O 1º Ministro, Carlos Gomes Júnior, é agora uma espécie de Paulo Bento da nossa politica - a equipa precisa de tranquilidade, o balneario respira tranquilidade, o relvado esta com tranquilidade à espera dos pitons. O chefe do Executivo adora a deixa «cada caso é um caso».
PROPOSTA/EXEMPLO:
Sr. 1º Ministro, especula-se que faltam-lhe familiares com qualificação para dirigir a morgue do hospital Simão Mendes. Quer comentar?
1º Ministro: Quero, sim! Bom, nós dizemos sempre, cada caso é um caso e, se, por acaso, isto for um caso, logo veremos se teremos caso, ou não, para fazer caso...
Temos caso? AAS
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Deixem-me com os meus...
Em Moçambique, chegou-me via BBC, os testículos é que estão na moda. E extraídos com os seus (ainda) legítimos proprietários, em vida. Uiiiiii! As autoridades apelidam-no de «tráfico de partes do corpo» por causa de crenças e práticas supersticiosas. E que tal... «Capar à antiga».
Eu, Aly Silva, em Moçambique? Sim, mas de preferência para ser enterrado. Com os meus 'tomates', e tudo o mais! AAS
Tu queres ecus
Não havia necessidade. A União Europeia, enviou uma senhora delegação (sem ofensa para as ditas, bem entendido) à Guiné-Bissau «para apresentar o relatório referente às eleições legislativas» de há três(!) meses. Noventa dias, portanto.
Dezenas de milhar de euros gastos numa semana, ou menos, quando a UE tem no País uma super-delegação que podia fazê-lo sem gastar um quarto desse montante. O pior mesmo é que todas essas despesas serão contabilizadas como sendo de «ajuda à Guiné-Bissau». «Mas gasta por nós, europeus», podia acrescentar-se? - é uma recomendação minha.
Foi então que ouvi o eurodeputado belga Johan Van Hecke, o chefe da Missão de Observadores Eleitorais da UE: solene e malcriadamente, esfregou-nos na cara as notas de euro, fez recomendações que a própria UE sabe vai ter de pagar (e esta, hein?) e deu-nos uma descompostura tal que nos deixou com o orgulho ferido. E talvez até molhado.
Governantes guineenses: abram os olhos na cabeça ou onde quer que os tenham! Que tipo cooperação é esta mesmo? Ah, pois. É do tipo 'eh pá!, ajudas-me e vens tu gastá-lo?'.
E lembrem-se: estamos ainda a tempo de ser a UE a vir comer-nos às mãos. Acreditem, se quiserem; Se quiserem, também, perguntem-me como. AAS
Sobrevivi
Sobrevivi à primeira das três reuniões do Palace. Vi quem não devia/queria ver. O que vai dar no mesmo. Bateu, mas tive de... acorrentar! Antes do próximo mundo, é o que tenho.
NOTA: Por estes dias, o Palace mais parece a mata de Cantanhez. Cheio de vida! AAS/mobile
NOTA: Por estes dias, o Palace mais parece a mata de Cantanhez. Cheio de vida! AAS/mobile
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Quinta coluna
De novo, para o OL
Foi Ernest Hemingway, enquanto agente de informações, primeiro na Guerra Civil de Espanha, quem introduziu na lingua inglesa e noutras linguas a expressão "quinta coluna". Depois ainda em Cuba, durante a II Grande Guerra, onde ajudou a caçar vários espiões alemães. Continuamos nas trincheiras?
Aquele abraço. AAS
Foi Ernest Hemingway, enquanto agente de informações, primeiro na Guerra Civil de Espanha, quem introduziu na lingua inglesa e noutras linguas a expressão "quinta coluna". Depois ainda em Cuba, durante a II Grande Guerra, onde ajudou a caçar vários espiões alemães. Continuamos nas trincheiras?
Aquele abraço. AAS
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Discos pedidos
A pedido, e sob proposta do OL:
"Lubu ka ta kumé lubo, ma preto ta kumé santchu"
N/R - Tudo manera.
"Lubu ka ta kumé lubo, ma preto ta kumé santchu"
N/R - Tudo manera.
Fradique vai resignar? Óptimo.
Será mesmo desta? Em Julho de 2003, um golpe de Estado abalou S. Tomé e Principe. Lusófono clamava em letras garrafais: «Ver Para Crer». E não se viu. Fradique de Menezes escapou ileso e regressou triunfalmente ao poder. Agora, diz que vai embora. Por causa dos búfalos ou lá o que é. Seja. Nove chefes de Governo em sete anos de Fradique? Como é que pode? AAS
Ó Gama, obrigadinho pá!
Jaime Gama e Ansumane Mané, na base aérea, quartel da Junta Militar: na altura em que as bombas falavam. FOTO: EXPRESSO
"Tenho ao meu lado o homem (Ansumane Mané) que foi o grande artífice dessa vitória militar" - A frase pertence a Jaime Gama, na altura Ministro português dos Negócios Estrangeiros, durante uma conferência de imprensa conjunta, e antes de Ansumane Mané ser condecorado pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, sob proposta do Governo de António Guterres.
- Publicado no semanario "O Independente" de 15 de Dezembro de 2000.
NOTA 1: Não sei se o programa da visita de Jaime Gama a Bissau inclui uma visita à campa de Ansumane Mané. Devia incluir.
NOTA 2: uma 'vitória militar' que ainda hoje, 11 anos depois, festejamos com lágrimas...AAS
Ditadura do Consenso: A verdade sobre as mentiras
Caros leitores,
Depois de quatro anos de publicações (com um ligeiro interregno), o blogue Ditadura do Consenso vai ser alvo de uma mudança nos hábitos. Brevemente, para 'ler o Aly' o leitor terá de preencher uma ficha com o seu nome, e-mail e telefone. Ou, em alternativa, poderei ser eu a enviar um convite para que se torne leitor.
E porquê?, perguntará o leitor. Porque sim - seria sempre a minha resposta. De resto, e para mim, o 'porquê' é uma pergunta banal, uma espécie frase feita.
Passo a explicar: Há muita coisa que eu tenho de esclarecer para me sentir em paz comigo mesmo. Tenho o direito à protecção do meu bom nome, bem como das pessoas que me são ou estão próximas. Ou mesmo longe. E não há como eu mesmo para o fazer.
Tenho sido vítima nos últimos dois meses, de calúnias, de mentiras, de todo o tipo de bestialidades; e apelidado de todos os adjectivos que se pode imaginar. Eu mesmo.
Terceiros - gente a quem nada me une, nem simples afinidade - meteram-se na minha vida de forma avassaladora, assustando-me de maneira tal que nem lhes passa pela cabeça o quanto isso, ainda hoje, me custa.
Pessoas (e, nalguns casos mesmo, as suas famílias) cujo nível estão nos antípodas do meu, quase me fizeram perder a fé na humanidade. Encarar certas pessoas por quem cheguei a nutrir afecto e carinho, tornou-se num pesadelo difícil de gerir. Fugi inclusivamente de alguns amigos. Deixei de frequentar certos sítios para evitar olhares mal intencionados, ainda que - tenho quase a certeza - influenciados.
Há muita coisa para esclarecer - e pouco me importam os danos colaterais que os meus esclarecimentos possam fazer. Limpar o meu nome, é a única saída que me resta. Se encurralarem um gato, ele ataca-vos. A minha dignidade nunca terá um preço, e se por acaso o preço tiver que ser a morte, eu estou aqui. E Aly. E em todo o lado. Eu sou vasto, contenho multidões!.
Tenho de confidenciar-vos isto: Estou acabado. Sinto-me como se tivesse 200 Quilos.
Espero a vossa compreensão.
Antonio Aly Silva/mobile
Depois de quatro anos de publicações (com um ligeiro interregno), o blogue Ditadura do Consenso vai ser alvo de uma mudança nos hábitos. Brevemente, para 'ler o Aly' o leitor terá de preencher uma ficha com o seu nome, e-mail e telefone. Ou, em alternativa, poderei ser eu a enviar um convite para que se torne leitor.
E porquê?, perguntará o leitor. Porque sim - seria sempre a minha resposta. De resto, e para mim, o 'porquê' é uma pergunta banal, uma espécie frase feita.
Passo a explicar: Há muita coisa que eu tenho de esclarecer para me sentir em paz comigo mesmo. Tenho o direito à protecção do meu bom nome, bem como das pessoas que me são ou estão próximas. Ou mesmo longe. E não há como eu mesmo para o fazer.
Tenho sido vítima nos últimos dois meses, de calúnias, de mentiras, de todo o tipo de bestialidades; e apelidado de todos os adjectivos que se pode imaginar. Eu mesmo.
Terceiros - gente a quem nada me une, nem simples afinidade - meteram-se na minha vida de forma avassaladora, assustando-me de maneira tal que nem lhes passa pela cabeça o quanto isso, ainda hoje, me custa.
Pessoas (e, nalguns casos mesmo, as suas famílias) cujo nível estão nos antípodas do meu, quase me fizeram perder a fé na humanidade. Encarar certas pessoas por quem cheguei a nutrir afecto e carinho, tornou-se num pesadelo difícil de gerir. Fugi inclusivamente de alguns amigos. Deixei de frequentar certos sítios para evitar olhares mal intencionados, ainda que - tenho quase a certeza - influenciados.
Há muita coisa para esclarecer - e pouco me importam os danos colaterais que os meus esclarecimentos possam fazer. Limpar o meu nome, é a única saída que me resta. Se encurralarem um gato, ele ataca-vos. A minha dignidade nunca terá um preço, e se por acaso o preço tiver que ser a morte, eu estou aqui. E Aly. E em todo o lado. Eu sou vasto, contenho multidões!.
Tenho de confidenciar-vos isto: Estou acabado. Sinto-me como se tivesse 200 Quilos.
Espero a vossa compreensão.
Antonio Aly Silva/mobile
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Quando se estica a corda, ela rebenta
Para o L.
Preocupas-te com a minha pessoa. É bom. E és dos poucos. O que é óptimo (assim mesmo e sem medo da expressão). É verdade, tens razão no teu e-mail. Eu mesmo sinto, às vezes, que estou a ultrapassar a fasquia. Que estou a arriscar-me, a arriscar-me muito até; mas penso continuar assim: vertical, sorrindo ao perigo ou não dando sequer conta da sua presença, pronto para o pior; e, ao mesmo tempo, com incurável optimismo no futuro deste País. Do meu, do nosso País.
«Confrontar-se contigo é, frequentemente, um exercício enriquecedor. És veemente e intransigente, e chegas rapidamente ao fundo das questões» - dizes. Talvez tenhas razão, talvez não. Tenho assistido neste País, dia após dia, a um recuo sensível do entusiamo colectivo, deixando campo livre para os bandidos e todos os egocêntricos cheios de si mesmos.
Há quem regresse armado em pequeno Napoleão, determinado em ignorar as realidades e a rescrever a História a partir do zero; as alianças eleitorais - e outras - multiplicam-se, e a frustração invade uma juventude orfã e desprotegida, que, a dada altura, quis acabar este confessionalismo e se viu remetida à casa da partida. Monopólios...
Ontem mesmo, jantei com o J., com o A., e com a M., e a dada altura disse ao J: «Quero ir embora deste País. Ele não tem nada para me dar e eu não me sinto com forças para ajudá-lo». Olhou-me como se lhe tivesse dito que a terra era plana. Mas é assim que eu penso. Quando se estica a corda, ela rebenta.
Qualquer um que tenha intervido na vida pública deste País foi alguma vez meu opositor. Inúmeros poderão confirmar que muitas vezes fui agressivo, mesmo em divergências menores, mas todos confirmarão que mantive sempre a minha independência.
Sinto-me um privilegiado porque desde que iniciei no jornalismo, passei pelas melhores publicações em Portugal, e fundei o meu próprio jornal que durou três anos. Nunca me senti ameaçado pelo poder político. Fiz sempre o que quis, e, por isso, os defeitos e as virtudes do ‘Lusófono’ são da minha responsabilidade.
Ainda falta alguma coisa para que eu me entenda de vez com este País. Por exemplo? Que nos ponhamos de acordo sobre a ementa. Meu caro, e se começássemos por tratar de ver a verdade como ela é, dizer a realidade como ela é, descobrir a verdade e viver a verdade?
Obrigado. Abraço do amigo,
Aly
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