segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

OPINIÃO AAS: A paciência dos justos


Primeiro, o 'problema' chamava-se Domingos Simões Pereira e o PR José Mário Vaz, contra tudo e contra todos, matou a esperança de todo um povo mergulhando o País numa crise política e económica sem precedentes.

Depois, facto sem comparação no mundo, o presidente do PAIGC Domingos Simões Pereira, numa atitude de estadista, de diplomata, de magnanimidade deixou o barco seguir o seu curso, e Carlos Correia foi empossado no cargo.

Não satisfeito, JOMAV manda agora a sua 5ª coluna (passaram num ápice de maus 'conselheiros' a péssimos deputados) para criar confusão, comprar consciências e baralhar o debate e - quem sabe? - a votação que se seguirá.

Senhores deputados,

Guiné-Bissau precisa de estabilidade pelo menos durante 10 anos para ganhar a almejada confiança dos seus parceiros. O País precisa crescer, são precisos empregos, novas empresas, investimento estrangeiro que o Estado não pode fazer e nada disso se faz com novos governos a cada dia 24.

Crises cíclicas, ainda que sem sangue, são também golpes de Estado. E este que acontece, hoje, na Assembleia Nacional Popular é comandada directamente da Presidência da República, o que não deixa de ser triste e lamentável para quem apenas devia ser uma espécie de árbitro e não um incendiário.

Perdidas todas as batalhas em que voluntariamente se meteu, o Presidente da República quer agora, com base na compra de consciências, ainda que através de terceiros virar o jogo a seu favor. A comunidade internacional há muito que apanhou o fio à meada. Diplomaticamente, vetou o presidente dos rumores ao ostracismo e aguarda para dar o murro na mesa.

Os diplomatas fugiram do PR a sete pés, e, não fosse o protocolo a que, às vezes, são obrigados não compareceriam sequer aos patéticos actos oficiais da presidência. Exemplos? O cómico empossamento de Bacio Dja (os diplomatas nem sabiam ao que iam...), as ausências mais do que notadas no 'jantar' alusivo à data da independência, no Azalai, ou ainda as posses apressadas e atabalhoadas do PGR e presidente do Tribunal de Contas a que só compareceu o infeliz representante da Rússia.

Os deputados da Nação, eleitos pelo Povo, têm todo o direito a votar, ou não, naquilo em que acreditam; mas não votar num programa SUFRAGADO por unanimidade depois das eleições ganhas pelo PAIGC (não mudou uma vírgula) será pura canalhice.

Guiné-Bissau NÃO tem dinheiro para ir novamente a uma eleição.

A responsabilidade pelo chumbo do programa de Governo tem consequências imprevisíveis mas que todos podemos adivinhar. O mundo que nos financia o orçamento, está de olho; e aquele que nos prometeu centenas de milhões de dólares na mesa redonda de Bruxelas, também. AAS