sábado, 26 de fevereiro de 2005
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005
Guiné-Bissau no seu melhor (I)
Até porque, quem lhe vendeu o X5 ainda tem estes dois...
Fotografia (c) AAS/2005
Guiné-Bissau no seu melhor (II)
Este é o carro que o deposto presidente KOUMBA YALÁ comprou por largos milhares de euros. Na Guiné-Bissau, em vez de se investigar, aplaude-se! Corrupção e ostentação, sem descaramento.
GUINÉ-BISSAU 2005/2010
Encaro este ano de 2005 como uma praça de touros em que o forcado é o povo: o resultado da pega é normalmente imprevisível…António Aly Silva
Primos e enteados ou perfeitos anormais
Devido à velocidade da luz ser superior à do som,
algumas parecem inteligentes até falarem. Ou agirem.
PRIMOS. Repare nestas hipotéticas figuras de eleição. Barrete de Pai Natal e colar de ouro. Fatinhos pomposos. Bom corte – talvez feitos à medida, talvez não. São eles os doutores Yalá, Sanha, Vieira e Fadul. Ou, se preferirem, os camaradas Koumba, Malam, João Bernardo e Francisco José.
E o que têm em comum estas quatro criaturas? Fácil: Deve-se a eles o País que há hoje (a dívida prolonga-se aos demais tentáculos que sempre o dominaram). Esta gente não será a pior, porque qualquer selecção é redutora. Mas serão dos piores, e servem pelo menos para «ilustrar», mais do que resumir, as três primeiras décadas de vida da República da Guiné-Bissau. NUNCA MAIS!
ENTEADOS. Agora, anda toda a gente num corrupio desenfreado. Falam em voz alta e gesticulam. Estarão em transe? Apresentam documentos de porte – é CIF Bissau para aqui, FOB Bissau para lá e por aí adiante, de forma arbitrária. Mas o que reclamam eles? Olha a pergunta! Reclamam o pagamento da dívida interna. Ou seja, a dívida do Estado para com as suas empresas. Óptimo. Eu também reclamava. Sem palhaços não há circo. Mas, agora, vamos partir isto devagar, que é como sabe melhor.
NÓS, os guineenses, vimos reclamar junto do Governo democraticamente eleito da República da Guiné-Bissau: que mande publicar a «dívida interna» dessas pessoas ao Estado da Guiné-Bissau.
Depois – Guterres não diria melhor – hum…, deixa lá ver… bom, é só fazer as contas…
Talvez um dia, civilizadamente e com a humildade que nos caracteriza, nos decidamos por tornar público os nomes – e, já agora, as quantias – daqueles que se afastaram dos «caminhos da revolução» e que se deixaram aburguesar.
Sejamos verdadeiros. Se houve uma coisa que sempre existiu na Guiné-Bissau foi uma corrupção e uma utilização da calúnia muito marcantes. Fosse de uma forma isolada, através de lobbies ou de compadrios por conveniência. E doses industriais de descaramento.
Aliás, se a Guiné-Bissau alguma vez fosse uma democracia a sério, muita gente – mas muita gente mesmo – teria sido julgada e condenada com base em provas irrefutáveis. Outros estariam, ainda hoje, a cumprir pena e quem ficava ganhar era o povo guineense.
Mas não. Hoje, quando sonho, é um pesadelo. Uns dias atrás, sonhei que numa madrugada qualquer uns homens acabaram com o franco CFA, fosse ele novo ou velho, e fizeram da corrupção a nova moeda nacional. Acordei sobressaltado, e limpei o suor que me escorria pela testa. «Trata-se apenas de oficializar uma realidade», admiti a custo.
ALERTA VERMELHO. Se não for agora, quando será? Se não formos nós, quem há-de ser?
E o que têm em comum estas quatro criaturas? Fácil: Deve-se a eles o País que há hoje (a dívida prolonga-se aos demais tentáculos que sempre o dominaram). Esta gente não será a pior, porque qualquer selecção é redutora. Mas serão dos piores, e servem pelo menos para «ilustrar», mais do que resumir, as três primeiras décadas de vida da República da Guiné-Bissau. NUNCA MAIS!
ENTEADOS. Agora, anda toda a gente num corrupio desenfreado. Falam em voz alta e gesticulam. Estarão em transe? Apresentam documentos de porte – é CIF Bissau para aqui, FOB Bissau para lá e por aí adiante, de forma arbitrária. Mas o que reclamam eles? Olha a pergunta! Reclamam o pagamento da dívida interna. Ou seja, a dívida do Estado para com as suas empresas. Óptimo. Eu também reclamava. Sem palhaços não há circo. Mas, agora, vamos partir isto devagar, que é como sabe melhor.
NÓS, os guineenses, vimos reclamar junto do Governo democraticamente eleito da República da Guiné-Bissau: que mande publicar a «dívida interna» dessas pessoas ao Estado da Guiné-Bissau.
Depois – Guterres não diria melhor – hum…, deixa lá ver… bom, é só fazer as contas…
Talvez um dia, civilizadamente e com a humildade que nos caracteriza, nos decidamos por tornar público os nomes – e, já agora, as quantias – daqueles que se afastaram dos «caminhos da revolução» e que se deixaram aburguesar.
Sejamos verdadeiros. Se houve uma coisa que sempre existiu na Guiné-Bissau foi uma corrupção e uma utilização da calúnia muito marcantes. Fosse de uma forma isolada, através de lobbies ou de compadrios por conveniência. E doses industriais de descaramento.
Aliás, se a Guiné-Bissau alguma vez fosse uma democracia a sério, muita gente – mas muita gente mesmo – teria sido julgada e condenada com base em provas irrefutáveis. Outros estariam, ainda hoje, a cumprir pena e quem ficava ganhar era o povo guineense.
Mas não. Hoje, quando sonho, é um pesadelo. Uns dias atrás, sonhei que numa madrugada qualquer uns homens acabaram com o franco CFA, fosse ele novo ou velho, e fizeram da corrupção a nova moeda nacional. Acordei sobressaltado, e limpei o suor que me escorria pela testa. «Trata-se apenas de oficializar uma realidade», admiti a custo.
ALERTA VERMELHO. Se não for agora, quando será? Se não formos nós, quem há-de ser?
António Aly Silva
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005
domingo, 21 de novembro de 2004
SOS Bijagós
Para os amigos, que eu não tenho inimigos à minha altura.
O Arquipélago dos Bijagós é considerado pela UNESCO desde Maio de 1996, como Reserva Mundial da Biosfera, património da Humanidade a preservar e, portanto, a defender. A Guiné Bissau é um dos países mais pequenos e pobres de toda a África. Tem apenas 36.125km2(aproximadamente a mesma área da Suiça) e ocupava em 2002 o 167º. lugar, entre 173 países, na escala de desenvolvimento humano da ONU.
Porém, ao largo da costa, a cerca de cinquenta quilómetros da terra firme, a Guiné-Bissau integra um arquipélago formado por mais de oitenta ilhas e ilhotas que é um autêntico paraíso para a vida animal. Reserva Mundial da Biosfera desde 1996, os Bijagós são considerados um dos mais ricos e produtivos locais de reprodução de aves e de peixes de toda a costa ocidental africana. São mais de oitenta ilhas, disseminadas por uma área de 10.000km2 quadrados. As suas águas baixas são o reino das barracudas, das tartarugas marinhas gigantes, dos misteriosos hipopótamos do mar, e, claro, dos temíveis tubarões, que ali encontram uma cadeia alimentar abundante.
Dispersos pelas ilhas, vivem actualmente perto de 25 mil pessoas, guerreiros ancestrais, habituados à convivência com o mar, mas hoje essencialmente agricultores. Por estas paragens os crocodilos, os touros e os tubarões fazem parte da mitologia e representam a ligação com os espíritos. Ninguém pesca ou come tubarões, porque acreditam que eles devorariam as almas dos seus antepassados. O tubarão é, aliás, representado em danças tribais com o objectivo de incutir o medo e o respeito nas crianças, por forma a não se aventurarem demasiado nas águas do mar.
São estas crenças que permitem um negócio extremamente lucrativo para os pescadores dos países vizinhos, como o Senegal e a Guiné Conacry. Em pequenas pirogas, aventuram-se pelas águas em torno do arquipélago, beneficiando da inexistência de fiscalização, dedicando-se à pesca dos tubarões. Por ano chegam a pescar 80 milhões de tubarões, mais de um milhão e quinhentas mil toneladas. DENUNCIEM-NOS!!!
sexta-feira, 19 de novembro de 2004
Uma vez na Jordânia
Meu caro Paulo
Ainda a propósito do chamado 'terrorismo moderno', sob comando do (felizmente defunto) Yasser Arafat e com o apoio da União Soviética, a OLP começou por tentar transformar a Jordânia num estado palestiniano. O malogrado rei Hussein diz nim e começam as tensões entre palestinianos e o governo da Jordânia. Arafat foi expulso do país e, pouco depois, chegaria a retaliação com o sequestro e subsequente destruição de quatro aviões daquele país pela OLP. Na Guerra Civil da Jordania (1970-1971), a monarquia jordana, com a ajuda de Israel, derrotou a OLP e a Síria, que se preparava para invadir a Jordânia em apoio à organização.
Depois dessa derrota, Arafat transferiu-se, juntamente com a OLP, da Jordânia para o Líbano onde a organização conseguia operar virtualmente como um estado independente (carinhosamente apelidada de "Fatahlândia" pelos israelitas). A OLP começou então a usar este novo território para fustigar os territórios israelitas. Em Setembro de 1972, um grupo chamado Setembro Negro, descrito pela imprensa ocidental como uma fachada operacional usada pelo grupo Fatah de Arafat, sequestrou 11 atletas israelitas durante os Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha. No confronto com a polícia que invadiu o local, os atletas foram mortos, o que ficou conhecido como o "Massacre de Munique". Contudo, para muitos que hoje ainda apoiam o terrorismo, esta foi mais uma fase por que passámos... E assim vai o mundo. AAS
Depois dessa derrota, Arafat transferiu-se, juntamente com a OLP, da Jordânia para o Líbano onde a organização conseguia operar virtualmente como um estado independente (carinhosamente apelidada de "Fatahlândia" pelos israelitas). A OLP começou então a usar este novo território para fustigar os territórios israelitas. Em Setembro de 1972, um grupo chamado Setembro Negro, descrito pela imprensa ocidental como uma fachada operacional usada pelo grupo Fatah de Arafat, sequestrou 11 atletas israelitas durante os Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha. No confronto com a polícia que invadiu o local, os atletas foram mortos, o que ficou conhecido como o "Massacre de Munique". Contudo, para muitos que hoje ainda apoiam o terrorismo, esta foi mais uma fase por que passámos... E assim vai o mundo. AAS
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