sexta-feira, 4 de abril de 2014
ELEIÇÕES(?) 2014: ONU diz que devem abrir "etapa de paz e desenvolvimento"
As eleições na Guiné-Bissau devem ser seguidas por resultados produtivos e pela implementação de reformas essenciais para garantir a estabilidade duradoura e a consolidação democrática. O apelo, divulgado terça-feira, é da Comissão da ONU para Consolidação da Paz, PBC na sigla em inglês.
A entidade frisa que o pleito é apenas o primeiro passo, essencial para a restauração da ordem constitucional e democrática. A votação para as presidenciais e legislativas guineenses está marcada para 13 de abril.
O país está na segunda semana da campanha eleitoral para a corrida, que envolve 15 partidos políticos e 13 candidatos à presidência. A nota enumera os pontos que distinguem o ambiente do pleito deste ano da corrida realizada em 2012, quando ocorreu um golpe de Estado a 10 dias da segunda volta das presidenciais.
Para 2014, o destaque vai para o fim do recenseamento, além do que a PBC chama de importante presença no terreno da segurança da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao. O comunicado realça ainda a melhor coordenação entre Guiné-Bissau e seus principais parceiros internacionais.
A Comissão apela a todas as partes envolvidas a estar à altura das suas responsabilidades históricas com o povo guineense e a cooperar para a realização de eleições livres e justas.
O comunicado destaca o bom encaminhamento do financiamento e do preparativos do processo apoiado pelos doadores. Timor-Leste é mencionado entre os contribuintes, ao lado da Nigéria, dos Países da Cedeao, da União Europeia e do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud.
O papel determinante do representante do Secretário-Geral, José Ramos Horta, foi elogiado à frente do Escritório do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis.
A PBC revela a sua preocupação com recentes episódios de violência política, tendo condenado qualquer tentativa de empregar o medo e a intimidação como instrumentos políticos. O pronunciamento termina a destacar o objetivo de inaugurar um capítulo de paz e de desenvolvimento duradouro para a Guiné-Bissau.