da Gâmbia...em Setembro! - e a foto do acidente.

Recebeu o envelope, e eu agradeci. O ministro não prometeu "resolver" o problema mas tentar conseguir qualquer coisa. E para mim, qualquer coisa significa apenas isto: a Gâmbia tem de assumir as suas responsabilidades. AAS

Esta é para o Assessor

"Olá Aly,

O que faltou foi aquilo que se chama de Full Disclosure.
Será que o Carlos Pinto Pereira escreveu aquilo como um advogado da 'Pinto Pereira & Associados', ou como Assessor Jurídico e Político do Primeiro-Ministro?

Abraço amigo,
U.D."

M/N: Amigo, eu acho que foram os associados que escreveram 'aquilo'... O Caía nem sequer o viu - presumo! Apenas debitou bitates a uma imprensa estática e espantada com a língua da D. Maria... AAS

«Coragem de jornalista de salientar, com letra H... de grande!!!»

"Boa noite, caro Compatriota!

A sua coragem de jornalista é de salientar com letra H... de grande!!! Venho por este meio mandar-lhe as minhas felicitaçoes, dado que fazer jornalismo na nossa querida e amada Pátria não é agua para beber como nos outros países onde a democracia é bem aceite.

Mas, se aceitarmos as críticas construitivas podemos construir a nossa nação e ao
mesmo tempo saber perdoar uns aos outros! Sr. Aly Silva, de certeza absoluta que há coisas que lhe marcaram na sua infância e da qual jamais esquecerá e vice-versa.

Lembro-me ate à data presente que na era colonial - princípios dos anos 70 - havia varios comícios que eram feitos nos bairros de Bissau e em todo País pelos Governantes Portugueses e os seus aliados nativos da Guiné. O slogan era «Por uma Guiné Melhor». Vamos a isso?

Biai, Suíça
"

M/N: Obrigado e...bom frio! AAS

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

1973

Que ano mais sem critério
Esse de 73
Levou para o cemitério
Três Pablos de uma só vez

Neruda, Casals, Picasso
...
Oh ano triste e sem sorte
Vá prá puta que o pariu!

Vinícius de Moraes

Da desminagem, diz-se, só se erra uma vez...

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"Senhor Silva,

Aceite os cumprimentos de um cidadão atento ao trabalho feito pelo ONG Britânica Cleared Ground Demining no nosso País.

Desde 2009 até hoje, esta ONG - que sabemos não tem fins lucrativos - continua a fazer trabalhos ilícitos. Prova disso é que há ferros, sucatas, invólucros e chumbos que o chefe máximo desta ONG de nome Michael Rowlay manda vender em Safim, e com a qual ganharam mais de 10 Milhões de Francos CFA. Contudo, este dinheiro nunca beneficiou o Governo, nem os trabalhadores e nenhuma organização de carácter humanitário, como a Casa Emanuel ou a escola Bengala Branca. É gravíssimo, até porque esse dinheiro é usado por esse tal de Michael. É lamentável.

Penso que as leis da Guiné-Bissau, principalmente os Acordos de Cooperação não deviam permitir a violação dos mesmos. Como cidadão nacional penso que não pode (o Aly!?) ficar de braços cruzados e deixar que actos destes passem em branco.

É de sublinhar que esta ONG viola sistematicamente as leis internas da Guiné-Bissau e as leis da Inglaterra que fala de respeito duma instituição não lucrativa. Gostaria que o CAAMI (Centro de Coordenação da Accão Anti-Minas) como sendo órgão capaz, fizesse uma investigação profunda desta ONG.

Sem mais assunto de momento queira aceitar os protestos da minha mais elevada consideração e estima.

J. dos Reis Pires
"

M/N: Abraços. AAS

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Rotunda quadrada

Ouvi o assessor jurídico do Primeiro-Ministro, e não concordei com ele.

Quando Carlos Pinto Pereira (Caía) diz que "o Primeiro-Ministro usou a palavra 'suspensão' porque ficou à espera do PR para lhe propor a exoneração da Ministra do Interior"...disse tudo: ou seja NÃO há a figura 'suspensão'. Ou se exonera, ou está-se calado. Que é para não se dizer asneiras ou fazer disparates.

Estou a imaginar a cara do PR quando chegar o PM com um despacho a propor um ministro "por três meses e dois dias".... Não há pachorra!

Torna-se claro o desespero quando são muitos os disparates. Quando é que se "suspende" um ministro? Porque não suspenderam o Cancan, em vez de o PM o exonerar? Estão a brincar com quem?

E não há um jornalista/jornaleiro para perguntar: "sr. Assessor, existe ou não a figura de 'suspensão'?". Está quieto.

O assessor chegou, despejou o que tinha e o que nunca dirá, e ala que se faz tarde. É desolador! AAS